Something told me it was you...

By louisrun

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Aquela em que toda a London Comprehensive School tem uma queda pelos trigêmeos Styles e Louis é só mais um al... More

Avisos
Tomlinson
One
Two
Three
Four
Five
Six
Seven
Eight
Nine
Ten
Eleven
Twelve
Thirteen
Fourteen
Fifteen
Sixteen
Seventeen
Eighteen
Nineteen
Twenty
Twenty One
Twenty Two
Twenty Three
Twenty Four
Twenty Five
Twenty Six
Twenty Seven
Twenty Nine
Thirty
Styles

Twenty Eight

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By louisrun

Boa leitura!!!





Então, Louis soltou um suspiro longo antes de se virar e abrir a porta do carro, os trigêmeos não hesitando em seguir o ômega até certa parte da floresta onde já nem dava para ver mais o carro, os alfas observaram as costas tensas do menor e trocaram olhares preocupados.

— Lou... — Harry chamou baixo, o som da voz do alfa pareceu relaxar levemente os músculos do outro, que se virou e encarou os três.

— Talvez demore um pouco, faz um tempo desde a última vez. — Ele avisou, olhando em volta para procurar uma moita alta o suficiente, começando a caminhar até ela quando achou.

— Última vez do que? — Alexander perguntou, expondo a curiosidade dos três alfas.

— Que eu me transformei. — Disse simples, mesmo que estivesse morrendo de medo do que os trigêmeos iriam achar quando ele se mostrasse, já escondido ele retornou a falar. — Vocês já sabem que eu não sou um lobo como a Charlotte, então... O que eu sou?

Atentos aos barulhos por conta de seus instintos, os alfas conseguiram detectar o barulho das roupas do ômega sendo jogadas no chão, logo depois ossos começaram a estalar e alguns rugidos foram ouvidos de trás da moita.

Eles foram pegos de surpresa ao que Louis pulou de lá, e seus olhos verdes se arregalaram ao mesmo tempo, e qualquer sentimento presente ali era admiração.

Porque Louis era o Jaguar mais lindo que poderia existir no mundo





x.x.x





Floresta Municipal, Segunda.

01h10

Os trigêmeos estavam paralisados, o que preocuparia muito Louis e seu animal se eles não conseguissem enxergar toda a admiração e o orgulho estampados nos olhos verdes brilhantes.

Delicadamente, Louis se pôs a andar, o animal apoiado nas quatro patas caminhava lentamente até os alfas ainda em choque, fazendo um barulho com o nariz para acordá-los – e então, ele ganhou confiança suficiente para dar uma leve corridinha até os três quando eles se abaixaram no chão, querendo ver o jaguar de pertinho.

Ao chegar perto, Louis foi cercado pelos trigêmeos, as pequenas sobrancelhas apertadas e os olhos azuis brilhando na luz da lua, se retraindo um pouco quando Alexander levou a mão para tocar em si, relaxando quando ele voltou sua mão para a própria coxa.

Mas Louis viu como o alfa tinha reagido a sua reação, e se sentiu mal com isso, mas os trigêmeos também perceberam isso, se apressando em garantir ao ômega que estava tudo bem se ele não queria ser tocado, eles jamais iriam forçar alguma coisa assim.

Depois de um tempo só se encarando, Louis soltou um bufo com o nariz, voltando a ficar nas quatro patas novamente – tinha se sentado para observar os trigêmeos – e caminhou de volta até o arbusto onde estava suas roupas.

Sinceramente, era muito doloroso se transformar depois de praticamente anos sem o fazer, e voltar ao seu eu humano era pior ainda, dava para sentir cada osso seu voltando para o lugar, as presas e garras também, Louis soltava até alguns gemidos do tanto que doía.

Apesar disso, foi rápido em se vestir e voltar com passos lentos até onde os trigêmeos ainda estavam, parados e observando Louis caminhar até eles, só começando a se mover quando o ômega passou pelos três com a cabeça baixa, seguindo em outra direção da floresta.

Os olhos verdes observaram bem quando o ômega chegou perto do mirante, sentando e relaxando no banco de madeira velho e cheio de musgos, os três chegando perto, e ainda em silêncio se sentaram.

— Esse é o meu segredo. — Louis começou a falar, encarando uma luz no meio da cidade ainda acordada. — A minha mãe, ela vem de um bando muito rígido do Brasil. Lá só podia se juntar com outro jaguar, seja pantera negra ou uma onça pintada, para continuar com a linhagem.

