"Quanto mais vulnerável, mais intenso pode ser"

Lisa passou o jantar inteiro cobrando Dasha de uma coisa, redes sociais, a cada foto a pergunta é a mesma, qual seu @ ? No café da manhã no hotel, a mesma coisa, fazendo com que de tarde, Dasha já sem paciência instale o aplicativo, deixando Lisa satisfeita.
"Você vai criar uma conta ?" A mulher não esconde seu sorriso.
"Vou reativar a minha antiga, estou a meia hora tentando dar um nome de usuário e só aparece coisa estranha" Ela revira os olhos.
Em instantes, Dasha estava de novo no aplicativo, após quase três anos.
"Não sabia que tinha a opção de desativar" Lina comenta.
O café chegou, sendo colocado na mesa e rapidamente estavam todas grudadas no telefone e com as bocas ocupadas de café.
Dasha deu uma boa olhada no que estava no seu perfil, precisando urgentemente ocultar publicações que tivessem algo ligado a Joe, ficando apenas os carrosséis de fotos de seus prêmios.
Até encontrar todas a pessoas que precisa na rede, bons minutos se passaram e ela claro, precisou fazer outro limpa, tirar algumas pessoas dali, que já não fazem parte de sua vida.
A última vez que mexeu se lembra bem, foi dias depois de ter visto seu técnico tentando forçar uma das garotas a ter relações com ela, aquilo abalou Dasha o suficiente, para querer se isolar do mundo, mas fez com que ela ficasse ainda mais exposta quando os repórteres começaram a ir atrás dela, saber opinião, versão dos fatos, tudo que ela um dia fez em suas redes sociais, seria facilmente usado contra elas e foi.
Uma infeliz publicação, elogiando o trabalho do técnico e tudo que a garota disse ter passado, foi refutado.
Quando o processo contra ele e a federação se iniciou, já que muitos tentaram ocultar o que aconteceu, um simples clique e tudo acabou, Dasha apenas sabia do que a contavam ou o que ela vê nos jornais esportivos.
É hora de virar essa página e tentar ver se realmente deve ficar longe daquilo ou não é para tanto mais.
Foi então que ela percebeu que seus novos troféus com o Chelsea, não constam ali o time fez questão de ter feito sessão de fotos com seus novos troféus e medalhas, não tem nada melhor que exibir eles.
A foto com Dasha sentada no chão e com seus dois troféus da Super Liga e da FA Cup, sem faltar as duas medalhas.
Kai descobriu rapidamente a respeito, viu como uma oportunidade de a stalkear, dessa vez da melhor forma possível.
Com o que ela quer que saibam dela, não o que algum jornal ou o Joe colocou.
E foi nisso que Kai, resolveu se trancar no quarto do hotel por alguns minutos a mais, para ter certeza que poderia ver tudo que queria.
E decidiu pular para o começo, entre fotos antigas com a família e alguns amigos que ele tem certeza que nunca viu.
Então um pulo para quando ela entrou na universidade e as publicações são inúmeras viagens com a classe, estudando com pessoas que Kai nunca viu, tudo muito aleatório.
Até finalmente ver ela vestida com o uniforme do time em um campo, ao passar para foto seguinte, Joe a segurava no colo ainda no campo Kai revirou os olhos, mas tem certeza que ela não viu aquilo.
Em seguida, Dasha jogando de novo dessa vez com um rosto que ele conhece o de Julie e Rose.
Daí foram vários, até voltar a ter fotos da família e um de despedida de Julie, que pelo que Kai leu, trocou de universidade.
Em seguida, Dasha jogando basquete, o que o fez se levantar da cama espantado.
As publicações começaram a se alternar entre ela fazendo gols e roubando bolas no basquete, para repentinamente Dasha de líder de torcida.
Quando Kai pensou que já tinha visto tudo, encontrou algo que ele jurava que apenas Thomas tinha coragem.
Vídeos de Dasha provocando seus adversários antes dos jogos.
Os troféus universitários, algumas fotos em que Joe aparecia de longe ou com a família dela.
Até suas primeiras convocações, Kai não pode deixar de sorrir com isso, foi há exatos 9 anos atrás, Kai nem imaginava que o Instagram já existia nessa época.
As publicações passaram a ser poucas, apenas sobre os jogos para então sua formatura.
Um evento que Kai não conhece, mas aparentemente ela tinha sido contratada por um time.
As provocações ficaram mais tensas e até mesmo pela seleção.
No primeiro campeonato nacional, marcou as rivais e perguntou se o troféu era bonito, Kai só conseguiu arregalar os olhos.
Tiveram as olimpíadas, a copa do mundo.
Então mais jogos, mais troféus,mais olimpíadas, mais copas do mundo.
Kai viu um carrossel das finais de beisebol, em que ela e algumas colegas de time estavam, depois alguma competição que provavelmente Joe estava, mas ele não foi mencionado e não tem seu rosto em lugar nenhum, Kai reconheceu pelo uniforme da LSU.
Kai foi surpreendido, por uma foto de capa de todas as meninas em 2019, para Forbes, foram homenageadas e escolhidas como atletas do ano.
Pouco tempo depois, algumas postagens sobre esclarecimentos em conjunto, depois sobre algo na justiça e a nova publicação de Dasha, aquilo o deixou curioso, ela já teve problemas na justiça tão sérios, assim se perguntou.
