Hero of The Story - Tradução

By r_zoldyck1

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Talvez o destino não quisesse que Hermione Granger fugisse. Talvez o destino quisesse que Hermione Granger mu... More

Introdução
Sinopse
Main Cast
Aesthetics
Playlist
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Epílogo
Extra 1
Extra 2
Extra 3
Extra 4

Capítulo 5

292 35 0
By r_zoldyck1

V

Eu quero desaparecer e apenas começar de novo

(Hercules by Sara Bareilles)

~*~

6 de novembro de 1973

Hogwarts era verdadeiramente mundana agora que ela não foi puxada para várias aventuras.

Hermione ficou surpresa como ela passou por seu primeiro ano sem muitos problemas. Sans lutando contra trolls, cães de três cabeças e uma professora malvada de Defesa Contra as Artes das Trevas com o rosto de Voldemort escondido sob seu turbante fedorento, ela foi capaz de se concentrar em seus estudos e conseguiu terminar o ano como a melhor de sua classe. O suprimento de um ano de caramelo em seu baú, cuidar de Peter, era prova suficiente de seu trabalho árduo.

E Hermione deveria estar agradecida por tudo isso, porque ela não estava lutando por sua vida ou mantendo seus amigos vivos, mas... mas parecia normal, normal demais. Hermione Granger cresceu sem saber o que era normal porque, como nascida trouxa, ela não conseguia entender a princípio por que era a única que sabia conjurar pássaros do nada. Ou, como parte do Golden Trio, ela não tinha o luxo de relaxar por um dia sabendo que um louco estava atrás de sua melhor amiga.

Ela desejava essa normalidade, ansiava até por isso. Afinal, essa razão foi em parte porque ela concordou com a ideia insana de Harry de beber aquela poção estúpida de qualquer maneira.

Mas agora que ela foi capaz de alcançar essa normalidade... bem...

Hermione suspirou e colocou a testa em cima do livro, respirando fundo para livrar seus pensamentos de coisas tão ridículas. 'Apenas agradeça pelo que você tem, Hermione Pettigrew,' uma voz admoestou por dentro, soando estranhamente como Hermione Granger, e a garota de 12 anos se sentiu um pouco envergonhada.

— Sinto muito, — ela sussurrou na biblioteca silenciosa.

— Desculpe pelo quê?

Ela imediatamente se sentou ereta e corou quando Lily e Sev vieram em direção a sua mesa.

— Ei, — Hermione cumprimentou com um sorriso, ignorando a pergunta anterior de Lily. — Você chegou cedo.

— Não antes de você, aparentemente, — disse Lily com uma risada, sentando-se na cadeira ao lado dela.

— Merlin, Pettigrew, você tem dormido? — Severus perguntou, olhando para ela confuso.

— Claro que sim, — Hermione respondeu, franzindo a testa. — É você que não tem dormido direito, Sev.

Lily bufou e apontou sua varinha para o sonserino.

— Ele está trabalhando como escravo nas poções de mérito extra para o Professor Slughorn por dias agora, Hermione, eu te digo, — ela começou. — Eu nem entendo por que ele está tentando fazer tudo perfeito. Quer dizer, ele é Severo Snape, pelo amor de Merlin! Metade do corpo estudantil sabe que ele é uma criança prodígio quando se trata de poção.

— Eu tenho que torná-lo perfeito, — ele protestou com um olhar feroz. — Slughorn espera isso.

Professor Slughorn, — corrigiu Hermione, fazendo-o revirar os olhos. — E Lily está certa, Sev. Você não precisa se preocupar muito com isso. Não é nem mesmo classificado, você sabe. Você está apenas fazendo um favor a ele.

— Podemos apenas parar de falar sobre o que eu quero fazer com meu tempo livre? — o sonserino exasperado perguntou. — Achei que você queria estudar conosco porque queria ajuda com sua redação de Poções.

