Just the two of us

By Portgas_chan

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Era para ser apenas uma paciente, mas após descobrir os podres de seu tio, Law tem que fugir da polícia e de... More

Cap 1:O médico de folga.
Cap 2: o garoto do chapéu de palha
Cap 3: haverá a ela um amanhã?
Cap 4: O dia esperado irá chegar.
Cap 5: para que partir?
Cap.6
Cap 7: o garoto dos mil inimigos.
Cap 8: Os procurados.
Cap 9: fugindo dos salvadores
Cap 10: ainda não acabou.
cap 11: nada como o planejado.
Cap 12: Um plano quase perfeito.
Cap 13: Rivalidade
Cap 14: o sequestro
negócios.
Um dia de azar.
Não se render
coleta de informações
Balas e borboletas
Uma proposta.
Bem vindo (de volta) ao Submundo
Provas e bebidas
Nós perdemos
eu preciso (queria) estar com você
Preciso(amos) salvá-lo
Estamos Chegando
Estamos quase lá
A volta dos que já foram
Ganhos e perdas
O início do Fim

O reencontro

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By Portgas_chan

  P.o.v. Autor

  O dia já estava no seu fim, as luzes do "céu" que simulava o dia do Submundo já mostrava que a noite estava chegando, o garoto estava bastante preocupado com a amiga que fizeram a alguns dias, Ivankov não voltou para casa desde a noite anterior, Trafalgar tenta o confortar o dizendo que ela provavelmente estava apenas arrumando a bagunça que fizeram.

  Passaram o dia inteiro um ao lado do outro, o médico as vezes se encorajava em tentar acariciar aqueles sedosos fios pretos, queria tanto sentir novamente o gosto daqueles macios lábios, estava encantado pelos pequenos detalhes do moreno, sempre soube que via algo em Luffy que não sabia explicar, achava que esse sentimento de não o querer longe era o seu instinto querendo o proteger, mas talvez... Apenas talvez, resolveu admitir que sentia algo pelo garoto.

  " Como eu posso ter sentido algo por ele nessa agitação toda?" - se perguntava enquanto estava sentado no sofá ao lado do garoto, não faziam nada, apenas aguardavam pela volta de Ivankov.

  Luffy estava entediado sem ter o que fazer, mas não poderia ir a lugar algum, estavam no Submundo, a cada esquina iria ter alguém em busca de sua cabeça, lá fora os policiais malucos queria prender Law, mais uma vez se questionou quando que sua vida ficou daquele jeito, apoiou sua mão em seu rosto e se virou para encarar Law, se lembrou mais uma vez de quando o beijou e suas bochechas quase que automaticamente ficou corada, colocou suas mãos em seu rosto com aquela lembrança.

  - Luffy? Por acaso você está com febre? - O médico o questionou depositando sua mão na testa do mais novo, como sua mão estava um pouco gelada não surgiu efeito para saber se Luffy realmente estava quente, o garoto sentiu sua pele arrepiar ao sentir o contato daquela gelada mão o tocar, como uma das únicas soluções para aquilo, foi Trafalgar encostar sua própria testa na do outro, assim, sabendo exatamente a temperatura do menor, mas esse ato fez com que Luffy ficasse ainda mais vermelho com aquela aproximação. - Ué... Você não está com febre... O que será então?

  A cara de confuso de Law fez com que o cicatrizado soltasse uma leve risada dispersando um pouco sua timidez, Trafalgar ficou ainda mais confuso com aquela reação, Luffy o abraçou e encostou seus narizes um no outro dando um pequeno selinho no mesmo, deixando dessa vez Trafalgar sem saber como reagir, estava incrédulo com a ousadia do menor.

  - Parece que depois daquilo você ficou mais ousado... - Falou com a mão em cima de onde depositou o beijo.

  - Mesmo depois de tudo que aconteceu... Sabe... Nas nossas vidas - segurou a mão de Law - ter esse sentimento, foi a melhor coisa que me aconteceu... - Law arregalou seus olhos um pouco, não esperava receber uma declaração - mesmo sendo sem querer - de Luffy tão de repente, seu peito aqueceu com aquela frase, estava feliz e animado, não sentia isso a muito tempo, parou para pensar um pouco e não se lembrava de se sentir assim desde que seu pai o levara para acampar apenas os dois.

  - Eu... Acho que... Sinto a mesma coisa... - O menor devolveu com um sorriso novamente. - Sabe Luffy? Quando tudo isso acabar, quero que você conheça meu pai.

  - Por quê?

  - Seu jeito de se portar me lembra ele, tenho certeza que se dariam super bem... - Deu um pequeno sorriso enquanto envolvia seu braço em volta do tronco do cicatrizado.

  - Trao... - O maior o olhou - Com quantos anos Cora-san o adotou?

  - Eu tinha por volta dos sete anos, estava no orfanato já se fazia uns três meses.

  - O que... - pensou um pouco se queria mesmo lhe perguntar aquilo - fez você... - Law deu uma pequena risada e depositou um selinho na bochecha do cicatrizado.

  - Tudo bem, Luffy... Se for você, fique a vontade em perguntar qualquer coisa.

  - O que fez você ir para o orfanato? - Se encostou no médico.

  - Quando eu tinha seis anos minha familia, inclusive eu, acabamos adquirindo uma doença em uma viagem... Ela se chamava Chumbo Branco, olhe... - Se virou de frente a Luffy, puxou a gola de sua camisa para baixo, uma mancha branca que ia de seu pescoço até sua clavícula era quase invisível, mas se prestasse bastante atenção conseguiria enxergar. - Ela está quase apagada - Voltou a se encostar no menor - Quem a pegou primeiro foi minha irmã, ela morreu um mês depois.

  - Qual era o nome dela?

  - Lammy... Ela era o total oposto de mim, gostava de conversar e brincar, era dois anos mais nova que eu, Meus pais se foram alguns dias antes de meu aniversário de sete anos, eu fui o último a pegar a doença, então o tratamento que usaram conseguiu parar ela antes que avançasse...mas ficou algumas manchas pelo meu corpo... - Colocou a mão no pescoço em cima da marca - Antigamente eu usava um cachecol para tampá-la... Não queria que as pessoas soubessem que eu tinha a doença... Eu a achava feia.

