Enquanto Você Dormia - Efeito...

By laribsss

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Quando você é enganado, traído e machucado até certo ponto, só existem duas opções: Esquecer e perdoar ou esp... More

AVISO
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Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45

Capítulo 27

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By laribsss

Sophia: FILHA DA PUTA! - Gritou, quando Liam, com uma manobra, colocou o ombro dela no lugar.

Liam: Quieta. - Disse, prendendo-a no lugar. Ela franziu o cenho, grunhindo pela dor.

Harry: Onde está Melanie? - Perguntou, cansado.

Liam: A mão dela só precisava de um pouco de gelo. Não demorou nada ela saiu com Nate e Clair. - Avisou.

Harry assentiu e foi atrás. No jardim ela não estava. Procurou pela mansão, chamando-a, sem resposta. Saiu no campo dos fundos, encontrando Nate e Clair brincando no parquinho.

Clair: O que a minha mãe tem, tio Harry? - Perguntou, emburrada no balanço.

Harry: Não é nada. Ela só teve uma cólica por causa do  bebê  novo, ai precisou ir tomar um remédio, mas daqui a pouco ela volta. - Tranquilizou, acariciando o cabelo dela, e a menina sorriu de canto, parecendo relaxar.

Nate: Viu? Eu falei que não era nada. - Disse, todo homenzinho, brincando com Sorte no colo. O cachorro dava pulinhos, tentando lamber o rosto dele.

Harry: Ok, sabe tudo, onde está sua mãe? - Perguntou, achando graça.

Nate: Naquela casinha. - Apontou, se virando. A palavra sempre fugia.

Clair: No borboletário. - Disse, bonitinha, e Harry sorriu.

Harry: Se comportem. - Disse, recomeçando a andar.

Ele se sentia hesitante. Perrie disse que Melanie lembrou da noite das camisinhas. Sophia disse que ela chorou. Ele não lembrava em palavras o que dissera, mas se lembrava de ter ficado furioso, e a raiva dele nunca dava em nada bom. Ela estaria com raiva dele? Magoada? Ele entrou no borboletário, e estava vazio. Tudo quieto.

Harry: Melanie? - Chamou, e as borboletas levantaram vôo, formando um redemoinho de cores.

Melanie: Aqui. - Disse, sentada no chão do outro lado da sala entre dois vasos de plantas. Ele caminhou até ela, que deu espaço pra ele se sentar.

Harry: Posso ficar aqui com você um pouco? - Perguntou, dando a ela a chance de mandá-lo embora, mas ela ergueu a mão, chamando-o. Ele se sentou ao lado dela, que o abraçou. - Você está bem?

Melanie: Estou, foi só o susto. - Disse, parecendo satisfeita por estar ali. Ele a abraçou forte, beijando o cabelo dela, e ela suspirou - Gosto daqui.

Harry: Eu vejo. - Disse, acariciando o braço dela.

Os dois ficaram assim por um bom tempo. De vez em quando ele balançava alguma coisa, alvoroçando as borboletas, mas era gostoso vê-las calmas, ignorando-os, apenas voando quando dava vontade. Ele bem quis deixar pra lá, mas sabia que não conseguiria.

Harry: Baby? - Melanie ergueu os olhos pra ele - O que você lembrou? - Ela hesitou, toda a tranquilidade apagada do rosto.

Melanie: Nada demais. - Mentiu, e ele franziu o cenho.

Harry: Você mente tão mal que chega a fazer a gente duvidar da intenção. - Ela riu, escondendo o rosto no peito dele, que sorriu - Me diga, o que foi? - Ela hesitou por instantes antes de responder.

Melanie: Nós estávamos brigando. - Disse, dando de ombros - Não, não estávamos brigando, nós tínhamos transado. - Lembrou - Estávamos quietos, então você ficou com raiva de algo que eu fiz com umas coisas de plástico. Eu acho que estraguei. - Melanie nunca havia visto uma camisinha depois que acordara, então não sabia que reconhecer.

Harry: E então? - Perguntou, acariciando-a.

Melanie: Você gritou. Muito. Disse coisas ruins. Você disse que talvez eu tivesse transado com o segurança. - Ele gemeu, levando a mão ao rosto - Sabe que eu nunca faria isso, não é? - Perguntou, os olhos azuis pousados nele - Sabe que eu só... Eu só... - Ela hesitou - Que eu só amo você?

Harry: Eu sei. Fique calma. - Ele beijou a testa dela, que relaxou. - Foi por isso que você chorou? Porque eu te ofendi?