Hermione e Lily trocaram olhares significativos, mas silenciosamente concordaram que deveriam deixar esse assunto de lado. Severus ficava muito irritado quando se tratava de Poções. Ele costumava ser incorrigível, mas quando eles começaram a perguntar sobre sua obsessão doentia em preparar o lote perfeito de poções, ele seria totalmente irracional.

— Tudo bem, — disse Hermione após um longo suspiro de sofrimento. Ela então empurrou o livro que estava lendo para ele e apontou uma passagem. — Tenho dificuldade em entender o que isso significa. Tentei ler mais sobre isso em outros livros, mas até agora tem sido inútil.

Enquanto ela o observava ler a passagem em silêncio, Hermione secretamente se perguntou se Severo Snape de 12 anos era realmente tão brilhante quanto o que seus professores insistiam. Claro, ela sabia a resposta para essa pergunta, tendo passado por poções avançadas no futuro e mantendo as melhores notas. Aprender sobre o básico era cansativo, mas é claro que seria muito suspeito se Hermione Pettigrew soubesse sobre coisas que nem mesmo os bruxos adultos pensariam. Mantendo pretextos, fazendo perguntas às quais ela já sabia as respostas... tudo isso era apenas seu disfarce, apenas para deixar Hogwarts dos anos 1970 saber que Hermione Pettigrew era uma bruxa brilhante, mas não isso brilhante que ela deveria começar a fazer aulas avançadas apenas para desafiar seu cérebro. Ser rotulada como um gênio nesta época seria desastrosa, como colocar um letreiro verde neon em seu peito com o rótulo 'Escolha-me' para Voldemort notar imediatamente.

Não, por mais que ela odiasse a monotonia de tudo isso, Hermione deveria se abaixar e manter a cabeça baixa se quisesse viver uma vida normal durante esta vida.

— Merlin, até um trouxa pode responder sua pergunta, Pettigrew, — Severo rosnou repentinamente com uma carranca, agarrando seu pergaminho extra e arranhando palavras e símbolos com os quais Hermione já estava familiarizada.

— Ninguém é um gênio como você em Poções, seu idiota, — Lily retrucou, jogando um pergaminho amassado em sua direção. Em vez de atingir o alvo pretendido, o pergaminho voou por cima e bateu na janela.

— Belo objetivo, Evans, — Severus bufou. — Eu não, OW!

— SHH! — Madame Pince chamou estridentemente, fazendo com que os três alunos congelassem em seus assentos.

— Você não precisava gritar tão alto, — Lily murmurou baixinho enquanto tentava conter um sorriso crescente. Hermione, infelizmente, estava tendo dificuldade em conter as risadas, seus ombros já tremiam com a hilaridade de tudo isso.

Você não teve que mandar um Feitiço Ardente na minha direção só porque eu declarei o fato de que você tem uma coordenação motora ruim, — Severus protestou.

Os olhos verdes de Lily brilharam em desafio quando ela ergueu a varinha novamente.

— Eu vou te mostrar minha coordenação motora adequada, Sev. Você apenas-

— Pare com isso, seus idiotas, — Hermione gritou, incapaz de conter a risada. Seus olhos se arregalaram comicamente quando Madame Pince caminhou em direção a sua mesa e os enxotou por serem ridiculamente barulhentos na biblioteca.

Envergonhados, os três alunos enfiaram suas coisas dentro das malas e se afastaram apressadamente da ira do bibliotecário.

— Isso é tudo culpa sua, — Lily riu, uma vez que estavam em segurança fora da biblioteca. — Se você não estivesse sendo um idiota, poderíamos ter ficado mais tempo.

Severus zombou.

Minha culpa? — ele perguntou com um olhar furioso, embora a forma como seus lábios se contraíram em diversão não passou despercebida pelos dois. — Como foi minha culpa?

— Calem a boca, — Hermione gritou, rindo alto quando Lily começou a rir e Severo deu a ambos um pequeno sorriso. — Essa foi à primeira vez que fui expulso da biblioteca e é por causa de vocês, idiotas.

