The Archer (CC & Cairo)

By LadyJani

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Eu fui o arqueira, eu fui a presa Gritando, quem poderia me deixar, querido Mas quem poderia ficar? (Eu vejo... More

Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67
Capítulo 68
Capítulo 69
Capítulo 70
Capítulo 71
Capítulo 72
Capítulo 73
Capítulo 74
Capítulo 75
Capítulo 76
Capítulo 77
Capítulo 78
Capítulo 79
Capítulo 80
Bônus 01
Bônus 02

Capítulo 1

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By LadyJani

Oiê...

Voltei :D

Seguinte, fixei uma conversa no meu perfil com o link que é a playlist da fic, eu vou atualizando ela no decorrer da história, para vocês lembrarem de mim no decorrer do dia kkkkkk Quem quiser add a playlist, eu agradeço, pelo menos para me dar a ilusão que estão ouvindo kkkkkkk

Bjs e boa fic... 

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O celular tocou e Cairo Sweet foi obrigada a abrir os olhos preguiçosamente, ela esticou o braço e tateou a mesinha de cabeceira até encontrar o aparelho que soava estridente ao mesmo tempo que vibrava sobre o móvel. A garota de cabelos castanhos olhou o quarto verde esmeralda de uma arquitetura que facilmente se confundiria com o século passado, mesmo assim mantendo a elegância e sofisticação igual ao restante da casa grande e de dois andares, localizada em um bairro nobre da cidade. Cairo se obrigou a levantar e sentiu o corpo nu se arrepiar ao perder o contato com as cobertas quentinhas, ela foi até o banheiro, se livrou da calcinha preta e de renda que era o único tipo de peça que ela costumava usar para dormir, a jovem entrou no box de vidro do banheiro e ligou o chuveiro, deixando a água quente cair sobre seu corpo, molhando os cabelos e escorrendo até os pés. Sweet inclinou a cabeça para trás sentindo seus músculos relaxarem, lavou os cabelos e o corpo antes de sair do banho, a calmaria da casa era tão grande que era possível ouvir os passarinhos cantando lá fora, um cenário bem diferente da casa dos Walker que ficava há alguns quilômetros dali.

CC Walker ignorou o despertador com excelência, quer dizer, na verdade dedicou sua atenção apenas para ativar o modo soneca que ela já renovava pela terceira vez.

- CC WALKER VOCÊ JÁ ENTROU NO BANHO? – A menina loira ouviu o grito da mãe vindo do andar de baixo misturado com o choro de Miles, seu irmão mais novo, e os latidos de Pickles, o buldogue francês.

- Já – CC resmungou mentindo, ainda deitada.

A menina esticou o corpo na cama, alongando a coluna, os braços e as pernas, estimulando seu corpo, ela virou na cama com a intenção de inclinar o corpo para trás, mas não calculou muito bem o tamanho do colchão e acabou caindo da cama.

- Merda – a menina loira resmungou tentando levantar apoiando-se na cama ainda zonza de sono.

CC tirou o moletom e a calça de mesmo tecido, chutando a peça de roupa para os pés da cama para que se misturasse com o restante da bagunça daquele quarto, ela foi até o banheiro, tomou um banho rápido, afinal, precisaria evitar ao máximo que a mãe viesse até seu quarto para ter certeza que já estava acordada, o que lhe renderia um discurso gigantesco sobre organização, então assim que tirou toda a espuma do corpo, voltou para o quarto e vestiu um short jeans e uma blusa larga de mangas compridas, sentou na beirada da cama e calçou as meias e os tênis, mas infelizmente aquele não era seu dia de sorte, ela escutou duas batidinhas na porta e logo ela se abriu, e o rosto da mãe se transformou em uma expressão horrorizada. Os olhares da Senhora Walker corriam pelo quarto desarrumado, com uma prateleira cheia de troféus e medalhas de campeonato de futebol, o a porta do tapete enrolada para a direção da cama e os lençóis amassados e nenhum pouco alinhados.

- Isso é um quarto ou uma trincheira? – Jess Walker falou dando um passo para dentro do quarto da filha e esbarrando o pé em uma bola de futebol que rolou para longe. – Pelo amor de Deus, CC, quantas vezes eu já lhe falei que...

- Um quarto organizado é sinônimo de uma mente organizada – CC interrompeu a mãe e rolou os olhos – Mãe, eu tenho coisas mais importantes para me preocupar.

- Eu espero que você esteja falando da escola – Senhora Walker falou cruzando os braços e descansando seu peso sobre a perna esquerda.

- Na verdade eu estava me referindo ao futebol e à peneira para o time nacional. Esse é meu último semestre da escola e antes das férias do fim de ano, a treinadora falou que eu tenho grandes chances de ser chamada pelo olheiro do time nacional durante os campeonatos regionais e nacionais.