Melanie: Por tudo. - Disse, encolhida no peito dele - Nós... Nós éramos aquilo? - Perguntou, quieta.

Harry: Na maior parte do tempo, éramos pior. - Respondeu, sincero - Gritávamos, quebrávamos coisas, dizíamos coisas horríveis um pro outro. Você tinha um gênio impossível, me tirava do sério. - Confessou. Melanie piscou, pensativa.

Melanie: Se eu me lembrar de tudo, e se eu voltar a ter o gênio de antes... Você não vai gostar mais de mim? - Perguntou, preocupada.

Harry: Baby, eu sempre amei você. Mesmo quando você me irritava o tempo todo. - Disse, acariciando o rosto dela.

Melanie: E porque brigávamos? - Perguntou, confusa e aflita - Você não parecia me amar. Pelo contrário.

Harry: Eu tinha raiva porque você não me amava de volta. - Admitiu, brincando com uma mecha do cabelo dela - Então eu optava por ser aquela pessoa horrível e magoar você.

Melanie: Eu não gostava de você? - Confirmou, e ele negou com a cabeça.

Harry: Não. Quando éramos jovens eu era muito pouco pra você, então quando nos separamos eu fui pra faculdade, trabalhei feito um escravo por anos, deixei de viver pra poder construir a minha empresa e ser alguém, porque eu sabia que um dia você ia voltar pra mim, de alguma forma. - Contou, se lembrando.

Melanie: E então...?

Harry: Eu consegui. Tive todo o sucesso que um homem pode ter: Dinheiro, poder, tudo. Anos depois, você voltou. - Disse, sorrindo de canto - E, Jesus Cristo, continuava me olhando como se eu fosse o mesmo adolescente. Aquilo me enfureceu em um nível sem escala! - Ele riu de leve, balançando a cabeça - Foi ali que nosso casamento começou.

Melanie: Eu não consigo entender. Eu não te amava, você tinha raiva, e nos casamos? - Perguntou, incrédula.

Harry: Vermelho. - Ela piscou, então assentiu - Eu soube ser... Persuasivo.

Melanie: Você parecia agressivo no que eu me lembro. - Comentou, os dedos passeando na camisa dele - Você me bateu?

Harry: Não naquele dia. - Disse, tenso.

Melanie: Algum dia? - Perguntou, quieta. Ele a encarou por um instante, pesaroso.

Harry: Sim, e eu sinto muito. - Ela piscou, digerindo aquilo - Não te batia propositalmente, mas às vezes você passava dos limites... Só teve uma vez que eu te bati mesmo. Eu me descontrolei. Não me orgulho de ter feito aquilo. - Ela escutava, quieta. - No momento, na hora da raiva, tudo o que eu queria era te machucar. Depois, quando a poeira baixou, quando eu te vi marcada, machucada, foi que me dei conta do que realmente tinha feito. Receei que você fosse embora. - Lembrou.

Melanie: O que eu fiz? - Perguntou, interessada.

Harry: Me ignorou. Você gostava de fazer isso, fingir que eu não estava na sala. - Respondeu, brincando com o cabelo dele - Então eu comecei a te provocar. Estávamos todos lá em casa, e você estava conversando, me ignorando, toda dona de si, e eu comecei a te fazer cócegas com a ponta da minha gravata. - Lembrou, sorrindo - Toda vez que você começava a falar eu cutucava o seu ouvido com a gravata. - Ela sorriu.

Melanie: Porque? Você não estava bravo comigo? - Perguntou, tentando entender.

Harry: Estava, mas não queria que você fosse embora pelo que eu tinha feito. Precisava que você olhasse pra mim, parasse de me ignorar, pra eu saber o quanto havia passado dos limites. Eu não tinha como saber enquanto você me ignorava. - Disse, se lembrando - Te cutuquei até você se cansar. - Disse, satisfeito.

Melanie: O que eu falei? - Ele piscou um instante, se lembrando, e  riu  em seguida.

Harry: Me mandou fazer uma coisa bem feia com a minha gravata. - Ela riu, divertida - Eu achei que você ia estar furiosa, então você disse aquilo e se levantou, indo pro seu quarto. Me provocou uma vez, antes de ir, e foi descansar, então eu soube que estava tudo bem e pude respirar aliviado de novo.

Melanie: O que eu fiz? Que fez você se descontrolar? - Perguntou, observando-o.

Harry: Vermelho. - Ela assentiu - Se quer saber, você revidava às vezes. - Ela franziu o cenho, admirada - Ah, sim. Perdi a conta de quantas bolachas você já me deu. - Disse, acariciando o rosto, distraído.

