A semana havia passado voando, e com ela, o grande dia do cruzeiro. Com Stacy a par de tudo — pelo menos, parcialmente, foi mais fácil. Ela me ajudou a fazer a mala, e me ajudou a comprar alguns maiôs e biquínis, tentei avisa-la que não estava indo a um desfile aquático para encaixar tantas roupas de banho na mala. Ela riu de deboche com meu comentário e continuou seu trabalho. Bufei diante de sua teimosia interminável não acabava com meu humor incessantemente estável por esses dias. Liam vem sendo um verdadeiro cavalheiro e procura me ligar duas vez ao dia e principalmente a troca de mensagens, cada um revelando ao outro o quanto isso que nascia de nós era importante.
Stacy ainda não estava convencida de que ele era confiável.
Infelizmente, meu pai ainda permanecia na mesma e sempre alternei a noite com minha mãe. Várias vezes a peguei conversando com ele, e eu comecei a fazer o mesmo. Se alguma vez eu havia falado com ele, era melhor que pedisse desculpas, mesmo que ele talvez não acordasse nunca mais e o médico pressionava para desligar os aparelhos, pois eles não pretendiam estender a estadia de meu pai no hospital. Temia que isso acontecesse enquanto viajava pelo Cruzeiro de um promotor preponte e nojento como Alex.
Ainda me preocupava as coisas que poderiam acontecer, isso ainda me apavorava, mas provar que ele era um mau caráter era mais forte. Eu deixei Stacy terminar o seu trabalho e fui ao banheiro jogar uma água em meu rosto. Ajeitei meus cabelos castanhos e usei o modelador para formar ondulações neles. Estavam usando uma camisa branca de algodão branco de mangas curtas e um short jeans claro e riscado, coisa da nova moda dessa geração. Passei um brilho labial também e senti que estava pronta, mas minha bagagem exagerada para uma semana de cruzeiro.
— Pronto! — exclamouela orgulhosa de seu trabalho e não contive o riso.
— Sabe que a maioria que está aí não vai ser nem usado, não é? — ralhei com ironia.
Ela me fuzilou com os olhos e me mostrou o dedo do meio.
— Stacy, não é um passeio romântico à lá férias, é só um promotor querendo nos destruir! — expliquei de modo que ela pudesse entender que não estava indo a passeio, muito menos Liam.
Minha amiga teimosa e super protetora abriu os braços em minha direção para um abraço, o que aceitei de bom grado. Liam combinou de passar aqui pelas 16h para irmos ao porto de embarque do enorme navio, para Stacy isso poderia parecer um sonho, mas para mim ainda se tratava de observações e indagações, nesse meio descobrimos que Sean Huntersberg havia cogitado vender a empresa para Alex, o que acabaria totalmente com os planos de Liam, mas ele garantiu que não liga mais para isso. O pai de Liam vem se recuperando bem em casa aos cuidados de uma enfermeira, pois sua madrasta só fala ao telefone com suas amigas.
O pai de Liam teve seu momento de reflexão ao acordar no hospital, olhou para o filho e se desculpou por ter sido rude o tempo todo, que ele não lhes desejava passar uma visão de que ele era um militante, queria agora ser visto como apenas seu pai e que esquecesse a história de Alex, mas Liam afirmou que ele estava envolvido demais com isso e que iria até o fim. Foi bom saber que pai e filho se reconciliaram e que ele havia prometido a carreira de veterinário como ele inicialmente queria. Liam, aceitou seu pedido de desculpas e de bom grado e confessou que iria se separar daquela mulher horrorosa e fútil, mas preocupada com suas conexões do que com ele.
Stacy me soltou e suspirou fundo, tirando-me do meu devaneio e não contive o sorriso e as lágrimas que inundavam minha vista.
— Eu sei que não um "passeio", mas tente se divertir, tudo bem? — aconselhou com um sorriso morno e teatral.
— Stacy, não estou indo embora para sempre, é só uma semana! — exclamei divertida.
— Pode ser dramática só uma vez nessa porcaria de vida? — ironizou irritada e saiu em passos apressados ao banheiro.
