Medo de amar você

By tefyzz

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Após o falecimento de seu padrasto, Sofia e sua mãe não vê outra alternativa a não ser se mudar para outro es... More

AVISOS
Personagens
Capítulo 1 - Luto
Capítulo 2 - Sorvete
Capítulo 3 - Faculdade
Capítulo 4 - Festa
Capítulo 5 - Verdade ou Desafio
Capítulo 6 - Padaria
Capítulo 7 - Trabalho
Capítulo 8 - Banheiro
Capítulo 9 - Pesadelo
Capítulo 10 - Lago
Capítulo 11 - Boate
Capítulo 13 - Tacos
Capítulo 14 - Bicicleta
Capítulo 15 - Lanchonete
Capítulo 16 - Piquenique
Capítulo 17 - Rave
Capítulo 18 - Amor
Capítulo 19 - Banho
Capítulo 20 - Aposta
Capítulo 21 - Dúvida
Capítulo 22 - Baile
Capítulo 23 - Flores
Capítulo 24 - Dallas
Capítulo 25 - Desabafo
Capítulo 26 - Desespero
Capítulo 27 - Mentiras
Capítulo 28 - Revelações
Capítulo 29 - Banheira
Capítulo 30 - Verdade

Capítulo 12 - Quarto

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By tefyzz

Texas, Estados Unidos
12 de março, 2023.

a claridade bate em meus olhos e acordo com uma enorme dor de cabeça.

esfrego meus olhos e faço uma careta pela dor de cabeça e ao abrir meus olhos, observo que o teto de casa está diferente, sinto o acolchoado da cama diferente e meus olhos percorrem ao redor do quarto e percebo que não é o meu mas é familiar.

olho para o lado e encontro Raul dormindo ao meu lado e imediatamente arregalo meus olhos e é como se meu corpo congelasse ao perceber que estou na cama do Raul!

me sento na cama e percebo que estou com uma camisa social branca larga que obviamente é do Raul e apenas de calcinha!

merda, merda, merda! mas que porra é essa? o que aconteceu? o que eu estou fazendo na casa, ou melhor, no quarto do Raul?! será que eu e ele... não, não, não, Sofia, você não perdeu a virgindade com Raul? ou... perdeu? ai meu Deus, puta merda, eu não queria assim, não dessa forma, bêbada não!

eu não me lembro de nada! como eu pude ter bebido tanto? e a Heloísa? ela sabe que estou na casa do Raul? e se ela falou algo para minha mãe? mas que merda, Sofia!

Raul se vira em minha direção com uma expressão nada boa e solta uns murmúrios baixos que não consigo entender, deve estar tendo algum sonho ruim.

ainda nervosa passo a mão em meu rosto para tentar me lembrar do que aconteceu mas a única coisa que me lembro foi no começo quando chegamos. Heloísa trouxe bebidas para nós e dançamos um pouco, em seguida apareceu seu namorado e nos apresentamos. depois... eu... comecei a dançar sozinha e... droga, eu exagerei na bebida.

olho em volta do quarto para tentar encontrar meu celular e vejo na cômoda ao lado do Raul.

me inclino para tentar pegar sem acordá-lo e com muito esforço, consigo pegar meu celular.

o relógio está mostrando 10:14 da manhã e há algumas mensagens da Heloísa.

Heloísa - eu me seguro na bebida e dessa vez é você quem exagera, Sofia?

Heloísa - ah, como com certeza você não vai se lembrar, não se preocupe, Raul me avisou na boate que você iria para a casa dele.

Heloísa - não se esqueça de me contar o oque fizeram, seus safadinhos haha.

suspiro aliviada ao saber que não preciso me preocupar com minha mãe mas ainda aflita por não me lembrar oque aconteceu depois disso.

Sofia - eu não me lembro de nada! - a respondo.

Sofia - eu realmente exagerei na bebida, nunca mais vou fazer isso.

ouço murmúrios do Raul ainda mais alto e me viro para olhá-lo, tenho certeza que ele está tendo pesadelos.

- para, para! - diz ainda com os olhos fechados.

- Raul? - o chamo com dúvida.

- não! - ele diz mais alto - para, por favor, para! - acorda e se levanta ofegante.

