twins ❀ au!l.s

By larrynatic

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"O destino costuma fazer estranhos trocadilhos, porém ele nunca esteve tão certo quanto no momento em que res... More

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By larrynatic

[N/A] Comentem bastante, por favor. E não se esqueçam de votar 💘

xx

- Tomlinson, é suficiente por hoje. - o homem o puxou pelos braços e o tirou de cima do garoto, que já estava com o rosto suficientemente machucado - Eu disse que é suficiente!

Louis apoiou as mãos nos joelhos e respirou ofegantemente repetidas vezes. Ele estava tão exausto que mal podia dizer uma palavra sem precisar puxar todo o oxigênio do planeta para si.

Observou ao seu redor e viu que todos o encaravam. Louis não tinha se machucado muito, apenas um ou dois arranhões que o fariam sangrar por cinco minutos e então deixariam de arder, como se nunca houvessem existido.

As luvas de boxe faziam com que suas mãos suassem, o que levou-o à arrancá-las no exato momento em que pôs os pés para fora da arena.

Sua camisa preta ainda estava pendurada quando entrou no vestiário. Ele a colocou no corpo imediatamente e então jogou a mochila no ombro, pronto para ir embora. Ou pelo menos foi o que pensou, antes do homem lhe dar um tapinha nas costas e o encarar com um olhar preocupado.

- Já fazem três meses, Louis. - disse com um tom calmo, tentando achar uma maneira delicada de chegar ao ponto - Você precisa seguir em frente.

Não. Ele não precisava. Não queria.

Estava cansado das pessoas ao seu redor, cansado de todos dizendo o que deveria fazer ou que rumo tomar em sua vida. Ninguém podia interferir no que ele queria.

Seus punhos cerraram e por um breve momento, Louis sentiu vontade de atacar o homem. Não porque estava com raiva dele ou porque o odiava, e sim porque estava com raiva de si mesmo por ser tão estúpido a ponto de saber que tudo aquilo era verdade e ele simplesmente não conseguia digerir tais informações.

- Eu não posso, Paul. - falou na tentativa de parecer seco o suficiente para não prolongar aquele assunto.

Paul era o treinador da academia. Ele trabalhara na mesma por quase vinte anos e organizava as lutas que aconteciam a cada duas semanas. Louis o conheceu um mês após o ocorrido, ele havia oferecido sua ajuda para tentar controlar a raiva do garoto. De primeira, o de olhos azuis recusou mas acabou percebendo que não tinha nenhuma outra maneira para lidar com tantos acontecimentos, especialmente com o que acontecera à Harry. A verdade era que o garoto estava apenas tristemente destroçado e em um conflito interno de ódio consigo mesmo e precisava colocar toda aquela fúria para fora, manifestando a mesma em outras pessoas.

- Você desistiu de tudo, de todos os seus sonhos por causa dele. - o olhar de Paul era preocupado - Você desistiu até mesmo de sua banda. Não pode deixar algo assim tomar sua vida.

- Eu simplesmente não quero mais cantar, não quero mais tocar. - Louis sentou-se e colocou sua mochila ao seu lado do banco. Revirou um dos bolsos e tirou uma lâmina, a mesma lâmina que Harry havia usado para tentar se matar, a lâmina do apontador de Tristan. - Existem coisas que não podemos dar continuidade sem uma parte de nós. Quando aquilo aconteceu com Harry, uma parte de mim morreu. - ele apertou o objeto na palma de sua mão e fechou os olhos, dando um suspiro pesado.

Tudo o que ele mais queria era poder voltar no tempo.

[...]

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-Oh, por Deus! -Noah gritou -Me deixe em paz!

Noah Tomlinson havia passado as últimas três horas trancado em um banheiro imundo de um pub extravagante, onde se limitara de qualquer contato social e especialmente de qualquer contato com Harry Styles.

Estava tão cansado de tudo aquilo que mal conseguia olhar para o garoto de cachos sem sentir uma imensa vontade de defenestrá-lo.

Ouviu batidas repetidas soarem na porta e soube imediatamente de quem se tratava. Encolheu-se no chão e colocou as mãos nos rosto, a raiva era tamanha que pela primeira vez em toda sua vida ele realmente sentira vontade de chorar, mas não se daria ao luxo de deixar que o vissem com a cara deformada, inchada e vermelha. Preferia guardar suas lágrimas para alguém que valesse a pena.

