O Experimento do Deus

By ThaiDragomir

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Um experimento levou o senhor das moscas a conhecer a verdadeira essência de um ser, seria esse o fim de sua... More

Capítulo 1 - A Veela
Capítulo 2 - Melancolia do deus
Capítulo 3- Conflito de decisões
Capítulo 4 - A Verdade
Capítulo 5 - O nascer de um sentimento
Capítulo 6 - Você é perfeito
Capítulo 7 - A dança
Capítulo 8 - A dor da rejeição
Capítulo 9 - Cidade do Pecado
Capítulo 10- Ciúmes
Capítulo 11- Sintonia
Capítulo 12 - Lembranças que mais doem
Capítulo 13 - Descobrindo o amor
Capítulo 14- Neblina
Capítulo 15 - A decisão
Capítulo 16 - Quebrando barreiras
Capítulo 17 - Entrega Sublime
Capítulo 18 - Ritual Humano
Capítulo 19 - Desejo intenso
Capítulo 20 - A caminhada
Capítulo 21- Cidade dos anjos
Capítulo 22- História dos Anjos
Capítulo 23 - Passado Sombrio
Capítulo 25- Enfrentando seus demônios
Capítulo 26 - Coração puro
Capítulo 27- Coração cheio de amor
Capítulo 28- Encontro com Satã
Capítulo 29- Poder total
Capítulo 30- Fogo eterno
Capítulo 31- Cuidando de você
Capítulo 32- Amando-a como se deve
Capítulo 33- Casa comigo?
Capítulo 34- Meu amor por você
Capítulo 35- Vou lutar por você
Capítulo 36- Eternidade ao seu lado

Capítulo 24- Amor é a cura

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By ThaiDragomir

Como já expliquei essa história seguirá algumas coisas do anime/mangá e outras, serão da minha imaginação!

Esse capítulo tem 3206 palavras.

Boa leitura ❤

O anjo olhou-o dos pés a cabeça sorrindo, seu olhar parecia alegre e melancólico em simultâneo, sentiu-se diante do seu olhar, era como se o conhecesse, mesmo que nunca o tenha visto além das visões que teve.

— Não o vejo desde que era um bebê e nem me chama por pai? — Ansel fala brincalhão fazendo-o arregalar os olhos.

A sua mente ficara totalmente aturdida, não conseguia acreditar estar vendo seu pai, era verdade, possuía uma família!

Um sentimento estranho apossou-se de seu ser, não conseguia identificar o que sentia, mas seu coração estava quente, aquilo era alegria?

— Então é verdade! Você é o pai dele! — Aine fala com os olhos arregalados.

— Sim, você, pelo que posso ver é a companheira de meu filho? — Ansel pergunta com um enorme sorriso no rosto.

— Ela é minha noiva — sussurra incrédulo com a situação.

O anjo olhou-os atentamente antes de cerrar os olhos em sua direção, instintivamente deu um passo para trás, era como se soubesse que ele ficara bravo, mesmo sem nem saber como, era instintivo.

— Deve casar-se com ela logo! — Ansel fala como uma bronca.

Sentiu as suas orelhas quentes, não conseguia crer estar com vergonha, nunca em sua vida antes tomara uma bronca antes, ainda mais na frente a sua amada, ficara mais vermelho ao escutar as suas risadas, ela parecia estar se divertindo para seu horror.

— Eu vou, mas antes preciso acabar com a maldição! — resmunga envergonhado.

O olhar do seu pai em sua direção mudou para um melancólico, vira o reflexo dele ali, aquilo deixou-o aturdido, analisando-o conseguira ver as semelhanças entre ambos, os olhos eram os mesmos negros que tinha, o semblante preocupado, se vira ali nele.

— Tudo que sofreu a culpa foi minha — Ansel fala fechando os olhos como se estivesse com dor.

— Como assim? — Aine pergunta confusa.

— O que vocês sabem sobre o que aconteceu? — Ansel pergunta seriamente.

Olhou-o por longos segundos até tomar coragem para contar tudo do que vira, assim como Aine contou-lhe detalhadamente sobre suas visões, o anjo escutou tudo sem interrompe-los, quando terminaram de falar, ele suspirou tristemente olhando-os com compaixão.

— Fui o primeiro a notar que Draco estava mudando, mas não quis acreditar, quando ele começou a correr atrás de Electra, pensei que ele estivesse realmente apaixonado por ela, no entanto, ele queria seus poderes de luz, ela era a mais forte logo abaixo dele — Ansel começou a contar sob os seus olhos cerrados.