Se lembra bem de ter ouvido falar que ela teve que depor e que algo aconteceu, mas Kai imaginou que fosse algo não tão complexo e antigo, se é que são sobre a mesma coisa.
Dasha não parece o tipo de pessoa que tem muitos problemas com a justiça.
Kai deixou um coração em todos as postagens, menos as que tinham algo a ver com Joe, sim Kai vai marcar território.
Deixou o telefone no quarto e desceu para iniciar seus treinos, alguns minutos atrasado.
Os rapazes estavam concentrados, diferente do time, na seleção o silêncio e concentração prevalece, a não ser quando Muller começa a ter seus ataques.
Desde que chegou, Kai percebeu uma coisa, primeiro vem o técnico, daí a comissão técnica e então os remanescentes do título mundial, para depois o que acreditam ser os que serão seus herdeiros, para os que estão a um tempo e então, os mais jovens.
Kai só não entende o porquê sempre é jogado para escanteio, no grupo dos maios jovens com Florian e estranhamente Julian, até mesmo Timo consegue ter mais respeito que Kai e Julian.
Acontece que a geração nova da seleção, está estacionada nos 24, idade que eles já deviam estar começando seu auge, mas na verdade está sendo a idade que estão tendo profissionalmente, mais decepções e Florian de apenas 20 anos que custou a poder ser convocado, graças as desconfianças que seria útil atua na mesma posição que Kai.
Não ironicamente, após Kai sair do Leverkusen, foi justamente Florian que assumiu seu lugar e as mesmas expectativas que tinham sob ele ali, o problema dessa vez é que Florian continuou no país, tendo assim mais simpatia e orgulho do povo e mostra mais vontade de agora ocupar a posição de Kai na seleção, posição essa que Kai não tem, já que não é titular.
E parece que quanto mais Kai tenta sair de perto do garoto, mais ele se aproxima.
O rapaz tirou os fones de ouvido, recuperando um pouco o ar pelos exercícios.
"Sua namorada vem te ver jogar ?" Kai ergueu uma sobrancelha, sem entender a pergunta.
"Vem por que ?"
"Vou chamar minha irmã para conhecer ela, minhas duas irmãs jogam futebol" O rapaz comenta, pegando o telefone e digitando algo.
"Legal" Kai resmunga.
Timo se juntou aos dois, apenas por ter visto as expressões de Kai, um costume que adotou para ajudar seu amigo a não apanhar por conta disso.
"Kai, Florian sempre tão bom ver vocês" Timo abre um pequeno sorriso.
Kai o olhou sem entender, logo recebendo o sorriso nervoso de Timo.
Quando Florian saiu de perto por poucos minutos, teve que dizer.
"Precisa controlar essa cara, não é porque você não gosta, que tem que olhar assim, lembre seleção e time são família, nada de confusão no vestiário"
"Bem lembrado"
Timo disfarça ao ver Florian voltar e em instantes, os três estavam de volta em seus exercícios.
"Falando em família, como a Paula está, ela gostou de vir ?" Kai pergunta e Timo entende bem o que ele quis dizer.
"Paula está ótima, amou voltar para Londres, uma pena que ainda não tenhamos tido oportunidade de nós ver, estamos morando perto" Timo mesmo assim evita o assunto.
"Sim, vai ser fácil por agora, já que a Dasha está afastada" Kai observa o amigo atrás de qualquer informação que sua expressão possa dar.
"É" ele levemente torceu os lábios e evitou olhar para Kai, visivelmente preocupado.
"Vocês vão ficar nessa frescura até quando ? Anda logo Timo esculacha o Kai para ele ficar puto e devolver" Julian que sequer tinha sido percebido ali, os observa, enquanto toma seu isotônico arrancando uma risada de Florian.
"Kai você sabe que a Paula acha que a Dasha era uma amante, sabe que ela e a Sophia conversam sempre, mas mesmo assim ela não quer entender nada que eu digo, é impossível, mulheres são fiéis a amizades, ela acha que gostar de vocês é uma traição com a Sophia e não para de dizer, de como tudo era melhor quando ela estava aqui" Timo revela.
Julian deu um leve sorriso ladino, típico alemão, amando disfarçadamente o que está vendo.
"Dasha nunca foi amante, pelo contrário eu que quase fui o amante" Kai fala sem querer.
Os três rapazes arregalam os olhos surpresos, Julian não pôde deixar a risadinha, enquanto Timo tenta absorver a informação.
"Foram mais de dois meses desde que ela foi embora, para que eu e a Dasha pensássemos em ter alguma coisa e honestamente, no dia que eu fiz aquele post foi justamente quando começou,antes disso não tinha nada oficial, na verdade, acho que até duas semanas atrás não tinha nada oficial" Kai acaba se perdendo graças a complexidade da relação.
"Eu sei, mas já disse isso para ela mil vezes, até a Sophia já disse, ela não entende, ela acha que desde que Dasha chegou, estão tendo um caso"
"Sinceramente, até o Mudryk tinha mais chances que eu, olha eu posso tentar falar com ela, não quero clima estranho entre elas, não quero briga nem nada e outra, a Paula tem que dar uma chance para Dasha, sequer se conhecem, não custa tentar, nos todos vamos conviver de forma obrigatória por um bom tempo, sacrifícios precisam ser feitos"
Kai e Timo se encaram.