- Vamos lá, Noah. Saia desse banheiro. -a voz rouca soou do lado externo da porta e o garoto estremeceu de ódio - Não pode se esconder para sempre.

Em um misto de raiva e fúria, Noah imediatamente abriu a porta e encarou a figura em sua frente. Harry não havia mudado em nada fisicamente. Seus cabelos ainda eram longos e cacheados, seus olhos continuavam tão intensos quanto antes, mas definitivamente havia algo diferente com o garoto. Ele já não era mais o mesmo.

- Bom garoto. - ele passou a mão entre os cachos

Noah queria socá-lo por estar falando daquela maneira, como se fosse algum tipo de cachorro ou, no mínimo, um escravo. De todas as pessoas do mundo, a última que ele esperava se tornar alguém tão desprezível era Harry. Já fazia três meses. Ele aparentava estar melhor, mas isso realmente se resumia apenas à sua aparência. Quem o conhecia sabia quem era o verdadeiro Harry Styles e, definitivamente, não era aquele que estava sorrindo como um pervertido na frente dele.

- Isso é estupro sabia? - Noah rosnou, cerrando os punhos

- Tecnicamente, eu tenho seu consentimento. - o maior deu o sorriso sacana mais bem caprichado que conseguiu arrancar de si mesmo naquele momento - Gosto de encarar isso como uma pequena troca de favores.

- Tecnicamente, se isso é uma chantagem, você não tem meu consentimento! - ele disse e Harry riu, passando a mão em sua bunda, o que fez com que o menor desse um tapa na mão do mesmo - Vá se foder!

O cacheado continuou a rir. Ele deslizou as mãos pela cintura do garoto e aproximou seus lábios do pescoço do mesmo, distribuindo beijos molhados e passando a língua por todo o contorno. Meses atrás, se ele estivesse insistindo em transar com Noah daquela maneira, o garoto muito provavelmente teria cedido.

Hoje em dia, a única coisa que passava pela cabeça de Noah Tomlinson era como o garoto podia se comportar como um completo estúpido e como ele havia sido idiota o suficiente pra sentir-se atraído por ele logo quando o conheceu. Talvez porque Harry não fosse um idiota antes. Ele, de fato, havia se tornado um completo imbecil nos últimos três meses, mas nem sempre as coisas foram assim e esse era o problema.

- Tire essas malditas patas de cima de mim, Styles. - ele se rebateu enquanto arrancava-se dos braços do de olhos verdes

- Não me desafie, Noah. - ele falou pressionando seus lábios na nuca do menor e voltando-os até os ouvidos - Não vamos querer que meu irmãozinho saiba o que você andou aprontando no natal passado.

De repente, uma sensação gélida cortou a garganta do garoto. Ele engoliu todo aquele frio em seco e respirou fundo. Não conseguia acreditar no quanto Harry estava sendo baixo a ponto de realmente expô-lo aquilo.

Ele não havia feito aquilo com a intenção de machucar ninguém, muito menos Tristan. Noah estava bêbado e revoltado com o que vira entre Harry e Louis quando tudo aconteceu, ele estava exausto e ainda era um garoto fútil em progresso para um garoto comportado. Era ridículo o quanto ele se transformara desde então, mas ele realmente havia mudado.

Logo quando se aproximou de Tristan, a intenção de Noah era apenas provocar Harry, mas jamais imaginou que acabaria se apegando tanto ao garoto a ponto de se apaixonar por ele. O dia em que ele recusou-se a dormir com Harry alguns meses antes, foi quando ele teve absoluta certeza de que estava apaixonado pelo outro Styles, foi quando teve certeza de que sua vida inteira estava prestes para mudar. Noah havia encontrado alguém com a chave para a tranca que possuía em seu coração.

Ele se arrependera do que fizera, gostaria de poder voltar no tempo porque sabia que, quando Tristan descobrisse, ele nunca iria o perdoar.

- O que você quer que eu faça?

- Nós vamos até o palco. - Harry disse esfregando as mãos - Eu irei tocar. Você irá dançar pra mim sua melhor lap dance, querido. Na frente de todos, incluindo de Tristan.

