Descendentes - Redenção

By DoctorGodoy

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Hades e Malévola protagonizam uma relação tumultuada, distante do convencional. Incapazes de suportar a proxi... More

Personagens
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 11

Capítulo 10

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By DoctorGodoy

"Hades", Malévola respondeu, pronunciando o nome do deus do submundo com um misto de desdém e um toque de fascínio velado. A presença dele era como um desafio iminente, fazendo seu coração bater mais rápido, uma sinfonia de emoções contraditórias ecoando em sua mente. Seus olhos, faiscando com uma intensidade que rivalizava com a dele, o encararam com uma expressão penetrante, como se desafiassem cada palavra que ele ousasse proferir. "O que você está fazendo aqui?", ela questionou, sua voz carregada de uma mistura de desafio, sarcasmo e uma ponta de intriga. Seu olhar alternava entre Hades e o demônio ao seu lado, refletindo a incerteza que girava dentro dela, enquanto tentava decifrar os motivos daquela inesperada aparição. "Droga, meu dia só está melhorando", ela acrescentou com uma ironia cortante, uma pitada de amargura colorindo suas palavras.

Hades avançou em direção a ela, seu olhar perfurante como o de um predador observando sua presa. "Sabe, quando Hiram me contou que Hildy havia mencionado que você tinha ido buscar algumas ervas com o Dr. Facilier, achei estranho, considerando que, bem, o Dr. Facilier está no meu restaurante desde cedo. Então presumi que você estava tramando algo e decidi investigar por mim mesmo", ele explicou, um sorriso gélido brincando em seus lábios. "Agora a questão é: o que você está fazendo aqui?", ele continuou, sua voz envolta em uma camada de desconfiança e autoridade, seus olhos fixos nela e no demônio ao seu lado, como se estivesse calculando cada movimento deles.

"Tramando?", Malévola repetiu, fingindo inocência, seus lábios curvando-se em um sorriso enigmático. "Não sei do que você está falando, Hades. Não há nada sendo tramado aqui, eu apenas vim visitar um velho amigo", ela respondeu, apontando para Chernobog com um gesto casual, sua voz firme, mas tingida com um lampejo de irritação diante da intromissão de Hades em seus assuntos.

"Hades." Chernobog cumprimentou o deus, sua voz transbordando com um desdém palpável, como se cada sílaba carregasse o peso de anos de rivalidade e ressentimento.

"Chernobog." Hades retribuiu o cumprimento com igual desdém, sua postura imponente desafiando a presença do demônio a sua frente antes de se voltar para Malévola. "Visitar? Só isso é?", Hades repetiu, seu tom cético enquanto olhava da fada para o demônio. 

"Sim, só isso." Malévola respondeu prontamente, sua voz carregada de sarcasmo. "Mas vejo que você parece muito preocupado com o que eu faço ou deixo de fazer, Hades." Ela pronunciou o nome dele com um tom que continha uma ponta de acidez, desafiando-o implicitamente. "Devo me sentir lisonjeada com tanta atenção repentina, querido?"

Hades avançou mais, sua presença dominadora enchendo o espaço entre eles como uma sombra sinistra. Seus olhos, faiscando com uma intensidade sombria, prenderam-se nos dela, desafiadores, como se buscasse desvendar todos os segredos escondidos por trás daqueles olhos enigmáticos.

"Eu sei que você está tramando algo, Malévola. E eu exijo saber o que é." Hades retrucou, sua voz um rosnado baixo.

Malévola ergueu o queixo, sua expressão desafiadora refletindo-se na dele, como dois leões prontos para o embate, cada um determinado a não recuar diante do outro.

"E se eu disser que não é da sua conta, Hades?", A Fada Má provocou, um sorriso malicioso dançando em seus lábios. "Eu não devo satisfações a você."

"Ah, mas você deve", Hades respondeu, seu sorriso se alargando em uma expressão de pura malícia. "Afinal, somos um casal, não somos? E, como tal, espero que compartilhemos tudo um com o outro." Hades respondeu, sua voz um sussurro sinistro. 

Malévola sentiu a tensão entre eles atingir um ponto de ebulição, seu corpo pulsando com uma mistura de emoções conflitantes. Ela queria gritar com ele, afastá-lo, mas ao mesmo tempo, uma parte dela ansiava pela proximidade, pelo calor de seu toque familiar.

"Um casal?", Chernobog zombou, sua voz cortante como lâmina, capturando a atenção do deus e da fada que até então haviam esquecido sua presença. "E que tipo de relacionamento é esse onde os dois moram em casas separadas?" O demônio cruzou os braços e arqueou uma sobrancelha, sua expressão um desafio insolente.