- ei! - coloco a mão em seu rosto ainda assustado - foi só um pesadelo, relaxa - o acalmo.

ele me olha assustado como se tivesse visto um fantasma. sua respiração tá agressiva e ele está com os olhos cheio de pavor.

- o que houve? - pergunto.

- ele... ele estava... - fala ofegante.

- shh, tá tudo bem, respira - tento acalmá-lo - seja lá oque você sonhou, só foi um pedadelo, tá tudo bem - acaricio seu rosto.

- não... não foi só um pesadelo, essa merda aconteceu de verdade... - afirma e posso ver a tristeza em seus olhos.

- de verdade? como assim? - o olho confusa.

- isso é culpa do Christian - abaixa o tom da voz.

- Christian?

- infelizmente meu pai...

- foi ele que causou esse pesadelo? - pergunto.

- sim... - responde com o olhar baixo.

- desculpa, eu não quero ser invasiva okay? se não se sentir a vontade em falar, tudo bem - sorrio com os lábios.

- tudo bem - ele respira fundo e fica alguns segundos em silêncio e pega em minhas mãos.

- ao contrário de muitos eu não tenho um pai presente, e muito menos um pai amoroso... - suspira - Christian sempre foi um homem ambicioso, desde pequeno presenciei suas agressões a minha mãe porque ele é possesso de ciúmes doentio por ela. é muito difícil conviver com ele e já discuti com ele diversas vezes.

- nossa, eu... sinto muito - digo.

- esse pesadelo não é apenas um pesadelo, é o pesadelo que tenho quase todas as noites, foi ele que causou isso desde quando eu tinha 8 anos quando ele agrediu minha mãe bêbado e me agrediu também...

seu tom é melancólico e muito deprimente de se ouvir. por trás de toda sua marra e rebeldia, é difícil de se imaginar que ele tenha passado por isso. eu imagino que não seja fácil e deve ser muito doloroso.

observo sua pequena cicatriz ao pé da barriga.

- essa cicatriz... - aponto.

- foi ele quem causou isso, e é o resultado do meu pesadelo. tomo remédio para ter um sono pesado para não sonhar com isso, mas ele quase não está mais fazendo efeito e sempre tenho que aumentar a dosagem - suspira - essa noite esqueci de tomá-lo - acrescenta.

me dói saber que Raul passa por isso. se eu poder fazer algo para ajudá-lo, eu farei.

- eu... sinto muito mesmo, não imaginava que você passava por isso.

- tá tudo bem, isso é passado, oque importa é que estou conseguindo sobreviver, e... não quero mais falar sobre isso - afirma.

- está bem - respondo.

me olho e então me lembro que ainda estou apenas com a camiseta do Raul e de calcinha, e que talvez tenhamos transado essa noite.

- Raul... - o chamo.

- o que foi, Sof? - responde.

respiro fundo.

- essa noite nós...

- transamos? - completa.

- s-sim... - falo nervosa pelo medo da resposta.

Raul solta uma gargalhada que me deixa mais nervosa ainda.

- me ofende você pensar que eu tenha transado com você bêbada - responde e suspiro aliviada.

- então por que acordei em sua cama, e com essa roupa? eu não me lembro de nada.

- não se lembra de nada é? - ri seco - talvez porque você tenha bebido quatro copos de whisky com energético - responde seco.

- mas como você sa...

- por que bebeu daquela forma Sofia? - me interrompe - e deixou que aquele cara tenha tocado em você daquela forma?

- cara? que cara? - pergunto.

- Matheus, esse é o nome do filho da puta que ficou se esfregando em você.

- espera, o-o que? primeiro, como você sabe que o nome dele é Matheus, e segundo, ele se esfregou em mim?

- você dançou com ele, Sofia - responde sério.

não escondo minha cara de espanto.

suas palavras me veio imagem de flashback em minha mente.

> flashback on <

- você dança? - pergunta.

- se danço? - dou risada - eu dancei muito agora pouco - tomo um gole da bebida.

ele sorri e olha meu copo.

- não é seu primeiro copo, ou é? - olha para o mesmo.

- é... - dou risada - acho que sim - sorrio.

ele ri ao ver meu estado.