Não conseguia acreditar que seu próprio pai sempre soube a natureza daquele monstro, mas resolvera não fazer nada, por culpa dele perdera tudo em sua vida, ele simplesmente deixou-o viver e agir como bem-queria!

— Se sabia por que deixou ir tão longe? — perguntou azedo, afinal era seu filho, seu sangue e mesmo assim ele permitira que sofresse tudo aquilo, sentia-se traído pelo seu próprio pai.

— Meu filho, ele era meu irmão caçula, eu amava ele mais que qualquer coisa nesse mundo, tinha esperança que ele mudasse, tanto que abri mão do amor da sua mãe, pela felicidade dele, pois no início do relacionamento deles, Draco era outra pessoa com ela, sentia que ele poderia mesmo deixar-se levar pelo amor — Ansel confessa em um sussurro.

Ficara levemente envergonhado ao pensar nisso, claro que ele não poderia fazer algo contra seu próprio irmão, seu tio, o monstro que tirou tudo dele, tinha seu sangue, aquilo deixou-o tonto por hora, era inacreditável, respirou pesadamente com o pensamento, percebendo seu estado sentiu as mãos de Aine segurando firme as suas, controlou a respiração até ela acalmar, o polegar dela fazia uma carícia continua em sua palma, sorriu terno em direção a ela, sendo retribuído na mesma intensidade, saber que não estava só, deixava-o mais calmo.

— Eu consigo entendê-lo, era seu irmão afinal — Aine expõe seus pensamentos, ao vê-la tão meiga, mesmo que seja com um ser que não mereça compaixão, fez seu coração amenizar a dor de sentir-se traído pelo seu pai.

— E depois? — perguntou num sussurro.

— Durante um tempo ele a tratava como uma preciosidade, depois passou a tratá-la como um troféu, algo que ele conquistou, não demorou muito para que os movimentos com seus seguidores ficassem mais evidentes, pois ele não fazia a mínima questão de esconder, mas manteve seu relacionamento, por que precisava dos poderes da sua mãe para matar os Deuses — Ansel murmura.

— Então ela descobriu tudo e falou para você — conclui vendo-o acenar.

— Sim, após isso nos ficamos mais próximos, confessei que sempre a amei e ela deu-me uma chance, os deuses já sabiam da traição de Draco e estavam a espera da oportunidade perfeita para o matar, mas ele descobriu tudo e a matou, nos lutamos e eu o feri com aquela espada — Ansel fala apontando para a espada atrás de si.

Já sabia de tudo aquilo, seu pai falara exatamente o que Aine e ele viram, não era surpresa, mas aquilo não justificava a origem da sua maldição, do motivo pelo qual ele tinha Satã em si, muito menos o motivo dele não conseguir se matar.

— Mas isso não explica minha maldição! — resmunga bravo.

— Ele cortou suas asas e eu atirei um veneno letal que sua mãe tinha me dado para matá-lo, quando os deuses chegaram aqui e viram que as asas dele estavam no chão concluíram que ele morreu e eu confirmei já que o veneno o mataria — Ansel confessa os fazendo arregalar os olhos.

— Você disse que ele estava morto? — pergunta aturdido ao pai que acena suavemente confirmando.

— Ele acabaria morrendo mesmo então não menti, mas ele usou magia negra para tomar seu corpo ainda quando bebê, pelo laço de sangue ele conseguiu já que você é seu sobrinho — Ansel falou deixando-o em choque.

— E porque o Belzebub não consegue matá-lo? — Aine perguntou ao vê-lo sem palavras.

— Pelo mesmo motivo que ele usou a magia do sangue, Draco utilizou um feitiço para que sempre que Belzebub tentasse se matar ele seria segurado, ou se alguém tentasse matá-lo, seu corpo reagiria no automático — Ansel respondeu evitando olhar em sua direção.

— E você não fez nada para vingar-se? — pergunta atônito.

— Eu lutei na guerra matando uma boa parte dos anjos que estava com ele, mas ele fugiu para o inferno onde não poderia ir, por conta da minha valentia em defender a cidade eles tentaram reviver você e sua mãe, mas apenas conseguiram reviver você — Ansel explica tristemente.

— Porquê? — pergunta num fio de voz.