Sentei-me a beirada da cama e olhei algumas fotos em minha galeria no celular, Liam e eu tomando sorvete, indo a um parque de diversões, um urso gigante que ele havia conseguido em uma barraquinha, quando fomos a uma opera e ao cinema. Aquilo me fez sorrir, Stacy voltou fazendo uma careta engraçada e agitou a mão no ar dispensando qualquer comentário sarcástico vindo de mim. Havíamos marcado de tomar café no White's Coffee & House, para podermos conversar sobre as coisas, na verdade sobre tudo.
Ao chegarmos fomos recepcionadas por uma menina super educada e gentil, ainda eram 11:20 da manhã e fizemos nossos pedidos. Quando a menina se afasto, ela começou a dizer que as coisas com Augustus ultimamente não estavam sendo fáceis e colocou sentimento à prova, ela parecia entristecida quando mencionava seu noivo. Quis ajudá-la, mas não tive muita experiência com meninos antes de Liam e tudo com ele era complicado na medida.
Ela explicou que ele vinha se afastando a algum tempo e que desconfiava de traição, mas pelo que vi naquele dia de hospital, duvidava muito. Ele a amava. Mas não é sempre que temos dias bons, de repente é só mais um daqueles dias que estão péssimos para variar, e como havia saído do emprego, a procura incessante devia estar o desgastando, pousei minha mão sobre a dela e tentei inspirar confiança, já que não sabia o que dizer sobre isso.
— Ele só deve estar sob pressão e estresse, vai passar. — tento arriscar a dizer algo, afinal a teimosia lançou um olhar muito, muito significativo para mim, como se esperasse que dissesse algo para encoraja-la.
— Duvido muito, Morg. — confessou ela com a voz trêmula e pude sentir que ela estava prestes a desabar. — Quando ele chega em casa, quero toca-lo e ele me evita, quero beija-lo ele me afasta, ele não era assim antes, talvez só não fosse dar certo mesmo.
Ela abaixou a cabeça e percebi uma lágrima cair, queria segurar a mão da minha amiga pelo dia todo. Ainda acho que ele está com problemas e não se refere a traição. Mas Stacy consegue ser teimosa mesmo assim, até quando sua mente lhe prega peças fundamentais para sua loucura. Tentei desconversar e partir para um assunto mais alegre. Ela me deu atenção mais do que disposta e contei-lhes que havia pesquisado aquele cruzeiro, contei tudo que havia lido no site oficial deles e ela pareceu bastante interessada e cogitou fazer uma viagem com Augustus desse tipo para se acertarem e então seria o fim, se caso não resolvesse.
Passamos por mais vinte minutos conversando até que decidimos apenas caminhar pela grande maçã, voltamos a época do ensino médio o que a alegrou um pouco. Era triste saber que minha amiga estava passando por isso agora, queria poder ajudar mas não sabia a coisa certa a se dizer. Quando chegamos novamente ao meu apartamento era 12:10, e subimos, ela averiguou mais uma vez minha mal se certificando que estava tudo conforme ela deixou e sentou-se completamente satisfeita.
— Tenho um ótimo cruzeiro ao lado daquele brutamonte. — diz ela com falsa irritação.
Ela não conseguia gostar dele, mas eu até entendia, mas ainda pretendo convence-la a superar isso.
— Nome dele é Liam! — gritei.
— Tanto faz, criatura! — replicou ela abanando a mão no ar outra vez.
Comecei a rir e a campainha soou, era Liam.
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Ao chegarmos no porto Cape Liberty Cruise Port, em Manhattan, levamos 15 minutos para chegar lá e Liam pediu ao manobrista para cuidar do seu carro. Ele passou o braço por cima do meu ombro e estava elegantemente vestindo uma camisa pólo azul escuro e calça jeans escuro com seus sapatos italianos. Os cabelos ondulados e negros estavam penteados para trás e usava presunçosamente óculos escuro com formato redondo. Ele esbanja um sorriso devastador de parar o trânsito, vi algumas comissárias passar por ali e pararem literalmente para babar o Liam.
Apesar de não gostar de outras o apreciando, entendia o que elas sentiram em um milésimo de segundo, mas Liam não olhou para nenhuma, apenas caminhou ao meu lado enquanto puxava sua mala e eu a minha — que pesava mais do que a Estátua da Liberdade, que insistentemente tentei persuadir Stacy a não me lotar de coisas desnecessárias para viajem. Teoricamente de negócios, agora, particulares.