- vamos dançar? - pergunto animada.

ele me olha em silêncio.

- vamos - afirma e nos levantamos.

> flashback off <

fico em silêncio por alguns segundos ao me lembrar de uma pequena parte, eu realmente dancei com Matheus.

- eu dancei com Matheus... - digo me lembrando

- não estou suportando você dizer o nome desse cara - me fuzila com os olhos.

- por que essa raiva? o que tem de errado eu ter dançado com ele?

ele suspira e me olha com desdém.

- o que me irrita é a maneira de como você dançou com ele, Sofia - diz sério me encarando sentado na cama.

- o que que tem? - pergunto.

ele ri amargo.

- você realmente não se lembra de nada né? - pergunta

- de quase nada - respondo.

- do que você se lembra? - pergunta.

- que Heloísa trouxe bebida para nós e depois dançamos um pouco. e então ela apresentou seu namorado e depois fui dançar sozinha. - digo

- e?...

- e... me lembrei que chamei Matheus para dançar.

- você chamou ele pra dançar? - diz em espanto.

- ai Raul, para de ser chato! isso é passado, eu quero saber o que aconteceu depois que você ne trouxe!

ele fica em silêncio e se aproxima me encarando.

- refresque sua memória, Sofzinha.

> noite anterior, 00:32h

- R-Raul... - o olho confusa.

observo Matheus se levantando depois de levar um soco do Raul.

- me desculpa - digo para Matheus.

ele não diz nada e coloca a mão em sua boca machucada e se afasta.

me aproximo do Raul e bato em seu peito.

- que merda é essa? por que fez isso, Raul? - grito

- você está bêbada, por que deixou esse filho da puta tocar em você? - diz com raiva.

- quem você pensa que é pra dizer oque eu posso ou não posso fazer! - grito novamente.

ele respira fundo parecendo tentar controlar a raiva e se aproxima.

- Sofia, você não pode beber dessa forma em uma festa como essa, existem muitos filhos da puta que querem tocar em você ou até pior que isso, e se eu sonhar com algum deles fazendo isso, eu juro que mato.

fico em silêncio por alguns segundos sem reação por suas palavras.

- por que essa possessão por mim, Raul?

agora é ele quem fica em silêncio.

- Sofia...

- tá preocupado comigo é? - debocho e pouso meus braços em seu ombro.

- eu quero... que você seja minha - afirma fixando os olhos sobre mim.

- só sua? - provoco.

- só minha - ele aperta minha cintura.

me aproximo de seu ouvido.

- eu também quero ser sua - afirmo.

ele crava seus olhos verdes sobre mim com um sorriso de canto e então encara meus lábios.

observo seus lábios rosados e finalmente nos beijamos.

um beijo intenso e desejável. sentir seus lábios macios e sua língua era algo tão prazeroso, era tudo oque eu mais queria e tão inexplicável... nós dois queríamos isso.

era como se todos os beijos que eu já tive na minha vida fosse apagados, parecia que a gente tinha parado no tempo e estava vivendo aquilo como se fosse a última vez.

seu beijo é como viajar aos céus, seu beijo naquele momento foi um paraíso para mim. meu corpo começou a vibrar, era um desejo forte que parecia ser infinito. ele passava a mão em meu pescoço e me causava arrepios, sentir ele me causava arrepios, sentir sua língua deslizando era tão prazeroso, eu nunca senti algo por alguém que nem eu estou sentindo por ele desde que o encontrei.

ele parou de me beijar e me olhou com seus olhos verdes brilhantes.

- vem - ele segura minha mão e começou a caminhar e apenas segui em sua direção.

ele vai até Heloísa que está com seu namorado.

- vou levá-la para minha casa - avisa Heloísa e ela assente.

saímos da boate e ele estava a caminho de seu carro, olhei nossas mãos entrelaçadas e soltei um sorriso tímido ao ver isso. ele abriu a porta de sua Ferrari para mim e logo entrei e em seguida ele deu a volta e entrou.

o som da boate se torna abafado e encosto minha cabeça no banco e fecho os olhos ouvindo os zumbidos por conta da música alta em meus ouvidos.

Raul liga o carro sem dizer nada e começa a dirigir.