  O médico fez uma expressão triste, mesmo curado, aqueles tempos ainda estavam marcado nele, mesmo que quase invisível ainda estava lá, Luffy o olhou um pouco cabisbaixo, não sabia o que dizer para anima-lo, então sentiu uma leve pontada em sua cabeça, lhe veio uma ideia que poderia deixá-lo feliz, suspirou profundamente e logo em seguida soltou o ar que segurava, então se virou para o moreno, o mesmo encarou Luffy um pouco confuso, o cicatrizado sem muita enrolação subiu no colo de Trafalgar, suas pernas estavam em volta de Law, o mesmo olhava aquilo com espanto - "Ele realmente está mais ousado..." - pensou com um pequeno sorriso.

  - Eu acho ela super bonita em você... - aproximou seus lábios do pescoço de Law, bem em cima da marca - Pode ter sido algo muito ruim em sua vida, mas se você a for carregar pelo resto dela... Tente ao menos encontrar algo bom nisso. - Disse mordendo aquela região, Law segurou sua cintura ao sentir o contato quente daquela boca e começou a dar leves gargalhadas, o que fez o menor em cima de si ficar um pouco emburrado. - Ei! Do que está rindo tanto?

  - Haha... Estou rindo porque você é adorável... Luffy-ya... - O moreno ficou vermelho ao ouvir Trafalgar chamando seu nome, o médico retirou as mãos da cintura do mais novo e as envolveu em seu tronco o prendendo em um abraço e em seguida os jogou deitados no sofá - Você realmente conseguiu me fazer gostar um pouquinho só de algo que eu odiava. - Em seguida selou seus lábios dando mais um daquele beijo que não saía de sua cabeça.

  Luffy poderia não saber, mas naquele momento, Trafalgar começou a gostar daquela mancha, ele conviveu com aquilo durante muitos anos para entender que era para odiá-la, afinal ela foi o motivo de seus pais e irmã morrerem, mas naquele momento Luffy o fez amar aquilo como nunca pensou que faria, se a dois meses atrás lhe dissessem que alguém o faria gostar daquilo, ou chamaria a pessoa de louca ou ele mesmo estivesse louco... Mas algo passou por sua cabeça... - " E se eu estiver realmente enlouquecendo?... Acho que não é tão ruim assim como eu pensei..." - continuou agarrado a Luffy naquela posição durantes minutos.

  . . .

  Clec... Clec... Clec... Tum...

  Mais uma hora se passou.

  O barulho do relógio da sala era o que guiava Eustass para não perder a noção do tempo, calculou os "Tum" do relógio desde que Luffy foi visitá-los, e de acordo com o seus cálculos, isso foi a seis horas atrás, estava enlouquecendo aos poucos naquele quarto escuro, sentia um peso em sua coxa direita, era Killer que resolveu dormir um pouco antes de Kid começar o plano, seu braços estava dormente por causa da algema, precisava ser mais rápido para sair de lá.

  - Já são... Dezenove horas... Killer - cutucava o amigo - vamos Killer, acorde, vamos sair daqui logo.

  - Hm... Só mais um pouquinho amor... - Eustass revirou os olhos e balançou ainda mais o loiro - Está bem, está bem... Droga só queria dormir um pouco... - Se espreguiçou. - Ao menos me diga, como que esse plano irá funcionar?

  - De acordo com meus cálculos, um deles irá passar por aquela porta para trazer algo para nós, nesse momento apenas faça o que eu mandar. - Foi a vez do loiro revirar os olhos.

  Demorou quase vinte minutos quando começaram a ouvir passos da parte superior, Eustass deu um sinal para que Killer ficasse mais esperto.

  - Killer... - Sussurrou - Quando eu der o sinal, soque o ar o mais forte que conseguir... - O loiro concordou.

   Permaneceram em silêncio, ouviram alguns sons abafados do outro lado da porta, e então se pôde ouvir a mesma sendo destrancada e aberta, o rangido sofrido daquelas velhas madeiras da escada anunciavam que um dos deus carcereiros estava de aproximando, era o médico arrogante que Eustass tanto se irritava e que Killer tanto queria rasgar a pele. Quando tinham a visão completa dele, Eustass o encarava o esperando soltar o que carregava, foi então que posicionou seu pulso e anunciou.

  - AGORA KILLER! - O grito assustou Law o fazendo se virar rapidamente para os dois assassinos em sua frente.

  Ambos os homens fizeram muita força nos braços acorrentados, e como Kid pediu a Killer, fez o máximo de força que pôde, forçaram os braços para frente, o primeiro dano que causou foi o cano amassando fazendo com que abrisse alguns buracos e deixando o gás escapar, a força que fizeram de início não foi o suficiente para arrancar o cano metálico. O cheiro de gás já estava presente no cômodo, os pulmões de Law já se incomodavam com a substância no ar, colocou o braço no rosto na tentativa de impedir que inalasse aquilo e saiu correndo para o cômodo de cima fechando a porta.

   Eustass e Killer ainda não conseguiram quebrar o objeto de ferro e o gás estava cada vez mais denso, o ruivo sentiu a falta da presença da força do loiro, estava prestes a xinga-lo para que o ajudasse ali, tampou o rosto e olhou para Killer, sua expressão mudou para de desespero quando viu seu amigo caído no chão sendo suspenso apenas pelo braço preso, por seu estado atual, supôs que o loiro havia inalado muito gás no momento em que o cano explodiu.

  Não sabia o que fazer ali direito, ouviu murmúrios altos vindo do piso superior, pensou que seria os causadores de tudo aquilo, estava com raiva e medo de perder Killer, mas principalmente raiva, queria matar aqueles dois, nem se importava mais com os dois milhões, apenas faria aquilo pela sua honra. Com isso em mente, segurou o amigo pelo ombro e com toda a força que tinha conseguiu separar o cano da parede que os prendia, sem nem sequer comemorar a sua vitória daquilo, subiu rapidamente as escadas e com um movimento só com sua perna, empurrou o objeto de madeira que os prendia ali, caiu no chão com Killer nos braços, o ruivo respirava fundo ao finalmente sentir o ar fresco retornando aos seus pulmões.

  O loiro ainda estava desacordado abaixo de si, estava tendo falta de ar, seu peito ardia, uma sensação de queimação se fez presente em seu corpo, o matando de dentro para fora, Eustass não sabia o que fazer, olhou para seu pulso e ficou impressionado que mesmo com aquela força, a algema ainda estava inteira - ou grande parte dela - os prendendo, ouviu alguns passos na direção de onde estavam, sua guarda aumentou novamente, viu passar pela porta o garoto que Killer tentou enfrentar mais cedo.

  - Fale devagar Trao, como vou te entender? - Passou pela porta do corredor - Eu não entendi com o que quis dizer com os caras do por- Eustass o puxou pela camisa para perto de si, encontrou um cabo de madeira que quebrou ao meio o deixando bem afiado e apontou no pescoço do moreno.