Melanie: Desculpe. - Disse, parecendo aflita, e ele sorriu.

Harry: É passado. Éramos terríveis; imaturos, até. - Comentou, tranquilizando-a - Mas olhe, agora, olhando pra trás, acho que teve uma vez que você começou a gostar de mim. Algum tempo depois de nos casarmos. - Ela o olhou, esperançosa - Só que eu estava tomado demais pelo rancor pra dar valor como deveria. Quando finalmente decidi rever aquilo, você já tinha desistido de mim. - Disse, dando de ombros.

Melanie: Mas ainda transávamos. - Confirmou, e ele riu.

Harry: Oh, frequentemente. - Ela riu, divertida - Nossa guerra não alcançava o sexo. Você sempre foi maravilhosamente boa de cama. - Ela corou, franzindo o cenho - Funcionava muito bem.

Melanie: Pare com isso. - Disse, afundando a cabeça no peito dele de novo - Desculpe.

Harry: Pelo que? - Perguntou, acariciando as costas dela.

Melanie: Por não ter te amado de volta. - Respondeu, sincera. Ele apenas a olhou, acariciando-a.

Harry: Eu não merecia o seu amor, não do modo como eu me comportava com você. - Admitiu. Ela hesitou, pensativa - Você me ama agora?

Melanie: Amo. - Respondeu, automaticamente. Ele sorriu.

Harry: Está perfeito então. - Ela sorriu, e ele selou os lábios com os dela - Como você se sente?

Melanie: Estou ficando com fome. Não tomei café da manhã. - Constatou, estranhando a pergunta. Ele riu gostosamente, fazendo as borboletas se alvoroçarem. Ela sorriu, observando-o rir.

Harry: Não, baby. Como se sente agora, tendo lembrado o que lembrou, sabendo o que eu te contei? - Perguntou, paciente. Ela hesitou, pensando.

Melanie: Na hora eu fiquei assustada, magoada, mas aqui, agora... Eu estou bem. - Disse, deitando a cabeça no peito dele e olhando as borboletas - Fico feliz que você me conte o que pode.

Harry: Ainda não sente raiva de mim? - Perguntou, observando-a.

Melanie: Nem vou sentir. - Disse, tranquila, e ele sorriu - Não vou trocar o que eu sinto por você por nenhum sentimento ruim vindo de algo que eu não posso mudar, que eu nem lembro direito. - Ela deu de ombros.

Harry: Deus! Onde eu fui encontrar uma mulher tão inteligente e tão linda? - Perguntou, e ela fez uma careta.

Melanie: Ok, cale a boca. - Dispensou, e ele riu.

Harry: Vamos, vou mandar servirem o seu café. - Disse, se sentando e trazendo ela junto.

Melanie: Não! - Ele a olhou, confuso. Ela disse que estava com fome - Vamos ficar aqui mais um pouco. - Pediu, e ele sorriu, se encostando na parede de novo.

Os dois não disseram mais nada. Ele apenas se recostou na parede, quase se deitando no chão e ela o abraçou. Ele a trouxe pra si, quase colocando-a em seu colo e a abraçou forte. Melanie retribuiu, satisfeita, respirando fundo. As borboletas brincavam no ar, indo e vindo, e o ar ali era leve, cheirava as flores que estavam nos vasos, era puro; nem parecia que era Nova York. Era igual o que os dois sentiam no momento: Amor, tranquilidade, contentamento; nem parecia que, um dia, já havia sido ódio.

A "manhã" de natal terminou se tornando "tarde" de natal. Liam enrolou um pouco no hospital e liberou Madison, dizendo que foi pelo estresse mas estava tudo bem. Todos voltaram ao seu normal aos poucos, Louis chegou, e o clima ficou leve outra vez. Os presentes foram distribuídos: As crianças sumiram entre os brinquedos novos, jóias foram dadas, entre outras coisas caras.

Melanie: Pra você. - Disse, toda alegrinha, dando o presente de Harry. Ele a apanhou no colo, abrindo o presente. Era um porta-retrato de prata trançada, bonito, com uma foto dos três em Hamptons. Era de rosto, Harry sorria, Melanie beijava o rosto dele e Nate fazia bico de peixe - Pra você por no seu escritório. - Completou.

Harry: Minha mesa é cheia de fotos suas. - Comentou, divertido, olhando a foto.

Melanie: Você disse que tinha gostado dessa. - Lembrou, sorridente. - Ah, e isso. - Ela enfiou a mão no bolso, apanhando o relógio dele, que franziu o cenho. O relógio tinha uma fitinha vermelha amarrada na pulseira.

Harry: Meu relógio? - Perguntou, tentando entender.

