𝓒𝓸𝓻𝓽𝓮 𝓛𝓾𝓷𝓪𝓻 • aco...

By leitoradeprimidaa

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E se o laço da parceria pudesse ser rompido e se refazer novamente, só que com outra pessoa? Lua uma garota d... More

𝓐𝓥𝓘𝓢𝓞𝓢
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By leitoradeprimidaa

✶⊶⊷⊶⊷❍⊶⊷⊶⊷✶

𝐿𝓊𝒶

Assim que Estela chegou fiz questão de apresentá-la a cada canto daquele castelo para adiar aquela conversa. A Corte Lunar conseguia facilmente superar a decoração da Corte Crepuscular, o que era um fato impressionante e também serviu para distrai-la.

Eu também aproveitei para conhecer outros lugares, como o jardim do lado de dentro do castelo, na qual não conhecia a princípio e era belíssimo. No final do passeio paramos na biblioteca. Ela tinha corredores em mármore branco mas que haviam pequenos detalhes em azul turquesa acompanhado de um palanque, que segundo Frygga, você pode pedir qualquer livro em voz alta que ele lhe trará apenas se estiver em cima daquele palanque.

- Isso aqui consegue ser mais bonito que o normal. Parece um tipo de sonho.

Ela olhava para tudo de queixo caído. Se ela visse o meu quarto acho que desmaiaria. Estela foi até uma mesa e mexeu nos livros com brochuras maiores que o normal, certeza que aquele livro vermelho tinha três mil páginas.

- E então, me diga o que quer me dizer. - ela folheou o livro sem preocupação. - Sei que me trouxe até essa biblioteca para isso.

Estela dizia sem ao menos se abalar, mas eu fiquei um pouco surpresa mesmo podendo ainda sentir seus sentimentos.

Ela se virou com um sorriso convencido enquanto eu tentava arrumar uma desculpa, mas aquele olhar me impedia.

- Eu te conheço, Lua. Estava o tempo todo roendo as unhas desde que cheguei. - ela se aproximou e me olhou preocupada. - O que houve?

- Eu preciso te perguntar uma coisa. - ela pareceu me ouvir bem, então comecei: - O que é exatamente o laço da parceria?

Foi assim que começou meu dia.

Estela me explicou detalhadamente como funcionava, como era o início e a conexão com os dois indivíduos - duas almas. Ela me disse também o quanto era comum entre feéricos, mas em humanos e espécies diferentes ainda eram novidades, mas não eram impossíveis de acontecer.

Eu fiquei ali, calada e escutando enquanto sentia as informações me afundarem na cadeira.

Estela não citou Lucien e muito menos a minha situação, mas me disse que quando se era recusado o laço o quanto aquilo poderia afetá-los na vida inteira.

Porém algo me chamou a atenção, tinha alguma coisa nela que a deixava receosa.

- E tem mais alguma coisa que eu deva saber? - ela acenou levemente enquanto mordia o lábio inferior.

- Há outra raridade sobre o laço... Ele aparentemente pode ser desfeito e se alinhar a outra pessoa. - eu franzi o cenho pra ela.

Foi impossível não enxergar que aquilo se tratava de mim, já que ela hesitou ao falar. Então automaticamente fiquei curiosa e confusa a encarando de cima a baixo. Porém foi quando algo ficou claro em minha mente.

- Quem foi a primeira? - perguntei mas no fundo não queria nenhuma resposta para aquilo.

- Não sou eu que devo te contar e sabe... - a cortei.

- Quem Estela?

Se ela estava recuando tanto assim era porque a pessoa estava entre nós, o que por sua vez me deixou nervosa e totalmente ansiosa.

- Estela... - eu pedi trincando os dentes.

- Elain. - disse de uma vez soltando o ar que prendia.

Eu não disse mais nada pois parecia que qualquer palavra havia desaparecido da minha língua.

Passei a me lembrar da tensão dos dois quando estavam no mesmo lugar e como Az se sentia receoso por isso, com medo de algo acontecer.

Os dois...

Acho que fiz alguma coisa, pois logo Estela se alertou, parecendo sentir que eu havia ficado calada demais.

- Lua, isso não aconteceu. Eles não...

Ele mentiu pra mim de uma forma que me senti uma idiota por sequer acreditar no que ele sentia por mim.

Agora eu estava com raiva, tanta que sentia meu peito doer que atravessei direto seguindo aquela fita de seda até encarar Lucien que estava de costas para mim enquanto pegava um livro na estante.