Mesmo em sua vida passada, Hermione nunca foi perseguida por Madame Pince, mesmo quando ela estava pesquisando com Harry e Ron.

Lily riu e deu o braço a Hermione.

— Nós éramos expulsos o tempo todo porque brigávamos muito, — ela confessou, estendendo a mão para Snape para colocar seu outro braço em volta do dele. — É uma maravilha porque Madame Pince ainda nos deixa ir lá.

— Eu ainda não terminei minha redação de Poções, — a morena lamentou.

— Podemos fazer nosso dever de casa perto do Lago Negro, — Severus sugeriu.

A grifinória estava concordando sinceramente com a cabeça e começou a puxar os dois com entusiasmo em direção ao Lago Negro. Severo estava protestando ruidosamente sobre ser maltratado pela pequena ruiva, e Hermione não conseguiu se conter para não rir alto de novo.

Embora Hogwarts fosse mundana, ela não podia negar que havia encontrado amigos maravilhosos, afinal.

~*~

17 de março de 1974

— Então, você finalmente terminou?

Severus piscou lentamente os olhos de pálpebras pesadas e franziu as sobrancelhas.

— Eu sinto muito? — ele perguntou, abafando um bocejo.

— Sua poção de mérito extra, — Hermione elaborou, apontando para um pequeno frasco com um líquido âmbar colocado em cima da mesa.

— Oh, certo, sim, — ele murmurou cansado, antes de deixar sua cabeça cair para trás na mesa de madeira da biblioteca.

A corvinal soltou um suspiro enorme.

— Merlin, Sev, seja mais gentil com você mesmo, — ela disse, puxando a cadeira em frente a ele e sentando nela. — Quando foi a última vez que você comeu?

— Ontem ao almoço, eu acho, — ele respondeu, a voz um pouco abafada.

Os olhos de Hermione se arregalaram.

— Sev! — ela exclamou suavemente. — Já é hora do jantar.

Ele bufou zombeteiramente.

— Observação astuta, Pettigrew, — ele murmurou.

— Puta merda. — Ela balançou a cabeça em desaprovação e começou a empurrar as coisas dele dentro da mochila. — Onde está Lilys?

— Não sei, — respondeu ele. — Disse que ela tinha que terminar algum projeto com McKinnon. Eu não me importei.

Hermione lutou contra a vontade de esfregar a ponta do nariz. Ela estava ciente de que era uma aprendiz excessiva, às vezes pulando refeições apenas para cumprir sua programação. Mas, depois de fugir com Harry e Ron, faminta e exausta além da razão, ela passou a apreciar a importância de comer e dormir o suficiente. Honestamente, era um luxo para aqueles que estavam em uma guerra violenta.

— Levante-se, — ela ordenou, empurrando a mesa para ficar de pé. Ela pendurou a alça da bolsa no ombro e agarrou a de Severo. Ela fez uma careta, percebendo que pesava uma tonelada. — O que você está carregando aqui? Pedras? — Ela não esperou pela resposta dele e, em vez disso, soletrou como uma pena, antes de colocar a alça dele sobre o outro ombro.

— Vamos, Sev, levante-se, — disse ela, cutucando duramente o braço dele.

Ele se encolheu e afastou a mão dela.

— Vá embora, Hermione, — ele murmurou.

— Estou tentando dormir aqui.

— Você pode fazer isso depois de jantar, pelo amor de Merlin, — ela insistiu, agora começando a puxar o braço dele. — Se Lily estivesse aqui, ela enfeitiçaria você apenas para levá-la ao Salão Principal.

Severus soltou um longo suspiro de sofrimento antes de finalmente ceder.

— Você é muito irritante. Você sabe disso? — ele rosnou de volta, agarrando o frasco de poção e permitindo que Hermione o puxasse para fora da biblioteca.

— Eu já ouvi tantas vezes antes de eu nem mesmo estar mais surpresa, — ela disparou de volta, fazendo-o bufar.