- esses saltos estão me matando - bufo e começo a tirá-los.

Raul apenas observa rapidamente sem dizer nada e volta o olhar para a estrada.

em pouco tempo chegamos em sua mansão, ele estaciona o carro na garagem e abre a porta do carro para mim.

começo a caminhar descalça com os saltos na mão e Thor aparece nos cheirando e abanando o rabo.

- oi bebê! - falo assim que o avisto e ele fica contente.

- que bebezão lindo! - me abaixo e acaricio seu rosto.

- vamos, Sofia - Raul fala parado me esperando.

- espera - digo - seu pai é muito chato né bebê? - falo com o cachorro.

Raul bufa e revira os olhos mas posso jurar que ele está rindo.

- pronto - digo me levantando e abaixo um pouco meu vestido.

entramos em sua casa que novamente está vazia e começamos a subir as escadas enquanto Raul está logo atrás.

tropeço em um degrau e rapidamente Raul me segura parecendo adivinhar isso.

- merda, pra que existem escadas? elas só servem para atrapalhar pessoas! - xingo

- pessoas bêbadas, você quis dizer - Raul diz.

- tanto faz - resmungo subindo os degraus.

- é por isso que você não deve beber.

finalmente acabando a escada que parecia ser infinita, fomos em direção ao seu quarto.

ele abre a porta e me jogo em sua cama sentindo como se um caminhão estivesse passado por cima de mim.

Raul vai até o closet e tira sua camisa e sua calça ficando apenas de cueca.

me inclino para olhá-lo.

- está gostando da vista? - diz vestindo uma calça moletom.

- tô sim - sorrio maliciosamente e abaixo minha cabeça novamente e fecho os olhos.

- safada - ouço sua voz mais próxima.

- toma - Raul diz e abro meus olhos vendo ele com uma camiseta em sua mão e joga até mim.

me sento na cama e o observo.

- o que é isso? - pergunto.

- você vai trocar de roupa para dormir, é mais confortável.

- e se eu não quiser? - provoco.

ele se aproxima e se inclina sobre mim.

- se você não me obedecer, tiro sua roupa a força - diz fixando seus olhos.

- você não é louco - solto uma curta risada.

- ah eu sou sim, Sofzinha - ri maléfico.

- pode então me dar privacidade para mim se trocar?

ele se afasta e fica de costa para mim.

- pronto - diz.

sorrio e então começo a tirar meu vestido ficando apenas de calcinha e o encarando para ver se ele está espiando.

e então coloco sua camisa que quase ficou como um vestido para mim mas deixando a maior parte de minhas pernas a mostra.

- pronto - digo.

Raul se vira e me encara de cima a baixo.

- quer uma foto? - brinco.

- uma foto seria impossível captar tanta beleza...

- ai que droga, seus elogios me irrita!

- por que? - pergunta

- porque são bons pra caralho - respondo.

Raul sorri, apaga a luz e se deita ao meu lado ficando em silêncio por alguns segundos.

começo a rir aleatoriamente olhando para cima.

- qual a graça? - ouço Raul dizer.

- Matheus é tão legal e mesmo assim eu só me apaixono por filhos da puta - rio sarcástica.

- o que você quer diz...

- o que você fez comigo? - o interrompo.

- você não é a única a pensar assim, Sofia.

- odeio a Kiara.

- o que? - ele ri.

- acho ela uma vagabunda e odeio vê-la perto de você - digo sincera.

- você cheira a ciúmes, Sofzinha.

- que se foda - xingo.

- por que estava dançando com aquele cara? - pergunta olhando para o teto.

- quem? o Matheus?

- Matheus é? já são tão íntimos assim? - se vira e me encara.

o encaro e solto uma risada.

- qual é a graça? - diz sério

- você cheira a ciúmes - debocho.

- se sentir ódio por ver um cara agarrando sua cintura e se esfregando em você for considerado ciúmes, sim - responde.

- mas por que deu um soco nele? ele não merecia, o Matheus é legal.

- ele mereceu sim, ele estava te tocando - afirma.

- ninguém pode me tocar, senhor Raul? - passo os dedos suavemente em seu abdômen.