"Um que não te diz respeito!", Hades retrucou com uma explosão de raiva contida, cerrando os punhos e avançando para ficar cara a cara com o demônio.

Chernobog não recuou diante da fúria do deus. Seu sorriso maligno dançava nos lábios, como se cada palavra fosse uma adaga afiada. "Calma, Hades. Não há necessidade de ficar tão nervoso, eu só estava curioso", disse ele, sua voz carregada de provocação enquanto seus olhos brilhavam com malícia. "Quero dizer, se fosse eu no seu lugar." O demônio prosseguiu, sua voz ecoando como o sussurro de uma sombra. "Eu nunca teria saído do lado dessa doce fada maligna." Com um gesto sedutor, ele se aproximou de Malévola, envolvendo-a com um braço. Um arrepio percorreu a espinha de Malévola, surpresa com a audácia do demônio, enquanto Hades parecia pronto para explodir em chamas, a fúria borbulhando em seu olhar.

"Não exagere, Chernobog." A advertência de Malévola cortou o ar como um chicote, carregada de um tom de autoridade e desdém. Ela retirou o braço do demônio de seus ombros com um movimento brusco, sua expressão uma mistura de desagrado e incredulidade diante da ousadia dele. Seu olhar então se voltou para Hades, e uma faísca de admiração dançou em seus olhos. Era reconfortante ver que o deus ainda mantinha um pouco de fogo nas veias, uma centelha de intensidade que ela conhecia tão bem.

"Desculpe, Mal. É que você é uma tentação", comentou Chernobog, provocando um revirar de olhos da Fada Má e um rosnado do Deus do Submundo.

"Sério? Vai flertar com ela na minha frente?" Hades perguntou com fúria e indignação, seu tom cortante como uma lâmina afiada.

"Eu flerto com ela até pelas suas costas, Hades", respondeu Chernobog com uma risada cheia de zombaria, sua voz como um eco sombrio no beco escuro. "Na verdade, era exatamente isso que estávamos fazendo antes de você aparecer", ele acrescentou, sua expressão carregada de malícia.

"Não dê ouvidos a ele, Hades. Chernobog está apenas brincando com você", interveio Malévola prontamente, seus olhos faiscando com um aviso silencioso ao demônio ao seu lado.

Hades franziu o cenho, sua expressão uma máscara de frustração e desconfiança. "Não! Se tem alguém brincando comigo, esse alguém aqui é você, Malévola", desabafou ele, o cansaço evidente em sua expressão. "Eu não sou um de seus lacaios tolos, sabe." 

"Mesmo? Engraçado, eu sempre achei que você fosse." Chernobog retrucou, suas palavras carregadas de veneno, cada sílaba uma flecha afiada direcionada ao orgulho de Hades. 

Antes que Malévola pudesse intervir, a tensão no ar se transformou em uma tempestade de violência. Os dois homens se lançaram um contra o outro, golpes rápidos e precisos cortando o espaço entre eles, uma dança perigosa alimentada por anos de rancor e rivalidade. Cada insulto era uma faca afiada cortando o ar, cada soco era um grito de desafio ecoando pelas paredes do beco escuro.

"Chega!", ela finalmente gritou, sua voz cortando o ar como um trovão em uma noite tempestuosa. As palavras irromperam dos recantos mais profundos de sua alma, carregadas não apenas de autoridade, mas também de uma urgência feroz. Seus olhos flamejaram com uma intensidade que poderia derreter o aço, refletindo a determinação de uma líder que não toleraria mais desafios. "Parem com isso agora!"

Seus comandos ecoaram pelas sombras do beco escuro, reverberando como um chamado para a ordem em meio ao caos. O ar estava eletrificado, carregado com a promessa de uma explosão iminente. Por um breve momento, o confronto cessou, os dois homens se encarando com uma mistura de raiva incandescente e frustração palpável. Cada músculo tenso, cada respiração cortante, era um testemunho da batalha interna que travavam.

E então, com um suspiro pesado que parecia carregar o peso de séculos de rivalidade, Hades virou as costas e se afastou, sua figura envolta na sombra como uma criatura das profundezas, deixando para trás Malévola e Chernobog, cujos olhares ardiam com emoções complexas.