Noah grunhiu mais uma vez. Aquilo não podia estar acontecendo.

Lembrou-se de quando fora ele quem ameaçava Harry. Foi quando ele havia achado seu diário e o chantageara para que ficasse com ele e não fizesse contato com Louis, quando viu que Harry havia descumprido o acordo, ele ligou para Ben e então tornou a vida do garoto um verdadeiro inferno mesmo tendo se arrependido disso no minuto em que discou aquele maldito número, agora o jogo havia virado.

Sabia o quanto tinha sido injusto com Harry ao fazer aquilo, mas como citado anteriormente, ele ainda era um garoto extremamente fútil e egocêntrico. Tristan o perdoara por ter ligado para Ben pelo simples fato de que Noah o ajudara a procurar o psiquiatra de Harry, mas ele nunca o perdoaria pelo que havia feito no natal. Nunca.

- Nem morto. - resmungou o menor

- Vamos lá, Noah. - Harry passou os dedos pelo queixo do garoto e puxou-o para si, dando um beijo feroz em seus lábios - Eu posso tocar Britney Spears pra você.

- Não ouse envolver Britney em suas chantagens. - cruzou os braços, inconformado - Nem por um milhão de Britneys!

Harry soltou um riso baixo através de sua respiração ofegante. O ar pesado pairou sobre os ombros de Noah.

- É realmente uma pena que teremos que acabar com uma amizade tão linda quanto a sua com Tristan, não é mesmo, doçura? - ele sorriu cinicamente e mordeu os próprios lábios.

Os olhos azuis de Noah falharam e ele soltou um suspiro alto. Não acreditava que realmente estava prestes a fazer aquilo.

- Tudo bem, você venceu. - cedeu por fim

[...]

Existem algumas coisas que nós devemos evitar.

No caso de Tristan, ele precisava evitar muitas coisas naquela noite, incluindo o fato de Noah estar praticamente se entregando ao seu irmão em público, mais uma vez.

Às vezes ele gostaria de entender o que se passava na cabeça daquele maldito baixinho de olhos azuis. Oh, sim, os olhos azuis. Eles o atormentavam de tal maneira que sentia vontade de simplesmente cegar-se para não ter que olhá-lo no fundo de seus olhos nunca mais.

O fato era que Tristan não podia simplesmente bater os pés e sair revoltado do local como ele realmente queria fazer, porque ao seu lado estava o seu até então namorado Mike, ou pelo menos era isso que o pobre garoto se considerava, mal sabia ele que o cacheado não o via dessa maneira.

Tudo bem, eles já tinham se beijado, até mesmo se tocado em determinados momentos e Tristan realmente o propusera em namoro, mas isso não significava que ele sentisse algo realmente intenso por ele. No fundo, só estava tentando provar a si mesmo que conseguia ficar com algo diferente do que seu irmão costumava gostar. Seu pensamento estava errado de qualquer maneira, afinal, Louis e Noah eram totalmente opostos.

Não sabia se estava mais revoltado com o fato de Noah estar rebolando como uma puta no colo de Harry ou se simplesmente não conseguia lidar com o fato de que não era em seu colo. Por alguns minutos, pensou que o garoto estava o encarando enquanto fazia aquilo. Seu olhar era provocante e culpado ao mesmo tempo, quase indesvendável. O problema era que já não acreditava mais em qualquer provocação que viesse de Noah, era o natural do garoto, não era algo exclusivo para Tristan.

- Ele é bom. - Mike disse simpático ao ver o desempenho de Noah - Onde aprendeu isso?

- É aceitável. - Tristan revirou os olhos

Ao terminar a performance, Noah foi beijado por Harry de uma maneira tão intensa que o outro Styles podia jurar que o garoto iria ficar sem ar nos pulmões ali mesmo. O pequeno de olhos azuis correu apressado dentre as cadeiras e dirigiu-se até os bastidores.

O irmão de Harry seguiu-o até o local e encontrou o garoto agachado com os braços ao redor das pernas, a cabeça enfiada entre os joelhos e a respiração ofegante. Tristan colocou as mãos nos bolsos e deu alguns passos curtos para a frente, tentando se aproximar sem ser muito invasivo.

