paralyzed eyes - drarry

By maaxi_

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os traumas pós guerra reagiram de formas diversas em cada sobrevivente, no caso do nosso Salvador do Mundo Má... More

-Beco Diagonal-
-Espera-
-Malfoy-
-Expresso do 9¾-
-Hogwarts-
-Aula de poções-
-Quadros-
-Jogo de Quadribol-
-Comensal-
-Poção do Amor-
-Sala precisa-
-Ataque?-
-Ala Hospitalar-
-Corredor-
-Confissão-
-Chuva-
-Sequestro-
-Folhas e fotos-
-Montanha-
-Aranhas-
-A Dor-
-Caverna-
-Garotas-
-Avada Kedavra-
-Sem mim-
-Despertar-
-Fim-

-Romance proibido-

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By maaxi_

    Domingo, setembro de 19**

  Agora são 03:20 da manhã, e na enfermaria um garoto de cabelos loiros se encontra sentado sem sua cama coberto pela luz do luar que atravessava as grandes janelas.

  Estava pensativo olhando para os próprios pés. Antes tentou paracer não se importar para quem atacou Harry, mas agora queria saber respostas para todas as suas perguntas. Talvez devesse falar com Dumbledore e Snape.

  Então quando começa a se levantar a cama range alto, fazendo com que Harry se movimente na cama abrindo levemente os olhos. Draco já em pé, encara o moreno acordar.

  -Onde está indo?- uma voz sonolenta e rouca pergunta.

  -Irei dar uma volta.- responde o loiro se aproximando da cama de Harry, depositando sua mão na testa do outro verificando sua temperatura. -Que bom, não está com febre. Eu volto já.

  Assim que se vira para a direção da saída sente sua camisa sendo puxada por Harry. -Não vai. Eu não quero ficar sozinho aqui denovo.- Potter murmura meio triste, passou muitas noites sozinho na enfermaria e não era nada agradável.

  O silêncio retorna junto com um sorriso de bobo apaixonado estampado no rosto de Malfoy.

  -Tudo bem, eu fico. Mas chega pra lá.- Draco ordena se sentando ao lado esquerdo de Harry, que ainda estava deitado.

  -Sorte sua que essa cama cabe duas pessoas, se não eu te expulsaria.- fala deixando seu braço esquerdo sobre a barriga para melhor conforto.

  -Tem gente que imporaria para estar em uma cama comigo Potter, você é estranho.

  -E você é um tarado.

  Malfoy dá de ombros, tendo sua atenção direcionada para a mão enfaixada de Harry que estava marcada de sangue.

  -Sua mão tá doendo?- pergunta o loiro trazendo a mão enfaixada de Potter para perto de si analisando.

  -Não, por que?- questiona abrindo os olhos para olhá-lo.

  -Por que ela tá sangrando. Vou refazer o corativo, sente-se.- ordena ajeitando seu corpo de frente para o de Potter.

  Pegou sua varinha e conjurou uma faixa corativa. Assim começou a retirar calmamente os corativos ensanguentados da mão esquerda do garoto sentado na sua frente.

  Já Harry não conseguiu parar de o fitar descaradamente, observando cada detalhe de seu rosto pálido e seus olhos cinzas, e como ele ficava terrivelmente atraente de cabelos bagunçados a luz do luar.

  -Para de me olhar com esses olhos.- diz Malfoy sem olhá-lo.

  -Que olhos?- questiona inocentemente, deixando um sorriso bobo escapar de seus lábios. Era impossível não sorrir olhando Draco daquele jeito vulnerável e tão.. atraente.

  -Você me olha como se eu fosse uma sereia extremamente atraente cantando.- revela terminando de tirar as faixas vermelhas.

  A mão de Harry foi literalmente perfurada, mas Madame Pomfrey faz milagres mágicos com sua varinha, então o furo estava quase inteiramente vedado.

  -Tirando a parte da sereia cantando..- pronuncia com uma malícia presente.

  -Então você me acha extremamente atraente, Harry?

  -Talvez.., você sabe enfaixar uma mão?- muda de assunto da forma mais descarada possível, não querendo se entregar ainda.

  -Como sempre você mudando de assunto, igual na biblioteca. Ainda não me disse por quem tem paixão, Potter.- diz começando a secar o ferimento com uma gase que conjurou junto com a faixa.

  -Você também não me disse a sua, oras.- ambos pareciam crianças num jogo de empurra para ver quem diz primeiro.

  -Você ainda não me deu um beijo.- retruca Draco levando seu olhar para os olhos esmeraldas que ainda o fitava.

  -Realmente tentador..- Harry leva sua mão até a nuca de Draco, aproximando seus rostos derepente em provocação. Seus lábios se encontram a milímetros de distância, suas respirações quentes e ofegantes, o clima excitante orna entre eles.