Fomos orientados por um rapaz vestido de marinheiro a entrarmos no píer 43 até o cruzeiro Lou'Amour, seguimos até ele e vimos um gigante navio em branco e preto com pequenas janelinhas uma ao lado da outra e com o topo mais lindo que havia uma bandeira balançando ao vento em branco e rosa com um coração entalhado no meio do pano frágil, olhei para Liam que apenas de de ombros, parecia até entusiasmado para isso, mais do que pensei.
Outro rapaz acompanhado de uma moça nos orientou a entrar pela prancha um de cada vez, Liam ordenou que eu fosse a primeira a entrar com pé direito e comecei a rir. Me perguntei o que levava um casal em lua de mel convidar terceiros para participarem de um momento tão íntimo como esse. Mal podia esperar o que vinha a seguir, tentei empurrar esses pensamentos para o fundo da mente e repeti para mim mesma, que podíamos nos divertir, mesmo sem a vigilância contínua deles. Zara, por outro lado, sempre que me vinha com Liam fazia cara de azedume, eu não facilitava para ela.
Veja bem, na faculdade eles namoraram e tiveram seu momento, mas ela terminou ao buscar por conexões e status, típico de uma mulher fútil e desagradável — sem comentar que ela não tinha cérebro nenhum, dando-se em conta que ela o havia dispensado. Mas minha mãe sempre dizia que quando nossa ambição ultrapassa a linha do coração, o erro nos corrói e desejamos retornar automaticamente com outra intenções. Não seria bom para o Liam, se caso ele tentasse retomar o relacionamento perdido com Zara e até onde eu sei, não estava disposta a entregá-lo de mão beijada.
Entre o amor e a guerra vale tudo!
Quando ele se aproximou de mim ávido em segurar minha mão entre seus dedos, sorri docemente e ele beijou rapidamente meus lábios, imaginei que o casal mais fofo de Nova York, estejam fazendo coisas em seu quarto, o que nos sobraria tempo para curtirmos um momento a sós em cruzeiro maravilhoso. Ao subir uma escada em cor bege podemos ver o interior daquele cruzeiro, incrivelmente moderno em tons rústicos, o chão era de açoalho bem polido e havia vários sofás brancos espalhado pelo enorme dágua muito bem iluminado, por lâmpadas embutidas dando a uma sensação única de beleza, ao outro lado havia um enorme balcão em forma de arco e quatro garotas muito bem uniformizadas com blazer azul marinho escuro, cabelos presos em coque e uma maquiagem espetacular. O d'água por ora estava vazio, mas logo encheria pela quantidade enorme de pessoas no píer.
Uma das jovens olhou para mim e sorriu simpática, mas logo isso mudou ao ver Liam segurando gentilmente meu ombro com um sorriso educado no rosto. Após fazer o check-in, subimos de elevador para nosso quarto. Eu não sabia que cruzeiros pudessem ter serviços como esse, afinal era um Navio. Mas fiquei maravilhada pelo grande espelho e olhei para o painel de última geração, Liam a pertou nosso andar e aguardou pacientemente ao meu lado.
Percebi que ele estava se segurando para não cometer qualquer ato insano que nos tirasse daqui, mas ele claramente estava falhando em sua missão, então dei o primeiro passo. O encostei com força na parede e o beijei como se hoje fosse o último dia da terra, era quente, ávido, ardente e selvagem. Ele não se opôs e então continuei. Minhas mãos alisavam cada centímetro daquele seu corpo musculoso e duro feito pedra, meu toque exalava a necessidade que tinha dele me tocando, ansiando por mim, buscando explorar minha pele. Nada do que fazíamos parecia ser o suficiente, a música ambiente parou e nos separamos abruptamente, e buscamos por ar como um peixe fora d'água. Estávamos ofegantes.
Quando a porta se abriu, puxamos nossas malas e dobramos a esquerda. Ele parou e sorriu malicioso para mim o que retribui com ardor. Estar perto dele, era enervante. Quando ele abriu a porta, deu espaço que eu entrasse primeiro e fiquei maravilhosamente espantada com a beleza daquele quarto que mais parecia uma suíte, o chão por todo navio até agora era de açoalho, as paredes eram brancas e haviam uma grande cama king size e um guarda roupa de aço inox embutida na parede e entre ele e a cama um enorme espelho límpido que poderia facilmente nos ver com clareza, na minha frente uma grande porta de correr com uma varanda inacreditável. Caminhei até a porta de correr, arrastei e vi um banco de madeira acompanhado uma mesinha com vaso de flores, entrei de volta e abri uma porta branca e entrei em um sofisticado banheiro com uma jacuzzi, o que já era muito pra mim, atrás dele um boxing espaçoso de vidro temperado escuro e um vaso quadricular e uma pia maravilhosamente esculpida por grandes engenheiros.