— Por que quando ele matou Electra... contaminou seu corpo com o mal, seu coração foi devorado, estava tomado pelas trevas e se ela revivesse... iria virar um demônio e eu sabia que ela jamais aceitaria isso — Ansel explica fazendo-o arregalar os olhos, aturdido com que escutara.

A sua mãe não tivera a menor chance de se salvar, aquilo doeu tanto em seu coração, antes mesmo e vir ao mundo, perdera aquela que o gerou, mesmo que nem tenha chegado a conhecê-la, era triste pensar que se não fosse a ambição do maldito, poderia ter vivido outra vida, seria um anjo e viveria naquela cidade com seus pais, teria uma família e seria amado, ao olhar pelo redor, ficara triste ao ver o que parecia ser tão puro e belo, tomado pelo caos.

— O que aconteceu com a cidade? — pergunta curioso, mesmo com a luta que fora ganha pelo lado dos anjos, a cidade fora abandonada, não entendia o motivo.

— Depois da luta contra os anjos caídos tudo voltou ao normal, no entanto, após estranhas mortes ligadas a você, os deuses concluíram que este lugar era amaldiçoado, fui encarregado de ficar aqui cuidando das relíquias em troca de sua vida — Ansel explica fazendo-o ofegar.

Ele sacrificara tudo que era importante, tudo para que vivesse?

— O quê?

— Todos que você amava acabavam morrendo por conta de Draco, ele quando o possuiu disse que por conta do que eu e Electra fizemos por amor, você viveria sem amor, todos por quem seu coração apaixona-se iriam perecer e morrer como... sua mãe morreu — Ansel falou num fio de voz.

Sentiu seus joelhos fraquejarem, caiu no chão com um olhar incrédulo no rosto, era por isso que ele perdia quem amava, por conta de uma frustração do maldito!

— Os deuses pensaram que isso era apenas um conto, mas quando passei a cuidar de você sozinho e Draco manifestou-se tentando matar-me, os deuses resolveram matar você, eu me coloquei em sua frente evitando sua morte e a tomando em seu lugar — Ansel confessa fazendo-o erguer os olhos em sua direção.

O seu pai morrera para protegê-lo, fora a primeira vítima dele e do monstro, não conseguia acreditar naquilo.

— O quê?

— Você é meu filho, jamais, deixaria algo acontecer a você, com isso os deuses decidiram selar a cidade e os anjos foram para outro lugar, você ficou encarregado de crescer sozinho e todos foram proibidos de chegar perto de você e eu... minha alma foi punida a cuidar desse lugar, esse foi o castigo que recebi por interferir na vontade dos deuses — Ansel termina de contar deixando-o atônito.

— Mas eu não entendi, como ele tomou meu corpo? — pergunta em confusão.

— Uma parte da alma dele prendeu-se a sua, podemos dizer que ele é um parasita em seu corpo e para matá-lo precisará fazer com que ele saía completamente e só assim você irá poder usar a espada — Ansel explica calmamente.

— Mas se fizermos isso o Bel não irá morrer junto? — Aine perguntou aflita ao anjo que sorri negando.

— Se o matar enquanto ele permanece dormindo em seu corpo, só irá ferir a sua carne e a alma dele será liberta, mas se o matar quando ele tiver possuindo você aí sim, conseguirá mata-lo sem que você morra — Ansel explica seriamente.

— Então preciso apenas pegar a espada? — pergunta atônito.

— Não, você não pode toca-la — Ansel fala com tristeza em sua voz.

— Como não? — pergunta confuso.

— Com ele tomando seu corpo tornou-se impuro, apenas alguém com o coração puro e completamente cheio de amor pode toca-la, no entanto, se essa pessoa tiver um resquício de escuridão que seja, vai queimar até a morte — Ansel explica olhando para Aine com atenção.

Aquele momento entendera o motivo de ter acesso às memórias e sentimentos de Electra, não era a sua reencarnação como pensara, não era nada daquilo, tudo ficou claro quando Ansel dissera "apenas alguém com o coração puro e completamente cheio de amor pode toca-la", isso a lembrou do último pensamento de Electra, "guiar alguém de coração puro para livrar do mal seu maior amor", então fora por isso que teve as visões com a mãe de Belzebub, Electra a escolheu para livrar o seu maior amor, seu filho da escuridão.

— O amor não machuca, ele é a cura — conclui fazendo o anjo acenar sorrindo.