"Posso pedir para ela falar com você" Timo concorda.
Kai sentiu esperança, mas ela foi jogada no ralo, Paula riu e não quis diálogo algum com Kai.
Já sem paciência para isso, ele apenas saiu a passos curtos para seu quarto.
Tinha problemas maiores como o quê dizer para imprensa no dia seguinte, mas escrever textos e mentalizar as perguntas ou passar um tempo com a equipe de mídia da seleção, o preparando, não adiantou.
-Todos deviam ter reparado, mesmo antes do Campeonato do Mundo, que não tínhamos tanto apoio no país, claro que havia outras razões, mas, do ponto de vista do futebol, não tínhamos nenhum apoio, estávamos realmente sozinhos. Quando vimos o apoio dos torcedores de outros países, achei que faltou um pouco aqui- Uma simples fala que repercutiu por toda Alemanha endurecendo muitas pessoas acima de tudo torcedores.
-Como diz o ditado, a torcida é o décimo segundo homem e dá apoio mesmo nas fases ruins. Nem sempre sentimos isso 100 por cento, estamos tentando criar euforia novamente e atrair os fãs, a única maneira de fazer isso é vencer. Mas também precisamos de apoio e apoio nas fases más para sairmos dessas fases más-
-Temos recebido muitas críticas nos últimos meses, muitas vezes, na minha opinião, injustificadas. Lidamos bem com isso em equipe, algo assim nos une- Ele finalizou da forma mais marcante.
Dasha ao ver a frase que a bild usou no espaço de opinião sobre o assunto não precisou terminar a notícia, 'Às vezes você se pergunta o que se passa na cabeça dos milionários do futebol. Kai Havertz, nos deu uma visão esta semana'.
O espaço foi apenas realista, mostrando os valores dos ingressos, falando sobre os produtos que os torcedores compram, as viagens que fazem para acompanhar a seleção e o tempo gasto para receber aquele comentário em troca.
Ela preferiu não comentar, apenas respondeu para Kai um curto 'que pena' é apenas mais uma das coisas que ele a envia, mas dessa vez é diferente, aquilo não o deixou chateado, sim irritado, com a coragem do jornal e insistindo que não tem nada a ver uma coisa com a outra.
Sábado finalmente chegou, o dia do jogo contra o Japão, os rapazes foram autorizados a ver a família antes e após o jogo como incentivo.
E Kai tinha se esquecido de um detalhe.
A camisa.
"Você não pode usar de qualquer jeito" ele correu até a mala.
"Como assim" Dasha segura o objeto vendo Kai procurar por algo.
"Meu perfume" ele tirou a tampa e espalhou o perfume na camisa.
"Para que isso ?" Dasha não pôde deixar de rir.
"Para quando você vestir, além do meu nome ter meu cheiro, assim você vai se sentir do meu lado quando usar, fiz o mesmo com as suas" Ele revela, a expressão de dúvida no rosto dela não demorou a aparecer.
"Fez o mesmo, como assim ?"
"Peguei seu perfume e espalhei" Ele dá de ombros.
"Quando pegou meu perfume ?" Ela tenta recobrar a memória.
"Comprei um igual só para isso, quando sinto saudade eu passo em algum lugar, costumo sempre passar nessa pulseira para me lembrar do seu cheiro" Ele estica o braço aproximando do nariz dela a pulseira de linha e miçangas pretas.
"Ah" Dasha sem palavras apenas observa.
"Eu sei, sou muito romântico" Ele se gaba.
"Na verdade achei meio assustador" Ela confessa.
"Que besteira é muito fofo"
Kai ao ver o silêncio dela, depois de tanto tempo percebeu que talvez realmente tenha assustado ela com a informação.
Horas depois, Dasha teve certeza que nenhum sabão no mundo tiraria o perfume daquela blusa e ela teria que se acostumar com o mix de cheiros causados pela blusa, o o hidratante, o creme de cabelo e seu perfume, torcendo para enxaqueca não aparecer.
Dasha decidiu ir de acordo com o que o código de vestimenta alemão pede, a camisa, uma calça jeans simples e sapatos pretos, que no caso ela optou por uma bota, pareciam até uniformizadas.
A simplicidade delas surpreende Dasha a todo instante, principalmente pelo fato de elas estarem saindo apenas com rímel e gloss, os cabelos nem se fala, algumas apenas pentearam, enquanto outras ajeitaram com babyliss.
Se estivessem no seu país, aquilo seria um evento, se lembra bem que tinha uma quantidade significativa de camisas do Joe com lantejoulas ou personalizadas, apenas para jogos, isso porque ela não acompanhava muito.
As outras meninas chegaram e em minutos, aquele espaço do estádio estava cheio.
O apito inicial é dado.
Lisa a todo momento se mostrou muito receptiva e satisfeita com a presença de todas, mas uma coisa Dasha não precisou demorar para entender.
Lisa manda ali e põe ordem também, talvez por ser a única a estar ali tanto tempo, talvez por ter gênio forte ou talvez porquê muitas pessoas tem a necessidade de seguirem alguém.
Por mais que tentem se isolar em grupos, Lisa acaba fazendo com que fiquem juntas e em boa convivência, as que chegaram depois ficaram no mesmo hotel e na viagem seguinte, também iriam para o mesmo hotel, passariam pelos mesmos lugares, Lisa cuidadosamente escolhe cada um.