Pelo cheiro, estávamos na cabana da praia da última vez. Eu podia sentir o cheiro do mar e ouvi-lo bater contra as rochas, porém o coração acelerado podia facilmente encobrir aquele som.

Mas quando ele se virou para mim bruscamente percebendo a minha presença, tive vontade de jogá-lo no mar por ver como ele estava. Seus olhos arregalados estavam acompanhados de olheiras e ele parecia mais magro e pálido.

Era por minha causa.

Mas vi um lampejo de luz passar naquele olhar quando me viu.

- Por que não me contou? - eu estava reunindo forças dos céus para não chorar, para não deixar meus olhos lacrimejarem. - Por que não me contou sobre Elain?

Lucien ficou estático e piscou algumas vezes enquanto segurava fortemente o livro.

Ele demorou para sequer dizer uma só palavra. Parecia não acreditar que eu estava aqui.

- Você não deveria ter ficado sabendo assim.

- Então como eu ficaria sabendo, Lucien? - vi ele estremecer quando usei seu nome de maneira firme. - Talvez eu devesse esperar o próximo século. - ironizei.

- Não. Eu nunca faria isso com você.

- Mas fez em um curto período sem sequer mencionar sobre isso.

Vi a sua garganta oscilar e sua boca se fechar em linha reta, mas logo respirou fundo.

Reparei que ele estava no mesmo lugar e que não sairia dali sem eu permitir, ele me daria aqueles bons metros longe dele.

- Eu e Elain jamais tivemos alguma coisa porque ela nunca permitiu. E depois de um tempo parei de sentir qualquer ligação em relação a ela, um ano antes de você chegar eu não sentia mais o laço que tínhamos. - explicou sem rodeios. - Então depois que você apareceu, e assim que foi jogada aqui, eu senti aquele molho de linha se acender novamente por sua causa. - ele analisava cada expressão minha enquanto falava como se tivesse medo de minha reação. - Lua eu iria te contar...

- Se você tivesse ficado com ela naquela época. - a cada palavra que eu dizia mais eu queria chorar. - E eu tivesse aparecido depois, estaria com ela mesmo se o laço não estivesse alinhando os dois?

- Não tem necessidade de perguntar isso sendo que jamais aconteceu.

- Não aconteceu, mas será que até agora não percebeu a situação? - eu larguei qualquer amarra que prendia as lágrimas. - Sou eu que sou a outra fêmea, Lucien. Não é ela. Eu cheguei por último e não sei se o que vocês dois tiveram foi... - não fui capaz de terminar a frase.

Lágrimas desciam pelo meu rosto em linhas que doíam minhas bochechas.

- Eu... - meu soluço ecoou pela cabana. - Eu não quero ser a outra que serve para simplesmente tapar o buraco que ela deixou, de ser apenas um objeto de decoração pra você.

- Lua, você jamais foi a outra. - meus olhos ardiam mas mesmo tendo a visão embaçada eu pude ver Lucien apertar o maxilar querendo dar um passo mas recua. - Eu tive sim esperanças no início do laço com Elain, não vou mentir para você, mas nada aconteceu pois não consegui sentir nada por ela durante anos. Eu nunca a amei da maneira que amo você.

Com isso, foi como um gatilho para que eu chorasse mais e permitisse que ele se aproximasse. O ruivo veio a passos largos até mim e adornou seus braços à minha volta, apoiando seu queixo no topo da minha cabeça.

Me rendi totalmente a seu calor que estava tão próximo que não me incomodei com aquela aproximação e o abracei lembrando como era bom estar ali. Lucien passeava as mãos por minhas costas na tentativa de acalmar meus soluços enquanto meu rosto afundava em seu peito.

- Você jamais foi a outra. - ele diz novamente de forma terna, passeando as mãos até meu rosto, limpando minhas lágrimas que escorriam, uma a uma. - Você sempre foi e será a única que fez meu peito se acender de forma inesperada, na qual me tira de qualquer amarra que criei conforme os anos. - Lucien estava com os olhos brilhando e seu olho de ouro rangeu com aquilo. - E não te contei por medo de tirarem a única coisa que me fez me sentir vivo, a única coisa que eu realmente amo e que me permite ser eu mesmo. Por medo de como você reagiria, pois sei que sofreria muito mais caso me rejeitasse do que por qualquer outra pessoa que fizesse o mesmo.