Os corredores estavam quase vazios porque a maior parte do corpo discente já estava no Salão Principal. Hermione teve que manter Severo estável porque ele continuava cambaleando de cansaço, quase caindo no sono, apesar de andar.

— Por que você está tão obcecado em aperfeiçoar suas malditas poções? — Hermione chorou depois que Sev quase tropeçou em trinta centímetros de uma armadura.

Ele, cansado, olhou para ela.

— Por que você está tão obcecada em ser um idiota? — ele atirou de volta.

Hermione suspirou e balançou a cabeça.

— Você realmente deveria começar a se cuidar mais, — ela resmungou. — Coma na hora certa, durma o suficiente, Merlin, até mesmo tome banho pelo menos dia sim, dia não! — Ela olhou com desdém para o cabelo esguio dele e arriscou que seus hábitos de higiene nunca haviam mudado, mesmo depois de crescer.

— Cai fora, Pettigrew, — ele disse com um leve brilho.

Ela beliscou seu braço com muita força, fazendo-o sibilar de dor.

Lily é uma má influência para você, — ele afirmou, irritado. — Agora, você está recorrendo à violência também.

— Se temos uma briga como melhores amigos, acho que a violência é aceitável se isso significar que ele vai começar a cuidar mais de si mesmo.

Ele revirou os olhos e estava prestes a retrucar algo em troca, mas então, as portas do Salão Principal se abriram. O medo floresceu em seu coração quando as ameaças da Grifinória, carinhosamente batizadas pelo próprio Severus Snape, saíram do Salão, dando voltas e empurrando os ombros umas das outras.

Eles pararam de andar quando viram Hermione e Severo. A morena apertou com força o braço do sonserino para mantê-lo no lugar quando o sentiu ficar tenso.

— Tudo bem, Pettigrew? — James perguntou, brevemente lançando um olhar para a Corvinal, antes de retomar sua disputa com seu melhor amigo cansado.

— Estou bem, obrigada, — disse Hermione rigidamente. — Agora, se você nos der licença-

— O que é isso? — Sirius perguntou de repente.

A morena franziu as sobrancelhas.

— O que é o quê?

O herdeiro Black de repente disparou para frente e agarrou o frasco de poção de Snape, um brilho ameaçador em seus olhos.

— Ei, Remus, temos uma tarefa do Velho Sluggie sobre fazer uma poção como essa? — ele perguntou.

Remus pegou o frasco de Sirius e examinou o líquido âmbar espirrando dentro.

— Bem... não, acho que não, — ele murmurou. Ele observou o líquido por um tempo e franziu as sobrancelhas. — Eu não o reconheço, no entanto. Parece Pepper-Up, mas seu tom é mais escuro. — A respiração de Snape engatou quando Remus removeu a tampa e exalou um cheiro. — Não tem cheiro de Pepper Up.

— Devolva — Severus grunhiu, as mãos cerradas com força ao lado do corpo.

Sirius ergueu uma sobrancelha em sua ira óbvia.

— Ou o quê, Snivellus? — ele zombou, pegando a poção das mãos de Remus novamente. — Você vai nos enfeitiçar?

Ele zombou dele agitando o frasco no ar.

— Sirius, pare com isso, — Hermione gritou. — Não é seu. Devolva.

— Fique fora disso, gatinha, — Sirius disse com uma carranca de desaprovação. Ele então olhou por cima de sua cabeça e encarou Peter. — Sua irmã ainda está saindo com esse idiota?

— Devolva! — Severus rosnou e se lançou para frente.

Hermione agiu rapidamente e colocou as duas mãos contra o peito dele para impedir o ataque.

— Sev, vamos, — ela insistiu, tentando apaziguar sua amiga repentinamente furiosa.

Sirius bufou e casualmente jogou o frasco de poção na direção de James. Ela sentiu Severus enrijecer contra ela quando viu a poção que ele trabalhou tão duro por meses voar pelo ar. Ele só foi capaz de respirar corretamente quando James o pegou habilmente com seus reflexos treinados em Quadribol.

