O que é mais fácil de discutir.
O que é mais simples de entender,
O que é mais tolo de notar,
Do que a dor do indivíduo?
Decidi acabar com tal futilidade,
De deixar ter uma funcionalidade.
Perdi a razão.
Fiz arte.
Até a coisa mais complexa e rude para mim,
Que repulsa há tempos, foi posta no papel.
Meu rosto e teus óculos, quebrado na direita.
O que mais tinha que fazer?
Desenvolvi uma máquina com meu falho conhecimento em cinética,
Pensando em espatifar o desenho anterior com um calibre doze.
Você sabe como é bonito e vivo o vermelho na parede branca?
Coloquei o que sabia de mecânica, de ajustagem,
Imaginei-me na paisagem.
Usei até meu torpe alemão e a Bíblia para apoio.
Envergonhado por ir ao celular pedir socorro.
Postei para que todos vissem minha suprema arte.
Enquanto meu peito apertava mais,
A desconstrução da minha mente passava nela,
Sentia raiva, medo, tédio, dor.
Provado minha serventia,
Pensei em tomar um gole de perfume.
Você para de ser invisível quando quase morre.
O sadismo contra mim se estende.
A ruína da caixa torácica.
Quando é que vou puxar a corda da máquina?
O que é que me prende a não viver com os anjos?
O silencio do recinto me leva ao delírio,
E se no céu for assim prefiro me dar um tiro.
Será que sobra algo depois do moedor de trigo?
Acho que vou desenhar um moedor de trigo!