Suspirou fundo ao relembrar de todos os detalhes que sua mãe o contará há alguns anos. — Minha mãe, nascida e criada lá, nunca tinha se incomodado com isso, mesmo que ela tivesse que se casar com alguém que seus pais escolhessem e ter filhotes com esse jaguar, o amor nunca tinha sido ensinado a ela então, não era algo que ela procurou. Mas o amor achou ela.

Um leve sorriso apareceu em seu rosto corado, encarando agora suas mãos geladas, o vermelho escarlate em suas bochechas se intensificou quando percebeu, pela visão periférica, estar sendo o alvo dos três pares de olhos verdes. Mesmo assim, continuou a história. — Meu pai era um lobo mochileiro, sempre tão apaixonado por aventuras e descobrir novos lugares nesse mundo gigante, em alguma parte da sua viagem minuciosamente planejada, ele acabou no Brasil, e se hospedou bem perto do bando da minha mãe.

Seus olhos azuis desfocaram, as imagens que ele criou ao ler o livro do seu pai e quando ouvia a mesma história antes de dormir estavam se repetindo na sua mente, e apesar disso, nunca seria tão lindo quanto as que seus pais vivenciaram. — Vocês sabem o resto, está todo no livro que meu pai escreveu, eles se conheceram, se apaixonaram e montaram um plano para sair do Brasil juntos. Bem, isso demorou um pouco, mas depois que minha mãe engravidou de mim, a vontade de sair do país para que eles não fizessem nenhum mal a mim era tão grande que acabaram se apressando.

— Meu pai desistiu de sua viagem planejada, minha mãe desistiu do seu bando, o que foi mais fácil do que o esperado, ainda mais depois que eles descobriram que minha mãe estava grávida de um lobo. Foi doloroso para ela, mas meu pai mostrou que o amor não deveria doer e muito menos machucar, e eu ajudei muito nesse quesito ainda na barriga dela. — Deixou um sorriso ladino sair, voltando a focar sua visão nas luzes fortes ao longe.

— Ainda sim, o bando dela não desistia de tentar encontrá-la, por isso que eu aprendi junto dela a esconder qualquer traço felino e nos portar como lobos, assim nenhum deles nos encontrariam. Mas um dos irmãos dela nos encontrou, depois que meu pai lançou o livro e foi um sucesso. — O sorriso tinha sumido de seu rosto, com outro suspiro, suas bochechas também voltaram a cor normal. — Eu lembro bem pouco sobre quando ele apareceu em nossa casa, lembro da semelhança dele com a minha mãe, mas depois meu pai disse para eu ficar de olho em Charlotte, que ainda era um bebê, enquanto eles conversavam com o moço.

— Eu só fui descobrir o que aconteceu naquele dia anos depois, aparentemente meu tio enxergou o mesmo que a minha mãe quando ela viu meu pai pela primeira vez, enxergou que o amor era diferente do tratamento que eles receberam. Um acordo foi feito entre eles, meu tio prometeu que iria dizer ao bando que achou resto mortais de nós três, e depois iria fugir também. Desde então, eu e minha mãe nunca mais nos preocupamos em nos esconder.

Finalizou a história, mas os trigêmeos sabiam que ele ainda tinha mais coisas a dizer, então não responderam, apenas continuaram olhando para Louis, nem mesmo o barulho das asas dos morcegos voando ali perto tiravam sua concentração.

— Mas eu voltei a me portar como um lobo depois que meu pai morreu. — O peso das suas palavras revirou todo seu estômago, mas era a pura verdade. — E eu tive medo de contar para vocês e ser rejeitado por isso. Porque eu não era um lobo como vocês, porque se ficássemos juntos tinham chances de nascer filhotes de jaguar e não de lobo.

Então o silêncio se instaurou, a respiração levemente acelerada de Louis se destacava entre os quatro, alguns grilos ao fundo se juntando a isso, e mais nada. Até Alexander se pronunciar:

— Nós já sabíamos que você era um jaguar. — Ele disse, ganhando pela primeira vez a atenção dos olhos azuis, agora alarmados e confusos.

— O que?!

— Você não lembra mas, nos conhecemos no jardim de infância. — Harry respondeu, tendo Louis se virando rapidamente em sua direção. — Ficávamos grudados o tempo todo, e lá tinha aulas específicas para a transformação, no pequeno bosque da escolinha, nós quatro estávamos sempre juntos correndo um atrás do outro.

— Você era tão agitado, não parava um segundo de tentar morder nossos rabos com aqueles dentinhos afiadinhos. — Edward continuou, sorrindo ao desfocar sua visão e lembrar do mini Louis jaguar. — Mas não pense que era só você, todos nós tínhamos sempre um dente um no outro.