  - Malditos... - Luffy estava assustado, não conseguia se mexer, o caçador que o segurava era muito maior e claramente mais forte que o cicatrizado, o que deixava isso bem explícito era o seu corpo robusto comparado a de Luffy. - Se um tiro não funciona... O cortar, surtirá algum efeito?

  - D... Droga... - Murmurou o garoto.

  Trafalgar tentou acompanhar Luffy o tentando impedir de passar por lá, mas falhou, se deparou com Eustass prestes a matar o garoto, Law levantou as mãos em sinal de se rendição, mas o ruivo não estava prestando atenção, ainda tentava mutilar o moreno. Mesmo seu coração estando a mil, parou para analisar aquela situação, mesmo se passando apenas alguns segundos, em sua mente estava como se fosse em câmera lenta, e graças a isso percebeu o loiro jogado no chão dando pequenos pulos, bem parecidos com espasmos, foi então que Trafalgar percebeu o que acontecia e tentou tirar vantagem disso.

  - C-calma! - Eustass parou a lança improvisada centímetros longe do pescoço de Luffy - Vamos fazer um acordo!

  - Acordo? - deu uma risada - O único acordo que eu aceito agora é matar vocês dois em troca de dois milhões.

  - Olhe para o seu amigo! - apontou para Killer - Ele está convulsionando, ele inalou muito gás, logo irá morrer... - O ruivo fechou a cara, mesmo com Luffy em seus braços sabia que estava em desvantagem ali - Você já deve saber quem somos nós por Doflamingo...

  - Onde quer chegar?

  - Eu sou médico... - Os olhos castanhos do ruivo brilharam ao ouvir aquilo, finalmente entendia aonde aquele ser arrogante queria chegar com aquilo - Liberte-o, que eu cuidarei do seu companheiro... - Apontou para o outro moreno, Kid ficou um pouco pensativo, olhou para Killer convulsionando e sem muitas escolhas fez o que menos queria.

  - T-tudo bem... Mas não irei soltar esse cara até Killer estiver bem!

  - Se eu perceber que tem segundas intenções ou tentar algo contra Luffy... O deixarei morrer aqui em sua frente!

  - Maldito... Não é atoa que está sendo procurado por assassinato... - Trafalgar revirou os olhos.

  - Temos um acordo?

  - Sim... - Bufou ao dizer isso.

  Estavam quase sem tempo, o gás subia para o nível superior, a qualquer momento a casa poderia explodir e todos ali morrer, para atrasar um pouco esse futuro, Law fechou a porta do porão, e voltou para o corpo de Killer, sentiu sua pulsação e estava fraca, era um pouco preocupante, se levantou de onde estava e procurou algo pela cozinha que o ajudasse, e por sorte encontrou duas coisas que ajudariam a desintoxicar o corpo do assassino, pegou um abacaxi e o cortou amassando-o em uma tigela junto ao chá verde que achou no armário, ele fez uma pequena bebida com aquilo, era o básico para retirar os resíduos do gás de dento do intestino do loiro.

  - O-o que é isso que você está o entregando? - Eustass se referia a substância que o moreno fazia o loiro beber.

  - É uma mistura de abacaxi com chá verde improvisado, era para o fazer beber como se fosse um chá - levantava a cabeça de Killer para poder a mistura descer mais rápido - mas se eu ligar alguma coisa que possa fazer calor, a casa certamente irá explodir, o ácido da fruta irá controlar os efeitos dentro dele, ele está em um estado grave de intoxicação... Faça-o descansar ao menos dois dias, dê a ele tubos de oxigênio durante um dia, isso irá fazê-lo melhorar. - Observou o pulso que ainda estava preso na algema, a parte que estava em contato com o ferro estava totalmente roxo, "Quanta força esse cara fez para sair de lá?" pensava - Ele deslocou o pulso...

  O médico mais uma vez se levantou e começou a vasculhar uma gaveta, Eustass observava com muita atenção o que retiraria dali, o moreno preso em seus braços tentava inutilmente se debater, então resolveu fazer algo que estava a um tempo cogitando, mordeu o braço de Eustass que o soltou na hora, o moreno conseguiu fugir dos braços musculosos do ruivo, com raiva tentou segura-lo novamente, mas Law entrou na frente o impedindo de fazer, segurou um dos braços do ruivo - especificadamente a que segurava a lança - e o encarou.

  - Esse não era o acordo... - O olhar de ódio se fez presente no rosto do caçador.

  - Não tente encostar em Luffy... Eu ainda vou cuidar do seu amigo, apenas tente não me atrapalhar. - O soltou, o ruivo ficou confuso, não esperava que Trafalgar ainda o ajudaria - Devemos ser rápidos, o gás está se aproximando. - O mais novo ficou mais afastado de onde os três estavam, não queria virar refém do caçador novamente. - Tente não se mexer muito, a algema ainda conecta vocês dois, se acabar fazendo algum movimento bruto, acabará realmente quebrando o pulso desse cara. - Eustass finalmente percebeu que o objeto que o moreno procurava na gaveta a poucos instantes atrás era a chave das algemas.

  Trafalgar segurou o pulso do loiro e destrancou o que o prendia ao ruivo, para não se deixar em perigo, o lado livre da algema foi usada no pulso livre de Kid, o mesmo fez uma expressão de insatisfação questionando o ato para o moreno - Apenas por precaução. - Foi a resposta que recebeu, fechou a cara mais ainda.

  O médico enfaixou e improvisou com uma colher de madeira uma tala para deixa o pulso e a mão do loiro imobilizada, finalizando esse curativo se levantou e foi para perto de Luffy, segurou seu rosto e o perguntou se estava bem, o moreno retribuiu as carícias e confirmou que não sofreu nada, Trafalgar se virou para Eustass que estava próximo a Killer para ver seu estado.

  - Não vou lhe desalgemar, não quero correr o risco de você ir atrás de nós. - O ruivo o olhou - saía daqui com ele o mais rápido possível, não pense nisso como um favor, nós dois sabemos muito bem que não foi...

  - Eu vou matar vocês dois... - Segurou Killer em seu colo. - Quando eu me soltar é bom vocês estarem bem longe para que eu não os alcance...

  - Estarei aguardando então... - Law foi até o armário que guardaram as armas e pegou uma glock e alguns pentes de munição e uma das foices de Killer, voltou onde Eustass estava e continuou - levarei isso comigo, cuide do seu companheiro, arrume urgentemente um galão de oxigênio para ele, apenas um bastará.