- ninguém, somente eu - afirma.

- somente você é? - deslizo meus dedos de seu abdômen e passo em seu pênis sobre o tecido da calça.

- Sofia...

- o que foi? - continuo passando minha mão e quando ia adentrar minha mão dentro de sua calça, ele impede com sua mão.

- não me provoque - afirma com a voz grave.

- por que? - pergunto manhosa.

- porque você está bêbada.

- não tô, estou normal - digo.

- isso até amanhã pra dizer que se arrependeu.

- aff, chato - bufo.

ficamos de conchinha e Raul acaricia meu cabelo e sinto o sono bater.

- eu tenho... medo de amar você... - digo sonolenta.

- por que?

bocejo pelo sono.

- boa noite - susurro.

- Sof... - me chama mas já é tarde demais - boa noite - planta um beijo em minha testa.

> dia seguinte

- lembrou de algo? - Raul pergunta.

forço minha mente para tentar lembrar.

- você... deu um soco em Matheus? - digo perplexa ao me lembrar.

- chega de falar desse cara!

- Raul! - me exalto.

- sim! idai? como você mesmo disse, isso é passado.

- idai? - respiro fundo - ele não me forçou a nada! e isso não é da sua conta.

ele suspira e ficamos em silêncio por alguns segundos.

- tá... me desculpa, eu sei que errei e agi por impulso. não vou mais fazer isso - abaixa os olhos.

ergo sua cabeça colocando as mãos em seu rosto.

- promete? - digo.

- prometo.

ficamos nos encarando por um curto tempo e logo aparece um sorriso de canto no rosto do Raul.

ele olha para os meus lábios e se aproxima na intenção de beijá-los porém me afasto.

- Raul...

- o que foi? - continua olhando para meus lábios e se aproxima novamente.

- eu preciso ir para a minha casa... - falho e Raul me entrega um selinho rápido.

- aff - ele bufa - tá cedo - diz.

- não tá não... - me rouba mais um selinho.

ele coloca uma mão em meu rosto e começa a acariciá-lo silenciosamente.

- foi você quem me vestiu? - pergunto.

- infelizmente ainda não tive o gosto de te ver pelada, Sofzinha.

fico em silêncio por alguns segundos pelas suas palavras sincera.

- por que você é tão tarado, hein? - sorrio fraco.

- porque eu sei que você gosta - fala em tom malicioso.

- não gosto - digo com as sobrancelhas erguidas.

- se você não gostasse... - ele inclina se aproximando novamente me fazendo sentir sua respiração e roça seus lábios aos meus - pedisse pra eu parar... - completa.

me inclino na direção contrária tentando me afastar mas a tentação e o desejo fala mais alto.

ele se deita sobre mim com aquela droga de sorriso de canto fixando seus olhos aos meus.

ele coloca a mão em meu queixo e pousa seus olhos à minha boca e deixa a sua entreaberta quase me beijando mas para.

ele desliza sua outra mão para a minha coxa exposta e aperta me fazendo morder meu lábio inferior.

- Raul... - falo baixo - alguém pode nos ver... - observo a porta.

- shh - passa o dedo em meu lábio - não vão.

ele se aproxima e finalmente nos beijamos. sua língua se encontrou com a minha e como todos os outros, é um beijo intenso e prazeroso. é como se o nosso próximo beijo fosse sempre melhor que o último, seu beijo acende uma chama dentro de mim, como se seu beijo fosse como uma chave para abrir o meu interior, todo o meu desejo carnal vem à tona e faço coisas que jamais imaginei fazê-las.

ainda em cima de mim, ele gruda nossos corpos e mexe seu quadril e começa a roçar para me fazer sentir seu pau que já estava duro. sentir ele sobre a calça só me fez sentir mais calor, senti minha intimidade pulsar de vontade. esse homem vai acabar comigo.

ainda me beijando ele mordiscava meu lábio inferior me fazendo soltar alguns gemidos baixos e abafados em meio de tanto tesão. ele deslizou sua mãos pela minha coxa e chegou na lateral dela e lentamente chegou na minha intimidade que estava sobre o tecido da calcinha preta de renda.

ele parou de me beijar e me encarou esfregando sua mão lentamente sobre minha intimidade que já estava ficando molhada e soltei gemidos.