Tudo acontece por alguma razão, agora conseguia entender todos os passos que a guiaram até ele, olhou decidida para Ansel que olhava com orgulho em sua direção, era a cura de Belzebub, iria livrá-lo da sua maldição.

— O quê? — Belzebub pergunta com os olhos arregalados.

— Eu vou pegar a espada e vou tirar esse maldito de você! — fala firmemente.

— Não! Não sabemos o que pode ocorrer! — Belzebub fala atormentado.

— Bel, sua mãe me escolheu por isso tive aquelas visões com ela, então eu vou — fala tomando o rosto do deus em suas mãos, seu rosto estava totalmente torturado.

— Não posso te perder! — Belzebub sussurra com medo evidente em sua voz.

Claro que entendia seu medo, apesar de estar ciente que poderia não voltar com vida daquela missão, não sentia nada além de determinação, se fosse para salvá-lo, se sacrificaria, era isso que o amor era afinal.

— Bel... — suspira abraçando com carinho o deus que estava tremendo em seus braços.

Gostaria de prometer que voltaria, que ficaria a salvo, mas não queria mentir para ele, apenas aproveitou o calor dos seus braços, afundou o rosto em seu peitoral, sentindo seu perfume, era como se tentasse se despedir sem ele saber.

— Ela pode treinar no portal, os anjos escolhidos para manejar essa espada passam por esse treinamento — Ansel fala suavemente chamando a atenção de ambos.

— Portal? — ambos perguntam juntos.

— É um portal onde você encara seus medos e suas dúvidas, tudo de sombrio que pode assolar seu coração, ninguém pode tocar na espada sem passar pelos testes impostos, todos possuímos luz e trevas, ninguém é perfeito, então é preciso treinar para ficar com o coração totalmente limpo — Ansel explica a ambos.

Não conteve o suspiro de alívio, então teria chances de conseguir a espada sem morrer!

— Como funciona? — pergunta curiosamente ao anjo que sorri terno em sua direção.

— Você irá entrar e enfrentar seus medos e suas dúvidas, se seu coração for puro, uma tatuagem ira nascer em você, aí vai ter a certeza que pode empunhar a espada — Ansel explica calmamente a ambos que mantém o rosto ansioso.

— Mas se a tatuagem não aparecer? — pergunta num fio de voz.

— Então significa que seu coração não é totalmente puro e não poderá ajuda-lo — Ansel responde com pesar.

Estava ansiosa, claro que sentia medo, não poderia falhar com ele, tinham muito para viver, olhando na direção do deus, somente pode sorrir ternamente diante do seu olhar ansioso, ali tomou a decisão, lutaria pelo futuro ao lado do seu amor.

— Tudo bem, leve-me para o portal — fala decidida.

— Espera! Você não pode fazer isso? — Belzebub pergunta angustiado ao pai.

— Eu sou um espirito e não posso tocar em nada divino, não posso tocar em nenhuma relíquia, foi a minha punição e eu aceitei-a — Ansel fala pesaroso.

— Confia no amor que ela sente por você, sua mãe não a guiaria até aqui se ela não tivesse um coração puro, eu sinto que ela conseguirá, tenha fé — Ansel fala olhando-o com carinho.

O deus assumiu um rosto torturado, pulou sobre ele sentindo os braços apertarem sua cintura com força, como se não quisesse soltá-la, deixou ser abraçada por longos minutos, até soltá-lo suavemente, tomou o rosto dele entre suas mãos, aquele olhar apaixonado era um reflexo do seu, não iria morrer, voltaria para ele.

— Não se preocupe que eu volto logo, não vou desistir do nosso futuro! — fala beijando-o com amor, o deus a segura pela cintura apertando-a com força, como se não quisesse que ela fosse.

Separou-se ofegante sorrindo na direção dele, queria que ele ficasse tranquilo, o deus suspirou contrariado assentindo resignado, ele entendera que não desistiria. Virou-se para Ansel que sorria olhando-os, corou levemente ao perceber que não estavam sozinhos, às vezes, esquecia-se de tudo quando estava com Belzebub, respirou fundo criando coragem.

— Estou pronta! — falou firme.

O anjo assentiu indicando com a mão para que o seguissem, deram a volta na estatua, mais ao longe tinha uma porta totalmente branca, parecia ser a única "coisa" inteira no lugar, ele parou em frente a porta.

— Aqui é com você, tem que entrar sozinha, não podemos ir com você — Ansel respondeu fazendo-a assentir.

