BOA NOITE, TD BEM?
CAPÍTULO NOVINHO PRA VCS. E VC, TORCE PRA QUEM??? #TEAMEDU OU #TEAMRAMON???
NO CLIPE, ESTÁ TRILHA DO CAPÍTULO. ESPERO QUE GOSTEM :)
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GRUPO NO ZAP: 21 9693 70552
Keylli saiu arrasada da casa de Edu, e caminhava muito triste, como se não estivesse ali. Gostava muito do rapaz e não conseguia mesmo acreditar que um cara que ela julgava ser tão sincero e verdadeiro, pudesse fazer uma coisa dessas.
Em sua mente, ela se culpava duramente por ter caído em sua conversa, pois sempre desconfiou da relação de Edu com seu pai, mas sempre caía na justificativa que ele dava, dizendo que o "velho" havia mudado. Em ocasião nenhuma, ela viu o senhor Mauro como Edu descrevia. Talvez o amor que começou a sentir por ele, a tivesse cegado...
— Amor, o que aconteceu?
Keylli chorava tanto e andava tão perdida em seus pensamentos, que se Ramon não falasse com ela, ela não o teria notado.
— Ramon é que... Eu não estou bem. – Keylli respondeu abaixando a cabeça, sem conseguir controlar o choro.
— Não fica assim, me conta o que houve. – pediu a abraçando.
Soluçando entre as palavras, ela resolveu abrir o jogo, voltando seu olhar para ele.
— O Edu me enganou. – disse com a voz embargada.
— Ele o quê??? O que aquele otário fez com você? – revoltou-se o rapaz, desfazendo o abraço.
— Ele me usou o tempo inteiro só por causa de uma droga de herança. – afirmou muito magoada, levando as mãos ao rosto.
— Como assim? – Ramon segurou em seus ombros, encarando-a.
— Não estou em condições de falar com detalhes disso agora. – Key tornou a abaixar a cabeça fazendo gesto negativo.
— Deixa esse playboy vagabundo comigo! Ele me paga! – Ramon disse firme, num tom de vingança, ameaçando ir atrás do cara que fez sua amada sofrer.
— Não, Ramon! – Keylli segurou seu braço. — Não faça nada com ele. – pediu emotiva, soluçando.
— Ele te engana desse jeito e você ainda o defende??? – o rapaz indignou-se.
— Não é isso, é que... Violência não é a solução, e eu não quero que aconteça nada de mal com você. É com você que eu estou preocupada, Ramon. – se explicou, indo aos prantos novamente. — O Eduardo não merece nada, porque tudo o que ele faz é pensar apenas nele.
— Eu estou aqui para o que precisar. Esquece aquele idiota, ele não merece uma lágrima sua. – Ramon tornou a abraçá-la e afagou seus longos cabelos.
— Tem razão, isso tudo agora é uma página virada. – o abraçou forte, buscando nele forças para superar o fato ocorrido.
— Você foi legal demais com ele. Mas agora enfim, vamos ser felizes juntos, só nós dois. – ele beijou sua cabeça.
"Só nós dois?" – pensou Keylli.
Ela achou que com o que houve, seria mais fácil decidir sobre seus sentimentos, mas viu que não. Mesmo detestando Edu naquele momento, não parava de pensar nele e foi assim que ela deu um corte em Ramon.
— Depois conversamos sobre isso. Tenho que ir.
Keylli estava confusa demais.
Ela foi embora e deixou Ramon pensativo em tudo o que estava acontecendo.
— Por que me pediu pra vir tão depressa? – Giovanne perguntou assim que chegou á casa de Edu.
— A Keylli descobriu toda a verdade sobre a herança. – sentado no sofá, Eduardo se encontrava abatido. Seu semblante estava destruído pelas lágrimas.
Giovanne ficou boquiaberto e balbuciou desacreditado: — Não! Está falando sério?!?! – devido ao susto, as pupilas do rapaz se delataram. Ele aproximou-se e se sentou num outro sofá, de frente para Edu.
— O problema não é só esse. – arfou preocupado. — Ela ficou tão magoada comigo que chegou a dizer que não quer me ver nunca mais. – ele deu uma pausa, confessando em seguida: — Nesse momento, eu prefiro mil vezes ficar com ela do que com aquela bendita herança. – afirmou desdenhando do trato que aceitou fazer com o pai.
— Mano, não fica assim. Tudo vai se resolver, você vai ver. Não foi só você que se apaixonou por ela, ela também se apaixonou por você e com certeza vai voltar atrás no que disse.
— Espero que esteja certo. – Eduardo juntou as sobrancelhas, controlou as lágrimas e continuou tentando entender: — Mas como será que ela descobriu tudo? Meu pai não abriria o jogo, ele até torcia pra ficarmos juntos.
Giovanne abaixou a cabeça, passou uma das mãos pelo rosto e bastante receoso, afirmou: — Acho que sei quem foi.
— Quem??? – perguntou Edu espantado, fitando os olhos no amigo, querendo saber imediatamente a resposta.
— A Malu.