Minhas lágrimas pararam, mas ainda sentia os soluços no meu peito. Entretanto, agora uma lágrima solitária escorreu no rosto do ruivo.

- E eu faria de tudo caso significasse sua felicidade, mesmo que eu não esteja presente nela. Eu arrancaria meu olho por você, deixaria que tirassem a minha vida caso você pudesse viver feliz pois depois que caiu do céu, não consigo mais imaginar o futuro sem você.

Aquilo me acertou em cheio que novamente podia chorar, mas me forcei a não fazer.

- Eu nunca cogitei a ideia de te rejeitar. - limpei aquela única lágrima sentindo a pele quente nos meus dedos.

Ele me olhou surpreso que até mesmo pude ouvir seu coração errar uma batida e ficar mais acelerado do que já estava.

Entretanto o meu também estava no mesmo estado.

- Eu precisava de tempo pra pensar e entender o que era. Só que estava com medo de descobrir que você só estava comigo pelo laço. - eu abaixei a cabeça olhando para seu traje. - Que se sentisse obrigado a fazer tal coisa.

- Não foi o laço que me fez ficar de joelhos a você quando direcionou esses olhos pra mim. - ele ergueu meu queixo para encará-lo. Havia verdade ali, em cada palavra. - Eu te amei antes mesmo de me dar conta disso, te amei em todas as situações possíveis. Só fui tolo por não ter percebido isso antes.

- Eu também fui tola por não ter te escutando primeiro. Mas fui mais tola por não ter te dado isso antes.

Então, me afastando um pouco mas mantendo meus braços a sua volta, entre nós fiz surgir em um prato pequeno da minha torta de morango que flutuava na frente de meu rosto.

Lucien olhou para a sobremesa de olhos arregalados como se aquilo fosse um sonho. Com isso, seus olhos ficaram marejados de brilho e lágrimas enquanto sentia suas mãos trêmulas nas minhas costas.

O ruivo me olhava receoso com o cenho franzido.

- Há muito tempo já sabia o que eu queria, desde o dia do festival eu havia enxergado que meu pedido de criança havia se realizado. Eu encontrei o meu amor, o amor de um ruivo sarcástico que ama cozinhar. - eu enxuguei suas lágrimas assim como ele havia feito comigo. - Mas o amor de uma pessoa que escolheu ficar e me trazer memórias lindas em meio a minha vida de caos. E mesmo que eu viva cem ou mil anos, prefiro passar todos eles presenciando a forma como você me olha. Então, se quer me ouvir a cada meia hora sem parar falando de coisas totalmente aleatórias, se aceita me deixar cuidar de você e você de mim, porque temos feridas e não gosto da ideia de deixá-las abertas. Se quer realmente isso, coma.

Meu coração pensou na possibilidade de parar de vez, mas quando Lucien sorriu e ergueu sua mão para afastar a torta entre nós, ele realmente parou.

Sem recuar, o ruivo colocou uma mexa do meu cabelo atrás da orelha e segurou meu rosto com ternura, passando levemente o polegar em minha maçã do rosto. Seus calos se arrastavam lentamente em minha pele e eu correspondi aquele toque.

Era aqui que eu quero estar. Tendo totalmente a atenção de seu olhar para mim.

- Agora é você que está falando demais.

Sem mais nada, Lucien chocou seus lábios nos meus e eu os abri para ele. O ruivo saboreava cada parte lentamente enquanto nossas línguas se encontravam em harmonia, explorava cada centímetro do céu da boca.

Aquele beijo era diferente, não era ardiloso e necessitado. Era calmo e prestativo, doce e...

Ele mordeu meu lábio inferior aproximando mais seu corpo ao meu, cortando qualquer espaço que tinha entre nós. Quando o mesmo cortou o beijo indo de encontro ao meu pescoço, beijando e mordiscando a pele exposta, agarrei sua camisa com força reprimindo qualquer suspiro dentro de mim. O que ele estava fazendo fazia algo dentro de mim pulsar e contorcer.

Tombei a cabeça para o lado dando mais espaço para aquela sensação. Lucien se direcionou ao outro lado, dessa vez chupando e mordendo. Isso com certeza ficará marcado mais tarde.

Suas mãos que apertavam meu quadril contra ele, subiram até minhas costas e encontraram as amarras do vestido.

Lucien voltou sua atenção aos meus olhos e sorriu ao perceber que a excitação estava estampada em meu rosto. Estava ofegante e sem nenhuma sanidade.