"Droga!" Malévola praguejou baixinho, suas palavras sibilando com uma fúria contida que ameaçava explodir a qualquer momento. A frustração fervilhava dentro dela como um caldeirão em chamas, alimentando sua determinação de resolver o impasse que se abatera entre ela e Hades por causa do demônio ao seu lado. Por um instante, ela considerou ir atrás do deus, mas antes que pudesse dar um passo adiante, Chernobog falou:

"Não se esqueça do nosso acordo, Malévola", lembrou o demônio com uma voz impregnada de malícia.

Malévola revirou os olhos, sua expressão uma máscara de frustração e resignação. "Sim, sim, eu me lembro", ela respondeu rapidamente, as palavras soando como um suspiro fatigado. 

"Mal posso esperar", Chernobog proferiu enquanto se recolhia para dentro de seu estabelecimento, um sorriso satisfeito dançando em seus lábios demoníacos como se ele estivesse desfrutando de uma vitória secreta.

A Fada Má então virou-se na direção em que Hades havia partido, caminhando com passos firmes pelo beco escuro. Os sentimentos tumultuados dançando em sua mente como sombras sinistras. Malévola revisitou os momentos de discórdia e paixão compartilhados com Hades. Cada palavra trocada em fúria, cada momento de ternura mascarado pela escuridão de suas almas, tudo contribuía para a tapeçaria complexa de sua relação. Ele era mais do que apenas seu companheiro; era o pai de seus filhos, o mestre de um vínculo tão profundo que nem mesmo o tempo poderia desfazer completamente. Por mais que o orgulho a impelisse a manter uma fachada de indiferença, no fundo de seu ser, Malévola sabia que não podia ignorar a importância de Hades em sua vida. Seus filhos, frutos dessa união improvável entre fada e deus, eram a prova viva desse laço irrevogável.

"Ele pode ser um homem tolo, mas é o meu homem tolo", ela pensou consigo mesma, um leve sorriso surgindo em seus lábios enquanto se preparava para mais uma batalha verbal com o deus do submundo.

A Fada Má então apertou o passo, determinada a alcançar Hades antes que ele desaparecesse por completo. Seus passos ecoavam pelo beco sombrio, sua mente fervilhando com uma mistura de raiva e determinação.

Finalmente, ela avistou o deus à distância, sua figura imponente recortada contra a luz fraca que se filtrava entre os prédios. Ela acelerou o passo, seu coração batendo descompassado no peito enquanto se preparava para confrontá-lo.

"Hades!", ela chamou, sua voz cortando o ar com uma mistura de urgência e determinação, ecoando pelos recantos sombrios da rua estreita.

Hades virou-se lentamente, seus olhos azuis faiscando com uma mistura de surpresa e irritação, como chamas crepitantes em uma noite escura. "O que você quer, Malévola?", ele rosnou, sua voz gelada como o vento cortante. "Cansou de flertar com seu amiguinho?"

Malévola parou diante dele, sua postura ereta e desafiadora, uma rainha em seu próprio domínio sombrio. "Eu quero que você pare de agir como um tolo", ela respondeu, sua voz ressoando com uma determinação implacável, ecoando como trovões distantes. "E eu não estava flertando com Chernobog. Eu estava apenas jogando o jogo dele."

"E por que raios você estava jogando o jogo dele?" Hades questionou exasperado, os músculos de sua mandíbula tensos enquanto ele observava a fada à sua frente "Pensei que tivéssemos concordado que você manteria distância dessa parte da ilha."

"Sabe, ciúmes não combina com você", Malévola sibilou, os olhos faiscando com fogo sob a sombra de suas pálpebras.

"Tem razão. Combina com você!" Hades contra-atacou, sua voz uma adaga afiada.

"Eu não sou ciumenta!" Malévola retrucou, sua expressão uma máscara de indignação falsa, mas seus olhos traíam o turbilhão de emoções dentro dela.

"Ah, não?" Hades arqueou uma sobrancelha, um sorriso irônico dançando em seus lábios. "Então por que você expulsou a Rainha Má para o meio da floresta, se não por puro ciúmes?"

Um biquinho petulante surgiu nos lábios de Malévola enquanto ela cruzava os braços e desviava o olhar. "Bem, ela estava sendo muito atrevida, e eu apenas fiz o favor de lembra-la que você já tinha dona", respondeu, sua voz um murmúrio carregado de desdém ao se lembrar da rival.

Hades soltou uma risada cínica, sua expressão se contorcendo em um misto de diversão e desdém. "Atrevida? Você parece estar falando de si mesma, Malévola. Ou você se esqueceu de como invadiu um batizado da última vez?"

Malévola bufou, um sorriso irônico brincando em seus lábios. "Eu não invadi, querido. Apenas fiz uma visita inesperada e altamente necessária."