— O que isso faz mesmo? — James perguntou em voz alta, removendo a rolha mais uma vez para cheirar seu conteúdo. — Ack, é como se eu estivesse cheirando meias fedorentas.

— Talvez seja para impedir que o Ranhoso tenha pés fedorentos, — Sirius gritou, rindo ruidosamente com o pensamento.

Ou, talvez, impedi-lo de ser totalmente fedorento, — Peter ofereceu. Ele sorriu com orgulho quando seus outros amigos riram alto de sua sugestão. Hermione lhe lançou um olhar desapontado, fazendo com que seu sorriso vacilasse. Peter rapidamente desviou o olhar de sua irmã.

— Oh, Snivellus, você não ouviu? — o menino de óculos zombou. — A única maneira de se impedir de ficar fedorento é tomando um banho bom e adequado. Porém, eu não ficaria surpreso se você nunca tivesse ouvido falar de um banho antes, porque, você sabe, seu cabelo está todo oleoso e brilhante.

Severo lutou para se livrar das garras de Hermione.

— Saia, Hermione, — ele rosnou.

— Eles não valem a pena, Sev, vamos, — implorou a morena. Então, com um olhar sombrio, ela esticou o pescoço por cima do ombro e rosnou, — Devolva a poção para ele, Potter, ou eu juro.

— Oooh, gatinha mal-humorada, — Sirius zombou.

Os olhos castanhos de James brilharam.

— Ou você jura o quê? — ele desafiou. Os olhos de Hermione se estreitaram mais quando o grifinório puxou a varinha das mangas e apontou para o frasco. — Tente terminar essa frase, Pettigrew.

— Você não ousaria, — ela cuspiu asperamente.

— Isso é um desafio? — ele perguntou com um sorriso alegre. Hermione então assistiu com horror enquanto James agitava sua varinha e murmurava um suave 'Evanesco'. O líquido âmbar dentro do frasco desapareceu completamente quando Severus se acalmou contra os braços dela.

Atrás dele, Remus franziu as sobrancelhas.

— James, cara, eu acho que isso não era realmente necessário-

— VOCÊ! EU VOU MATAR VOCÊ! — Severo trovejou e lutou tão fortemente contra Hermione que estava começando a ficar difícil segurá-lo.

Os olhos de James se arregalaram com sua raiva repentina.

— É apenas uma maldita poção, Snivellus, — ele murmurou baixinho. — O que está deixando sua calcinha em uma torção?

— Droga, Potter, — Hermione murmurou baixinho quando Severo finalmente se soltou dela. Rapidamente, ela puxou sua varinha e apontou para as costas de Severus. — Petrificus Totalus!

O sonserino se transformou em pedra e quase caiu para trás. Hermione rapidamente veio em seu auxílio e gentilmente o colocou no chão.

— Obrigado, Hermione, eu seriamente tu-

As palavras de James morreram de seus lábios quando Hermione de repente o chicoteou com a velocidade da luz, sua varinha apontada ameaçadoramente em sua direção.

— Seu... seu valentão arrogante e asqueroso! — ela gritou, pisando forte na direção de James até que a ponta da varinha dela estivesse apontada para o nariz dele.

— Hermione... — seu irmão tentou apaziguar.

— Fique fora disso, Peter, — ela cuspiu asperamente. Seu irmão mais velho estremeceu com seu tom e se encolheu. Afinal, ele morava sob o mesmo teto com ela há doze anos. Ver Hermione assim sempre significava problemas.

— Merlin, acalme-se, — disse James, repentinamente irritado. — É apenas uma maldita poção.

Hermione inclinou a cabeça para o céu e engoliu um grito.

— Você é, simplesmente, inacreditável, — ela rosnou, pressionando a ponta da varinha com mais força contra o nariz dele. James fez uma careta e tentou afastar a mão dela, mas Hermione não se mexeu. — Ele passou meses tentando aperfeiçoar aquela poção, seu maldito idiota. Ele não dormiu direito e pulou refeições por causa disso.

