𝑯𝒖𝒈𝒐 𝑮𝒐𝒏𝒛𝒂𝒍𝒆𝒔
𝑫𝒊𝒂𝒔 𝒅𝒆𝒑𝒐𝒊𝒔...
— O que foi?
— Podemos conversar?
Levantei de uma das cadeiras da mesa da sala de reunião da empresa e caminhei até o meu irmão. Fomos juntos para o meu escritório e ele fechou a porta.
— Algum problema? — cruzei os braços e assumi uma postura defensiva.
— Preciso conversar com você sobre duas coisas.
— Estou ouvindo.
— Acabei de ser informado que houve um tiroteio no Bronx. Dez pessoas foram mortas e outras quinze foram parar no hospital. Ainda não sabemos se todas vão sobreviver.
— Brigas de gangues?
— Sim.
— Por qual motivo?
— Disputa de território. Como seu conselheiro, acho importante interferirmos antes que tome proporções maiores e envolva os federais.
— Eles que se matem, desde que continuem vendendo o nosso produto e cumprindo as regras.
— Hugo!
— Nos meter em brigas tão pequenas pode chamar atenção demais para nós, Dylan.
— Já perdemos muita gente! Muitos foram presos e mortos na sua caçada para encontrar o culpado pela morte dos nosso pais.
— É diferente — torci os lábios.
— São nossos homens.
— Okay! Vamos até eles. Precisamos fazer com que entendam que somos nós quem damos as regras aqui ou em qualquer lugar de Chicago.
— Excelente.
— Mais qual o outro assunto?
— Marcela Herrera nos contatou e quer uma reunião com você.
— Quem ela é? — franzi o cenho ao caminhar até um sofá que ficava em um canto do cômodo.
— A líder de um cartel mexicano. Tem interesse em fazer negócios conosco para fornecer drogas, principalmente cocaína.
— Fazemos negócios há anos com os bolivianos se nos encontrarmos com ela eles podem considerar isso traição e trazer mais problemas para nós.
— Foi o que eu falei com ela.
— E o que você acha? — cocei a minha barba que estava começando a crescer. Esses eram assuntos que eu geralmente decidia com o auxílio do meu irmão já que era o meu conselheiro.
— Converse com ela e veja o que tem a oferecer. Pode ser uma alternativa, principalmente se ela tiver uma rota de entrega, já que a nossa última foi descoberta pela narcóticos. Precisamos estudar um novo esquema de transporte até Nova York e ela pode ser uma solução.
— Ok. Marque um jantar com ela no hotel da Quinta Avenida para sexta-feira à noite. Vou escutar o que essa mulher tem para oferecer e analisar as nossas alternativas, mais dê um jeito para que seja no sigilo, não quero os bolivianos não meu pé por nada que não é certeza.
— É prudente.
— Agora chame os homens — levantei do sofá — Vamos ao Bronx lembrar aos gângsters quem manda em Chicago.
— Gosto disso — Dylan riu. Não concordei com ele em voz alta, mas eu amava o poder. Certamente era a melhor herança que o meu pai havia deixado para mim, para nós.
Saio do meu escritório com o meu irmão atrás de mim e falo para a minha secretária desmarcar o resto dos meus compromissos de hoje. Não voltaria mais hoje para empresa.
Descemos até o estacionamento e fomos no meu carro. Começo a dirigir pelas ruas de Chicago enquanto o meu irmão faz a ligação.
-Prepara a cavalaria, estamos chegando no Bronx.
[...]