Se queriam deixar a gente no paraíso, certamente conseguiram. Quando voltei ao quarto onde Liam estava parado em expectativa eu o olhei abismada e um pouco divertida, sabendo que ele havia escolhido o melhor quarto do cruzeiro.
— Queria fazer desta viagem a melhor possível para você, Morgan. — contemporizou ele com ar conspiratório.
— Liam, isso é maravilhoso! — exclamei maravilhada com a vista e por sentir livre uma vez na vida. Não é qualquer garota que entra em um cruzeiro de luxo com seu...gato, eu podia me gabar um pouco, não é mesmo?
Stacy talvez tivesse razão em dizer que eu deveria parar para me divertir um pouco e tudo ao lado de Liam, parecia mais leve, mais intenso. O meu coração saltou dentro do peito como um peixe se debatia fora da água enquanto olhava Liam me observar com determinação, empenhado em admirar apenas a alegria que agora sentia por ele, pelo Cruzeiro, por tudo. Ele sorriu abertamente, um sorriso lindo e arrebatador que faziam minhas pernas virar gelatina.
Me aproximei dele enquanto engatinhava na cama macia e sedosa com cheiro de lavanda, seu perfume amadeirado era forte e deixava-o mas másculo, mas seu perfume mais cheiroso era o de como acordava pela manhã, ele cheirava como o mar em uma brisa de verão, era simplesmente... incrível. Me agarrei a sua blusa, e fiquei de joelhos enquanto envolvia meus braços em seu pescoço e dei-lhe um rápido beijo que não durou mais do que um minuto.
— Obrigada por esse momento fantástico — eu estava sendo sincera, era a primeira vez que estava feliz e em um cruzeiro com o cara que eu amava.
— Nada, mas você gostaria de esperar zarparmos para estrear a cama ou gostaria de conhecer melhor o cruzeiro? — perguntou com um olhar presunçoso e sorriso malicioso.
— Hoje vou deixar você escolher! — repliquei com carinho.
— Assim você não me deixa escolha, gatinha — brincou.
Ele tirou sua camisa e me beijou vorazmente enquanto se saciava de meu corpo. Sua mão vagueava nervosamente por todo meu corpo e apalpou meu seio reivindicando o que era seu por direito, ele se juntou mais perto de mim, e segurei levemente os seus cabelos ondulados e a outra mão ele massageava minha bunda, gemi entre o beijo e ele aproveitou para retirar minha blusa mesmo que isso levasse mais tempo do que o esperado. Ele arrancou com uma fúria sobrehumano minha calça e calcinha. Ele me deitou com cuidado antes de sua mão explorar meu corpo como arqueólogos explorava cada fração de terra em busca de um fóssil. Era torturantemente gostoso.
Segurei seus bíceps fazem uma leve pressão e sentia meu corpo reagir de forma extraordinária. Ele já tinha se livrado de sua calça e pude sentir sua ereção queimando em minha intimidade, esperando loucamente o convite para ser convidado. A luz rasa do sol banhava parcialmente o quarto luxuoso que não Poupatempo esforços. Ele sugou meus mamilos com veracidade e avidez, meu corpo criava arcos históricos ao seu toque, meu coração batia descompassado no peito enquanto ouvia uma linda orquestra produzida por Liam que causa uma certa cacofonia em meu peito.
Minha deusa interior gritava ansiosa por explorar cada vez mais minha sensualidade e sempre que eu descobria coisas novas eu queria testa-las com Liam, porque era a única pessoa que eu queria para isso. Ele grunhiu suavemente e subiu para encontrar ferozmente meus lábios e sua mão direito encontrou minha intimidade brincando e explorando cada milímetro de pele, seu alvo era meu clitóris, mas ele fazia de tudo que se não fosse por ele estar entre minhas pernas eu as teria fechado involuntariamente. Então ele colocou dois dedos dentro de mim, fez os movimentos que já estou familiarizada e gemi entre o beijo enquanto ele investia sedutoramente em mim.
