Constantly Flowing - (Kuroo x...

By iamhksan

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🥇 1° em Haikyuu • Abril/23, Maio/23 🥇 1° em Kuroo • Março/23 🥇 1° em nekoma • Julho/24 Uma ex-jogadora da... More

Ler com x[Nome]
Prólogo
País Novo, Escola Nova
Química 3
Ato de Misericórdia
Língua de Gato
Semântica
Rei da Provocação
Salto de Fé
Boa Recepção
País das Maravilhas
Primeiro Dia
Amigos
O Guardião
Time
Me Ame Menos
Cortem suas cabeças!
As Corujas
Doces Confissões
Até o Ninho
Não Precisa
Projeto de Treinadora
Dia'Calligari
Volta dos que não foram
Boa Cobertura
Dose de Energia
Preliminares do Intercolegial
Primeiro Jogo
Segundo Dia
Conversa de Arquibancada
vs Itachiyama
Homem Dela
Valete de Copas
Surpresas
Próxima Jogada
Novos Acordos
Um Salto
Lobos de Roma
Ciao Esparta
Déjà vu
Voo de Ícaro
Corvos Visitantes
Mudanças para o Futuro
Benvenuti A Roma
Trono Vazio
Capitã
Ponto Final
Realeza
Retorno
Acampamento Pt.1
Acampamento Pt.2
Segredos
Interesse
Dedicação
Adiante
Fala Vorpal
La Famiglia
Panteão
vs Escola Mokami
Meio Caminho Andado
Amore
Nova Geração

Acampamento Final

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By iamhksan





Foram poucas vezes na vida que me senti despreparada para lidar com uma situação, ser pega aos beijos pelo capitão coruja, não estava nos meus planos. Na verdade, bem longe disso.

Tetsurou também parecia sem graça, pois olhou para o chão e não para o amigo.

Num consenso mútuo nos afastamos e enquanto mantinha meu olhar baixo, respondi - Não tem muito o que explicar, no resumo, estamos namorando.

Bokuto pareceu surpreso, sua boca até abriu um pouco. Seu rosto estava vermelho, apesar de não saber dizer se era por conta do jogo ou do flagra. O capitão da Fukurodani ficou parado na porta por alguns instantes completamente atônito, honestamente fiquei esperando uma reação dramática, mas o garoto escolheu virar de costas sem explicação.

- Não vi nada. - e tentou sair andando de uma maneira meio robótica e totalmente não natural.

- Eh, envergonhado assim? Não é nada diferente do que você faz com a sua capitã. - Kuroo o chamou usando da sua melhor arma, a provocação, para sair da situação.

- Não durante treinos - Bokuto cruzou os braços e virou o rosto -, não somos namorados.

Pulei os degraus e parei do seu lado confusa, me lembrando da maneira que a Corujinha estava olhando para ele durante o treino que participei - Mas vocês não estão juntos?

- Sim, só que sem rótulos - o ace resmungou e então olhou para o céu sorrindo. - O foco dela está no campeonato, não quero que um relacionamento a deixe preocupada. Somos jovens, também quero ganhar. Vou esperar o quanto for necessário por ela.

Bati em seu braço e em seguida levantei a mão para seu rosto e apertei sua bochecha - Que bonitinho.

- Não pensem que estão ganhando de nós só por isso! - ele se afastou esfregando o rosto emburrado. - Por que não me falaram? Contei para o Kuroo quando aconteceu comigo.

- Porque você quis - rebateu o gato preto -, você é boca aberta, não queremos que todo mundo fique sabendo.

- Não sou não.

- É, sim - rebateu Tetsurou.

- Não sou.

- Certo crianças - empurrei os dois na direção do refeitório -, nem meu irmãozinho discute assim. Então Bokuto, para provar que você não é tagarela como o Tetsurou disse, espero que mantenha em segredo.

- Posso fazer isso - exclamou -, mas por quê?

O garoto olhou por cima do ombro, se virando levemente para me encarar.

- É um pouco recente, não tem necessidade dos outros times ficarem sabendo por agora, devem se focar nos treinos. Se a notícia se espalhar, pode ser que comecem a prestar atenção na nossa interação e não nas partidas. Todo mundo é um pouco curioso.

- Oh, faz sentido.

- É surpreendente ter entendido tão fácil.

Apertei a lateral de Kuroo - Não deixe as coisas mais difíceis, e Bokuto está proibido até mesmo de falar com a capitã.