- Vire-se.

Sua voz rouca parecia brincar com o meu psicológico e ele percebeu isso assim que o vi sorrir novamente.

Fiz o que Lucien pediu e senti seu olhar queimar em minhas costas. Com isso, o ruivo se demorou enquanto desfazia cada amarra e beijava cada centímetro da pele que ficava lentamente exposta. Ele desamarrou cada cordão que prendia meu vestido.

Eu estava arrepiada e suspirava a cada gesto que o mesmo estava fazendo.

Quando a peça se amontoou em volta de meus pés ele grunhiu ao perceber que estava com apenas uma calcinha de renda branca, tão transparente que nem parecia que usava uma.

Suas mãos com calos agarraram minha bunda com força e depois senti uma dor prazerosa, ele havia mordido com a mesma força que havia apertado o mesmo lugar.

Gemi baixo ao sentir meu monte de prazer gritar.

Lucien retirou a calcinha de renda me tendo totalmente nua, enquanto senti o vento frio do mar entrar pelas janelas e chocar com o meu corpo me fazendo ficar mais arrepiada. Qualquer um que passasse poderia ver o que estava acontecendo, mas deixei de me importar, pois quando me virei para ele novamente, tomei sua boca com urgência.

Estava odiando aquela demora mesmo que esteja sendo prazerosa.

Minhas mãos passearam por seu peito à procura de pele - eu precisava dele - até eu me cansar e retirar sua camisa de uma vez sem pestanejar, sentindo seus músculos e passeando meus dedos por cada cicatriz, apreciando e precisando urgentemente dele. Percebi que a cada vez que descia o caminho, mais profundo e quente o beijo ficava, até eu encontrar sua ereção. Ele estava duro como pedra sob minhas mãos que me fez salivar - e repensar se deveria mesmo continuar.

Apalpei devagar e lentamente, como ele havia se demorado comigo, e ouvi um chiado sair dele. Lucien estava ofegante quando beijei sua clavícula separando nossos lábios. Meu dedos abriram cada botão até olhar para baixo e ver sua extensão, seu pau para fora que parecia necessitar de minha atenção.

Quando o toquei com os dedos, passeando sobre as veias marcadas, Lucien grunhiu de forma que nunca o ouvi fazer e me agarrou com força pelas coxas, me arrancando um grito baixo de susto.

- Não me distraía. Eu disse que quando acontecesse, levaria um tempo. - me relembrou olhando fixamente para meus olhos.

Ele atravessou comigo até um quarto que parecia ser do segundo andar. Me deitou sobre a cama e se afastou para me olhar de cima a baixo. Ele viu as cicatrizes, analisou elas. E por um momento pensei em cobri-las novamente, em vestir algo que pudesse cobri-las ou até mesmo fechar as cortinas, para dificultar que ele as visse. Minhas cicatrizes eram horrendas e mesmo sendo feérica agora, elas não sumiram. Continuavam onde estavam.

E mesmo Bjorn estando morto, ainda tenho receio dessas cicatrizes. E medo que mais delas apareçam da mesma forma.

Lucien percebeu que eu fiquei tensa, então beijou minha bochecha esquerda e depois as direita terminando em minha boca. Um beijo delicado, sem língua.

- Você não tem noção do quanto é linda. - ele desceu os beijos até minha barriga onde havia outra cicatriz, e a beijou delicadamente passando os dedos levemente pela minha cintura. - Como foi capaz de esconder esse corpo por cima de tecido de mim, hum? - questionou mas eu não tinha sequer forças para encará-lo, quem dirá respondê-lo. Era como se meus pensamentos virassem fumaça e escorressem rio abaixo.

O ruivo beijou novamente a outra cicatriz mais abaixo, perto do quadril. Aqueles gestos realmente queimavam na minha pele que me deixavam atordoada e ao mesmo tempo excitada.

Lucien chegou até onde ele conhecia bem e me olhou com malícia enquanto seu polegar foi de encontro ao meu ponto de prazer, rodando e indo de baixo para cima, lentamente me masturbando.

- Lucien. - supliquei fechando os olhos.

Ouvi ele soltar uma gargalhada e tirar o dedo dali e voltar a estar sobre mim capturando meu pescoço novamente.

- Pare de me torturar. - eu necessitava de atenção que nem me importei em pedir.

