Unforgettable 2

By semnexo

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Segunda temporada de Unforgettable A atraente polícia foi alvejada graças à sua atração por perigo, ou terá s... More

Raio de miúda!
De volta a casa
'O James tem cá uma sorte...'
O prometido gelado
The decision
Drunk in love
Saturday Night - I
Saturday Night - II
Go home
Senhora de olhos turquesa
Recovery
Soul's connection
Friends will be friends
Acidente ou crime?
Nota Importante

Gala de rugby

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By semnexo

*Jack a narrar*

Verifico mais uma vez as horas enquanto converso com William e Noel. A Jennifer avisou que se atrasaria por causa do trabalho, contudo ainda tive esperanças que ela chegasse a horas, ela consegue tudo – o que quer – e é imparável. Ter um papel fundamental acarta muitas consequências, uma delas, não ter horários fixos, levando qualquer pessoa à insanidade. Ela não é qualquer pessoa e, por isso, não é levada à insanidade mas sim à satisfação. Ela deseja não ter rotinas ou horários, quer continuar livre e, por muito difícil que pareça, ter alguém que lhe faça companhia. Eu não me importo de perder um pouco da sanidade e ganhar felicidade, afinal não é com stress e pressão que conseguimos ter qualidade de vida e um sorriso genuíno.

- Tinha pensado irmos sair hoje – William muda de assunto –A gala não deve acabar muito tarde e nós já não saímos há muito.

- As nossas noites...-Noel comenta enquanto mexe na sua barba com um sorriso malicioso ao relembrar as noites inesquecíveis vivenciadas por todos nós.

- Belas noites ahm? – William volta a falar reparando que eu estava a pensar, mais uma vez, na Jennifer.

- Jack? – Noel estala e eu assinto com a cabeça.

- Foram ótimas – sorri forçadamente, não relembrando as nossas noites mas sim a falta da morena –A Jennifer pode ir?

- Noite de homens lembraste? – Noel fez uma expressão como se fosse óbvia a resposta e o dilema começou.

Estar com a Jennifer ou sair numa noite como antigamente? Já não saímos há muito, é verdade, todavia estar com a Jen não é pior, e ela é maravilhosa na noite (e em qualquer lado). E agora vem outro problema, quererá ela sair? Ela quer sempre sair! O meu subconsciente lembrou-me e eu ripostei. Ela tem andado cansada e recuperou do tiro há pouco, não sei se fará bem ela sair para ambientes daqueles.

- Boa noite putos – Stan tagarelou ao integrar-se no grupo – já há planos, William?

- Estamos a combinar –William assumiu descontraidamente e olhou-me.

Ignorei o facto das atenções se centrarem em mim, pois as minhas encontravam-se em algo muito melhor. Num corpo delineado, moreno e cativante. Sorri-lhe, devido à sua aparição ou à sua díspar aparência. O rosa ficava-lhe bem.

- Uau...- Stan desviou o olhar da Jennifer para nós - acho que podemos ficar por aqui!

Como Stan estavam muitos outros. Deslumbrados? Talvez apenas admirados de ver uma mulher a caminhar tão bem de saltos e a chegar sozinha. Talvez pelo facto de a sua confiança ser cativante e o seu jeito conquistar corações.

- Concordo, teremos uma bela vista – Noel comentou e William riu-se baixo.

- Referem-se aquela? – William fez questão de me olhar e sorrir cumplicemente.

- Sim! Este ano esmeraram-se na apresentadora – Noel falou, voltando-se para o grupo de mãos nos bolsos, como a disfarçar que reparara na Jennifer.

Ela sorriu ao ver-me, ou ao ver alguém conhecido, e dirigiu-se a nós.

- Não é apresentadora. Aquela é a Jennifer – falei finalmente.

- Jennifer? Tu conheces? – Stan falou como se esse facto fosse improvável e eu gargalhei. – A Jennifer que querias que fosse connosco?

- Boa noite! – a morena cumprimentou alegremente –desculpa o atraso Jack.

- Boa noite! – respondemos em coro e eu questionei-me porque é que eles não podiam parar de olhá-la. Fácil, ela é nova, é mulher, está um pouco destapada e bem, é a Jennifer.

- Não perdeste nada –respondi-lhe sem me mover. Deveria dar-lhe um beijo na bochecha? Abraça-la? Ou beija-la, como os seus lábios pediam e os meus queriam?

- Pelo menos isso. Olá William, tudo bem? –ela falou naturalmente.

Os rapazes estiveram embasbacados e imóveis até Stan falar. Ela mostrava-se confiante e descontraída, como sempre, e estava ainda mais chamativa do que o habitual.

- Sem ofensa –olhou para ela - mas rapazes, têm uma bela amiga – Stan reapareceu no mundo real depois da longa apreciação ao corpo de Jennifer, piscando-nos o olho. Tinha noção que ela era companheira de um de nós, provavelmente minha pois William disse que viria sozinho, e mesmo assim não quis perder uma oportunidade. Eles nunca perdem uma oportunidade.

- Jennifer, este é...-respondi sem demoras. De modo a ser cavalheiro e não o deixar avançar. Ciúmes nesta altura acabariam com tudo.

- Sou a Jennifer, namorada do Jack –interrompeu-me de forma subtil, de sorriso no rosto ao apresentar-se. Seja graças ao instinto ou ao sexto sentido das mulheres Jennifer apercebe-se sempre de tudo e é disso que eu tenho mais medo. Nada de ciúmes Jack.

- Stan, muito gosto.