Não atoa, Lisa pediu para quê Dasha se sentasse do seu lado, fazendo que elas ficassem atrás de Paula, tornando impossível qualquer comentário maldoso ou risadinhas de serem feitos.
E Dasha percebeu que Paula entendeu o recado de Lisa, já que passou o jogo muda, até mesmo com Ann Katrin sentada ao seu lado tagarelando.
Se desligou por poucos minutos das duas a sua frente, ao ouvir algo que a chamou atenção.
"Não vou deixar esse cara desestabilizar minha casa e meu casamento" Lisa bate o pé e pelas sobrancelhas, está irritada com o assunto.
"Tá falando do outro Thomas ?" Sthefany que está no banco de trás se aproxima para ouvir.
"Ele mesmo, da última vez que esse time de merda entrou em crise, meu casamento quase foi junto, isso não vai se repetir, Thomas não sabe separar o trabalho da casa" Lisa revela.
"Leon também não sabe" Mathea praticamente grita, um pouco distante, balançando as mãos para que ela possa ver onde está.
"Ele também está te dando trabalho ?" foi a vez de Sandra namorada de Serje perguntar.
Cada uma em um canto diferente, se comunicando como se ali não fosse cheio de câmeras e pessoas ouvindo, Dasha percebeu que até mesmo os serios e apáticos alemães, gostam de fofoca.
"Sim ele está, já falei para ele, se começar essa palhaçada vai ganhar tapa na orelha" Ela exibe a palma da mão com seu jeito brincalhão.
"Você joga não é mesmo ?" Sandra aponta para Dasha que concorda.
"E também desconta as derrotas nas pessoas ao redor ?" Lisa fica curiosa.
"Desconto treinando"
"Mas também Dasha, qual grande derrota você teve na sua carreira ? Não acho que você tenha muito a se queixar e olha que eu nem tô puxando seu saco" Stefany confessa.
"Teve a Champions league, a copa do mundo nessa temporada, as últimas duas olimpíadas" Dasha começa a pensar.
"Nossas derrotas são diárias" Stefany suspira.
"Tuchel é uma derrota" Lisa revira os olhos.
"Não sei o quê de bom, Leon vê nele" Mathea resmunga.
"Meninas" Um grito é ouvido e saltos, batendo no chão são impossíveis de ignorar.
Lisa colocou a mão no rosto disfarçadamente e Dasha que nunca ouviu essa voz doce se virou.
"Quanto tempo meninas" A mulher com um sorriso de orelha a orelha fala, animadamente, praticamente sendo ignorada.
Seu corpo extremamente magro, indica que é modelo, o cabelo extremamente longo e loiro, chamam atenção, a maquiagem forte também e a roupa extravagante nem se fala, Dasha se perguntou se ela é alemã.
"Fiquei sabendo que agora temos mais motivos para nós comunicar em inglês" A mulher deixa um beijo na testa de Stefany e segue até Dasha.
"Esse bebê lindo é o Ludwig e eu sou Cathy Hummels" Ela estende a mão.
Dasha educadamente se levanta, pegando a mão da mulher que a surpreende com um beijinho na testa também.
"Fiquei sabendo que beijar a testa das pessoas, suga a energia negativa delas e reequilibra os chakras delas" a garota explica seguindo seu pequeno ritual de beijos, ganhando algumas caretas.
"Pode pegar minhas energias negativas, aproveita e leva alguns quilos também, você tá precisando deles mais que eu" Lina brinca.
Dasha arregalou os olhos com a acidez, ainda não se acostumou com o humor alemão.
"Você e o Mats voltaram ?" Lisa questiona.
"Estamos sendo bons pais, Ludwig quer ver o papai hoje não é mesmo" A mulher balança o menino no colo que concorda.
"Entendo" Lisa a mede.
A mulher se sentou perto de Dasha.
"Quando vai parar de usar o Hummels, quando Mats casar de novo, vão ter duas senhoras Hummels ?" Ann Katrin cutucou a colega.
"Ann porque não cuida do seu filho, que do meu marido cuido eu" Cathy dá seu melhor sorriso forçado.
Dasha que tragicamente junto de Lisa, ficou entre as duas, já percebeu a tensão aumentar.
"Eu estou cuidando sim do meu filho, obrigada pela preocupação, mas você devia cuidar dos seus antipsicóticos né, parece que não tomou hoje" Ann provoca.
"Já é uma ótima desculpa para sem querer te dar uma facada, amiga" Cathy e Ann acabam rindo juntas.
Dasha não pôde disfarçar o quão confusa ficou.
Em instantes sua confusão aumentaria, já que o Japão abriu o placar.
A surpresa foi apenas de Dasha já que todas apenas ficaram mais quietas, algumas irritadas e muitas tristes.
Não passou muito tempo, até Sané empatar, Stefany se levantou batendo palmas, sendo cumprimentada pelas outras, até três minutos depois, o Japão desempatar.
O clima azedou, os torcedores que já chegaram de mal humor, parece que só pioraram com aquilo.
Dasha descobriu que perder para o Japão virou uma tradição alemã, já que na copa do mundo o mesmo aconteceu.
Sabia que reclamar é um costume alemão, mas Dasha mesmo sem entender o idioma, sabe que por mais que o idioma seja complicado de ouvir, estão xingando cada um no campo.
