RED, Jason Todd - NV

Por LizLaheey

27K 2.5K 469

Vermelho Layla era a típica garota solitária, que vive de fones de ouvido e capuz o tempo todo. Viver em Go... Más

cast
epígrafe
000
001
002
003
004
005
006
007
008
009
010
s2
011
012
013
014
015
016
017
018
019
020
022
023
024
025
SOS
026
027
028

021

316 48 3
Por LizLaheey



— Layla Marshall. Estava ansioso pra te conhecer.

A garota permaneceu parada na porta da sala, o homem se virou pra ela, mais sério do que ela esperava.

— chá? — Lex Luthor ofereceu e ela arqueou a sombrancelha, o tirando uma risada soprada. — se sente ofendida com chá?

— só acho ridículo acharem que todo inglês gosta de chá.

Ele deu de ombros e voltou a ficar de costas pra ela, servindo uma segunda taça de vinho.

— você é igual a sua mãe — ele disse.

— obrigada.

Ele a estendeu a taça de vinho e ela hesitou antes de pegar.

— Vanessa que te mandou?

Ela concordou e bebericou o vinho tinto, o gosto do álcool se espalhando por sua língua e garganta como um veneno.

— ela te disse o por quê?

— você fundou a Cadmus — ela disse e ele concordou, encostando na mesa e bebendo o vinho.

— precisamos de uma amostra do seu sangue.

— achei que ainda tivessem — ela bebericou o vinho e ele suspirou.

— já se passaram anos, a fórmula antiga não faz mais tanto efeito, então estão refazendo a fórmula.

Ela concordou.

— antes eu quero saber de tudo.

— está tudo no contrato — apontou pra pasta na mesa e a garota se aproximou, pegando a pasta de papéis. — mas te falarei o que quer.

Ela o olhou confusa.

— Ward será solto e seu irmão terá tratamento psiquiátrico.

— estão mesmo desesperados — constatou e ele soprou uma risada, a estendendo a caneta.

— apenas garantindo sua resposta.

Ela hesitou mas pegou a caneta, assinando onde precisava.

— não é só isso — ele disse e ela viu a marca de sangue na assinatura abaixo.

Ela suspirou e furou seu dedo com a ponta da caneta tinteiro, pressionando o dedo com o sangue em cima da sua assinatura.

— o contrato é uma mera formalidade, a Colméia é bem mais rígida que nós — ele disse.

— rígida é outra palavra pra desumana?

Ele deu um sorrisinho e ela sorriu.

— foi um prazer conhece-la, Layla.

Ela acenou com a cabeça e ele apontou pra saída, ela saiu da sala e logo do prédio. Viu Vinice encostado no carro e foi pro lado oposto, tinha uma última coisa que precisava fazer em Detroit. Ela fez o caminho que se lembrava e parou na frente da casa. Ficou minutos parada alí, em conflito, até que cedeu e apertou a campainha. Assim que a porta abriu ela sentiu o coração disparar.

— oi vovó.

— querida — a senhora a abraçou e ela sorriu, a abraçando de volta e apoiando a cabeça em seu ombro. Aquele contato afetivo familiar que sentia falta. — venha querida, entre, acabei de terminar o almoço.

Ela entrou na casa e a senhora a guiou até a pequena cozinha.

— vou ligar pro seu pai.

— não. Não precisa — ela impediu a senhora de ir até o telefone, segurando suas mãos enrugadas e as acariciando. — eu posso vê-lo depois. Vamos comer.

A senhora concordou e elas foram comer.

— me conta o que aconteceu nesses anos. Faz tempo que não me liga.

— nada de muito importante — ela sorriu e a senhora fez uma careta de desagrado. —  escola, trabalho, casa. Sabe que não gosto de sair.

— você é igualzinha ele, incrível — a senhora negou com a cabeça e ela sorriu.

— mas eu conheci um garoto.

Agora Sandra a olhou curiosa.

— ele é um ano mais velho e trabalha com o pai — Layla contou.

— é bonito?

Ela sorriu e concordou, pegando o celular pra mostrar uma foto, entregando pra ela em seguida.

— vocês ficam bem juntos.

Layla sorriu triste e a mulher percebeu.

— conheço esse olhar. O que foi, meu anjo?

— terminei com ele uns dias atrás — ela disse e a mulher a olhou confusa.

— por que? Parece gostar dele.

— eu gosto, muito na verdade. Só... É complicado — ela deu de ombros e Sandra  suspirou, negando com a cabeça.