— A Malu? – Eduardo ficou surpreso. — Impossível! Ela não sabia de nada. – fez gesto negativo com a cabeça.
Giovanne respirou fundo e procurando as melhores palavras, começou a confessar a pisada na bola que deu com o melhor amigo.
— Cara, é que... Hoje à tarde, ela foi à minha casa, disse que estava com saudades e começou a me agarrar. – pausou por uns segundos e arfou como se estivesse criando coragem para continuar falando: — Aí eu me empolguei, e ela aproveitou esse momento para perguntar o porquê de você querer uma namorada tão desesperadamente e eu sem perceber, acabei contando.
Edu não sabia o que dizer. Giovanne jamais entraria em sua lista de possibilidades de entregar seu segredo.
— Você fez o quê???
Vendo a fisionomia desacreditada do amigo, Giovanne completou:
— Foi mal cara, não foi intencional. – ele se lamentou, sentindo-se mal pelo que fez. — Se você não quiser falar mais comigo, tudo bem, eu vou entender.
— Nunca imaginei que pudesse fazer isso. – o playboy olhava para Giovanne perplexo, sobressaltado.
— Eu agi muito errado. – Giovanne piscou os olhos lentamente, decepcionado consigo mesmo. — Traí sua confiança...
Desolado da vida, Edu decidiu perdoar o amigo, já que não adiantaria nada ficar brigado com ele. Tudo já estava feito. Lembrou-se também, que precisaria de apoio emocional e que Giovanne era seu amigo de todas as horas, todos os momentos...
— Olha... Eu vou fingir que não ouvi isso. Nós estávamos juntos nisso, cara! – Edu reclamou, amenizando logo após. — Mas... Você não tem culpa, o único culpado sou eu de ter inventado essa idiotice.
— Não cara, eu sei que eu errei feio e assumo meu erro.
— Olha... Na boa, eu sabia que mais cedo ou mais tarde a Key descobriria, mas eu não queria que fosse desse jeito. Eu queria ter tido coragem o suficiente para abrir o jogo com ela.
— Eu vou te ajudar a consertar as coisas.
Eduardo apenas concordou com a cabeça.
— O que não consigo entender, é porque a Malu fez isso. – Giovanne disse ainda pensando em sua mancada.
— Agora as peças se encaixaram. Foi a Malu quem me deu a dica para me passar pelo tal de Ramon, quando eu estava atrás da Keylli. Naquela época, a Key ainda era namorada dele e mesmo assim a Malu quis me "ajudar" com ela. E com certeza foi ela também que armou aquele "encontro" triplo no Natal. – fez gesto das aspas com as mãos.
— O prazer da Malu é ver o mal dos outros. – conclui Giovanne pasmado.
— Minha luta agora, será para reconquistar o amor da Keylli.
— Estou contigo nessa até o fim.
Mauro chegou interrompendo a conversa entre os amigos e perguntou: — Filho, posso falar com você?
— Claro pai.
Giovanne deu seu até logo: — Já estou de saída. Depois a gente se fala brother.
Quando o rapaz saiu, Mauro quis saber: — É noite de sábado. Por que não está com a sua namorada?
— Ela... Foi viajar. – essa foi a única desculpa que Edu conseguiu inventar na hora.
— De novo? – o pai desconfiou, pondo as mãos no bolso da calça.
— É. Ela foi resolver um problema de família. Se me der licença, vou pro meu quarto. – o playboy levantou-se do sofá.
— Pode ir, e... Espero que não esteja me enganando.
— Não estou!
Edu subiu para o seu quarto, pegou o celular e passou a noite tentando ligar para Keylli.
— Vamos, Keylli. Atende vai. Por favor! – implorou impaciente dando voltas pelo cômodo.
O celular chamava, chamava, chamava, mas ninguém atendia. Edu era insistente, ligava a todo instante na esperança da moça atendê-lo.
Depois de muito insistir, Keylli enjoou de ouvir seu celular tocar e... Ela não atendeu, desligou o telefone, deitou-se na cama e derramou-se em lágrimas.
— Por que, Edu? Por quê? Nunca mais quero falar com você. Nunca!
Edu se lamentou bastante naquela noite.
Resultado: Os dois tiveram insônia. Não sei pra quê, né? Em vez de se entenderem e ficar tudo bem...
O rapaz não se conformava, estava com raiva de si próprio. Deu chutes no ar, jogou as coisas que estavam numa mesinha em seu quarto no chão... Se revoltou!
Ele queria fazer tudo diferente, não imaginava que as coisas terminariam dessa forma. Amante das músicas da banda de rock "Glória", deitou-se no chão desolado, e chorou ao som da música "Horizontes".
Meus olhos eu não abro mais, pois sei que vão fugir pra não ver mais o que eu vi.
As vezes sinto o céu cair, pesando sobre mim pra me lembrar do que eu fiz.
Não tenho horizontes, eu navego nesse mar
Não existe procura sem algo pra encontrar
Não vai ser como antes, eu me nego a fracassar
Sou doente sem cura, sem casa pra voltar...