  O moreno segurou Luffy pelo braço e lhe entregou a foice, o instruiu para usar quando estivessem em perigo, saíram da casa deixando aqueles dois para trás.

  - Acabamos prejudicando a Ivan também... - Luffy comentou.

  - Não tínhamos como saber... Só queria ao menos ter me despedido dela...

  - Vamos cumprir a promessa que fizemos a ela... Quando sairmos daqui iremos liberta-la... - Antes de saírem de perto da casa, Law jogou na calçada as chaves da algema de Kid - O que está fazendo?

  - Eu sou frio, mas ainda tenho coração. - Deu uma pequena risada, em seguida correram dali.

   Eustass carregava Killer para fora da casa que estavam, teve muita dificuldade por causa das algemas, carregava a foice que sobrou de Killer e suas armas, e em seu ombro levava o loiro ainda desacordado, em sua mente pensava em mil maneiras diferentes de como matar aqueles dois lentamente, chegou na calçada da casa e percebeu quão escuro já estava, já em uma distância considerável da residência, um grande clarão apareceu atrás de si com um barulho estrondoso ecoando por seus tímpanos se fez presente, o impacto da explosão jogou ele e a Killer alguns metros a frente.

  Se recuperando o impacto olhou para trás em busca de saber o que aconteceu, viu uma enorme flor vermelha se formar naquela casa, a escuridão da noite ganhou uma nova cor composta por vermelho, laranja e amarelo, e era quente, muito quente, o fogo tomava conta da casa que estava em chamas, se levantou e colocou Killer novamente em seu ombro, um pequeno objeto que refletia a luz do fogo incomodava seus olhos, ao perceber o objeto o segurou e entendeu que era as chaves de sua algema - "Ele deixou cair? Não... Ele não seria descuidado a esse ponto" - fez um enorme sorriso malicioso em seu rosto.

  - Faz tempo que eu não caço algo tão interessante como vocês...

. . .

  Ambos os morenos corriam para longe da casa noturna onde ficaram abrigados durante um tempo, depois de alguns segundos se deslocando para longe, se pode ouvir um estrondoso barulho vindo de onde saíram, Trafalgar se virou para trás e viu o brilho ofuscante tomar conta do "céu" do Submundo - " O gás deve ter alcançado alguma lâmpada acesa, espero que o ruivo tenha fugido. "  - Sai dos seus pensamentos quando Luffy chama sua atenção o cutucando.

   - Trao! Venha para o beco, tem um carro se aproximando! - Imediatamente o médico se junta a Luffy, estavam escondidos atrás de uma caçamba de lixo que estava no beco.

  Por azar dos dois rapazes, o carro para um pouco a frente do beco em que estavam, o mais velho fez um sinal para que o menor fizesse silêncio, se tentarem sair dali, com certeza seriam vistos.

  - Será que ele nos viu? - Cochichou Luffy.

  - Não sei... E não estou a fim de descobrir... - Foi então que os olhos negros de Luffy brilharam, lhe veio uma ideia que poderia mudar o rumo de sua jornada com Law, cutucou o mesmo e se aproximou de sua orelha cheia de piercings.

  - Trao, tive uma ideia, pegue sua arma e eu usarei a foice, vamos render daqueles caras - apontou para o carro - e os obrigar a nos levar para longe daqui! - O dono dos olhos dourados ficou pensativo, coçou levemente a barba, retirou de sua cintura a arma de fogo e sorriu.

  - Não é uma má ideia Luffy. - A destravou.

  . . .

  Após ouvir uma alta explosão, a ruiva e o ex-membro do FBI pararam o carro alguns quarteirões de distância do acontecido, observaram a cima de alguns prédios um grande clarão amarelado, suporam que seria onde aconteceu o incidente.

  - Esse lugar é assustador... - Nami dizia olhando para a luz de onde vinha as chamas e a fumaça. - Nem percebi que escureceu, deveríamos sair daqui logo Rosinante...

  - Esse lugar é enorme... Maior do que o antigo Submundo de Alabasta era... E ainda mais perigoso, vamos voltar...

  O loiro ligou o carro novamente em busca de tentar encontrar a saída daquele lugar, mas antes de conseguir virar a chave, percebe sons que se parecia com passos do lado de fora, olhou pelas janelas e não avistou nada, abriu o porta luvas e ao lado do baralho de cartas, havia uma arma que sempre a carregava consigo, a puxou e destravou.

  - O que foi? - a policial o questionou.

  - Shi... - fez um sinal com a mão para que ela não fizesse barulho - eu ouvi um barulho lá fora... - sussurrou.

  Antes que a mulher pudesse o ajudar, ambas as portas traseiras do carro é aberta entrando dois sujeitos desconhecidos, Rosinante não conseguiu fazer nada e um cano gélido é encostado em sua cabeça, olhou para seu lado e viu que a ruiva também tinha sido rendida, observou bem e viu uma lâmina encostado em seu pescoço, ambos os agentes da lei levantaram a mãos em rendição, logo se ouve as portas de trás se fecharem, milhares de possibilidades se passaram pela cabeça de Corazon, será que foram descobertos? Estavam o seguindo desde que entraram naquele lugar? Ou era apenas bandidos que viviam por essas ruas? O que sabia era que foi descuidado, deveria ter tido mais atenção, agora poderia ser morto e por azar levou a garota ao seu lado também. Por sua culpa.

  - Larguem as armas... - O homem que apontava a arma em sua cabeça ordenou, os dois rendidos não conseguia se virar para ver quem era que os rendeu.

  - S-só eu estou armado... - Falou tirando o dedo do gatilho.

  - Essa aqui está com uma também, na bolsa. - O rapaz que estava com a lâmina no pescoço de Nami se pronunciou, e realmente, a ruiva estava tentando colocar sua mão dentro da bolsa de grife vinho escura na tentativa de conseguir pegar sua arma.

  - Luffy, não a deixe se mexer, vou pegar a bolsa dela. - "Luffy?" a ruiva pensou ao ouvir o nome de quem a rendia. 
 
   A mão do sujeito segurou a bolsa da mulher que estava no campo de visão de Rosinante, o loiro observou aquelas mãos tatuadas e as reconhecia de algum lugar, até que passou por sua cabeça tentar ver seu assaltante pelo retrovisor do carro, o pequeno espelho refletia um rapaz de olhos dourados e um pouco cansado, de cabelos negros e uma pele pálida, usava também um par de brincos em cada orelha. Seus olhos brilharam ao ver que a pessoa que estava em seu banco de trás era seu filho, não esperava o encontrar tão rápido assim, seus olhos ficou um pouco marejado pela recém descoberta, hesitou um pouco em falar.