- quer que eu pare, Sofzinha? - encontro seus olhos verdes.

a excitação é grande e acabo nem raciociando direito.

- eu te fiz uma pergunta - diz com a voz grave passando a mão em minha intimade molhada.

- n-não - falo entre gemidos.

ele começou a acelerar com os dedos e minha boceta já estava molhada. seus movimentos de vai e vem sobre o tecido da calcinha me fazia revirar os olhos e soltar gemidos mais altos.

ele começou a beijar meu pescoço e mordiscar o mesmo, oque me deixou toda arrepiada, esse homem sabe como fazer isso.

- tá gostando, Sofzinha? - pergunta susurrando em meu ouvido.

ele começou a puxar minha calcinha e colocar de lado e massageou meu clitóris em movimentos circulares me fazendo se contorcer e revirar os olhos.

Raul passa sua língua por de trás da minha orelha e mordisca ela me fazendo ouvir sua respiração.

ele passa dois dedos pela minha entrada fazendo movimentos de vai e vem me fazendo implorar mentalmente para que ele os enfie.

- Raul... - digo entre gemidos.

- porra - ele murmúria - eu adoro isso.

ele acelera seus dedos ainda sem enfiá-los e não tira seu olhar de mim me vendo revirar os olhos.

- você quer? - diz ofegante.

- o-oque? - tento raciocinar.

- que eu te toque.

sim! mil vezes sim! é isso que eu penso mas meu ego está grande demais para admitir isso para ele, e eu sei que ele está doido para ouvir isso.

- eu... - tento dizer.

ele desacelera e acelera novamente com seus dedos em minha boceta sensível, é como uma tortura de prazer.

- fale - ordena.

droga, seu tom autoritário me deixa ainda mais excitada.

- eu quero... que você me toque Raul... quero sentir seus dedos dentro de mim... - desabafo - faça eu me contorcer só com as mãos e me leve aos céus em meio de tanto prazer - falo em meio aos gemidos baixos e ofegantes

ele me encara e solta um sorriso grande nos lábios.

- você não é muito boa em fingir que não me quer - diz.

ele finalmente adentrou dois dedos dentro de mim e arqueei minhas costas soltando um gemido alto.

ele aproximou seu rosto ao meu respirando em meu ouvido oque me deixava toda arrepiada.

Raul começou a acelerar o movimento dos dedos me fazendo revirar os olhos soltando gemidos abafados.

- geme no meu ouvido - ordena enquanto me encarava.

em seguida soltei um gemido em seu ouvido.

Raul soltou um murmúrio baixo que não consegui entender mas já sei que ele ama meus gemidos.

ele enfiava freneticamente me fazendo estremecer de tanto prazer, ele não sabe que eu nunca fui tocada por ninguém a não ser ele, não sei se é por isso mas ele faz isso tão bem que eu não sei se consigo sentir mais prazer do que isso.

quando eu estava quase no meu ápice, ele se abaixou trilhando beijos pelo meu corpo até chegar na minha intimidade e retirou minha calcinha que estava toda molhada.

ele me encarou soltando um sorriso de canto e passou sua língua em toda extensão da minha intimidade me fazendo arquear as costas e soltar um gemido alto.

ele começou a me chupar com força e eu juro que esse momento é o mais prazeroso em toda minha vida.

ele começou a brincar com a língua passando em meu clitóris sensível e não conseguia segurar meus gemidos altos.

- goza na minha boca - ordenou e em seguida enfiou a língua na minha entrada.

- Raul... - gemi seu nome ofegante, não conseguia conter meus gemidos

agarrei seus cabelos e revirei os olhos, como ele consegue fazer isso tão bem?

cheguei no meu ápice e senti meu orgasmo escorrer e ele não parou de chupar.

minha visão rapidamente ficou turva e minhas pernas estremeceram e em nenhum momento ele parou de me chupar até meu orgasmo parar.

- você é tão deliciosa - me encara de baixo.

eu ainda estava ofegante e tentando raciocinar tudo que aconteceu.