Estávamos arfando, nossos lábios pareciam não querer mais se separar um do outro. Ele tocou algo em cima do canal com seu dedo e não pude aguentar o clímax forçado, acabei gozando em seus dedos que ele fez questão de lamber os próprios dedos como se saboreasse gostosamente aquela refeição, sorri para ele e tentei fazer o mesmo, já que se adiantou e ele me forçou a ficar deitada, ele retirou a cueca e urrou de prazer quando entrou dentro de mim com uma fúria partilhada de desejo que nós consumia por inteiro. Havia uma conexão tangível fortalecendo nosso elo, como uma corda que me ligasse a ele. Podia sentir o anseio de estar comigo e ainda de não estar perto de mim. Ele investiu forte enquanto eu gemia de prazer em seus braços feito muralha.
Tudo que eu precisava estava comigo aqui e agora. O navio soltou um barulho ensurdecedor ao avisar que o navio estava prestes a zarpar, não levou mais do que vinte minutos para todos entrarem, nesse meio tempo eu e Liam estávamos deitados depois de uma gozada intensa como a que tivemos, normalmente fazemos mais de uma, mas dessa vez vou dar um desconto ao homem. Estava deitada em seu peitoral enquanto acariciava levemente seu abdômen em um gesto involuntário, ele alisavam meu cabelo e beijava a minha testa algumas vezes.
— Nunca pensei que viria sentir isso de novo por alguém. — comentou baixinho Liam.
— Fico feliz em saber.
— Sabe, antes disso tudo eu só via uma estagiária sem graça no meu escritório. — ele riu.
Abri a boca fingindo estar ofendida e dei um leve tapa em seu abdômen.
— Eu o achava muito arrogante e ranziza. — digo tentando recuperar um pouco minha reputação que estava em jogo aqui vamos combinar.
Ele riu e pude ver seu peito descendo e subindo.
— Na verdade eu era, até você me enfeitiçar!
— Isso é jogo sujo, Liam! — reclamei e o ouvi rir com vontade.
De repente, a campainha de nosso quarto tocou e nos entreolhamos confusos de quem seria. Não haveria a menor chance de Alex saber que já estávamos aqui ou qual era nosso quarto, mas vi Liam resignado por sair da cama e colocar uma bermuda esportiva preta e caminhar até a porta, ele abriu uma fresta e viu um funcionário entrar com um carrinho que chegou até a metade do pequeno hall de entrada. Liam o questionou e ele disse apenas que mandaram trazer aqui como cortesia e um envelope branco pequeno e retangular, ele agradeceu fechando a porta.
Liam voltou e fez cara de poucos amigos, olhou para mim e me entregou o envelope enquanto foi averiguar se não tinha uma bomba escondida embaixo daquela tampa alta metálica, para sua surpresa era um peru defumado ao molho de frutas vermelhas acompanhado de arroz de brócolis e batatas soutē, para a sobremesa havia um milk-sheik de morango com licor para deixar nosso fim de tarde mais saboroso. Não pretendíamos sair deste quarto por nada, ele me olhou desconfiado já que não havíamos pedido nada.
— Quem será que nos deu essa pequena e exagerada cortesia? — perguntei, desconfiada mas já sabia quem o havia feito,me arrependi da pergunta.
— Intrigante que ele consegue descobri onde nós estamos só por seu conhecido como promotor, não soa estranho? — Liam já havia passado da fase que não queria mais se meter, mas estando disposto ir até o fim, teríamos de nos calçar afinal. — Abra esse envelope, por favor. — pediu cauteloso.
Eu abri o envelope e tirei de dentro o que mais parecia um convite a um banho de piscina em um restaurante na proa. Depois que li em voz alta, vi Liam cerrar os punhos e os nós de seu dedo estavam brancos, ele precisava mesmo parar de fazer isso eu arranjará problemas sanguíneos seríssimos, ele devia saber que não estamos mais em terra firme.
— Ele só pode estar de brincadeira! — esbravejou Liam.
Isso me assustou, ele parecia um touro quando se enfurecia, era compreensível mas isso seria apenas para amanhã no almoço, ainda tínhamos algum tempo até lá.