"Claro, porque todos nós sabemos como suas 'visitas' costumam ser pacíficas e acolhedoras", ele respondeu, sua voz gotejando sarcasmo. 

"Bem, todos nós temos nossos hobbies", ela respondeu, seus olhos faiscando com um brilho travesso. "O seu é governar sobre os mortos, e o meu é... bem, você sabe."

"Sim, fazer a vida dos outros miserável", Hades murmurou, um sorriso sardônico curvando seus lábios. "Você é realmente boa nisso, Malévola."

"Obrigada, é sempre bom ser reconhecida pelo meu talento", ela respondeu, sua voz doce como mel, mas com um toque de veneno.

Hades deu um passo em sua direção, a tensão entre eles tão palpável que poderia ser cortada com uma faca. "Você nunca vai mudar, não é mesmo?", ele murmurou, seus olhos fixos nos dela, como se estivesse tentando decifrar um enigma impossível.

"Por que mudar algo que já é perfeito?", Malévola respondeu, um sorriso malicioso dançando em seus lábios. "Afinal, é por isso que você me ama, não é, Hades?"

"Você é muito irritante, sabia?", ele respondeu, sua voz um sussurro sombrio. 

"Idem, querido", ela murmurou, seus olhos brilhando com uma intensidade sombria. "Afinal, você é o único que consegue me tirar do sério."

"É, parece que eu tenho esse dom especial", ele respondeu, um sorriso de pura malícia brincando em seus lábios. "Mas vamos lá, me diga, o que exatamente você estava fazendo com Chernobog? Quais são seus planos? Não tem a ver com o casamento da Mal, tem? Pro bem da nossa família, Malévola, eu espero que não."

"Não é da sua conta, Hades", ela retrucou, sua voz um pouco mais suave, mas ainda cheia de determinação. "Eu tenho meus próprios planos, minhas próprias ambições. Você não pode controlar tudo o que eu faço."

"Ah, mas eu posso tentar", ele respondeu, dando um passo em sua direção, a tensão entre eles quase palpável. "Afinal, não é isso que os casais fazem? Controlam um ao outro?"

"Não somos um casal, Hades", Malévola disparou, seu tom cortante como uma lâmina afiada. "Nós dois sabemos disso muito bem."

"É mesmo?" Hades provocou, sua voz suave como seda, mas com um toque de perigo oculto. "Então por que você continua voltando para mim, Malévola? Por que você ainda se importa?"

Malévola engoliu em seco, uma luta interna se desenrolando dentro dela. "Porque mesmo que você me irrite até a alma, Hades, ainda há uma parte de mim que não pode resistir a você", ela admitiu, sua voz um sussurro carregado de emoção.

Hades avançou mais, seus olhos faiscando com desejo e uma fome antiga. "Então talvez seja hora de pararmos de lutar contra isso e simplesmente nos entregarmos", ele sugeriu, sua voz baixa e rouca.

Malévola hesitou por um momento, sua mente e seu coração travando uma batalha interna. Mas então, com um suspiro resignado, ela cedeu, seus lábios encontrando os dele em um beijo ardente, uma rendição à paixão que ardia entre eles. E, por um breve momento, tudo desapareceu, o mundo inteiro reduzido a nada além do calor de seus corpos entrelaçados em uma dança de desejo e redenção. A batalha estava longe de terminar, mas, por enquanto, eles estavam contentes em dançar nesse jogo de poder e desejo, onde as linhas entre amor e ódio eram borradas e distorcidas.

Perguntaram pra mim
Se ainda gosto dela
Respondi: tenho ódio
E morro de amor por ela

Hoje estamos juntinhos
Amanhã nem te vejo
Separando e voltando
A gente segue andando
Entre tapas e beijos

Eu sou dela, ela é minha
E sempre queremos mais
Se me manda ir embora
Saio lá fora, e ela chama pra trás

Entre tapas e beijos
É ódio, é desejo
É sonho, é ternura
Um casal que se ama
Até mesmo na cama
Provoca loucuras

E assim vou vivendo
Sofrendo e querendo
Esse amor doentio
Mas se falto pra ela
Meu mundo sem ela
Também é vazio

_____________________________________________________

É pessoal, eu consegui! AMÉM! 🙏😭💜

Espero que tenham gostado do capítulo, como eu disse, vida de escritor não é fácil, rs. FORÇA PRA MIM! 😅✊

Obrigada a todos pelos comentários de incentivo, eu os aprecio muito! 🥰❤️

ATENÇÃO:

- Comentários me motivam, então não esqueça de comentar.

Obrigada!❤️

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