  - Law? - O chamou, a ruiva arregalou os olhos castanhos, então estava certa, não ouviu errado quando escutou o nome do garoto procurado.

  - O que? - O cicatrizado indagou - O conhece Trao? - O médico ficou assustado ao ouvir seu nome, essa voz... Ele a reconheceu. - Aaah!!! - Luffy tirou a lâmina do pescoço de Nami e se jogou no banco - D-Doflamingo???  - O moreno se assustou, a semelhança que aquele homem que ambos renderam era idêntica a Doflamingo.

  - Não... Não é o Doffy... É apenas um cara parecido com ele... Pai? - Parou de ameaça-lo com a arma e a travou novamente.

  - Law! - Corazon abriu a porta do motorista e saiu do carro abrindo a porta traseira de onde o moreno estava, sem nem esperar alguma resposta pulou em cima do rapaz que a pouco tempo o ameaçava, o envolveu em um abraço forte... muito forte, que com um pouco de recentimento foi retribuído. - Onde esteve? Por que fugiu durante esse tempo todo? Droga... Você sabe quão preocupado eu estive esse tempo todo?

   - Pai... - O apertou mais - Desculpa ter te preocupado tanto... Mas - o afastou encarando os olhos azuis marejados - aqui não é seguro de conversar, vamos em um lugar escondido. - Não poderia negar, os dois policiais tinham milhares de perguntas para fazer a aqueles dois, Corazon voltou para o banco do motorista e limpou os olhos, resolveu o ir para um hotel que viu a alguns metros atrás.

  Durante a viagem toda para o hotel, Nami os olhava para o retrovisor, Trafalgar cochichava algo para Luffy que ela não conseguia entender, aquilo era estranho para a ruiva, ver eles dois juntos sem que o garoto o temesse, ela estava errada esse tempo todo? Não poderia ser... Estava tão certa de si que ele seria o culpado que nem cogitou que ele poderia ser inocente.

  "Quando que eu parei de tentar inocentar os acusados?" - Se perguntava, se lembrou do motivo que a tornou tão persistente em suas acusações... Ela tinha acabado de se tornar uma detetive, seu primeiro caso foi tentar inocentar um cliente seu, no júri apresentaram todas as provas que ele era culpado, mas o incrível desempenho da ruiva convenceu o juiz e no caso, o acusado foi dado como inocente, uma semana depois ela recebeu a notícia que seu cliente matou a pessoa que tentou prendê-lo no dia do julgamento, era apenas uma jovem tentando se proteger do ex-namorado. Desde aquele dia, prometeu a si mesma que jamais inocentaria alguém sem ter provas concretas que a pessoa realmente seria inocente.

  Voltou para si novamente quando sentiu o carro parar de se mover, um funcionário do estabelecimento com uma coleira se aproximou do pequeno grupo e pediu a chave do carro para o estacionar, o loiro a entregou e o jovem rapaz saiu de lá dizendo que levaria as chaves de volta para o quarto que escolherem.

  Adentraram o hotel, a recepção denunciava quão chique o lugar era, o policial se questionou se teria o dinheiro necessário para pagar a estadia, foram até o balcão para falar com a recepcionista e se depararam com uma jovem garota um pouco machucada com a mesma coleira que o outro rapaz usava.

  - Seja bem vindo ao Hotel Das Bestas! - Sua voz estava um pouco falha - Uma das mais famosas filiais do Yonkou Kemono! Como posso ajudá-los?  - Trafalgar e Luffy se escondiam e tentavam ao máximo proteger os seus rostos atrás de Corazon, o loiro viu a inquietação dos garotos e tentou pronunciar.

  - Ah...

  - Queremos alugar um quarto para três dias. - A ruiva cortou o ex agente ao seu lado.

  - Claro... Vai dar trezentos mil Berries. - Entregou um papel para a ruiva preencher, os três meninos atrás da garota ficaram chocados com a quantidade que apenas três dias deu, realmente... O Submundo era apenas para os ricos.

  Após a garota terminar de preencher a papelada, foram guiados até o quarto em que ficariam hospedados, o rapaz que os guiou foi o mesmo que guardou o carro de Nami, devolveu a chave do automóvel para o loiro e se retirou os desejando uma boa estadia, o quarto em que ficaram era bastante espaçoso, tinha um doce e agradável cheiro de lavanda e mais três quartos separados, Luffy se sentou em cima da cama acompanhado a Law, a ruiva permaneceu ao lado de Corazon, o mesmo olhou para Nami e em seguida os encarou, com apenas olhares sabiam que estava na hora de começar o "interrogatório".

  - Law...

  - Eu sei... Lhe devo algumas respostas. - Disse sem tirar o olhar de Luffy.

  - Você sabe como eu me senti quando disseram que você matou uma mulher? E ainda levou o filho dela? - Se aproximava de Trafalgar.

  - Não! - Luffy se levantou de onde estava sentado ficando na frente do médico - Tudo isso é mentira! Ele apenas me protegeu lá.

  - Então porque fugiram de nós no Motel? - Foi a vez de Nami perguntar.

  - Por acaso você viu o que foi aquilo? - Luffy se aproximou de Nami com um olhar de raiva - Vocês apenas me ignoraram quando disse que era apenas um mal entendido, e você sequer prestou atenção no que eu disse! Só queria prender Law por algo que ele não fez... - Fechou os punhos - Quando nós mais precisávamos de vocês... Na cabana... Com Galaxy... Com Wani... A polícia não estava lá...

  - Não... Não tínhamos como saber...

  - Como não sabiam do cara infiltrado nas viaturas que nos levou até o Vergo? - Trafalgar colocou uma mão no ombro do mais novo o indicando para se acalmar, Luffy soltava algumas lágrimas de frustração.

  - Ele está certo... Quando tentamos avisá-los, apenas nos ignoraram...

  - Law... - Corazon - Nos diga, o que realmente aconteceu naquela noite? Por que Rouge teve que morrer? - Trafalgar deu um pequeno suspiro e encarou aqueles belos olhos azuis que o olhava em busca de alguma resposta.

  - Eu não sei o porquê ela teve que morrer, mas... - encarou Luffy - Seu último pedido foi que eu o protegesse.

  - De que? - Nami.

  - O certo é de quem... Joker.

  - Por que Joker? Quem é ele filho?

  - Pai... Eu descobri quem era Joker lá no hospital antes de Rouge morrer. - Estava nervoso, não sabia como contar ao seu pai a verdade - Joker... Ele... É o Tio Doffy.