  Os lábios de Harry abrem um sorriso travesso que soltando uma risada gostosa, permitindo que Malfoy entenda a situação.

  Draco presiona os seus dedos no ferimento de Harry, fazendo-o saltar para longe em um grunido de dor.

  -Não me provoque, Potter.- pronuncia com o rubor subindo em seu rosto, descontraído, ele volta a enrolar a faixa.

  -Ei! Você que insistiu na biblioteca para eu que flertasse com você, estou apenas cumprindo como desejado.- Harry vira a cara fazendo drama.

  Malfoy finaliza o corativo depois de tantas distrações, depositando um beijo de leve nas costas da mão enfaixada.
  -Eu beijinho para sarar.- fala pincando para Potter.

  Harry revira os olhos revelando um sorriso tímido, junto de um rosto corado.

  -Agora volte a dormir, Potter.- Draco se vira e coloca os pés no chão, saindo da cama do garoto e indo na direção da sua.

  Harry pensa seriamente em impedi-lo, o puxando devolta para a cama e entrelaçando seus corpos, mas quando menos percebe o loiro já estava deitando sem sua cama.

 
     Harry on

  Não consegui dormir depois que acordei com Malfoy saindo da cama.

  Agora encaro o teto vasto da Enfermaria com meus pensamentos presos no garoto que dormia profundamente a metros de mim.

  Relembro das ações que fiz a minutos atrás, e de como ele consegue me deixar perdido e confuso. Me pego sorrindo como uma adolecente de filmes trouxas, aqueles que Duda assistia na TV da sala. —sou facilmente comparável a uma adolecente apaixonada de novelas trouxas, a que ponto eu cheguei?— Espera, apaixonado?

  Não pode ser, eu estou apaixonado por Draco Malfoy?? A doninha?? 

  Se bem que isso explicaria as sensações estranhas que sinto quando estou com ele, ou quando ele flerta comigo na brincadeira, —será que era brincadeira?— AAAAAAAH, eu não tô pronto pra entrar nessa crise de existência sobre Malfoy estar ou não apaixonado por mim.

  Droga! As vezes me pergunto, qual será o gosto de seus lábios?

  Me viro para olhá-lo e por Merlin, como alguém conseguia ser tão atraente dormindo?
  Ele estava deitado de lado com o rosto para a minha direção, seus lábios avermelhados estavam levemente abertos. Mas nada se comparava aos seus cabelos loiros que refletiam a luz do luar que o fazia brilhar como uma estrela.

  Puta merda, eu estou apaixonado por Draco Malfoy.

  

  Abro os meus olhos calmamente me acostumando com a claridade, acho que cai no sono e nem notei. Olho para os arredores e percebo Malfoy ao lado de Madame Pomfrey do outro lado da sala, aparentemente estão conversando baixo.

  Infelizmente eles percebem minha consciência antes que eu conseguisse os ouvir cochichar.

  -Sr.Potter, como se sente?- Madame Pomfrey caminha até mim.

  -Estou bem. Que horas são?

  -Já são 01:30 da tarde Potter, você dorme como uma pedra.- Malfoy caçoa de mim.

  Me sento para olhar o relógio e realmente são 01:30 da tarde. -Por que não me acordaram?- pergunto irritado, não se deixa alguém dormir até as uma da tarde.

  -Weasley queria, mas Madame Pomfrey não permitiu.- Malfoy responde caminhando até mim.

  -Não deixei mesmo, você perdeu muito sangue e precisava descansar.- a senhora revela enquanto faz exames em mim, que fizeram-me sentir estranhamente cansado.

  -Ron esteve aqui?

  -Ele e Granger, mas você estava desmaiado.- brincou o loiro.

  -Preciso vê-los.- digo me levantado da cama com dificuldade, parecia que tinham pesos em minhas costas.

  -Eu vou com você.- Malfoy pronuncia me olhando.

  -Não preciso de babá, Draco.- afirmo, pegando os meus óculos os ajeitando em meu rosto.

  -Eu não diria babá, estou mais para um guarda costas.

  Madame Pomfrey simplesmente saiu e foi para o seu quadro, estranho o fato de que ela nem me impediu de sair do repouso. Mas apenas dou de ombros, indo até a minha mala procurando minhas vestes.

  -Como quiser, mas não irei te proteger caso Ron te dê um soco.- finalmente acho meu sueter azul marinho.

  -Acho que posso lidar com isso.- diz simples.

  Pego meu sueter e uma calça preta e vou para o banheiro me trocar. Assim que retiro as minhas calças lembro-me que uma das minhas mãos está incapacitada. -Aaaah, esqueci dessa porra de mão fudida.- reclamo cansado.

  Passo cerca de 5 minutos tentando vestir minhas calças quando finalmente tenho sucesso, agora só falta o maldito sueter.