Particularmente não tinha nenhum problema com a pseudo-namorada dele saber, mas já que alimentamos uma chama de desafios entre nós, gostaria de testar sua percepção. Se ela consegue deduzir algo sem precisar falar, já que tem a sua fama de maestrina, não faz mal colocar a prova.

- O próximo acampamento é na Fukurodani, quero dar a notícia eu mesma.

Apesar da careta, ele concordou, e quando o refeitório entrou no nosso campo de visão a atenção mudou de lugar. Hinata e Lev que chegaram antes já estavam nas mesas, tinham outros jogadores que haviam terminado suas refeições e ficaram por ali para conversar.

Me sentei junto de Kuroo, Bokuto e Akaashi, Yaku e Kai que estavam falando com o resto dos terceiranistas da Fukurodani também estavam por perto.

Eu não percebi até então, mas olhar a relação dos dois times mais de perto ao longo de dias me fez perceber algumas coisas. Bokuto não tão ignorante quanto as pessoas acham, simplista, exagerado, inocente, poder até ser, porém ele está longe de ser burro.

- Desculpe por não confiar em você em Bokuto - falei -, ao menos em pensamento.

Ele levantou a cabeça para mim, o resto da mesa estava engajada em outras conversas, então não prestaram atenção em nós.

- Já se desculpou, então está tudo bem - um sorriso apareceu no seu rosto a ponto de fazer seus olhos se fecharem de leve. Sua mão atravessou a mesa e parou na frente da minha com o mindinho levantado - Somos amigos, não é?

Respirei fundo - Sim, somos.

Satisfeito, ele riu e soltou, falando que ia pegar mais uma gelatina antes de nos expulsarem dali. Tinha que dar uma olhada nas tarefas das gerentes, então me retirei da mesa primeiro deixando os jogadores para trás.

Já estávamos caminhando para o último dia de treinamento, e se parar para analisarmos os dados, tem algumas informações relevantes. Todos os times estavam se empenhando para ganhar, é claro, contudo a maior diferença está com os visitantes. Se antes haviam cinco, seis pontos de diferença nos sets jogados, agora eles pareciam mais perigosos do que nunca.

Não foi um ou dois jogos que eles que perderam por uma margem pequena, e sim diversos deles. Dia após dias, mesmo de aparência exausta, todos continuavam a treinar depois do horário, inclusive Tsukishima, quem parecia ser mais um pupilo de Tetsurou do que qualquer outra coisa.

- Aqui Lev - estendi uma toalha para o primeiro anista, que fora liberado parcialmente dos treinos de recepção para jogar nas partidas do terceiro ginásio.

- Obrigado Calli-senpai - o jogador esfregou o rosto -, viu o meu ataque? O que achou?

- Que ainda precisa melhorar se quiser realmente ser o ace, Tora não pode ter a força de um nacional como aquele ali - apontei para Bokuto do outro lado. - Mas ele tem uma ótima visão de jogo, fora que você faz parte do bloqueio, então precisa bloquear.

- A propósito, quando estiver sozinho contra um atacante, tente não bloquear ficando exatamente à frente dele. Fique na frente do braço dominante dele.

- Tecnicamente, somos adversários assim que entrarmos numa partida, então, por que nos dar conselhos? - Não tiro razão do raciocínio lógico do loiro da Karasuno, é a primeira reação.

Não importa o quão unido o grupo de treinamento é, eventualmente se todos eles conseguirem seus objetivos, vão acabar se enfrentando em quadra. A vantagem da experiência nesse caso é essencial. Curiosa, me voltei para Kuroo ansiando pela sua resposta, me arrependendo amargamente em seguida.

- Sempre fui um cara legal - falou com uma pose completamente fora do espectro da sua personalidade. Me abaixei para pegar uma bola que estava no canto, e sem um segundo pensamento, arremessei em sua direção. Ele foi acertado no braço imediatamente abandonando sua pose de santidade e voltando a fincar os pés na terra.

- Pare com isso, é estranho. Está assustando os jovens - apontei para os alunos de Miyagi.

- Não precisam me olhar assim - e continuou -, quero que a batalha do lixão se torne realidade. Nosso treinador quer isso mais que qualquer coisa, mas vai saber até quando ele vai continuar.

Explicou com sinceridade mexendo nos fios de cabelo da nuca.

- Por isso, vocês também têm que continuar vencendo. Bem, eu também acabo treinando, então não pense demais. Vamos lá, de volta ao treino!

Recolhi as toalhas e quando Tetsurou se aproximou para entregar a garrafa, não deixei a chance passar.