  Corazon por um momento não expressou nenhuma reação, estava em choque, não... Não poderia ser... Joker jamais seria seu irmão, Law só podia ter visto errado ou se enganou, não era possível, como?!

  - O... Que?

  - Ele também é o verdadeiro assassino da minh- de Rouge... - Luffy se pronunciou - Ele a matou e acusou Trao de ter feito. - Nami estava surpresa, não esperava que o assassino e um dos Yonkou do Submundo seria o dono do hospital, agora fazia sentido as câmeras não ter as gravações do ocorrido.

  - Não pode ser... Todo esse tempo, todos esses anos, Joker estava bem debaixo de meu nariz... - Se sentou em uma cadeira para que não acabasse caindo com a descoberta.

  - Naquela noite eu e Luffy fugíamos dele, por isso não fomos a polícia, estávamos preocupados demais tentando não ser morto por ele... Mas ele foi mais rápido que nós e conseguiu fazer com que seu sobrinho fosse procurado pela polícia.

  - Mas por quê? - Nami os indagou - Por quê ele quer tanto vocês? Tem algo a mais aí, se fosse apenas isso ele os mandaria matá-los, por que Wani também está nisso, o que a Rouge fez para que morresse?

  - Porque - Luffy a respondeu - ele quer a mim, ao ponto de mandar dois caçadores de recompensa atrás de nós dois.

  - O que você fez para Jo- digo... Doflamingo?

  - Eu não sei a história ao certo... Mas Rouge a anos atrás injetou algo em mim que ele tinha passado anos tentando criar e destruiu o resto que sobrou e sua fórmula... Então ele está fazendo de tudo para me capturar, ele quer o projeto dele novamente... O-

  - Smile...? - Corazon encarou Luffy desta vez, o mesmo apenas concordou com a cabeça com que o loiro disse - Eu me lembro de quando o encontrei pela primeira vez, ele... Apresentava para uma plateia em Alabasta seu projeto, eu me lembro... Lembro uma mulher fugir de lá... Ela levava uma criança, o FBI nunca encontrou a mulher que saiu sem ninguém ter visto, por acaso a criança...

  - Sim, a criança era eu.

  O médico percebeu que teria que contar tudo o que passaram até chegar onde estavam, e foi isso que fizeram nas próximas uma hora, Trafalgar contava tudo o que passaram para Corazon e Nami e Luffy o ajudava acrescentando alguns acontecimentos importantes que o outro moreno esquecia de comentar, o cicatrizado contou também que o projeto estava 90% terminado em seu corpo, e também mostrou as sequelas que adquiriu com a quase finalização do Smile.

  A ruiva ficou impressionada com o corpo do moreno poder esticar mais que o normal, mesmo que não fosse tanto assim, ainda era impressionante, a garota tentou passar essas informações que conseguiram para Koala, mas ali no  subterrâneo não pegava sinal, frustrada voltou a atenção para os dois rapazes.

  Law contava a seu pai de como foram pegos por Wani e de como fugiram dele, Rosinante não conseguia digerir tudo aquilo tão facilmente, admitia que parou de acompanhar no momento em que lhe foi revelado que seu irmão mais velho era um dos contrabandistas mais procurados pelo mundo, mas passou por sua cabeça tudo que seu filho passou ali, deu uma pequena risada que foi percebida por Law, pensou quando que a vida de seu amado filho ficou aquela loucura, isso apenas denunciava quão péssimo pai foi durante aqueles últimos anos.

   Se levantou da cadeira em que estava e foi até Trafalgar e o abraçou, apertou Law em seus braços o máximo que pôde, aquilo foi um pedido de desculpas silencioso por tudo que ele não fez ou deixou de fazer para o moreno. - Me desculpe Law... Fiquei tanto tempo com Doffy depois de sair do FBI... E mesmo assim não percebi tudo o que ele fazia, você e Luffy - olhou para o moreno - sofreram tanto por causa dele... Como irmão de Doflamingo peço perdão... Mesmo que isso não a trará de volta... - Se referiu a mulher de cabelos rosas, Trafalgar retribuiu o abraço.

  - Não importa, ela não voltará se você pedir desculpas ou se Joker for preso. - Luffy disse sentado na cama - eu ainda terei o Smile em meu corpo, e Wani ainda virá atrás de mim... - O médico se aproxima do garoto e o abraça.

  Nami olha aquilo com espanto, poderia ser o que estava pensando? Mesmo depois de tudo o que passaram? Ou por causa de tudo isso que eles passaram essa relação que acabaram criando se desenvolveu a esse ponto? A ruiva cutuca o loiro ao seu lado, o mesmo a olha um pouco confuso.

  - Olhe aquilo. - Sussurra - Você acha que eles...

  - O que?

  - Veja como estão juntos... Você acha que... - Rosinante parou para observar como Luffy olhava seu filho, o brilho que se fez em seus olhos era algo inexplicável, mas balançou a cabeça, deveria ser coisa da mente deles depois ganharem tanta informação de uma vez.

  - Deve ser coisa de sua cabeça... Mas perguntarei a Law sobre, vamos descansar por agora. - Corazon repetiu o que disse a ruiva só que desta vez em um tom audível, ambos os rapazes concordaram com o loiro e decidiram descansar, foram até o quarto ao lado, mas antes de Trafalgar fechar a porta ele olha para Corazon e lhe diz.

  - Boa noite... Te amo, pai. - Disse o que queria ter dito ao loiro naquele dia no escritório.

  - Também te amo, filho... - E assim o moreno fechou a porta, Nami foi para o terceiro quarto deixando o ex agente sozinho no cômodo pensando sobre tudo o que aconteceu nessa última hora.

  Se passaram uns trinta minutos desde que os dois jovens se deitaram para descansar depois desse reencontro cheio de surpresas e descobertas que tiveram com Rosinante e Nami, nem perceberam que estavam abraçados de baixo daqueles lençóis aromatizados com o cheiro da lavanda. Trafalgar não conseguia dormir, mesmo estando tão confortável e aconchegante naquela posição, milhares de coisas passava por sua cabeça, encontrar seu pai ali o deu uma sensação de proteção, depois de tentar proteger o garoto abaixo de si por tanto tempo, percebeu que precisava daquela sensação um pouco.

  - Trao? - Luffy o chamou.

  - Hm?

  - Não conseguiu dormir ainda? - O maior o encarou como resposta - Sabe... Falar com eles dois sobre tudo o que aconteceu durante esses dias... Me tirou um grande peso das costas...

  - Eu também percebi isso.