 
  -Que demora.- Draco reclama ao me ver sair do banheiro após 15 minutos, acabei que vesti a camisa do avesso na primeira vez.

  -Eu estou sem uma das mãos, lembra??- digo acenando com a mão enfaixada.

  -Me chama-se, eu poderia te ajudar.

  -Eu só preciso de tempo para me acostumar, não sou um bebê.- respondo emburrado andando até a porta, porra eu não sou tão inútil assim.

   -Está parecendo um fazendo essa birra toda.- o desgraçado ri da minha cara, e eu decido ignorar.

 
  Nós saimos da Ala Hospitalar lado a lado, por conta disso os olhares curiosos das pessoas nos acompanham até a comunal Grifinoria. Assim chegamos na frente do quadro da mulher gorda.

  -O que faz aqui garoto?- a mulher do quadro pergunta olhando para Malfoy.

  -Ele está comigo, relaxe.- respondo por ele, mas mesmo assim ela continua o olhando estranho.- Gummy Worms.

  Assim que revelo a senha o quadro se abre nós liberando a passagem para a comunal. Draco parece receoso ao passar pelo buraco na parede.

  A atenção de todos os alunos ali são direcionadas a nós. Alguns olhares assustados, outros irritados, alguns indiferentes.

  -Fica perto, ou vão te devorar vivo aqui.- sussuro para o loiro ao meu lado.

  -Harry, por que Malfoy está aqui?- ouço a voz de Neville se aproximando.

  -Ele está de atormentando novamente?- pergunta Dino logo atrás de Neville junto de Seamus.

  -Não, ele está comigo.- ambos os garotos me olham incrédulos. -Onde está Ron e Mio-

  -O que esse sonserino nojento faz aqui?- uma voz se aproxima, era Denis Creevey, um dos membros da Armada de Dumbledore. Ele odiava os Sonserinos profundamente a anos.

  -Ele está me acompanhando Denis, não veio para discussões.

  -Pouco me importa, nós não queremos um Comensal da Morte aqui dentro.- fala se aproximando de Draco, mas rapidamente eu entro no meio dos dois.

  -Eu já disse, ele não veio arrumar confusão Creevey.- minha voz é fria e clara, estou perdendo a paciência.

  -Por que está defendendo ele Harry? Ele é um Sonserino nojento que não merece proteção.- juro que estou a pouco que socar esse filha da puta. Ele começa a estralar os dedos se aproximando mais.

  Malfoy estava estranhamente quieto.

  -Nem ouse dar mais um passo, Creevey.- digo arregaçando as mangas pronto para começar uma briga. Mesmo sem uma das mão eu pronto para impedi-lo, esse desgraçado conseguiu me deixar surpreendente irritado.

  -Ei gente, vamos nos acalmar, não precisa disso.- a voz de Neville era quase nula na minha mente, minha única preocupação era espancar Creevey.

  Ele me olhava com um sorriso surpreso, e isso me deixou mais irritado ainda.

  -Harry, deixa esse idiota pra lá.- ouço a voz de Draco sussurar no meu ouvido puxando meu braço.

  Então lentamente eu me acalmo ainda encarando Creevey.

  -Na próxima eu arrebento essa 'doninha' asquerosa.- Denis anuncia dando passos para trás com os pulsos serrados.

  -Tenta a sorte.- agarro o pulso de Malfoy e o arrasto para as escadas da torre sem nem olhar para trás.

  Subimos em silêncio até chegar em frente ao meu dormitório, onde o solto.

  -Por que vez aquilo?- Draco quebra o silêncio.

  -Aquilo oque?- pergunto olhando para seus olhos que não pareciam nada preocupados ou confusos.

  -Pensei que não iria me 'proteger'.

  -Eu disse que não te protegeria do Rony, não de um babaca metido.- afirmo me virando para abrir a porta.

  -Porra, então por que não socou aquele babaca?- disse entre risos.

  -Não estou afim de perder pontos.- digo abrindo a porta e observando cinco camas vazias. -Eles não estão aqui, viemos atoa.

  -Ótimo, se eu ficar mais 5 minutos aqui vou ser azarado por 15 grifinorios diferentes.

  -Vamos embora.

 
  Descemos para a sala principal da comunal, os cochichos eram mais altos e os olhares perfurantes, mas seguimos para a saída.

  -Nunca pensei que sairia da comunal Grifinoria sem amaldiçoar ninguém.- Draco diz com as mãos nos bolsos.

  -Nunca pensei que entraria na minha comunal com o 'Príncipe da Sonserina'.

  -Como eu odeio esse apelido.- o loiro ri.

  Continuamos andando pelos corredores do castelo, as pessoas sussuravam pelos cantos nos observando. Até que eu ouço uma lufana dizer "Romance proibido entre Potter e Malfoy" O QUE?

 

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