- Belas palavras, senhor cara legal. Devo acrescentar cara legal na sua lista de apelidos, cara legal? Porque você é muito legal.

Kuroo pegou uma das toalhas que estava no meu braço e colocou na minha frente tampando minha visão visivelmente envergonhado pela cena anterior.

- Calada.

A risada veio naturalmente, o ver encabulado não é um cenário comum. Puxei o pano e ajeitei os fios de cabelo que vieram com ele para trás, vendo o sétimo set ter início. Me sentei na lateral, apesar de ser só uma observadora, é bem interessante ver a dinâmica de movimentação. Com menos jogadores a área de cobertura é bem maior, e também é diferente da dinâmica de duplas.

Fiz algumas anotações na prancheta, parando apenas quando ouvi Bokuto reclamar, em voz alta, sobre "jogo sujo". A bola estava posicionada para Hinata cortar, só que em sua frente havia um bloqueio triplo. Pela minha experiência, fui obrigada a franzir, aquele movimento não era nada legal para quem ataca, para a defesa parece ser a situação perfeita.

O Laranjinha então fez um movimento polido que mandou a bola para cima num block-out surpreendente, caindo depois na quadra de costas no chão.

- Você usou bem o bloqueio - Kuroo disse.

- Ah, eu mirei na ponta dos dedos do Lev - Hinata se levantou - foi pura sorte ter acertado.

- Sorte ou não - disse em voz alta, fazendo os garotos se virarem em minha direção. - A jogada foi boa. Para quem luta no ar é um bom ataque, devia investir nesse treino.

- Você estava com um bloqueio triplo de 1,90m! Sem falar no levantamento péssimo, é assim que se faz! Estou comovido! - Bokuto pegou a cabeça do mais novo, o enchendo de elogios. - O pequeno guerreiro valente que luta contra uma parede de dois metros, eu vou te dar um ataque especial novo!

- Essa até quero ver - coloquei a prancheta de lado.

No fim, o que ele ensinou foi a técnica de finta, uma boa saída, uma ótima mudança de ritmo, mas não é nada excepcionalmente extraordinário como a coruja fez parecer. As horas de treino foram finalizadas e então chegamos ao último dia de treinamento.

Por algum motivo me senti mais cansada que os outros dias, acredito que o psicológico de saber que é o último, fez sua parte e começou a ansiar pela minha casa antes do que o esperado. Apertei o ombro enquanto na quadra e girei o pescoço.

- Está tudo bem, [Nome]? - Naoi perguntou.

- Sim, um pouco cansada apenas. Já participei de treinamentos antes, mas nunca tão ativamente. Todas as minhas energias eram gastas em quadra - e me retratei -, não estou reclamando, é apenas diferente.

- Imagino que sim, mas fez um bom trabalho. Os jogadores parecem estar jogando mais tranquilamente com você aqui, e aproveitando também já que não precisam se preocupar com o equipamento.

- Feliz em ajudar - respondi -, também vou ficar feliz em ajudar a pensar em treinos para o time. Apesar de serem o segundo time com menos derrotas, foram poucos os sets ganhos contra a Fukurodani.

- Naoi me disse sobre suas ideias de ataque - treinador Nekomata comentou. - Podemos discutir a fundo quando voltamos para a escola.

- Vou aguardar ansiosa.

Pelos horários parecia que estávamos nos últimos jogos, depois disso a "refeição especial" seria servida como um último evento. Enquanto a Nekoma estava jogando com a Shinzen, a Karasuno e a Fukurodani se enfrentavam em outra quadra.

Algumas coisas peculiares estavam acontecendo por ali, incluindo o ataque especial que o Bokuto ensinou para o Hinata no dia anterior. Dei risada e voltei a olhar para a quadra do meu time, Kenma estava bem, logo os levantamentos estavam precisos como sempre. Em relação a Lev, ainda tinham erros, porém numa quantidade muito menor.

- Lev é bem alto, seria ótimo se ele conseguisse pular para passar por cima do bloqueio - falei para mim mesma. - Devemos arrumar alguns pesos de pernas?

O treinador riu ao perceber meu murmúrio - Tenho certeza que seria bom, mas um treino se salto vertical é mais indicado, principalmente porque ele é novo e ambicioso.

- Devo anotar isso como uma ideia para o futuro?

- A vontade - escrevi e então percebi o treinador também olhando para a Karasuno. - A próxima vez que nos encontrarmos serão dois times completamente diferentes.