Melanie: Levei pra colocar bateria. - Disse, contente - Você vivia se queixando que nunca tinha tempo. - Disse, dando de ombros, e ele riu.

Melanie não dava valor pra coisas materiais. Pra ela um porta-retrato com a foto deles tinha o mesmo valor de um conversível, e colocar bateria no relógio dele era um presente, porque era algo que ele queria. Era uma das coisas nela que ele adorava. Louis fez uma careta, parecendo pensativo sobre se comentava ou não, mas desistiu.

Harry: Tome. - Disse, puxando uma caixinha e ela apanhou, abrindo, alegre - Feliz natal. - Murmurou, mordendo o braço dela que riu, abrindo a caixa. Ela abriu, apanhando o objeto prateado com cuidado - É um iPod só pra você.

Melanie: iPod. - Repetiu, virando-o na mão. Sabia o que era iPad, Madison tinha um, mas iPod era novo. Ela passara o olho na loja da Apple uma vez, quando ele a levou, mas era coisa demais pra absorver, então largou de mão.

Harry: Você pode colocar quantas musicas quiser ai, e ouvir quando quiser. - Ela ergueu as sobrancelhas, olhando o aparelho com mais interesse agora. Olhando a caixa, achou um par de fones de ouvido. Ele ligou, mexendo na tela - Aqui, eu já coloquei as que você gosta, mas você pode sempre comprar mais com esse aplicativo. - Disse, mostrando a ela. - Te ensino a mexer depois.

Melanie adorava musica. Era uma das coisas que ela mais gostava; vivia ouvindo musica, o que era diferente, porque antes dela o apartamento de Harry raramente tinha musica; a que vinha era tocada do piano.

Ela folheou as musicas que ele colocara (observara ela cantarolando ou ouvindo e memorizara), fascinada, então se lançou no pescoço dele. Era como se os dois estivessem numa bolha, e ela gostava assim. O resto da família, tendo aprendido a ignorar, conversava, alheios a situação. Melanie adorara o presente. Não que ela não gostasse de jóias; ela gostava, mas era diferente. Ela achava jóias bonitas, era gostoso olhar, mas podia bem ser as jóias dos outros, ela não ligava - e ainda assim, ele já havia enchido ela com todos os tipos. E isso era diferente... Ele tinha lhe dado musica. Era maravilhoso.

Harry: Acho que você gostou. - Disse, quando o beijo terminou, com a testa colada na dela, que sorriu, radiante, assentindo.

Melanie: Adorei. - Disse, olhando o aparelho de novo - Quantas musicas eu quiser? - Ele assentiu.

Harry: Todas que você imaginar. E tem isso. - Disse, entregando uma caixinha de veludo da Cartier.

Melanie abriu, e encontrou um conjunto de... Coisas coloridas. Pareciam elásticos de cabelo com diamantes, e haviam 24, em varias tonalidades diferentes. Ela olhou os diamantes, tocando um deles (o brilho do diamante na aliança em seu dedo refulgindo junto com os outros) e o olhou, curiosa.

Harry: Aqui. - Ele tirou o elástico de dinheiro que ela usava no pulso e ela franziu o cenho. Ia protestar, então ele apanhou uma das jóias, azul, combinando com a blusa dela, e colocou no lugar.

Melanie: Ah... - Ela puxou a pulseira, que agiu exatamente como o elástico de dinheiro, primeiro se esticando e em seguida retraindo, dando um beliscão nela - É lindo. - Disse, olhando as cores na caixa.

Harry: Demorou um tempo até eles entenderem exatamente o que eu queria, mas acho que ficou bom. - Disse, admirando a obra - Minha mulher merece o melhor, e com certeza não era um elástico de dinheiro. - Concluiu

Melanie: Quero te pedir uma coisa. De presente. - Disse, fechando a caixinha e observando-o, parecendo ansiosa.

Harry: O que quiser. - Disse, admirado. Melanie não costumava pedir coisas - Peça e é seu.

Melanie: Não é bem assim. - Ela torceu os dedos, parecendo tentar formular as palavras, e ele esperou, confuso. O que era, agora?

**

Harry e Gemma conversavam com um estranho na sala de estar, enquanto Melanie conversava com Louis. As crianças queriam olhar, mas foram chutadas por Madison e Sophia.

Harry: Vai machucar ela? - Perguntou, olhando o estranho, que mexia em um estojo aberto na mesa. Antes que ele respondesse, Gemma tomou a frente.

Gemma: Dói mais porque vai ser em cima do osso. - Explicou - Quanto mais perto do osso, maior a dor. Mas é suportável. - Disse, dando de ombros. O tatuador assentiu.