- Minha lua... - ele beijou meu pescoço, onde ele havia marcado. - Tenha paciência, pois te farei minha o dia inteiro. - seu hálito naquela área me fez remexer contra ele.

Dito isso, Lucien me virou de bruços rápido e puxou minhas pernas até a beirada da cama, assim só metade de meu corpo estava deitado sob o colchão.

E sem nenhuma cerimônia, me penetrou com dois dedos. Eu gemi alto agarrando o lençol até que meus dedos estivessem brancos. O ruivo estava ajoelhado atrás de mim enquanto aumentava a velocidade dos dedos que pareciam estar em chamas e sua outra mão massageava meu clitóris em movimentos circulares.

Eu com certeza não me cansaria dessa sensação.

Mas quando ele conseguiu ir mais fundo e chegou a um certo ponto, movendo as pontas dos dedos quentes demais como carícia, eu gritei. Aquele lugar onde ele havia encontrado era tão sensível que ameacei desmanchar ali mesmo. Sei que ele estava rindo e que estava adorando me ver contorcer daquela maneira.

Lucien ia alternando a velocidade que poderia ser considerada tortura. E assim que ele aumentou o ritmo, empinei meu quadril na sua direção querendo mais. Seu chiado percorreu meu corpo me fazendo estremecer, mas depois seus dentes foram novamente em encontro com a minha nádega direita, mordendo e chupando - uma segunda marca.

Eu iria enlouquecer.

Contudo, quando retirou os dedos e os colocou novamente, eram três pegando fogo dentro de mim. Trinquei os dentes na tentativa de abafar o gemido alto, mas o ruivo queria ouvi-los, por isso aumentou a profundidade e indo mais rápido e me rendi a isso.

Eu não iria aguentar nem mais um minuto daquela dor e prazer sobre mim, eu sentia que o ar não existia mais pois estava suando.

Quando ele retirou os dedos e foi fundo de uma vez, eu gritei seu nome enquanto gozava. Meu corpo tremia e soluçava por ainda sentir seus dedos quentes dentro de mim.

Lucien agarrou então minhas coxas e me lambeu inteira, provando e saboreando o meu gosto como doce. Passeando sua língua a cada canto meu enquanto recuperava o ar.

- Isso virou minha coisa preferida. - ousei olhar por cima do ombro e ele lambia os dedos satisfeito. A visão que eu tinha era do meu parceiro totalmente nu, sem as calças, os labios brilhando e excitado me encarando.

O ruivo me virou e ficou sobre mim novamente afundando seus lábios nos meus, entretanto quanto mais ele se mexia, mais eu sentia seu pau roçar em meu vão que ainda estava úmido. Qualquer sanidade que eu tinha, havia ficado junto com minhas roupas que ficaram na sala de entrada.

Minhas pernas adornavam sua cintura e o mesmo parou, me analisando por inteiro. Aquilo foi um pedido de permissão, mas como resposta mordi os lábios olhando para baixo com malícia. Aquilo realmente deveria ser repensado, mas era tão apetitoso... Eu só queria que ele estivesse enterrado em mim.

- Com prazer, maliciosa. - pareceu que ele pode ler a minha mente assim que sorriu.

Lucien posicionou seu pau na minha estrada dando leves pinceladas enquanto eu remexia meu quadril querendo mais, muito mais.

Até que parte dele entrou em mim lentamente e só isso me fez soltar um suspiro, agarrando seus braços que estavam ao lado da minha cabeça.

- Quero que me avise.

- Tudo bem. - eu digo com a voz entrecortada por estar totalmente anestesiada.

- Lua.

Uma preocupação invadiu a expressão de Lucien que o fez recuar, mas não permiti, pois o mantive imóvel com minhas pernas.

- Eu digo quando deve parar. - encarei seus olhos com sinceridade para que ele acreditasse em mim. Eu sabia o que era dor e com certeza não permitiria que isso acontecesse de novo e sei que Lucien não é esse tipo de pessoa.

Ele acenou e voltou onde estava e entrou um pouco mais. A cada investida mais ele me abria, até que ele penetrou por inteiro e parou, me dando tempo para me acostumar com o seu tamanho. Era grande e mesmo com o corpo de uma grã-feérica, não me acostumaria tão cedo.

Lucien tinha a respiração trêmula em meu pescoço enquanto minhas unhas estavam fincadas em suas costas.

- Caralho... Tão apertada.

Podia ouvir seu coração acelerado e sentir seus ombros tensos sobre meus dedos.