- CC, eu realmente espero que você foque nos seus estudos, em fazer sua inscrição para uma boa faculdade, algo que dê um futuro mais concreto.

A menina respirou fundo com o olhar fixo na mãe, enquanto repetia mentalmente um mantra qualquer, na verdade não era um mantra, era só uma vozinha irritante que mandava sua mãe calar a boca, mas CC tinha amor a vida o suficiente para não falar aquilo em voz alta.

- Quando terminar de calçar os tênis, arrume a cama e desça para o café, as panquecas que seu pai está fazendo já estão quase prontas – Jess foi para a porta e antes de fechar olhou novamente para a filha – não demore para não perder a hora, ou vai chegar atrasada no seu último "de volta as aulas". – A mulher falou animada e fechou a porta.

CC rolou os olhos sem paciência para a animação da mãe, até parece que ela chegaria atrasada, seu pai era o professor de música na escola em que ela estudava, e a possibilidade de perderem o horário da entrada da primeira aula era praticamente nula. A menina escutou a mãe bater na porta em frente ao seu quarto enquanto amarrava o cadarço.

- Wyatt, o café já está quase pronto, querido.

- Estou indo, mãe – CC escutou a voz do irmão do meio falando.

Walker terminou de calçar os tênis, colocou a mochila nas costas e claro que não arrumou a cama, abriu a porta ao mesmo tempo que o irmão abriu a porta do quarto dele, os dois se encararam durante dois segundos, estreitaram os olhos e saíram correndo em direção a escada, sem nenhuma necessidade. Cada um tinha o seu lugar na mesa de jantar ou na bancada da cozinha onde costumavam tomar café da manhã, mas CC e Wyatt precisavam de apenas um estímulo para começarem uma competição aleatória e sem fundamentos. A menina empurrou o irmão para o lado com o ombro e conseguiu tomar a frente e descer a escada por primeiro, mas Wyatt vinha logo atrás, quase esbarrando nos calcanhares da irmã, os dois entraram na cozinha correndo, fazendo o bebê Miles sacudir as perninhas e balançar os bracinhos, com as mãos cerradas, segurando pedaços de panqueca, sentado no seu cadeirão.

- CC, Wyatt – Senhora Walker repreendeu e os dois adolescentes riram.

- Aí estão minhas crianças – Senhor Walker falou colocando um prato de panqueca em frente a cada um dos filhos.

- Aí pai – Wyatt resmungou rolando os olhos e sentando na banqueta alta de madeira.

- Ok, vamos lá, plano do dia – Senhora Walker falou batendo palmas, chamando atenção dos filhos, até mesmo do bebê, que já estavam tomando o seu café da manhã, e do marido que sentava ao seu lado – hoje voltam as aulas, CC tem treino de futebol depois da aula, Wyatt clube de astronomia.

- Vai descobrir seu ascendente? – CC provocou o irmão levando um pedaço de panqueca espetado no garfo até os lábios.

- Isso é astrologia, ignorante – Wyatt falou irritado e sem paciência com a irmã mais velha que estreitou os olhos para ele.

- Você não se cansa de ser um nerdola chato?

- E você não se cansa de ser essa confusão em forma de gente?

- Hey, hey... parou os dois – Jess falou apontando para os filhos que respiraram fundo, controlando suas vontades de continuar os xingamentos.

- CC, seu remédio de asma, você esqueceu na sala – Bill passou para a filha a sacolinha da farmácia que eles haviam comprado na noite anterior depois que saíram da sorveteria para comemorar o fim das férias das festas de fim de ano.

- Ah sim – a menina pegou a medicação e abriu a caixinha, tirando uma ampola de alumínio de dentro.

CC abriu o bolso da frente da mochila e tirou a bombinha de asma de dentro, trocou as capsulas de medicamento e a deixou novamente no bolso da frente da mochila.

- Sempre no bolso da frente – Bill apontou para a filha e piscou.

- Sempre no bolso da frente.

Essa era a regra, desde que CC era pequenininha: a bombinha de asma sempre ficava no bolso da frente da mochila da escola. Há muitos anos não tinha fortes crises de asma graças ao esporte, mas vez ou outra, algumas crises leves se apresentavam, então era sempre bom manter o medicamento por perto por pura precaução.

- Bom, vou pegar a bolsa do Miles, e já vou legar ele e Pickles para a casa do Rolf – Jess falou pegando sua pasta cara de couro com todos os desenhos e plantas que precisaria para a apresentação da arquitetura de um novo condomínio que sua equipe estava coordenando – não percam o horário, queridos. – Ela deu um beijo no topo da cabeça de cada um dos dois filhos mais velhos e pegou o bebê do cadeirão, antes de ir até o marido e lhe dar um selinho, e por fim sair da cozinha.