Apos o intervalo do jogo, Dasha que preferiu ficar no telefone do que ver o que está acontecendo, recebeu de suas colegas de seleção, um meme.
Onde Kai e um campo de futebol, viravam uma conta de matemática e o resultado era uma foto de Sophia, entediada durante um jogo, logo abaixo as fotos eram invertidas, primeiro o campo de futebol, para então Kai e o resultado, uma foto que Dasha não sabe quem ou como tiraram,mas suas sobrancelhas unidas e lábios torcidos olhando para o campo, mostram bem o quão confusa ela esta vendo aquele jogo e a legenda, 'A ordem dos fatores, não altera o produto'.
Ela rapidamente colocou a mão sob seu rosto, sabe bem que se Kai ver ele, vai ficar chateado e irritado.
Ela desligou o telefone, voltando a prestar atenção no jogo e no clima do estádio, até a risadinha de Mathea ser ouvida e ela ir até Dasha e apontar discretamente para uma parte específica do estádio, ela estranhou o quê de tão interessante tinha para ver por alguns segundos, não encontrando.
Até perceber o rosto de algum adolescente frustrado, segurando com ódio um cartaz com os símbolos de substituição em vermelho e verde, junto dos rostos de Kai e Dasha, ao lado do rapaz outro adolescente também segura um cartaz em inglês, 'Quando Rodriguez vai entrar com o número 7 ?'
Ela olhou para baixo, só então percebendo que Kai também usa a 7 por sua seleção.
Quando as outras perceberam, não puderam deixar de tentar segurar o riso, o fato é que ninguém está jogando bem e aquilo não pegou bem.
Kai foi substituído, dando entrada para que Thomas vá para o campo.
Mas a situação não muda.
O Japão fez outros dois gols já no fim do jogo.
Kai que apenas queria ir para cama e dormir após a derrota, ainda tem que lidar com algo ou melhor alguém. Florian e sua irmã.
Juliane que até então conversa com seu irmão, ao ver Dasha de longe no corredor do estádio, não pôde deixar de se animar, Stefany apontou para eles e Dasha seguiu sozinha até os três.
"Oi, prazer em conhecer vocês" Ela abre seu melhor sorriso.
"Bom te conhecer, minha irmã já te xingou de todos os nomes humanamente possíveis" Florian expõe a menina que arregala os olhos e resmunga algo, estendeu a mão para Dasha, também alegre em conhece lá.
"Mais por quê ?" Ela se espanta, o cumprimentando.
Todos observaram a garota.
"Quando eu torci para Inglaterra, vocês eliminaram elas, quando eu torci para Holanda, vocês eliminaram elas, quando vieram jogar aqui na Alemanha, obriguei meus irmãos a irem comigo, porquê sabia que é difícil eles terem tempo para isso e é difícil vocês jogarem em outro país e você fez dois gols, contra a Alemanha, então sim, eu tenho motivos" A garota comenta risonha.
"Eu só fiz o meu trabalho, não é nada pessoal" Dasha se defende rindo das lembranças.
"Mas com certeza eu olhava e pensava, eu quero ser igual ela, uma filha da puta que derrota todo mundo, não como meu irmão, que perde pro Japão" A garota devolve.
Kai e Florian encaram a menina engolindo a provocação.
As duas continuaram ali se conhecendo, enquanto Kai já não tão bem com tudo aquilo e as entrevistas do pós jogo, queria sumir dali.
Pela primeira vez sentiu algo que ele imaginou que um homem jamais sentiria, não um homem que joga futebol, sentiu ciúmes da carreira de sua parceira.
Se sentou abrindo o pacote de balas gelatinosas, tentando entender aquilo.
"Não fica assim Kai, ainda precisamos perder para a França" Leon o consola.
Kai fechou os olhos, querendo chorar por imaginar o que aconteceria no jogo, porém ao sentir uma mão em sua nuca, fazendo um certo carinho, esqueceu daquilo e olhou na direção, vendo Dasha, ela sorriu meio contida e deixou um beijinho em sua bochecha.
Antes que Kai pudesse perguntar algo, percebeu que ela e as meninas estavam indo embora.
"Te vejo depois" Ela cochicha e acena para ele.
Antes que Kai pudesse fazer o que todos os seus colegas fazem com suas namoradas ou esposas após o jogo conversar sobre ele, distrair sua mente, Kai pediu, mas é perceptível que perto das pessoas, ela não está a vontade e finge muito bem que não se importa.
Mas ele se lembra bem de suas palavras, ela não gosta de exibicionistas como Joe, que finge que tudo é perfeito, mas também não gostou de como Kai fez da última vez, para fazer ela ficar a vontade, vai levar tempo, Kai sabe disso.
Ao chegar em Dortmund, os torcedores irritados e sem esperança, ingressos que não foram vendidos em um jogo grande como esse e uma seleção que não parece estar próxima de bons tempos.
Esse é o clima.
Dasha se preparou para aquele jogo, agradecendo que Kai não viu nenhuma das piadas que fizeram entre os dois.
Mas suas amigas de seleção não param.
Um vídeo foi enviado para ela, falando sobre as atuações deles, Gnabry teria jogado como o The Weeknd, Kai jogou como ele mesmo, Ter Stegen diziam parecer um blogueiro de topete loiro e não um goleiro de futebol, enquanto os japoneses jogaram como Messi e Cristiano Ronaldo, aquilo é típico delas a enxurrada de emojis de risadinhas não param.