- Está tudo bem? - perguntou ainda com as mãos enfiadas nos bolsos e os pés presos ao chão

Noah levantou o olhar para encarar os olhos verdes que o espiavam. Era impressionante o quanto aqueles enormes olhos podiam ser penetrantes o suficiente para fazê-lo ficar sem palavras. Ele recostou-se na parede enquanto abraçava o próprio corpo. Gostaria de poder contar a verdade sem se sentir um completo idiota, mas sabia que era culpado demais para revelar o que fizera. Noah havia mudado, mas ele tinha medo de que o maior não entendesse como toda essa mudança havia acontecido, não aceitar os erros pelo caminho.

- Vá embora, Tristan. - ele choramingou - Eu estou bem, só quero ficar sozinho.

A pergunta que rondava em sua cabeça era como Harry havia descoberto sobre o natal. Fazia tanto tempo, e durante meses o irmão de Tristan não mencionara uma palavra sequer sobre aquilo, nem mesmo disse que sabia. Era estranho como ele estava agindo tão naturalmente diante dos fatos, mesmo depois de revelar que sabia o que ocorreu.

Eu sou um merda, Noah pensou, mas as palavras não saíam de sua boca. Eu sou um grande merda, eu me odeio.

- Qual a sua com Harry? - Styles encarou os próprios pés enquanto mexia os ombros desconfortavelmente - Pensei que tivesse seguido em frente, quer dizer, você me disse que estava apaixonado por alguém. Não deu certo?

- Eu realmente não quero falar sobre isso, Tristan. - o menor fungou - Eu só... Eu não entendo. O que há de errado com Harry? Ele nem ao menos parece ele mesmo, está completamente diferente.

- Ele ficou dois meses em coma. - o cacheado sentou-se ao lado de Noah e olhou para as próprias mãos, tentando parecer confiante - Harry só precisa de algum tempo. Ele irá ficar melhor eventualmente, eu espero.

Nada do que o garoto dissesse iria tirar todas as dúvidas que rondavam a cabeça de Noah. Era tudo estranho demais, era como se Harry tivesse virado alguém completamente diferente. Não era uma simples mudança de humor ou alguma melhora ou piora na personalidade, aquele já não era mais Harry. Era um completo estranho, e ele tinha certeza de que isso não se limitava apenas a si mesmo.

Os três meses que Harry ficara em coma foram devastadores.

Eis o que aconteceu.

Louis não conseguia largar o corpo gélido e ensanguentado de Harry. Ele chorava debruçado sobre o garoto e suplicava em seus murmúrios para que Deus - ou seja lá como chamam a força que rege o universo - trouxesse Harry de volta.

Mesmo quando o levaram até o hospital, Louis não quis nem ao menos dirigir seu próprio carro, tudo o que ele pensava era segurar a mão do cacheado, não importava o quão fria e imóvel a mesma estivesse.

Ele apertava os dedos de Harry, segurando-os firme. Ele acariciava seus cachos e distribuía beijos por toda a sua face. Ele derramava lágrimas por todo o corpo do garoto. Ele não queria deixá-lo ir.

Era como se aqueles fossem seus últimos minutos com Harry e ele não queria desperdiçá-los sendo novamente frio com o rapaz. Prometeu a si mesmo que se o garoto acordasse e o perdoasse por tudo o que havia feito, ele jamais o magoaria novamente. Louis amava Harry, ele faria qualquer coisa para tê-lo novamente.

Assim que chegaram no hospital, Harry foi levado para a emergência. Após algumas horas de espera e total tensão, ambos os Tomlinson e o irmão do garoto esperando por uma única notícia sobre o estado de Harry, um dos médicos finalmente os alertou. O garoto havia sobrevivido, mas não totalmente.

Harry Styles havia sofrido uma overdose de barbitúricos, remédios que tomava insônia, que era um dos sintomas constantes de sua depressão, mas o que o induziu ao coma foi o que chamamos de choque hipovolêmico, derivado da perda de uma grande quantia de sangue.

- Eu preciso ir. - Tristan sibilou ao olhar a tela do celular - Mike está, hum, me esperando.

- Mike. - ele não conseguia abrir os olhos para encarar o maior - Tenho certeza que ele tem muitos assuntos realmente importantes. Talvez ele lhe dê um relatório detalhado sobre quantas camisinhas vendeu essa semana naquele maldito posto de gasolina.