Acompanhei seu olhar, bem a tempo de ver o levantamento de Kageyama, aquele que ele estava treinando desde o primeiro dia. No ponto perfeito, quando o atacante está no ponto mais alto, a bola que para, e caí.

- Chega a ser assustador a velocidade de mudança - falei -, mas também não ficamos aqui de bobeira. Só estamos escondendo nossas garras por mais um tempo. Como o treinador disse, sangue novo também vem com mudanças.

- Já pensou em ser treinadora [Nome]? - Naoi perguntou. - São ótimas palavras.

Marquei mais um ponto na prancheta - Não, também não quero, é só experiência. Prefiro cuidar de atletas fisicamente, deixo o posto de guiar eles em quadra para outra pessoa.

- Que pena.

Pensando na minha carreira, me lembrei de algo que o senhor D'Calligari comentou. Em relação à clínica de Tóquio, talvez eu tenha que o acompanhar em alguma visita ou reunião em breve. Será que Fideo estava fazendo o mesmo em Miyagi? Faz algum tempo que não conversamos sobre isso, ainda que ele tenha me forçado a fazer um grupo com ele, Aoi e eu de participantes, os assuntos eram variados.

Não demorou até que os treinos fossem finalizados. Enquanto o almoço, que foi revelado ser churrasco, era preparado, alguns dos garotos ainda ficaram em treino livre.

- Que tal jogar um pouco [Nome] - Yaku se aproximou de mim com uma bola. - Não vi você e quadra sem ser em aquecimentos.

- Tenho que ajudar o restante das garotas.

- Não se preocupe com isso - Kaori que estava perto, respondeu. - Tenho certeza que elas não vão se importar, pode compensar depois que acabar. Deve ser difícil para você ficar longe da quadra.

- Obrigada, prometo que pego a parte mais pesada depois.

A garota sorriu e balançou a mão - Se divirta.

Coloquei a prancheta de lado, e sobrei as mangas da minha camisa. Fazendo o mesmo com a calça do agasalho da escola, rapidamente Yaku conseguiu organizar um time. Eles abaixaram um pouco a rede para eu poder jogar mais confortavelmente e então começou. Yaku, Kuroo, Lev e Tora da Nekoma estavam jogando do meu lado, junto com um Bokuto de ânimos recém-recuperados, tomando o lugar que originalmente é de Fukunaga.

Do outro lado, Tobio, Hinata e Daichi da Karasuno, com Komi, Konoha, Washio e Inuoka.

- Veja de perto enquanto eu ganho de você Tobio - falei me aproximando da rede.

O garoto quase fez um bico - Não vou perder [Nome]-senpai.

Lancei para ele um sorriso - Veremos.

A nossa briga foi direta, poderia até dizer que os níveis podiam se equiparar quando nivelados individualmente. Mas em grupo, eu tinha um controle muito maior e mais técnica para brincar do que ele, por ser a primeira vez que essa combinação de jogadores estava junta, Tobio levou algum tempo para se sincronizar.

- Tora é sua! - fiz o levantamento para o jogador que conseguiu um ponto limpo de cruzado.

Ele caiu de joelhos levantando ambas as mãos para o alto - Obrigado pela oportunidade de marcar por um levantamento seu, Deusa do Vôlei.

Bati ambas mãos nas suas, ignorando o fato dele estar ajoelhado - Boa cortada.

- Deusa do Vôlei é um apelido tão legal, Calli-chan - Bokuto comentou.

- Particularmente prefiro o Rainha de Copas - me preparei para a próxima jogada fazendo um sinal nas costas. - Era mais sanguinário e a frase de efeito ficava boa nas matérias.

- Qual é?

Nosso saque foi recebido e contra-ataque veio forte pela mão de Konoha. Yaku recebeu e mandou para mim, dando uma boa chance de dar a resposta para o ace da Fukurodani.

- Cortem suas cabeças, Chapeleiro Maluco - não foi o levantamento da rainha, mas foi um bom levantamento que levou o ponto número 25. Bati a mão na dele comemorando, e agradeci aos adversários pelo jogo.

- Não fique emburrado - cutuquei o ombro do levantador da Karasuno. Apesar de estampar um sorriso vitorioso no rosto. - A propósito, parabéns pelo levantamento, pode ter dado certo uma ou outra vez, mas sei que encontrou seu caminho.

- Suas orientações foram de grande ajuda, muito obrigado - ele se curvou num agradecimento exagerado.

- Não foi nada, o domine suficiente para me mostrar novamente no torneio de primavera.

- Sim!