Antes do jogo contra França, Kai ficou quieto no vestiário, isolado em um cantinho, conversando com Dasha pelo telefone.
Kimmich deu um cutucão em Toni Rudiger, apontando para ele.
"Adoro o jeito crazy eyes, que o Kai tem quando fala com ela" Joshua comenta baixo, a feição confusa de Toni entrega que ele não entendeu.
"Crazy o quê ?" O homem questiona.
"Olhar de maníaco, não parece que ele tá a ponto de fazer uma loucura, acho romântico minha esposa também olha assim para mim, sou um cara de sorte" Joshua sorri feito bobo.
Toni encara descaradamente Kai.
"Se alguém me olha desse jeito, eu corro e chamo a polícia, parece que vai me matar" Toni afirma.
"Tá vendo os olhos dele, ficam até roxos, isso se chama loucura, amor deixa todos loucos" Joshua completa fazendo Toni arregalar os olhos.
"Olho roxo para mim só significa duas coisas, alguém levou um soco ou está chorando demais" Leon resmunga observando o amigo.
"Te falta uma mulher que te olhe assim" Joshua aponta para Kai discretamente.
"Se for os olhos esmeralda do Kai, tudo bem, mas aquela cara de quem não toma remédios a uns dias, não obrigado" Leon conclui.
"Viu, isso não é normal, ele deve estar nervoso com alguma coisa, Leon é como eu esperto" Toni comenta.
"Conheço o Kai, ele fica assim quando tá com saudade, com a Sophia era igual" Joshua insiste.
"Credo" Rudiger continua discordando.
"Isso deve ser os carregos que essa mulher jogou no Kai, certeza" Leon fala alto, atraindo alguns olhares e Toni rapidamente pede para ele diminuir o tom.
"Tá gritando por que, se quer falar dos outros tem que falar baixo" Toni ralhou.
"Essa mulher tem pacto com o diabo, já leu sobre a vida dela ? Bild fez uma reportagem hoje, uma família simples americana e de sucesso, primeiro êxito o avô militar, que serviu na Alemanha ocupada, depois o pai advogado, que tem casos no país inteiro e aí, um irmão que joga, outro excelente advogado, outra advogada, ela campeã e um traficante, acham isso normal ?" Leon pergunta.
"Acho" Toni dá de ombros.
"Ninguém tem tanto sucesso na vida e o ex dela ? Já viram como era bonitão e agora o Kai, me digam o que tem de tão interessante nela ? Isso é pacto com o diabo, até mesmo a carreira dela parece mentira, ninguém é tão certinho e santo assim" Leon afirma.
"Por quê tá tão incomodado ?" Joshua pergunta.
"Kai devia ter vindo para o Bayern e quis ficar na Inglaterra por causa dela, certeza nossa oferta era melhor, já viu Arsenal ganhar alguma coisa além de decepção dos torcedores ?" Leon questiona fazendo Toni rir.
"Tô me divertindo continua" Joshua pede.
"Segundo, ele disse que se apaixonou por ela praticamente quando se conheceram, isso é bizarro, só acontece em duas hipóteses, você é a Gigi Hadid ou o Neymar" Leon afirma.
"Caramba que aleatório" Toni não pode deixar de comentar.
"Terceiro, namoro de infância não acaba assim, pelo amor de Deus, essa mulher fez alguma coisa ela tinha aquele bonitão, o quê tem no Kai para ela querer estar com ele, deve ser estratégia de marketing, sei lá"
"É estratégia de marketing ou pacto com o diabo, fiquei perdido" Toni zomba.
"Os dois" Leon conclui.
"Ok, agora eu vou dizer o quê realmente aconteceu" Joshua fala um pouco mais sério.
"Dasha vem de uma família dedicada e comum, que tem pessoas que se dedicam em ser boa seja como advogados ou traficantes, ela não conquistou sozinha, mas em equipe, é de fato boa no que faz independente da equipe, Kai já estava a muito tempo com Sophia e acabou esfriando a relação de forma que não tem volta, foram adultos e se separaram, Kai conheceu Dasha e percebeu que não amava mais Sophia e como qualquer outra pessoa no mundo quando apaixonados, estão juntos" Joshua explica.
"Foda se, continuo não gostando dela" Leon dá de ombros.
"Que bom que você não gosta, se eu souber que você gosta da minha esposa teremos problemas" Toni implica e se levanta cansado das loucuras do amigo.
"Estou dizendo, tem coisa aí, ela fez um pacto" Leon continua.
"Chega Leon, Kai vai acabar ouvindo" Joshua cochicha.
"Você deixaria sua esposa para ficar com uma jogadora e você Toni ?" Leon questiona.
"Se eu não amasse mais minha esposa, mas amasse essa jogadora, sim, qual o problema ?" Toni pergunta.
"Eu tenho três filhos, não seria fácil, não vou me separar da minha esposa e filhos por um sentimento qualquer, não vou abrir mão de uma longa relação por um sentimento qualquer, então tenha certeza que Kai sente algo forte por ela" Joshua começa a ficar impaciente.
"O nome disso é pacto" Joshua bufa irritado.
"Ainda não entendi a comparação, é uma piada a parte da jogadora ?" Toni aproveita para tentar entender, ganhando um maldoso sorriso de Leon.