— vocês jovens adoram complicar as coisas.

Layla sorriu e pegou o celular de volta, vendo a foto dos dois juntos, em um dos únicos encontros que tiveram.

— se vocês se gostam, deveriam ficar juntos e pronto. Sua mãe não fez isso com aquele cara... Como era o nome? O bonitão da agência.

— Ward. Ward Adams — ela riu da forma como Sandra falou, sabendo que seu pai teria um ataque se a ouvisse falando aquilo.

— isso.

— eles não estão mais juntos faz anos — Layla deu de ombros.

— sério?

Layla concordou e bebeu um pouco de água.

— minha mãe não conseguia lidar com essa coisa de Agente dele, se separaram depois de uns dois anos.

Em parte não estava mentindo. Hayley realmente não sabia lidar com Ward sendo um Agente da Colméia e se submetendo aos testes de biomodificação. Quando Ward foi preso e literalmente apagado de todos os registros governamentais e estaduais, não estavam casados. Hayley não podia visita-lo, o risco era grande de mais, então ela seguiu em frente.

Era isso que faziam. Seguiam em frente.

— vai ficar até quando? — Sandra perguntou.

— só hoje, vim resolver uma coisa e aproveitei pra ver a senhora, não tenho muito tempo.

A senhora suspirou e a abraçou de novo.

— seu pai ficará triste se não conseguir te ver.

— não se preocupe. Tá na hora daquela sua novela né?

A senhora concordou e elas foram pra sala, sentando no sofá e assistindo a novela mexicana. Layla se distraiu quando seu celular vibrou, era uma mensagem de Dick.

— vou fazer uma ligação vovó, já volto.

— fique a vontade, anjo.

Ela foi até um dos quartos e ligou pra Dick, ele demorou uns dois minutos pra atender.

— espero que seja saudade — ela ouviu um riso fraco do homem e sentou na cama.

— é sim.

Ela ficou em silêncio por um minuto, sentindo as emoções dele.

— vai me contar o que aconteceu agora?

— você vai brigar comigo e agora eu tô precisando daquela conversa calma e tranquilizadora — ele disse e ela riu.

— estão pegando pesado com você não estão?

Ele suspirou e ela entendeu.

— o que você fez?

— cometi um erro. Fui impulsivo — ele suspirou e ela esperou ele continuar. — achei que podia resolver sozinho mas só arrisquei tudo.

— exterminador?

Ele concordou e passou a mão pelo rosto.

— o que eu faço, Layla? Sinto que vou enlouquecer.

— então enlouqueça.

Ele bufou e revirou os olhos.

— tô falando sério, Layla.

— eu também. Quando eu não sabia o que fazer, você me disse pra pensar bem e fazer o que eu achasse melhor. Eu fiz.

Ele suspirou e passou a mão no rosto.

— fiz uma loucura que vai salvar a minha família. As vezes enlouquecer é bom — ela disse e ele fez uma careta.

— não falaria isso se soubesse o que eu fiz.

— independente do que fez, conheço você e confio em você. Se deu errado, eu sei que não foi sua intenção e se cometeu um erro, sei que está arrependido.

Ele ficou em silêncio e Layla ouviu uma porta abrindo.

— seja sincero com eles, Dick. Não esconda nada. Assim não vai se arrepender. Se não te entenderem, paciência. E se precisar, pode me ligar que eu volto.

— e sua família?

Ela suspirou e se levantou da cama.

— isso é mais complicado, pode acreditar. Preciso ir.

— tudo bem. Obrigado, Layla.

— de nada, Rick.

Ele riu com o apelido e desligou o celular, nem percebendo que Jason estava na porta, escutando a conversa. Saber que Layla estava mantendo contato com Dick e não com ele o irritava. Os segredos dos dois.

Layla saiu do quarto e parou na sala, vendo o homem de costas pra ela.

— oi pai.

[Revisado]

Seguir leyendo

También te gustarán

21.1K 2.2K 54
E se o final de o último olimpiano fosse um pouquinho diferente? Luke Castellan se sacrificou para que Percy e seus amigos pudessem salvar o Olimpo...
2.4M 228K 86
Com ela eu caso, construo família, dispenso todas e morro casadão.
966 97 31
‼️ PAUSADA ‼️ 🩰~ Lia se muda para Los Angeles com sua família,ela se vê perdida quando entra pra nova escola,mas como será que ela vai reagir quando...
319K 21.3K 80
Nosso caos se transformou em calmaria. Plágio é crime!!