— Ei, ei, tudo bem, acalme-se, — Sirius apaziguou. — Não sabíamos. Lamentamos.

— Desculpas, não são o suficiente, — ela retrucou, os olhos brilhando perigosamente. Com um golpe poderoso de sua varinha, ela rosnou um encantamento na direção de James. O menino exclamou um grito apavorado quando meleca começou a zumbir para fora de suas narinas. Eles logo se transformaram em morcegos e bateram as asas furiosamente contra seu rosto.

Olhares idênticos de horror apareceram nos outros três meninos. Foi Peter quem conseguiu sair de seu horror primeiro.

— Hermione! — ele gritou alto. — Faça parar!

Satisfeita, ela acenou com a varinha e baniu os Bat-Bogey. Os olhos de James estavam arregalados de mortificação enquanto ele cobria as narinas.

— Se você não quer repetir a apresentação, fique longe, — alertou ela em voz baixa. Então, voltando-se para Severus, ela o ergueu e removeu o feitiço. Ele olhou sombriamente para ela, mas Hermione acompanhou seu olhar. — E você, se tentar se libertar do meu alcance de novo, não vou hesitar em lançar o mesmo feitiço em você.

Severo petulantemente desviou o olhar e permitiu que Hermione o arrastasse para longe dos outros Grifinórios.

— Puta que pariu, Peter, — Sirius suspirou, os olhos ainda arregalados enquanto olhava para o garoto horrorizado atrás dele. — Sua irmã é assustadora.

A única resposta de Peter foi esconder o rosto com as mãos.

~*~

18 de março de 1974

Lily estava andando furiosamente na frente do Lago Negro, usando a grama verde para baixo enquanto pisava nela.

Atualmente, ela, Hermione e Severo estavam descansando perto das margens do Lago Negro. A notícia de que Hermione Pettigrew lançou um Bat-Bogey Hex se espalhou como um fogo implacável por Hogwarts. Aparentemente, eles estavam falando alto demais e alguns alunos foram capazes de testemunhar à corajosa Corvinal de 12 anos enfeitiçando James Potter e, assim, reduziram os grifinórios turbulentos ao silêncio.

Quando Lily ouviu sobre essa notícia na manhã seguinte, ela imediatamente puxou seus amigos para o Lago Negro e começou a reclamar implacavelmente sobre meninos rudes e egos estúpidos.

— Lily, pare. Você está me dando dor de cabeça, — Severus gemeu e caiu de costas, protegendo o rosto da forte luz do sol com a mão.

— Por que você está tão indiferente sobre isso, Sev? — Lily gritou, parando bem na frente dele. — Eles arruinaram a sua poção de mérito extra. Aqueles... aqueles malditos idiotas! — Ela voou para outro discurso furioso e Hermione, com um suspiro, agarrou a mão de Lily e puxou-a para baixo até que ela se sentasse ao lado dela.

— Sev estava tudo menos indiferente ontem, Lils, acredite em mim, — Hermione disse revirando os olhos. — Quase derrubou Potter com pura força bruta.

Severus fez uma careta.

— Você deveria ter me deixado dar uma olhada naquele imbecil, Pettigrew, — ele protestou.

— E arriscar também ser colocado sob meu Bat-Bogey Hex, Sev? — ela perguntou inocentemente com um sorriso dentuço. Quando ele corou e desviou o rosto, o sorriso dela se alargou. — Eu imaginei isso.

— Eu não posso acreditar que você pode fazer uma Bat-Bogey Hex, Hermione, — Lily disse, com admiração em sua voz. — Onde diabos você aprendeu isso?

Hermione encolheu os ombros inocentemente.

— Um amigo, — foi sua resposta misteriosa, pensando em outra ruiva, em outra vida, com olhos castanhos brilhantes e um sorriso travesso no rosto.

— É um feitiço difícil de dominar, sabe, — Sev disse, sentando-se. — Eu não sabia que você era capaz de lançar tais feitiços.