"Toni, podendo ter qualquer mulher no mundo se jogando sob seus pés, você vai querer logo uma jogadora, eu sei é bom mostrar que é humilde, mostrar que é acessível, deixar suas fãs sonharem, mais isso já é demais, pensa é o equivalente a você pegar o Neuer versão mulher" Leon explica convicto.
"Neuer seria uma gata" Joshua o defende.
"Isso que você tá falando não tem o menor sentido, primeiro que mulher nenhuma se jogou aos meus pés, segundo que deve ser legal, pelo menos ela sabe o que é escanteio e vai me ajudar a treinar, manter o foco, teremos assunto, saberemos nos ajudar" Toni dá sua opinião.
"Isso é suicídio social" Leon insiste.
"Sério eu torço muito para uma jogadora aparecer e fuder o coração do Leon, não que eu tenha algo contra a Mathea e se tivesse, não seria nem metade do que Leon tem contra Dasha, mas eu queria muito ver isso acontecer, ver o Leon doido por uma jogadora" Joshua fala logo recebendo uma risada de Leon.
"Nem morto" Leon deixa claro.
"Você vai acabar rogando uma praga nos dois, de tanto que fala deles e fala mal dela, para com isso não faz bem para ninguém, seu amigo tá feliz e isso que importa, se os dois terminarem ou qualquer coisa acontecer, vai ser por culpa sua" Joshua dá o recado.
"Tomara que acabe mesmo, eu quero sim o melhor para meus amigos, por isso mesmo quero que acabe" Leon empina o nariz.
Os três se entre-olharam e terminaram ali.
Contra a França tiveram sorte, não se pode dizer outra coisa.
Kai não entrou jogando, entrou já na metade do segundo tempo, substituindo Thomas e novamente sem nenhum gol.
Mas a vitória por dois a um, deu um fôlego para todos.
Kai esta se sentindo bem, mesmo sem ter feito muita coisa, sentiu que cumpriram a obrigação como equipe.
Perder de 4 para o Japão e ganhar da França de desempate, é um desequilíbrio grande, mas não estão em posição de reclamar, apenas agradecer e procurar os erros para arrumar.
Foi com esse pensamento, que Kai foi atrás de Dasha, dessa vez finalmente não apenas para ficar emburrado ou reclamar, mas agradecer por ela ter vindo e o quão importante foi.
Passou as mãos pelos cabelos, observando o chão, até ouvir uma risada mais a frente, Kai avistou Dasha e Kylian conversando animados até demais, o sorriso morreu e a sensação boa também, apertou o passo encarando Kylian e se questionando qual a relação deles.
Kai sabe que ela jantou com Kylian, após um jogo de Champions meses atrás e sabe que Todd queria muito isso, mas não sabe o porquê disso.
Se fossem amigos, Kai saberia bem.
"Devia ter me avisado que ela era lésbica, eu passei uma vergonha enorme" O homem ri junto de Dasha.
"Eu achei que você soubesse"
"Agora eu sei, se tiver mais alguma amiga pode por favor me mandar o número ?" Ele quase implora.
"Tá eu passo, mas acha mesmo que precisa fazer isso para limpar sua imagem ?" Ela o questiona.
"Sim, eu preciso, se eu ficar com uma modelo, atriz ou coisa do tipo, não vai ser legal para mim, com uma anônima também não, acho que talvez alguma ativista ou coisa do tipo ajudaria, as pessoas veriam as causas dela e aí diriam 'olha só ele concorda, que legal'" Ele insiste.
"Jogamos futebol, não somos ativistas" Dasha afirma.
"Acredite, vocês são ativistas" Ele insiste.
"Bom tudo bem, eu vou procurar e te mando" Ela concorda.
Kai finalmente chegou, mas não foi percebido por nenhum dos dois, precisando fazer um alto barulho com a garganta.
"Oi Kai" Ela sorri para ele, que se mantém sério.
"Prazer em conhecer você" Kylian mais que depressa estende a mão.
Kai o cumprimenta.
"Vocês estão juntos não é mesmo ?" Kylian questiona, Dasha travou, enquanto Kai mais que depressa confirmou.
"Sim estamos juntos" Kai encara Dasha, como se perguntasse por quê ela não disse nada.
"Foi bom te ver Dasha, depois conversamos mais, bom te conhecer Kai" Se despediu seguindo pelo corredor apressado.
Kai esperou até os passos não serem mais ouvidos, seus olhos verdes pararam nos dela, que está tranquila demais para sua opinião.
"De onde conhece ele ?"
"Da França" Ela responde.
"Que frança ?" Ele usa seu melhor toma para a interrogar.
"França, o país, eu joguei lá e conheci a mãe dele e"
"Tá se explicando demais por que ?" Kai a corta.
"Por quê você me perguntou ?"
"São amigos ?" Ele questiona.
Antes que ela pudesse formular algo, ele mesmo responde.
"Mulheres não tem amigos homens" Ele declara.
"Como é ?" Ela começa a se irritar.
"Isso mesmo, quando homens quiserem vir falar com você, eu quero que você dê um corte rápido Tramontina, não gostei de você falar com o Florian, ele foi simpático demais e o Kylian, suspeito demais" Kai começa com suas paranóias.