- você fica linda gozando pra mim - afirma com a voz grave se levantando com um sorriso.

por Deus eu queria mais que tudo que ele me fodesse de vez pra acabar comigo, mas meu consciente falava que não, eu ainda estava com receio e um pouco de medo por nunca ter feito isso, além do mais se só com os dedos e a língua dele me deixou assim, imagina com o resto? vou sair daqui de cadeira de rodas.

o observo em pé e vejo a marca do seu pau duro sobre a calça e já é de perceber que ele é enorme.

de repente ouço alguém bater na porta, logo me assusto e me cubro com o lençol.

olhei para Raul com cara de dúvida e ele olhou para a porta da mesma forma.

ficamos em silêncio e a porta bateu de novo.

- quem é? - Raul fala.

- abre Raul, precisamos conversar - ouço uma voz feminina que me parecia familiar.

- agora não - ele falou em tom sério.

rapidamente meu corpo se encheu de ódio por isso. depois do que acabamos de fazer aparece uma mulher do nada? e se ela veio até aqui é porque tem intimidade.

- vamos 'Ru, o que está fazendo? - fala manhosa.

ao ouvir isso só poderia ser uma pessoa, Kiara.

- Kiara, estou ocupado! - Raul se irrita.

- vai, abre logo amor, você tá com alguém aí? tá com alguma piranha? - a garota diz.

- agora não porra! - ele grita.

o olho assustada e ele parecia estar nervoso.

- não vai abrir? não vai me dizer que está com aquela lá?

aquela lá? o que ela quis dizer com isso? ela está se referindo a mim?

ele me olhou e fez sinal com as mãos pra eu esperar.

ele vestiu uma camisa e disfarçou seu pênis que ainda estava duro. em seguida abriu a porta, tentei ver mas só vi uma pequena parte, um cabelo loiro.

- vamos lá em baixo - falou sério e fechou a porta.

me sentei na cama coberta com o lençol e me senti uma otária depois disso.

como eu me deixei levar tanto? já era pra mim estar em casa e a minutos atrás Raul estava com a boca em mim. eu não posso deixar que isso aconteça denovo, não assim. se Kiara não estivesse aparecido talvez eu já tinha perdido a minha dignidade.

quando estou perto do Raul ele me torna soberana a ele e faço coisas sem nem raciocinar. não posso me deixar levar dessa forma, tenho medo de me machucar, talvez Raul só queira me comer assim como fez com Kiara. não quero me tornar igual ela, se apaixonar por ele e depois ficar correndo atrás. assim como ele fez com ela, ele pode fazer comigo.

vejo no celular a hora dando 11:13, que droga eu preciso ir pra casa, se ele acha que vou esperar ele aqui pra vir me comer depois de uma garota aparecer aqui do nada, ele está muito enganado.

ela veio até seu quarto sem nenhum aviso prévio, ela já é íntima e se ela não se referiu a mim quando disse "tá com aquela lá?" significa que ele tem outras. porra, eu sou muito burra, preciso sair daqui.

me levanto e pego minha calcinha e meu vestido, me visto e pego meus saltos e vou andando descalça abrindo a porta com cuidado sem que ninguém me ouça.

vou andando pelo corredor enquanto escuto uns murmúrios lá em baixo mas não dá pra entender direito e desço as escadas.

desço as escadas e chego na sala e vejo Raul um pouco distante na cozinha conversando com Kiara, ele passava as mãos no cabelo parecendo estar nervoso.

passo disfarçadamente sem que ele me veja e vou em direção a porta.

- vai continuar com essa farça até quando? - ouço a garota loira dizer.

- Kiara, você não entende... - ele diz baixo.

- acaba logo com isso... - Kiara fala calma.

dou uma espiada rápida e vejo Kiara pousar as mãos em seus ombros e se aproxima de seu rosto.

meu sangue ferve e saio dali rapidamente, não estou afim de ver essa cena. abro a porta bruscamente e faço um barulho alto ao fechar ela sem se importar se eles vão ouvir.

descalça avisto um táxi distante e o chamo para me levar em casa por estar sem internet para chamar um uber.

atrasei com a continuação mas em compensação esse foi o capítulo mais longo até agora!

se estiverem gostando, não esqueça de votar. é muito importante para mim. ❤

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