Ela congelou um pouco, antes de olhar cautelosamente para o sonserino.

— Miranda Goshawk foi capaz de lançar um Bat-Bogey Hex perfeito aos onze anos de idade, Sev, — ela afirmou com naturalidade.

— Bem, sim, porque foi ela quem inventou isso, — ele disparou de volta, revirando os olhos.

— Não se preocupe com minha habilidade mágica, — disse Hermione, ansiosa para mudar de assunto. — O que Slughorn disse sobre sua poção de mérito extra?

Severus franziu a testa e distraidamente roçou as pontas dos dedos nas folhas de grama.

— Ele foi... compreensivo, eu acho, — disse ele. — Um pouco decepcionado também, eu acho, mas depois de explicar corretamente o que tinha acontecido, ele disse que estaria disposto a esperar mais alguns meses. Ele disse que eu deveria levar meu tempo, de verdade.

— Nós podemos te ajudar, — Lily ofereceu. Hermione balançou a cabeça vigorosamente para concordar.

— Não se preocupe, — o sonserino disse com o nariz enrugado. — Tenho certeza que você vai estragar tudo se eu deixar vocês dois ajudarem.

Hermione se inclinou para frente e bateu no braço dele.

— Idiota ingrato, — ela apontou com uma carranca.

— Sim, sim, tanto faz, — disse ele, um pouco indiferente demais. — Você não precisava fazer todas aquelas coisas estúpidas só para se vingar de Potter, Hermione.

Ela sorriu, sabendo que ele estava começando a usar seu primeiro nome mais, ao invés de chamá-la de 'Pettigrew'.

— 'Obrigada, Hermione, você tem sido uma amiga maravilhosa', — ela começou com a voz baixa enquanto tentava imitar mal a voz de Severo. — Isso não é muito difícil agora, é?

— Cale a boca, — Severus disse, as bochechas tingidas de vermelho. — Mas... você sabe, para que conste, aquele foi um Hex Bat-Bogey perverso.

Hermione riu.

— Sim?

Ele assentiu solenemente com a cabeça.

— Você pode ser terrivelmente aterrorizante se quiser. Você sabia disso? — ele perguntou, os cantos de seus lábios se contraindo em um sorriso. — Eu venderia todas as minhas fortunas só para ver o olhar aterrorizado de Potter novamente.

— Caramba! — Lily choramingou. — Por que eu não estava lá para ver? — Ela então segurou ambas as mãos de Hermione e implorou, — Deixe-me ver novamente, Hermione. Por favor. Todos estão falando sobre isso e estou arrasada por não ter sido capaz de ver. — Ela então apontou um dedo em direção a Severus sem quebrar o contato visual. — Você pode praticar com ele, se quiser.

— Obrigado, Lily, — ele rosnou sarcasticamente.

Hermione riu e se afastou da suplicante ruiva.

— Talvez da próxima vez, Lils, — ela se desculpou.

— Droga, — o desapontado Gryffindor suspirou mais uma vez.

~*~

25 de março de 1974

— O que você quer, Peter? — Hermione perguntou irritada.

— Essa não é a maneira correta de cumprimentar seu irmão, — ele apontou com uma carranca no rosto.

Ela olhou levemente e se jogou na cadeira.

— Se ele está sendo um idiota legítimo, acho que posso cumprimentá-lo da maneira que eu quiser, — ela retrucou.

Peter soltou um suspiro enorme e desabou na cadeira.

— Merlin, você ainda está bravo com isso? — ele perguntou incrédulo. — Já faz, não sei, dias, Hermione. Certamente você já se esqueceu disso agora.

Os lábios de Hermione se magnetizaram em uma carranca apertada.

— O que você quer? — ela repetiu.

O grifinório suspirou e se aproximou de sua irmã irritada.

— James sente muito, — ele insistiu.

Todos sentimos muito. Nós não sabia que poção era importante para Snivel-Snape.