Na cara do rapaz poderia ver-se um sorriso e analisar-se desilusão. Não teria uma noite louca com Jennifer porque ela era minha namorada. Minha namorada?! Namorada? Minha? Olhei-a e sorri. De qualquer das formas seria complicado, o Stan não está preparado para uma mulher destas.

- Noel, muito gosto. – Noel repetiu e cumprimentaram-se.

- Oh Jenny, continuas a deixar o povo surpreendido – William comentou não descorando a palavra surpreendido e ela sorriu ternamente ao pousar a mão sobre o meu ombro e pedir a minha atenção.

- O James justificou a minha saída uma vez que não tínhamos bandidos – Jennifer Azevedo, a minha namorada, presenteia-me com uma informação casual e o meu braço envolve a sua cintura aproximando-a de mim.

Após uns minutos de conversa aleatória sem interesse, espécie de confraternização, eles deixaram-nos a sós.

- Estavas a falar a sério ou era por...

Mais uma vez fui interrompido. Desta vez pelos lábios de Jennifer em contacto com os meus.

- Queres um pedido ou assim? Também arranjo!

- Tu disseste que falarias quando quisesses um compromisso e combinamos que hoje serias apenas uma amiga que me acompanhava, eu fiquei em dúvidas...afinal tu és a Jen! –agarrei pela segunda vez a sua cintura e ela sorriu-me.

- Não vale a pena perder tempo. Eu amo-te e quero-te comigo –a morena confessou, beijando-me em seguida.

Proibi-me de a questionar do porquê disto tudo. Como é que ela tinha decido? Porquê e como mudou de ideias? Estas e tantas outras perguntas...mas não podia, ela odiava quando questionavam uma ação ou eram demasiado mesquinhos em relação à vida que devemos aproveitar e, sendo assim, porque queria estar numa relação comigo se queria aproveitar a vida?

*Jennifer a narrar*

A felicidade de Jack era bem visível e eu não me importava, aliás, eu queria isto. Queria fazer os olhos azuis do meu menino brilharem, o seu sorriso não desaparecer e momentos lamechas em público. Queria fazê-lo feliz e deixar os meus estúpidos receios para trás. Não podia desperdiçar alguém como o Jack e, embora nunca tinha revelado, se ele me deixasse eu iria ficar arrasada.

- Amo-te coisa boa –sussurrou-me ao ouvido, como se fosse um precioso segredo que escapava do seu incontrolável sorriso.

Há algo mais atraente que um sorriso? O sorriso dele conquistou-me, ou melhor, conquista-me. Depositou alguns beijos e de mãos dadas, afastou-se um pouco para me ver.

- Não havia mais pano?

- E tu não podias elogiar-me só uma vez? –arquei a sobrancelha e olhei-o.

- Também não o fizeste! –brincou mais uma vez e puxou-me até ele.

E é por isto que o tenho como namorado.

- Posso arranjar algo...-ajeitei-lhe o laço enquanto pensava – estás um pecado?!

Ele gargalhou e beijou-me no pescoço.

- És um pecado!

(...)

Se alguém pretende arranjar uma boa companhia para uma noite a gala de rugby é o local ideal. Também devem existir bons partidos para algo sério, todavia não os conheço e tal não posso afirmar embora a minha intuição seja muito fiável.

Tudo está perfeito e isto mais parece um casamento. Tudo tão pormenorizado, sofisticado e bonito. Eu e Jack viemos, há algum tempo, para uma outra sala de maior descontração e menor iluminação, e estivemos apenas acompanhados de música até os amigos do arquiteto chegarem.

- Porque é que eu nunca fui assistir a treinos de rugby ou a galas?

- Porque me conhecias? –ele respondeu com uma pergunta todo orgulhoso e eu fiz-lhe uma careta –podíamos namorar um bocadinho...

As mãos de Jack puxaram-me mais para ele e os seus lábios foram de encontro aos meus. Sorri-lhe e bebi o último golo do vinho tinto.

- Vamos ter muito tempo. – Informei-o e pousei o copo na pequena mesa à nossa frente.

- Já perdemos tanto... -Jack falou perto do meu ouvido antes de me beijar o pescoço. Deixei que os seus lábios me seduzem-se e mexi-lhe no cabelo. – Sabes tão bem...

Separamo-nos e entreolhamo-nos. Ele passou a língua pelos lábios e sorriu presunçosamente. William comentou, só para nós, que já devíamos estar juntos há mais tempo e Jack agradeceu pois tinha corado e ficado sem resposta - nem sei bem porquê.

Desta vez foi eu que iniciei o contacto ligeiro entre os meus lábios e os de Jack, deliciosamente suaves, que se tornou pouco depois intenso. Não tardou a ser ouvido um tossicar falso levando-nos a separar.

- Sempre vens ou não? – Noel questionou Jack acerca da saída que alguns dos rapazes fariam.

Jack olhou-me e, em seguida, olhou o grupo que iria sair. Estava dividido e decidir com pressão poderia acabar mal, nem que fosse na sua cabeça o pensamento do que estaria a acontecer se tivesse escolhido a outra opção.

- Podes ir para a noite de machões. – Brinquei com a situação.

- Mas eu queria ficar contigo... – Admitiu e os amigos continuaram pasmados. Talvez o Jack também tenha mudado...

- Pareces uma menina! – Levantei-me e parei em frente ao grupo – Certifiquem-se que ele chega inteiro a casa.

Eles gargalharam e anuíram, Jack ainda pensava e eu interrompi-o com um beijo nos lábios. Encaminhei-me para a saída e voltei-me.

- Tenham uma ótima noite – Proferi antes de sair e pisquei o olho sorridente.


***

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