As churrasqueiras foram montadas, após lavar bem as mãos, cheguei para organizar o que faltava. Vários grupos se formaram, e as conversas paralelas estavam em todos os lugares. Estava sentada na grama junto das outras gerentes, consegui perceber alguns olhares vindo na nossa direção, mas nenhum dos garotos tinha coragem de se aproximar.

Com exceção de um.

- Come.

- Obrigada pela preocupação demônio-senpai. Mas podia ser um pouco mais gentil - falei pegando o prato que ele me entregou quase enfiando na minha cara.

- Estou fazendo um favor - respondeu -, não fique só sentada aí. Se quiser algo e não conseguir, me avise que eu pego. Fukunaga está com uma churrasqueira inteira com ele.

Balancei a mão e ele se foi, quando isso aconteceu ele foi direto para Kuroo que também me lançou um olhar. Foi então que percebi que aquele gesto fora um mero intermédio do líbero e que quem estava preocupado, na verdade, era o capitão.

- [Nome]-san tem uma boa relação com todos os jogadores não é?

- Sim, acho que o fato de ter estado na quadra como eles ajuda - respondi a gerente da Ubugawa. - Também tem o fato deles terem acompanhado parte da minha recuperação, então sei que tenho alguns olhares na minha direção.

A conversa continuou para todos os assuntos, e quando percebi o céu de Shinzen já estava alaranjado e a primeira escola se preparava para partir. Depois que a Karasuno se foi, a Nekoma e a Fukurodani também se ajeitaram saindo praticamente ao mesmo tempo.

Já no ônibus o que nos rodeou foi o silêncio, em certo ponto até eu me encontrei escorando no banco e sofrendo um apagão completo, sendo acordada apenas quando chegamos na escola. De Saitama para Tóquio, dava em média 50 minutos, até a escola no subúrbio, um pouco mais.

- Temos muito o que conversar sobre o treinamento - Nekomata-sensei anunciou assim que chegamos. - Mas faremos isso durante o próximo treino. Por hora vão para a casa e descansem, bom trabalho.

- Meu pescoço está me matando - comentei com Kenma e Tetsurou, quando estava no metrô para voltar para casa.

- Você dormiu toda torta - Kenma rebateu -, é de se esperar. Pelo menos seu pai pode dar um jeito.

- Isso é verdade. Não sabia que estava tão cansada até parar.

- É como quando se machuca com uma dose de adrenalina no sangue, só quando ela começa baixar que os efeitos são sentidos. Não me surpreenderia se dormisse por dois dias seguidos.

- Parece um sonho - deitei no ombro de Tetsurou. Aproveitando que conseguimos três lugares para nos sentarmos. - Mas não posso, Nico quer reunir o time dele para jogar, como a treinadora do time, preciso comparecer.

- Achei que já tinha acontecido o campeonato.

- Ainda não, é uma semana antes do início das eliminatórias de Tóquio - expliquei -, tem 5 times de 6 crianças, vai ser tudo jogado num único dia, mas Nico está treinando como se fosse um título mundial.

- Quando começamos a jogar também éramos crianças, Kuroo deve ser uma boa ajuda para você - Kenma falou -, devia ir junto.

- Jura? Você faria isso por mim? - levantei a cabeça e aproximei meu rosto do dele sem dar a chance de resposta. - É claro que você não me deixaria nessa sozinha, certo?

Dei risada e fui acompanhada por Kenma que estendeu a mão para eu bater Tetsu colocou a cabeça para trás. Pelo tom de voz e o brilho afiado nos olhos do levantador, percebi ser um tipo de vingança.

- Quando vocês armaram essa para mim?

- Foi uma colaboração espontânea, Kenma só me deu um suporte.

O capitão sorriu - Como posso negar um pedido da minha namorada, indicado pelo meu amigo. Nico também merece a minha ajuda.

Estiquei o pescoço e deixei um beijo em seu rosto - Até que você está certo.

- Sobre o quê?

- Ser um cara legal.













N/A: Não tinha muito o que cobrir, já que o foco é na Karasuno. Então, terminamos por aqui, seguimos com a parte original.

Logo mais com jogos.

Explicação: O Bokuto é o Bokuto, temos uma percepção geral dele. Que é o exagerado, mas alguém que fala pro Tsukishima algo como ele disse não é burro. Tem outros momentos no mangá também que ele tem sim uma sabedoria desbalanceada, além de uma auto-consciencia. Então, fica aqui a justificativa do porque ele não ter feito um escarçeu.

Dito isso, obrigada por ler até aqui!!

Até mais, Xx!



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