[+] Cause this love is only getting stronger. So I don't wanna wait any longer
Cerca de cinco minutos depois que Lisa entrou no banheiro eu escutei a campainha tocar, levantei-me e abri a porta. Uma moça sorriu para mim, ativei meu cartão digital e paguei o almoço. Deixei em cima da mesa e voltei minha atenção aos dados que estava olhando, eu estava vendo sobre o acidente que ocorreu um tempo atrás aqui no parque.
Foram no total três incidentes, o primeiro foi na época de teste do parque – 1993 – onde a ganância de um programador colocou todo mundo em risco. Ele matou seus parceiros ao desativar a eletricidade do parque, o programador morreu no mesmo dia. Depois disso eles aumentaram o salário dos programadores e tinham um gerador de luz na qual apenas o dono do parque tinha acesso, até os dias atuais somente os chefes tem acesso.
Quatro anos após o incidente ocorrido na Ilha Nublar, que resultou na morte de quatro pessoas, o parque temático habitado por animais pré-históricos, descobre que algumas espécies de dinossauros ainda vivem na ultra-secreta Ilha Sorna, também conhecido como "Sítio B", onde os dinossauros eram criados antes de serem mandados à Ilha Nublar para serem expostos ao público.
O inescrupuloso Peter Ludlow, diretor da InGen de 1997 comandou uma expedição à Ilha Sorna com a intenção de capturar espécimes de dinossauros para serem expostos na nova sede do Jurassic Park na cidade de San Diego, convocaram uma equipe de quatro pessoas para mandar à ilha antes dos mercenários, para registrar os animais em seu habitat natural, com a intenção de apresentar ao mundo sua criação e fazer do lugar um santuário proibido para todos, preservando assim as espécies do local.
Não precisa nem ser muito inteligente para saber que isso não deu certo e que tornou-se um salve-se quem puder, ir a uma ilha sem proteção e manutenção é extremamente perigoso.
Meu celular tocou, peguei ele ainda com o pensamento voltado a minha curta pesquisa. Olhei para o celular e li rapidamente, era Nayeon.
"Está livre hoje, Jeon?" Sua mensagem era sugestiva, ela queria que eu a convidasse para fazer algo.
Após dois anos sofrendo por Lisa eu conheci Nayeon na escola, ela é tia de um dos meus antigos alunos. Uma mulher bonita e carismática, lembro-me dela ficar boquiaberta enquanto me encarava. Três dias depois esbarrei com ela no prédio, só podia ser destino. Foi o que ela me disse, eu estava machucado demais para querer pensar em me relacionar com outro alguém.
Ela então pediu meu número casualmente e eu com vergonha de dizer que não, passei. No mesmo dia ela me mandou mensagem me chamando para sair, Jimin disse que eu deveria ir e que devia parar de esperar por alguém que me rejeitou.
Quanto tempo eu perderia esperando por Lisa? Ela foi bem clara ao dizer que não queria se casar comigo e que escolhia a profissão dela, por esse motivo eu fui. Chegando lá eu e Nayeon nos divertimos e trocamos alguns beijos. Naquela noite foi apenas isso, mas ela continuou a me enviar mensagens. E então eu fui cedendo, mas eu nunca tirava Lisa da minha cabeça. Mesmo estando basicamente dentro de um relacionamento com Nayeon, por esse motivo decidi que deveria encerrar tudo para não machucar ela.
Ficamos quase um ano juntos, eu me sentia mal todos os dias. Por não conseguir tirar Lisa da minha cabeça.
— Você está me escutando? — Lisa falou, pisquei algumas vezes e olhei para ela. Lalisa estava enrolada em uma toalha azul enquanto secava seu cabelo com outra toalha.
— Perdão, o que disse? — Indaguei, ela revirou os olhos.
— Você não estava escutando. — Suspirou, ela dobrou a toalha e foi até seu guarda-roupa. — Eu estava falando que se a experiência de reprodução humana tiver funcionado, terá sido uma grande descoberta. Capaz de ganhar um grandíssimo prêmio.
— Você não acha que seria muita maldade? — Perguntei, ela me encarou confusa. — Ser clone de alguém, não acho que seja algo legal. O que deixa a vida ainda mais incrível é a individualidade de cada.
— Tem razão, mas acredito que até mesmo um clone tem sua individualidade. — Especulou, ela olhou para mim. — Vira, eu não vou me trocar naquele banheiro de novo.
Levantei-me e me joguei na cama dela, ainda encarando ela.
— Tá. — Falei baixinho, ela jogou a toalha que estava secando seu cabelo no meu rosto.
— Pervertido. — Resmungou, eu não consegui segurar o riso.
— Ah, Lalisa. — Falei tirando a toalha do meu rosto. — Não é como se eu nunca tivesse visto nada daí.
Eu tirei a toalha pensando que ela tinha terminado de se trocar, porém foi engano meu. Ela estava abotoando o sutiã e ainda estava de calcinha.
— Então porque está me encarando como se nunca tivesse visto? — Falou com um sorriso de canto, ela passou as alças pelos braços. Engoli em seco.
Lisa estava ainda mais encorpada, seus seios cresceram um pouco, – eu nem sabia que era possível – suas coxas estão mais definidas e bronzeadas. A cintura dela estava fina e sua barriga seca, a bunda dela também tinha crescido.
Oh merda, ser homem é uma merda! Eu estava excitado apenas olhando para Lisa, minha mente viajou para nossa época de namoro onde vivíamos dando amassos quentes.
— Jungkook? — Sussurrou, deitei-me e virei para não ver mais ela. — Você está bem?