— Depois que seu pai faleceu, você parou de ir para a escolinha. — Alexander contou enquanto Louis ainda tentava se lembrar desses momentos da sua infância. — Isso pode ter apagado qualquer lembrança sua de quando era filhote, então não se martirize, estamos aqui para contar o que você quiser saber.

— O que aconteceu depois que meu pai faleceu? — Perguntou baixo, agora encarando sua própria coxa enquanto tentava raciocinar.

— Você parou de frequentar a escolinha, não saia de casa 'pra nada, foi aí que nos aproximamos da Charlotte, para garantir que você estava bem. — Harry respondeu, encarando Louis para garantir que ele estava bem com as informações novas. — Só voltamos a te ver na escola no terceiro ano.

— Mas nunca paramos de nos preocupar com você, tentamos algumas vezes voltar a ser próximos mas você sempre nos afastava, então começamos a garantir que você estava bem só de longe. — Edward completou, trocando um olhar com Alexander.

— Sabíamos que você não se lembrava de nós, e que queria ficar o mais longe possível depois que nos tornamos "populares", então deixamos ser assim. — O trigêmeo mais novo disse, um dedo seu cutucando a coxa de Louis. — Mas ainda tínhamos sua irmã, era dela que arrancamos toda informação necessária antes de você nos aceitar de volta.

Então Louis olhou nos olhos de Alexander, o brilho da lua refletindo naquelas duas bolotas verdes traziam de volta alguns flashes que foram esquecidos há vários anos atrás, mas que já estavam mais do que na hora de aparecerem. Mesmo que fossem poucos, e difíceis de distinguir ao certo o que mostravam, aqueles três pares de olhos verdes eram claros e tão brilhantes quanto eram nos dias atuais.

Foi quando uma brisa fria bateu suavemente no seu rosto corado, que seus olhos azuis se fecharam, e parecia ter sido automático quando a memória invadiu sua mente ao mesmo tempo em que o cheiro de grama molhada atingia seu olfato.

Eu vou te achar, LouLou. — A voz do pequeno Alexander parecia tão próxima e ao mesmo tempo tão distante, era como um sonho real demais.

Ômega, cuidado! — Então o pequeno Harry gritou um pouco mais atrás, e o vento em seu rosto quando ele caiu de joelhos no chão era idêntico ao da brisa.

Tudo bem, pode chorar. — E foi a vez do mini Edward aparecer, mas dessa vez o ômega conseguia enxergar o alfa, agachado na sua frente e segurando uma de suas mãos que tremiam, Louis lembrava de estar chorando na hora. — Um beijinho 'pra sarar, ok? — E Louis lembra perfeitamente de concordar, e logo depois do beijo no machucado em seu joelho, o menino de cachos desenhou algo ao redor da região dolorida. — Isso foi uma estrela, meu avô sempre diz que se desenhar uma estrela ao redor da sua cicatriz, elas não voltam a doer.

Quando abriu os olhos novamente, eles estavam direcionados à lua, que brilhava fortemente no céu e iluminava a floresta fria e o mirante abandonado. A Lua sempre foi como um guia para Louis, porque ela era a de Mark. Talvez o ômega tivesse puxado todas as características físicas de sua mãe, mas a pureza em seu coração veio toda de seu alfa.

E já eram quase dez anos que a Lua não trabalhava sozinha, porque seu pai estava lá em cima, ajudando Louis como um guia – e era por isso que ele confiava tanto. Então ver o brilho que Mark tanto dizia ser o certo nos olhos dos trigêmeos, e o sentimento de lar vindo dele, o ômega sabia que isso era certo.

— Uma segunda chance, mas a última também. — O Tomlinson disse, ouvindo quando as respirações dos três travam, e seus olhos focam no menor. — Vamos recomeçar, sem mentiras, sem ex's, e sem adiar conversas necessárias. Vamos fazer dar certo.

Então Louis pegou na mão de Harry, que estava repousada na própria coxa, e entrelaçou seus dedos, trocando um olhar significativo com ele, logo depois Alexander, e por último Edward. Um suspiro longo saiu dos quatro quando os olhos azuis voltaram para a grama.

Louis sabia que não iria se arrepender dessa decisão.









x.x.x









Bar dos Malik, Sábado.

09h30

Louis é uma pessoa muito ansiosa, sempre foi, pensar além do que iria acontecer mesmo nas pequenas coisas cometidas era algo dele já – claro, tinha aquele lado em que ele ficava animado pensando em coisas boas e tudo mais, mas também tinha o lado ruim, e esse acontecia com muita mais frequência.