"Do quê você tá falando, não aconteceu nada" Kai balança o dedo, fazendo Dasha se calar e o encarar.
"A culpa é deles é sempre do homem, por isso eu estou dizendo, ignora, passa reto, finge que não tem ninguém ali" Ele exige fazendo um pequeno carinho em seu rosto.
"Kai eu não quero te chamar de doido, mas fazendo isso, você tá pedindo para eu te chamar de doido" Ela afirma.
"Lembra do nosso contrato ? Exatamente, temos tudo em acordo, os únicos homens que você pode falar é comigo e com Jesus e as únicas mulheres que eu falo são você e Maria, tem a sua assinatura e tudo mais" Ele deixa claro arrogantemente.
"Vai me processar ?" Dasha abre os braços em dúvida.
"Não vai ser necessário, eu tenho certeza, você é uma boa menina" Kai dá algumas batidinhas na cabeça dela, quase como um cachorro, fazendo ela fechar a cara.
Se aproximou encaixando os braços na cintura dela e afundando sua face em seus cabelos.
"Como a Paula está ?" A pergunta repentina não é o quê Dasha esperava ouvir, ficando curiosa do porque ele quer saber.
"Acho que bem, não nos falamos nem nada, por que a pergunta ?"
"Amanhã vamos para um bar com os rapazes e eles vão, eu queria saber por que não sei se é de bom tom ficarmos perto ou longe deles, o que você acha ?" Ele a questiona.
Dasha ao ver que Kai tem planos de continuar abraçado, coloca suas mãos nas costas dele e tenta relaxar, mesmo que seus olhos estejam de olho se alguém vai ouvir, se aproximar e ver eles ali.
"Que bom que está me perguntando, acho que não tem problema, seja perto ou longe, tanto faz" Ela concorda.
Dasha viu de relance alguém se aproximar e disfarçadamente afastou Kai, que mesmo sem querer a soltou.
"Tá tudo bem ?" Perguntou.
"Tá sim, eu preciso ir, acho que tem algum amigo seu vindo, enfim até depois" Ela dá um aceno.
"Não tem problema se alguém estiver vindo" Kai rapidamente é cortado.
"É melhor assim, você tinha razão aqui não é ambiente para isso" Ela insiste se virando.
"Espera aí, todos fazem isso não tem porque ficar assim"
"Eles já me detestam Kai, é melhor assim, eu não quero dar brechas para ficarem falando coisas de você sabe o quê" Ela afirma.
A forma que ela fala do que eles tem, pegou Kai.
"Não precisa agir como se fosse minha amante" Deixou claro.
"Bom ponto, eu sei que não fui sua amante, eles sabem ?" Ela não perde a chance.
"Estávamos aqui abraçadinhos, estava bom né, não estávamos nos engolindo igual alguns caras fazem aqui, pode pelo menos se despedir direito do seu namorado ?" Ele questiona.
Dasha acenou e começou a se distanciar até Kai coragem e dizer.
"Eu te amo" Falo em alto e bom tom.
Ela parou e virou bruscamente, encarando Kai por alguns segundos assimilando.
Gostar é diferente de amar e ela sabe bem disso, Kai também, já que tem lembranças de já ter dito isso e ganhado o nada como resposta.
Dessa vez sua resposta foi o mix de surpresa e susto dela, Kai começou a se preocupar, está mostrando sentimento demais por ela ? isso está parecendo falso ? Ou ela não gosta dele e não sabe como fugir ? Ou ela não achou que ele sentisse e fosse fazer o que tem feito nos últimos tempos ?
Ele não sabe dizer.
Já Dasha ao acordar no dia seguinte, durante uma ligação deixou algo claro para Kai, que preferiu não ouvir.
Já de tarde, quando se encontraram, Dasha repetiu e ele apenas ignorou.
"Está me dizendo que sonhou com um rato e sempre que sonha com rato você briga com alguém, ok, estamos brigando agora, sonho desvendado, de onde você tirou que se sonha algo, isso significa alguma coisa ?" Kai pergunta.
"Desde pequena, sempre que sonho eu falo com minha mãe, é normal, sonhos são previsões do futuro ou sinais, eu sonhei que estava com alguns ratos e sempre que isso acontece, eu acabo em uma briga, não quero sair hoje Kai, é melhor previnir" Ela pede.
"Já sabe que pode brigar com alguém, é simples, não brigue, evite uma briga" Kai fala óbvio.
"Você não tá entendendo, eu não quero ir"
"Tá aí, você não quer ir e inventou tudo isso, Dasha sinceramente.." Kai revira os olhos.
"Escuta aqui, se vocês alemães não acreditam nisso, tudo bem, mas de onde eu vim, se acredita em sonhos e eu estou dizendo que provavelmente eu vou brigar feio com alguém, mas não quero que isso aconteça porque seus amigos vão estar lá e eu quero uma ótima convivência com eles, entendeu agora o porquê não quero ir ?" Ela repete de forma mais ignorante.
"Não entendi, porquê continua parecendo irracionalidade" Kai retruca.
Dasha bufou irritada e decidiu ficar calada não vai brigar por isso.

Oi pessoal, tudo bem ?
Quase 7 mil palavras 👏👏
Bom, acredito que vamos ter mais dois capítulos de Dakai.
Pois é, já está acabando.
Mas e aí, a rinha vai ser contra quem ??????
Façam as apostas.