  - Você mentiu.

  - Sobre o que?

  - Sobre seu pai... Ele não se parece nada comigo. - O maior deu uma pequena risada em resposta. - Não esperava o conhecer tão cedo assim.

  - Não menti... Se você o conhecer melhor perceberá quão parecido é. - Luffy fez uma cara de emburrado, o que fez tirar mais uma vez uma risada de Law e fazê-lo iniciar um beijo ali. - Você é tão fofo Luffy-ya...

  - Hm... Você só usa o "ya" para me provocar... - Disse dando espaço para que o mais velho descesse os beijos para seu pescoço.

  - Então você percebeu... E funciona? - Deu uma leve mordiscada naquela área que explorava, recebeu um "sim" manhoso de Luffy como uma resposta.

  Aquilo fez com que o clima esquentasse ainda mais naquele quarto, Trafalgar desceu os beijos para o peitoral do moreno, foi preciso retirar a camisa que usava o deixando desnudo na parte superior, o mesmo o retribuía com pequenos gemidos o que fazia com que Law continuasse a dar-lhe aquele prazer. Até em um momento o moreno arquear as costas ao sentir seus mamilos serem mordidos pelo médico, o tatuado olhou para o rapaz e levou seu dedo indicador até a boca sinalizando para que fizesse silêncio.

  - Não estamos sozinhos... - E voltou ao que fazia, o cicatrizado colocou ambas as mãos em sua boca tentando abafar o pequeno prazer que sentia, fechava os olhos apenas apreciando a sensação de ser tocado.

  O mais velho tenta avançar mais com o que fazia, segura com suas mãos o cós da bermuda que Luffy usava, percebeu que já estava sobre o moreno e o mesmo respirando pesadamente abaixo de si, pela aproximação sentia o coração do garoto bater rapidamente, a expressão que ele fazia era sensacional aos olhos dourados de Trafalgar, estava sedento pelo corpo de Luffy.

  - Eu posso? - Se referiu a sua bermuda que segurava enquanto beijava novamente seu peitoral.

  - P-pode... - Ao receber a permissão, Trafalgar nem hesitou em tirar aquela peça de roupa de Luffy, a retirou junto com a cueca que usava revelando o membro do cicatrizado rijo, começou a acariciar aquela área enquanto o beijava.

   Luffy não conseguia conter seus gemidos, por sorte Law o beijava para abafar os sons constrangedores que soltava, seu rosto estava totalmente rubro, e seu coração ainda mais acelerado que antes, seus quadris tentava ao máximo ter mais contato com a mão tatuada de Trafalgar, os movimentos ficavam cada vez mais rápidos.

  - Ah... Ah... Trao eu... - Tentava o avisar, Law percebeu pelas expressões que o mais novo fazia que logo iria vir, mas não estava afim de terminar aquilo tão cedo, então parou o movimento que suas mãos fazia - Ah... Por que parou? - o menor o questionou.

  - Não acha injusto apenas você se divertir? - O entregou um pequeno beijo em seu nariz e o lançou um sorriso.

  Law ficou de joelhos em cima de Luffy, retirou a sua camisa que o incomodava a um tempo, mesmo com a iluminação um pouco escassa, o cicatrizado conseguia ver muito bem o tronco bem definido e tatuado do médico, levantou suas mãos e contornou as linhas que formava os desenhos de coração em seu peitoral, a muito tempo queria fazer aquilo, o tatuado segurou sua mão e voltou a beija-lo.

  Um pouco impaciente o moreno debaixo inverteu as posições, desta vez ficando em cima de Trafalgar, o mais velho ficou impressionado com a força que Luffy tinha, realmente... Cada vez mais que se passava o tempo, mais impressionado com o jovem ele ficava. Luffy desabotoou a calça do maior e abriu seu zíper, em seguida sem esperar muito retirou a cueca preta que o tatuado usava, segurou o membro do médico, ficou um pouco nervoso com o que faria a seguir, ele era maior do que pensava, mas não queria que o seu parceiro percebesse sua confusão e começou a massagear o pênis de Law.

  Não sabia se o que estava fazendo estava funcionando, movimentava suas mãos para cima e para baixo bem devagar, não tinha coragem de encarar o médico, arriscou levar sua boca até a cabeça do membro e começar a chupar aquela região, até que finalmente ouviu o que confirmava que seu esforço estava funcionando, os gemidos roucos de Law se fez presente no quarto, aquilo apenas animou ainda mais o menor que começou a sugar cada vez mais aquela região.

  - Ah... Luffy... ya... - Não conseguia se conter, a sensação era ótima, colocou uma de suas mãos na cabeça do moreno para o guiar, o forçava ir um pouco mais fundo que antes a cada movimento que fazia, as vezes podia se ouvir o som de Luffy se engasgando com o tamanho do companheiro. - Ah... - Ao sentir que estava vindo tirou a boca do mais novo de seu membro e o levou para lhe dar mais um beijo. - Você foi incrível.

  Aquele comentário fez o rubor do rosto do menor aumentar cada vez mais, Law permaneceu abaixo de Luffy quando o pediu para abrir a boca, o cicatrizado sente os dedos do tatuado invadir sua boca e brincarem com sua língua. Quando o médico sentiu seus dedos bem lubrificados se sentou na cama apertou a cintura de Luffy.

  - Luffy... Levante sua cintura um pouco. - Assim o fez, em seguida levou sua mão até a parte de trás do mais novo e introduziu uma das digitais dentro do cicatrizado, o que lhe arrancou um gemido de desconforto - Está tudo bem?

  - S-sim... - envolveu seus braços em volta do pescoço do parceiro que fazia alguns movimentos sutis dentro do menor, após alguns segundos introduziu mais um dedo fazendo movimentos de tesoura desta vez, o abraço que Luffy dava em Trafalgar se intensificou. Ao sentir a cintura do mais novo se mover em seus dedos, supôs que já não era mais necessário o preparar, retirou ambos os dedos de dentro do garoto recebendo um gemido de desaprovação.

  O mais velho posicionou Luffy em seu pênis, segurou na sua cintura, enquanto o cicatrizado segurava em seus ombros, e o guiava para baixo devagar, o mais novo fechou os olhos para de alguma maneira amenizar a dor de ser preenchido pelo tatuado, alguns gemidos de dor saíram sem querer, ainda estava na metade, não sabia se aguentaria o resto sem ter a sensação de ser rasgado ao meio, algumas lágrimas se formam em seus olhos antes que o médico entrasse por completo no rapaz.