Lucien saiu pela metade de sua extensão e enterrou fundo. Ele grunhiu ao pé do meu ouvido e estocou novamente até recuperar o ritmo, até estar rapidamente me preenchendo e me arrancando gemidos que logo viraram gritos de prazer. 

O ruivo agora tinha marcas nas costas de linhas feitas por minhas unhas. A cama batia na parede fazendo barulho que poderia ser escutado há dez metros da cabana. Mas quando contrai em volta de seu pau, Lucien gemeu alto fazendo os móveis tremerem em resposta.

Percebi que ele havia gostado e fiz novamente, e tive o prazer de vê-lo buscar o ar que não existia no momento.

- Porra, Lua. - ele estocava rapidamente e seu nariz encontrou meu enquanto não tirava os olhos de mim.

- O que foi? - consegui perguntar inocentemente.

Foi como se ele quisesse descontar o que eu havia feito.

Chamas flutuantes surgiram à nossa volta e pousaram em meus seios, acariciando e apertando e até mesmo mordiscando o bico ereto. Eu gritei arqueando o corpo me aproximando mais Lucien de mim, que agora me observava contorcer com os olhos cobertos de luxúria.

Aquele fogo possuía cada centímetro de minha alma me levando totalmente ao inferno.

Entretanto, havia sobrado uma chama e ela desceu entre o pouco espaço entre nós e encontrou meu clitóris, massageando e queimando prazerosamente.

Meu corpo estava em combustão nivamente e parecia que iria explodir de prazer a qualquer momento.

- Lucien. - aquela chama pressionou meu ponto de prazer no mesmo momento em que seu pau chegou ao final da entrada.

Eu me agarrava a ele enquanto me contorcia e escutava o som de nossos corpos se chocarem em união.

Até que uma sensação maravilhosa preencheu todo o meu corpo e gritei seu nome arqueando o corpo contra o dele sentindo seu pau ainda intacto dentro de mim enquanto atingia meu ápice.

Lucien ainda estocava quando me agarrei mais forte aos lençóis e lentamente ele segurou minhas panturrilhas as colocando no seu ombro, abraçando então minhas pernas contra seu peito. Nessa posição ele conseguia ir mais fundo

Eu iria partir em pedaços se ele continuasse a me olhar desse jeito, tão sedento com os lábios entreabertos que seriam a causa da minha ruína futuramente.

Vi aquele fogo nos rodeando causando uma onda de prazer em nossos corpos e dançando na cama fazendo o lençol brilhar. Eles rodeavam meus seios, meus braços e minha cintura tocando nas partes certas.

-Lucien... - eu suava e tinha meu corpo trêmulo.

- Diga de novo. - diz com a voz grave que tive que contorcer os dedos dos pés. - Quem está te fudendo, Lua?

- É você, Lucien. - mas acrescentei. - Meu parceiro.

Com isso, alcançamos o prazer juntos e uma onda de poder saiu de mim, ascendendo os móveis da cabana indo até o mar que retesou um pouco em resposta.

Lucien caiu sobre mim com espasmos. Ele suava e tremia ainda dentro de mim, seus cabelos caiam em meu rosto enquanto tentávamos procurar qualquer resquício de ar.

De repente diversas linhas vermelhas saiam do meu peito causando uma dor leve e saíram de Lucien também, elas dançavam e cantavam perfeitamente entre si, se alinhando, se tornando uma só. Até restar apenas um laço vermelho unindo nossos corações e depois sumir em um estalar.

Estava feito. O laço estava como concreto agora e nada mais poderia rompê-lo.

Uma lágrima escorreu do rosto de Lucien e a limpei com o polegar e beijei o lugar logo após.

- Meu parceiro. - digo com a voz embargada por ainda estar tremendo. - Só meu.

- Todo seu. E você é só minha.

- Todinha. - sorri cansada.

Nossas testas se encontraram e naquele momento agradecia a Mãe por me permitir presenciar isso, e sei que jamais poderei retribuir da mesma forma. Mas também pedi ajuda pois quando olhei para baixo, Lucien ainda estava intacto.

Significava que aquilo não havia acabado ali.

Que a Mãe me proteja e ajude essa cama a suportar.

- Agora, de quatro pra mim, minha Lua. - e apenas com a sua voz no meu ombro, foi capaz de acender toda a lamparina que era o meu corpo.

✶⊶⊷⊶⊷❍⊶⊷⊶⊷✶

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