— Você deveria ter ouvido ele em primeiro lugar quando ele pediu que você devolvesse, — ela rebateu, a testa franzida ainda no lugar. — O que James fez... foi horrível, Peter. Sev não comia direito há dias e as bolsas escuras sob seus olhos estavam crescendo porque ele estava obcecado em preparar a poção perfeita. Ele continuou dizendo a mim e a Lily que ele tinha acabado ele já preparou um novo lote para passar para o Professor Slughorn, mas posso dizer que ele ficou arrasado com o evento. Ele trabalhou muito para completá-lo, Peter. —

Peter parecia devidamente envergonhado, suas bochechas ficando vermelhas de vergonha.

— Sinto muito, — ele sussurrou mais uma vez.

— Não é a mim que você deveria se desculpar, — ela apontou com um olhar significativo.

Sem querer, ele fez uma careta.

— Tenho certeza que James prefere comer uma pedra do que se desculpar com Sni-Snape, — disse ele, seguido por um suspiro profundo. — Ele recebeu uma bronca de Remus depois. Eu sei que você acha que Remus os deixa escapar com todas as suas travessuras estúpidas, mas ele é o mais decente de nós quatro. James e Sirius respeitam muito sua opinião e se ele disse algo é estúpido, então James e Sirius vai acreditar que é estúpido.

— Eu não acho que ele tentou o suficiente para impedir que James fizesse desaparecer aquela poção, — Hermione murmurou baixinho. Com certeza, ela lembrou que ele tentou impedir James, mas tinha chegado um pouco tarde demais.

— James foi devidamente repreendido, — ele insistiu.

Hermione suspirou.

— Eu realmente não me importo com o que você faz com seus amigos, Merlin, — ela afirmou exasperada. — Apenas, por favor, por favor, por favor, fique longe de Sev. Ser um Sonserino meio sangue nessa maldita escola já é difícil para ele. Seus idiotas não precisam aumentar o fardo dele.

Ele apenas deu de ombros, não querendo falar uma promessa que ambos sabiam que seria quebrada de qualquer maneira.

~*~

27 de março de 1974

Hermione gritou de surpresa quando de repente foi encharcada com água fria e suja. Tanto Lily quanto Severus, que caminhavam à sua frente, giraram e olharam para ela em choque. Felizmente, eles foram poupados da água suja.

Uma risada rouca de cima alcançou seus ouvidos e Hermione estalou o pescoço para cima. Tanto James quanto Sirius estavam curvados, segurando seus estômagos, enquanto continuavam a tremer de tanto rir.

— Boa, James-boy! — Sirius disse, enxugando algumas lágrimas que se formaram em seus olhos. Ele sorriu amplamente para a morena furiosa. — Desculpe, gatinha. Eu prometo a você, isso será uma coisa única, já que você está tecnicamente fora dos limites como irmã de um de nossos companheiros.

James deu a ela um sorriso preguiçoso e inclinou-se sobre o corrimão.

— Isso é vingança, Pettigrew, — ele deixou escapar.

— Cai fora, Potter! — Lily exclamou enquanto Severus fazia um gesto rude com a mão na direção deles.

Hermione afastou seu cabelo molhado e olhou sombriamente para os dois garotos da Grifinória. Quando ela puxou a varinha do bolso do robe e viu como eles se encolheram em uníssono, um sorriso malicioso cresceu em seu rosto. Em vez de apontá-lo para os meninos irritantes, ela se enfeitiçou para limpar. Seu cabelo estava mais fofo, fazendo-os começar a rir de novo, mas Hermione apenas pigarreou e foi embora.

— Cabelo bonito, Pettigrew, — Severus falou lentamente.

— Cale a boca, Snape, — ela retrucou.

Os olhos de Lily brilharam.

— Ooh, você vai lançar um Feitiço de Bat-Bogey agora? — a ruiva perguntou animadamente.

Severus empalideceu enquanto Hermione ria.

— Hoje não, Lils.

— Droga, — a ruiva respondeu desapontada.

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