— Cala a boca, Lalisa. — Resmunguei, Lisa soltou uma gargalhada. — Só se veste logo.
— Adoraria, mas você está em cima do meu vestido. — Falou rindo, olhei para cama e não conseguia ver. — Levanta, Jungkook.
Com os olhos fechados eu levantei, o que eu não esperava era fazer isso pelo lado errado. Esbarrei na Lisa e nos caímos, ela começou a rir histericamente.
— Lado errado. — Sussurrou, sua voz soava de maneira sexy. Eu estou enlouquecendo. — Abre os olhos antes de levantar, se não vc vai pisar em mim.
Respirei fundo.
— Você fala demais.
E eu amo isso.
— Eu sei que você gosta. — Bufei, Lisa desceu as mãos pela minhas costas até minha bunda.
— Estou me sentindo assediado. — Abri os olhos, Lisa estava com um sorriso sacana.
— Por que? Não sou eu que estou em cima de você com o pau duro. — Falou lentamente, minhas bochechas coraram.
Lisa estava com as mãos um tanto quanto bobas, ela arrastou lentamente as mãos da minha bunda até meu pau.
— Não me provoque. — Levantei-me lentamente, ela ainda estava com um sorriso no rosto. — Coloque a droga do vestido, temos que começar a ver aqueles vídeos.
— Hm, não estou afim. — Ela levantou-se, arqueei a sobrancelha.
Ela não está afim de não me provocar, ou de colocar o vestido?
Ela me puxou pela calça, Lisa levou suas mãos para de baixo da blusa e arranhou minhas costas.
— Lalisa.
— Cala boca e me beija, Jeon. — Ordenou, como um bom garoto eu obedeci.
🦕 quebra de tempo
Inseri o código 96002 no computador e dei de cara com os arquivos em vídeo da Charlotte Lockwood. Lisa estava respondendo suas amigas, estralei os dedos ela olhou para mim.
— Aqui está, vamos começar. — Falei, ela olhou para o computador, Lisa estava usando um vestido florido amarelo. Eu estava apenas com minha calça moletom.
— Oh céus, você está todo vermelho. — Falou com um risinho, revirei os olhos.
— Pelo visto eu acabei de sair de um duelo com uma gatinha. — Ela deixou um selar no meu pescoço, apontei pro computador. — Posso dar play?
— Claro, meu amor. — Falou, meu coração acelerou.
Fazia anos que eu não me sentia tão completo e feliz, eu só queria que tudo continuasse assim. Era como se o que tava faltando todo esses anos tivesse finalmente sido preenchido da maneira correta, dei play no vídeo.
O primeiro vídeo era da Charlotte quando criança. Ela estava no laboratório rodeado de cientistas e estudando, em resumo ela compartilhava suas pequenas descobertas. Descobertas essa que eram referentes ao Jurassic Park.
O vídeo seguinte é ela ajudando um cientista a fazer um Triceratops, ela compartilhava cada gene e as porcentagens que usaram para criar. O vídeo seguinte era ela já mais velha como uma cientista consolidada, no vídeo ela falava sobre sua pesquisa.
Ela usou as bases da clonagem de dinossauros, porém de uma maneira diferente. Sendo sincero eu não estava entendo nada, para mim era tudo um enorme "bla bla bla". Porém Lisa estava concentrada e fazendo anotações.
As quatro e cinquenta e sete da manhã chegamos no penúltimo vídeo, onde Charlotte conta que descobriu uma doença genética. Charlotte tinha uma doença genética, que ela não percebeu que a atormentava até depois que sua filha nasceu, que acabou matando-a quando a bebê era muito jovem. Para evitar que Maisie – o pequeno clone gerado por ela – sucumbisse à mesma doença, Charlotte curou seu clone de filha com um tratamento genético.
— Caramba, é uma pesquisa e tanto! — Lisa falou exausta, bocejamos. — Em resumo, após esse tratamento onde ela mudou partes da genética da Maisie. A garota ficou curada e deixou de ser apenas um clone.
— Loucura. — Falei, então saltei. Lisa se assustou. — Que estanho, eu me lembro de ler hoje mais cedo que ela morreu em uma acidente de carro de forma prematura.
— Sério? Eu já tinha escutado falar dela, mas nunca sobre como ela faleceu. — Admitiu, eu abri uma nova guia e pesquisei "Charlotte Lockwood motivo da morte".
Cliquei no primeiro link, onde era uma pequena biografia de Charlotte.
— A Lockwood morreu prematuramente em um acidente de carro junto com o marido, deixando uma bebê de colo para trás. — Li em voz alta, incrédula Lisa entrou em outros sites. Todos diziam a mesma coisa.
— Merda, eles abafaram a história. — Concluiu, levei minhas mãos até a cabeça.
— Acho que foi melhor assim, se tivesse sido revelado que a garota era na verdade um clone teriam cientistas por toda parte querendo usar ela para pesquisa. — Falei, Lisa assentiu.
Lisa deu play mais uma vez no vídeo.
— A vida na Terra existe há centenas de milhões de anos. E os dinossauros eram apenas uma parte disso, e nós somos uma parte ainda menor disso. Eles realmente nos colocam em perspectiva. A ideia de que a vida na Terra existiu há 65 milhões de anos... é humilhante. Agimos como se estivéssemos sozinhos aqui, mas não estamos. Fazemos parte de um sistema frágil feito de todos os seres vivos. Se vamos sobreviver, teremos que confiar um no outro, depender um do outro, coexistir. — Disse Charlotte antes de concluir um de seus vídeos.