Melanie fez o pedido e, após passada a surpresa, ele concordou. Após um telefonema de Gemma, o tatuador que fez a tatuagem dela, perante uma cifra considerável, se apresentou na torre branca.

Louis: Vamos, me diga o que é. - Melanie negou com a cabeça, divertida. Eles disseram onde seria, mas não onde.

Harry: Saia daqui. - Chutou, e Louis ergueu a sobrancelha. Harry se sentou na frente dela, pegando as mãos dela - Baby, eu conversei com ele e parece que dói. - Advertiu, preocupado.

Louis: Não é grande coisa. Por estar perto do osso a dor é um pouco maior, mas a gente sobrevive. - Disse, simples.

Harry: Cale a boca. - Disse, com uma careta.

Melanie: Digamos que eu estou acostumada com agulhas. - Disse, tranquila - Tudo bem pra você?

Harry: Claro, só queria que não machucasse você. - Admitiu. Ela beijou a mão dele, sorrindo. - Eu primeiro, ok? - Ela assentiu.

Melanie: Você. - Disse, se virando pra Louis - Fora daqui.

Louis: Eu vou descobrir o que é, você sabe. - Disse, debochado.

Gemma: Não hoje. - Dispensou, apanhando-o pelo braço. Louis fuzilou Melanie, que riu, e saiu.

O pedido era bem simples, e ao mesmo tempo complexo. Era uma tatuagem, partida em dois pedaços; cada um ficava com um. A explicação dela foi bem razoável.

Harry: Você não precisa fazer isso. Se marcar, por minha causa. - Disse, observando-a.

Melanie: Você disse outro dia que nunca pensou em nada que quisesse ter marcado na sua pele pra sempre, só eu. - Ele assentiu - Bem, eu também. Esse é o meu ponto.

Harry: Qual? - Perguntou, observando-a, como se nunca tivesse tido tempo suficiente pra olhá-la.

Melanie: Mesmo que eu me recupere a memória... Espero que não, mas se eu recuperar... Mesmo que as coisas mudem, e me torne aquela pessoa irritante de novo... - Ele esperou, e ela formulou - Eu vou olhar a tatuagem e vou ser obrigada a me lembrar de como me sinto agora. Aqui, com você, com nosso filho, de quanto sou feliz e de quanto amava você no momento em que a fiz. - Disse, acariciando a lateral do rosto dele.

Harry: É? - Perguntou, considerando, e ela assentiu.

Melanie: Mesmo que eu esteja com raiva, vou ser obrigada a olhar pra ela e ver que a Melanie de hoje ama você, independente do que tenha nos acontecido antes. - Continuou - Que ela faria qualquer coisa, seria qualquer coisa pra não perder esse sentimento, porque ela te ama tanto que parece que o mundo dela gravitaciona em torno de você. - Ele sorriu, beijando a mão dela.

Então agora ele simplesmente se sentou na cadeira reclinável, quase se deitando, e tirou a camisa. O tatuador marcou o peito dele com o esboço da tatuagem, e após ele assentir, começou. Harry considerou a dor por um instante, e não era nada demais, concluiu. Não demorou muito, estava pronto. Ele observou, apreensivo, ela tirar a blusa, ficando com um top de malhação preto e assumir o lugar dele. Mesmo procedimento: Primeiro o molde (a fonte da tatuagem dela era diferente da dele), e após ela assentir, o tatuador começou. Harry observou, apreensivo, mas ela permaneceu tranquila. No fim ficou olhando no espelho, satisfeita.

Harry: Acerte com Gemma. - Dispensou, sem perguntar a cifra, e após algumas recomendações o tatuador foi embora. Melanie ainda se olhava no espelho que foi colocado no escritório, e ele se aproximou por trás, abraçando-a, ainda sem camisa - Feliz? - Ela assentiu, satisfeita.

Na costela dele, abaixo do coração, havia a frase "Always Have Loved...", tatuada sobre a pele clara. Nela, no mesmo lugar, havia a frase "... Will Always Love.", que completava a dele. Em uma tradução livre, significava "Sempre Amei..." "...Sempre Vou Amar". O ponto final depois da frase foi uma exigência de Melanie: Ela sempre o amaria e ponto.

Melanie: Muito. - Respondeu, se inclinando pra beijá-la.

Estava ali uma evidencia de que aquele amor existiu. Uma evidencia que nem Perrie, nem Zayn, nem mesmo as lembranças dela poderiam apagar. Estaria sempre ali, sempre um lembrete... E ponto.

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