Rof era o vizinho russo dos Walker, Rolf não era babá, na verdade era adestrador de cães, mas há alguns meses assumiu o papel de babá de Miles ao mesmo tempo que tentava adestrar Pickles e ensiná-lo a fazer xixi no lugar correto.

- PICKLES FEZ XIXI PERTO DA ESCADA, ALGUÉM LIMPA ANTES DE SAIR – Jess alertou antes de bater à porta da frente de casa e sair com o cachorro e o caçula em direção ao carro.

Existe uma pesquisa onde mostra que homens falam cerca de 15.000 palavras por dia, enquanto mulheres conseguem chegar a 16.000, mesmo essa pesquisa sendo tendenciosa e sexista, não tem como negar que os Walker só no café da manhã passavam facilmente de três mil palavras e que provavelmente estouravam essa média antes mesmo do horário do almoço, ao contrário de Cairo, que até o momento não havia nem mesmo começado sua contagem de palavras diárias.

A jovem de cabelos castanhos terminou o banho, secou os cabelos, decidiu por uma saia preta curta de cintura alta, tecido de alfaiataria e modelo em A, uma blusa branca sem mangas, colada em seu corpo e com gola alta que cobria alguns centímetros do seu pescoço, a blusa cropped terminava exatamente onde começava a saia, vestiu meias pretas que alcançavam seus joelhos e calçou seu par de mocassim que lhe davam alguns centímetros a mais, o que Cairo fazia questão de ter. Ela se olhou no espelho, e vestiu a jaqueta jeans, só então desceu para tomar café. A casa estava extremamente silenciosa e calma, Cairo colocou duas fatias de pão integral na torradeira, ligou a cafeteira e enquanto esperava o café ficar pronto acendeu um cigarro, tragou, e levantou a cabeça para expelir o restante da fumaça que subiu vagarosamente em um balé sofisticado até se espalhar por completo ao chegar ao teto. A garota olhou para o canto e viu as garrafas de vidro de bebidas que já se acumulavam há algumas semanas dentro de uma sacola, mais uma vez ela esqueceu de coloca-las do lado de fora para que a reciclagem recolhesse.

Desde que Cairo decidiu entregar o seu texto na direção da escola e denunciar o professor de literatura Jonathan Miller por menosprezar seus sentimentos e principalmente seu talento, sua vida naquela casa havia se tornado bem solitária, não que já não fosse. Os pais, renomados advogados criminalistas, decidiram deixar o escritório na mão dos sócios, para que eles pudessem viajar o mundo, sua vida naquela casa se tornou bem pacata, o que Cairo agradecida, pelo menos não havia toda a cobrança e julgamentos que Sr. e Sra. Sweet se empenhavam em fazer diariamente. Mas pelo menos, tinha Winnie, sua amiga, ficante, namorada ou seja lá como elas definiam aquela relação que ambas sabiam que era tóxica, e como em qualquer relação tóxica, elas não conseguiam se afastar, até Sr. Miller ser demitido pelo conselho estudantil da escola particular cara, renomada e tradicional que qualquer profissional carregava com orgulho no currículo.

Desde aquele dia, Winnie virou as costas para Cairo, bloqueou seu número e suas redes sociais, saiu de todas as aulas que tinha em comum com a amiga e nos corredores fingia que Cairo não existia. Sweet achou que merecia aquele tratamento, afinal, ameaçou Winnie em fazer o mesmo com o treinador Boris caso ela tentasse impedi-la, então Winnie se afastou, Cairo sabia demais sobre as suas trocas de mensagem com o treinador, mesmo nunca tendo acontecido nada, sabia que isso levaria Boris para o mesmo destino do amigo.

Não foi só a Winnie que começou a ignorar Cairo, a fofoca se espalhou como as sete pragas do Egito e no final do dia, todas as turmas já falavam sobre o ocorrido, resultando em cochichos e olhares curiosos toda vez que Sweet passada. Cansada disso, ela tomou uma decisão assim que entraram no recesso para as festas de fim de ano: iria trocar de escola, mesmo que essa mudança no meio do ano letivo lhe custasse sua vaga em Yale.

Cairo pegou as torradas e colocou em um prato, passou manteiga e serviu um pouco de café, escutou o celular soar brevemente ao seu lado no balcão da cozinha, olhou para o aparelho e ergueu uma sobrancelha ao ver que era uma mensagem da mãe.

"Por favor, aja com inteligência dessa vez e não estrague tudo."

Cairo respirou fundo e deixou os ombros caírem, por um momento achou que receberia uma mensagem de apoio ou apenas um "boa aula", mas isso era esperar muito de Sr. e Sra Sweet.

- Obrigada pela preocupação, mãe.

E foi nesse tom irônico e desanimado que Cairo começou a sua contagem de 16.000 palavras diárias. 

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