- Não seja tão sarcástico, Noah. Tenho certeza que se o conhecesse gostaria dele.

- Não, obrigada. - ele deu um sorriso irônico - Estou muito bem assim.

Assim que o garoto de cachos se retirou do local, Noah sentiu vontade de entrar no corpo de outra pessoa só para ter a chance de bater em si mesmo até que não restasse mais nada. Ouviu seu celular tocar, indicando uma mensagem. Desbloqueou-o com angústia e então viu a tela.

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Fez a única coisa que veio em sua mente e discou seu número de emergência, dizendo algumas poucas palavras ao ouvir uma voz atendê-lo do outro lado da linha.

- Louis, eu... Eu preciso de sua ajuda.

[...]

Por um mês inteiro, Louis Tomlinson evitara revê-lo.

Não que Louis não quisesse vê-lo, abraçá-lo e dizer o quanto estava feliz por tê-lo de volta, o quanto estava feliz por amá-lo. O problema era que o Harry ao qual Louis queria dizer todas aquelas coisas já não existia mais, ele fora substituído por um garoto frio, calculista e sem escrúpulos.

Lembrou-se do momento em que Harry acordara. Louis havia passado todos os dias com ele, só ia para casa tomar banho e trocar de roupa, o resto de seu dia era todo dedicado ao frágil garoto de cabelos cacheados deitado naquela cama de hospital.

Aqueles tubos no nariz do garoto faziam com que o coração de Louis se apertasse contra o peito. Doía tanto vê-lo daquele jeito, doía saber que ele poderia estar respirando sem necessitar de aparelhos para o ajudarem, doía saber que ele poderia estar bem senão fosse por Louis e por tudo o que havia lhe dito.

Era uma quinta-feira quando Harry acordou.

Louis estava lá. Ele jamais se perdoaria se não estivesse presente para vê-lo recuperar sua vida. Se ele ao menos soubesse o que aconteceria em seguida, jamais teria se dado a todo aquele trabalho.

Quando Harry abriu os olhos, Louis finalmente sentiu como se seu mundo estivesse completo de novo. Os olhos de Harry eram a chave para o sorriso de Louis, assim como as ruguinhas ao redor dos olhos de Louis eram a chave para as covinhas de Harry. Ou pelo menos haviam sido até aquele momento.

Os médicos foram avaliá-lo, ele passou a tarde inteira com olhos abertos espiando cada indivíduo presente naquele quarto. Espiou Noah, com seus jeans colados e seus braceletes balançando nos pulsos. Espiou Tristan, com um de seus muitos livros nas mãos. Esse tinha uma capa prateada e reluzente. Ele estava acompanhado de Gemma, que não parava de pousar as mãos sobre a barriga com aquele típico instinto de mãe de proteger o seu bebê de absolutamente nada.

E por falar em mãe, espiou também sua mãe, completamente aflita com toda a situação, mas podia notar sua aflição misturando-se com felicidade por finalmente tê-lo visto acordar. Espiou Robin o olhar com desprezo, era simplesmente frio demais mesmo para ele, quer dizer, Harry havia ficado em estado de coma por dois meses e ele não demonstrara nenhum pouco de compaixão e provavelmente continuaria sem demonstrar.

Por último, espiou Louis.

Louis com aqueles olhos azuis vibrantes, finalmente as ruguinhas haviam sido formadas ao redor dos mesmos que estavam radiantes e encharcados por lágrimas de felicidade ao ver que Harry havia acordado.

Depois de horas sem dizer nada, Harry decidiu esperar até que a equipe médica viesse avaliá-lo novamente para dar as últimas palavras que Louis escutara do garoto desde que o mesmo acordara:

- Tirem-no daqui. - ele apontou para Louis - Agora.

xx

[N/A] Decidi atualizar rapidinho por isso o capítulo ficou tão bosta, mas espero que tenha dado pra ler. Me desculpem mesmo.

Alguém tem algo a dizer sobre o Harry? Deixem nos comentários.

Espero que tenham gostado ou odiado ou pelo menos sentido algo porque amo vocês meus amores.

Até a próxima :)

- Izzie @larrynatic

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