A coragem a fez abrir a porta de supetão, pareceu ser sugada para dentro da sala, ficara intrigada com que vira, esperava uma sala, mas tudo que vira foi um campo com uma grama era extremamente verde que nunca vira antes, era um tom puro, o local era cercado de flores, sentiu-se em paz ali, olhando ao redor percebeu um enorme muro que cercava o lugar como uma redoma, apesar disso não possuía nada ali, além da beleza e tranquilidade, ficara tentada a ficar ali por mais uns instantes, pois nunca ficara na presença de um local tão puro, mas ficar não a faria ver o que seria seus testes.

Ao perceber que não era ali, seguiu procurando o que deveria ser seu teste, por longos minutos, tudo que poderia ver era uma imensidão de verde, até que percebeu um brilho estranho mais ao longe, aquilo poderia ser um indicativo do que deveria fazer, apressando o passo, vira que se tratava de um portal, observou que conseguia enxergar um céu ali, como um leve nevoeiro, pelo visto teria que atravessá-lo.

— Vamos lá! — suspirou seguindo, não poderia fraquejar agora.

Seguiu sem medo, seu corpo pareceu estar em uma piscina gelada quando entrou em contato com o outro lado do portal, sentia-se estranha, mas não de uma maneira ruim, percebeu que ali era um local com muita paz, seu interior quase chorou ao perceber isso, parecia ser mais puro que o lugar anterior, seus olhos fecharam-se em automático, procurando por respostas, não sabia direito o que deveria fazer, a breve meditação durou uns longos minutos, até notar que não estava mais sozinha, sentiu a presença de mais alguém consigo, ao abrir os olhos ficou surpresa ao ver os três anjos descritos por Belzebub, seus amigos. Pensou estar ficando louca, mas era real, os três estavam ali olhando-a com curiosidade.

— O que estão fazendo aqui? — pergunta aturdida.

Não conseguia entender o que eles poderiam estar fazendo ali, eles eram parte do seu teste?

— Então nos conhece? — Azazel pergunta com a cabeça inclinada, olhando-a com curiosidade quase infantil.

— Claro que ela conhece, Belzebub deve ter falado sobre a gente! — Samael resmunga para o amigo.

— Creio que não precisamos nos apresentar, mas sinto-me na obrigação de fazê-lo, sou Lúcifer e estes são Samael e Azazel — Lúcifer fala risonho apontando para os amigos brigando atrás de si.

— Bel falou-me sobre vocês — fala feliz em ver os amigos de seu amado, gostaria muito que ele estivesse aqui para poder vê-los.

Os anjos sorriram diante da sua fala, sorriu em resposta, céus aquilo era inacreditável, se ele pudesse estar ali, teria certeza que só faria bem a ele, descobrir por si próprio que os amigos não o culpavam, mas embora estivesse alegre, não conseguia entender o que estariam fazendo ali, ela não os conhecia, então duvidava que teria a ver com seu treinamento.

— Vocês fazem parte do meu treino? — pergunta confusa os fazendo rir.

— Não exatamente, pedimos para guiá-la até certo ponto, pois queríamos que desse um recado ao Belzebub — Lúcifer fala ficando serio.

— Qual?

— Ele não teve culpa pelo que nos aconteceu e nos não o julgamos, amamos ele como nosso irmão e sentimos muito felizes por ele encontrar alguém como você — Lúcifer fala fazendo-a arregalar os olhos, não conseguiu impedir as lágrimas que escorreram por sua face, os amigos atrás de si, concordaram sorrindo.

Sempre soubera ser isso que eles fariam, nunca sentiu que Belzebub fosse culpado, pelo contrário, saber que os amigos dele achavam o mesmo, era um alívio, mesmo que, no fundo, soubesse disso.

— Falarei isso a ele — fala sorrindo em meio as lágrimas.

— Agora o seu treino será enfrentar e dominar os cinco venenos e o que eles representam, seu coração precisa estar puro e não ter as trevas ao redor dele — Samael explica calmamente.

— Cinco venenos? — pergunta confusa.

— Sim, são a raiva, apego, ignorância, inveja e orgulho. — Lúcifer responde com seriedade.

Analisou calmamente o que o anjo disse, realmente os cinco venenos que ele citou fazia mal tanto para mente, corpo e coração, pois quanto mais próximo à pessoa era desses sentimentos mais sombrios poderiam ser seu coração, logo se conseguisse livrar-se disso seu coração seria considerado puro.

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