  - E-espere um p-pouco Trao... - O pediu manhoso, Trafalgar queria foder aquele ser em cima de si o mais rápido que podia, mas aguardou, não queria o machucar, queria que a lembrança da primeira vez de Luffy fosse boa, a sensação das paredes do garoto o apertar estava o matando aos poucos, então para se distrair e ajudar o garoto não sentir tanta dor, começou a movimentar o membro do moreno novamente.

  Os gemidos que a pouco era de dor e desconforto se tornou em prazer, começou a arranhar os ombros de Trafalgar a medida que ia intensificando o movimento, foi questão de segundos para que a pequena dor que sentia se tornasse em prazer, e o sinal que deu para Law começar a se mover foi a pequena rebolada em seu colo, o moreno foi até o pescoço do médico e beijou em cima de onde ficava a marca da antiga doença que adquiriu quando pequeno.

  - Ela o torna ainda mais belo... - Foi ali que o pequeno fio de sanidade deu adeus ao Trafalgar, segurou de uma forma necessitada a cintura do mais novo e começou a dar pequenas estocadas.

  Luffy gemia baixo na orelha de Trafalgar, a sensação de ser invadido diversas vezes o deixava cada vez sedento por mais, não imaginava que poderia existir algo melhor que carne em sua vida, os gemidos foram se intensificando de acordo com que Law mexia os quadris finos do menor.

  O médico saiu de dentro do parceiro retirando mais uma vez um gemido de insatisfação do garoto, desta vez o inverteu de posição o deixando de costas para a cama e que ainda pudesse ver suas expressões, se colocou dentro dele novamente sem aviso prévio o que assustou o cicatrizado ao ser invadido novamente, só que desta vez, com mais força, Law levou ambas as pernas de Luffy em cima de seus ombros, e voltou a estocá-lo cada vez mais forte.

  O mais novo não controlava mais seus gemidos, segurava o lençol da cama como se caso o soltasse lhe custaria a vida, o tatuado admirava cada expressão excitante que Luffy fazia, aqueles olhos semicerrados e a boca entre aberta que de vez em quando soltava um alto gemido era o motivo do médico ficar cada vez mais duro e rijo dentro do menor, Luffy colocou o braço em cima de seu rosto para que o escondesse.

  - Luffy... Ah... Eu não consigo ver seu rosto assim... - A voz rouca de Law ecoava em sua cabeça, não conseguia pensar em nada a não ser aquela bela sensação que sentia. - Quero ver suas expressões... - Com uma de suas mãos retirou o braço que o impedia de ter a bela vista do rosto do garoto, os olhos negros o encarava com tímidez, aquilo fez Law intensificar as estocadas ao ponto de ecoar pelo quarto apenas o barulho dos corpos se chocando e dos gemidos tímidos do jovem, em algum momento Trafalgar atingiu um ponto que fez Luffy arquear as costas e dar um gemido mais alto que os outros. - Finalmente... Eu o encontrei Luffy... - Fez um sorriso malicioso quando se referiu à próstata do jovem, que fez uma expressão de assustado sem saber o que poderia vir por aí.

  - Ah, ah, ah... Mais... Mais rápido... - Trafalgar foi cada vez mais rápido em seus movimentos, agarrado pelo último fio de sanidade que ainda lhe restava, Luffy arranhava as costas de seu parceiro ao sentir seu ponto se atingido diversas vezes por Trafalgar, os sons que soltava era uma doce melodia para os ouvidos do tatuado que apenas continuou naquela velocidade ao ouvir os pedidos de seu amado pedindo por mais, após alguns segundos Luffy novamente arqueou as costas e uma grande onda de prazer veio em seu corpo inteiro, o deixando um pouco fraco e mole.

  O médico não parou de investir as estocadas, com o orgasmo de Luffy, deixou suas paredes cada vez mais apertadas o que ajudou na vinda de Law que o abraçou e sentiu um líquido viscoso sair de si e entrar em Luffy, se retirou de dentro do garoto e se deitou ao lado dele com ambos os peitos indo para cima e para baixo indicando cansaço e seus pulmões em busca de ar, Luffy se vira para o médico e se aconchega em seu peito, ainda acelerado, e se encosta nele. Trafalgar ao se recompor do pós orgasmo, pegou o lençol que estava esquecido em um canto da cama e cobriu seus corpos.

  - Foi incrível... - O cicatrizado começou.

  - Foi mesmo... Você é incrível... - Acariciou os cabelos pretos do garoto agarrado em seu peitoral, juntou um pouco de coragem e resolveu dizer o que guardava para si a um tempo - Eu... Eu te amo Luffy.

  - Eu também te amo Trao, shi shi.- Deu uma pequena risada o deixando um pouco envergonhado, e como sinal de agrado, Luffy lhe deu um pequeno beijo em sua testa. Assim, agarrados caíram em um sono juntos, agora mais conectados que antes.

. . .

  Entrou pela recepção do hotel que pagou para passar as noites, com Killer em seus braços e um galão de oxigênio que roubou de um pronto socorro próximo dali, que por seu azar estava fechado, a recepcionista preocupada perguntou se ele precisava de algo para ajudar seu amigo desmaiado, sem paciência, Eustass mandou ela cair fora e sumir de sua vista, o que ela fez sem hesitar um segundo a mais. Subiu no elevador e apertou o botão que indicava o andar se seu quarto.

  Aqueles seis segundos no elevador parecia uma eternidade, saiu o mais rápido possível dali e com pouco cuidado abriu a sua porta - o que teve certa dificuldade já que carregava seu amigo e o objeto que ajudaria a salvar sua vida, o colocou com cuidado em cima da cama e o embrulhou com o cobertor cor de vinho que decorava a mesma.

  - Calma amigo... Logo você vai melhorar... - Disse arrumando o galão ao lado da cama e entubando o loiro conectando o tubo com o recipiente metálico em seguida o ligando, estava um pouco preocupado, a respiração do assassino estava um devagar e quase imperceptível, o que preocupava o ruivo.

  Mas logo o semblante de preocupação se mudou para alívio quando viu Killer respirar melhor, a descarga de adrenalina que estava tendo finalmente cessou o deixando respirar fundo e descansar seus músculos depois de tanto tempo, se sentou ao lado do loiro na cama e segurou sua mão que não estava enfaixada.

  - Melhore Killer... Quando você conseguir ficar de pé, mataremos aqueles dois... Não vamos deixar barato o que fizeram com você... - Se deitou ao lado do parceiro, os seus olhos pesaram e dormiu ao lado do amigo que estava tão preocupado para o vê-lo bem.

  Amanhã será um novo dia.

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