Desde que Louis tinha se esquecido dos trigêmeos e projetado eles como só amigos de Charlotte, quando eles começaram a se aproximar e investir no ômega, imaginar 15 finais diferentes sobre o que poderia acontecer foi inevitável.

Não vou mentir, Louis imaginou sim essa mesma situação pela qual passou, mas imaginar e viver ela são duas coisas diferentes. Nem todo preparo, ou aviso, do mundo poderiam deixar o ômega forte suficiente para aquilo.

Mas ele se permitiu, pela primeira vez, ter um tempo para se recuperar antes de decidir o que fazer, por isso quando finalmente conversaram, Louis estava forte o suficiente para ter sua própria opinião e seguir com o que seu coração e mente entraram em acordo.

Depois de conversarem, e decidirem como iriam seguir a partir de agora, a conclusão era de que não, eles ainda não estavam namorando. Mas antes que vocês, pessoas lindas do meu coração, fiquem p da vida com o menino Louis, vou lhes contar o porquê disso.

Um recomeço foi o que Louis pediu, não do 0 porque parecia meio impossível pela saudades que tinha dos três, mas fazer tudo do jeito certo – garantir que eles eram exclusivos desde aquela noite e reconstruir a confiança do ômega nos alfas.

Claro que Louis queria namorar os trigêmeos, mas agora depois do que aconteceu, um pedido precipitado iria parecer pena dos alfas, e mesmo que não fosse, a pequena voz na mente do ômega continuaria a dizer isso. Então ele queria algo bonito e planejado, e quando não se sentisse mais inseguro com isso.

— E então, o que aconteceu depois que vocês decidiram isso? — Zayn perguntou, Niall concordando pois tinha a mesma dúvida e estava tão curioso quanto o amigo, os dois observando Louis passar novamente o pano no balcão já limpo, como uma forma de se distrair.

— Bem, eu vi pela primeira vez depois de muito tempo, e memórias esquecidas, seus lobos. — Ele respondeu com um sorriso gigante, nunca tinha imaginado que isso ia acontecer. — O Edward tem pelos pretos, Harry pelos brancos e o Alex tem meio amarronzados, são tão lindos e seus olhos verdes se destacam tanto.

— Meus Deuses, já voltou todo apaixonado. — Niall comentou, encarando Louis de cima a baixo com uma fingida expressão de deboche. — Mas falando sério agora, como você se sente sobre tudo isso.

— Eu me sinto aliviado por termos nos resolvido, mas... — Com um suspiro longo, os amigos percebem quando o olhar do Tomlinson fica longe e sua expressão um tanto caída.

— O medo de acontecer de novo né? — Zayn logo recebeu a confirmação com um acenar de cabeça. — Eu sei que é difícil isso, nós dois te entendemos, infelizmente a memória nunca se apaga.

— Eu sei que não, já passei por isso outras vezes. — Ele respondeu, ainda amuado pelo assunto.

— Pode ser difícil agora, já que 'tá cedo, mas com o tempo vai ficar menos doloroso, até parar de te machucar. — Niall completou, pegando na mão gelada do outro ômega para confortá-lo. — Sua confiança neles foi totalmente quebrada.

— E pode demorar um pouco até que eu volte a confiar nos trigêmeos. — Concluiu, com pesar por infelizmente ter passado por algo que sabia que não merecia, mas essa era a última chance.

A última.









x.x.x









Oi kkk... Sim, eu sei que 'tá super curto e super atrasado, mas a minha falta de criatividade voltou depois do outro capítulo, então eu fico meio perdida e mesmo querendo escrever, mesmo tendo todas as ideias em mente, não sei como colocar elas em palavras detalhadas.

Me perdoem pela demora, mas não posso prometer que o proximo vai sair tão perto desse, juro por tudo que irei tentar.

Mas enfim, vamos falar do capítulo de hoje, quem ai já desconfiava que eles se conheciam desde que eram apenas pequenos filhotes?

Eita, eita, eita.

Será que os trigêmeos vão conseguir conquistar 100% da confiança do Louis? Fica no ar a duvida.

Mas enfim, amores, espero que vocês tenham gostado desse little capítulo e me desculpem pela demora.

E uma novidade antes de me despedir, STMIWY agora tem playlist!!! muito obrigada larrycsffpp por ter criado a playlist, e se vocês tiverem alguma música que lembre STMIWY deixem aqui nos comentários. (o link vai estar na minha bio :D)

E muito obrigada pelos 37k de leitura e os 3.9k de votos, eu amo vocês!!!

Não se esqueçam de votar!

Até o próximo capítulo. <3

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