Bucky entrou dentro de seu apartamento tirando a jaqueta e colocando no sofá, depois de algumas horas bebendo e conversando com Sam, eles jogaram sinuca, meio que foi uma competição de quem era o melhor, depois conversaram sobre Steve.
Steve, Bucky sentia muita falta dele, queria tanto abraçar o amigo novamente, mas não podia, pelo menos tinha lembranças dele, como a moto, uma jaqueta marrom, e fotos. Ele sentia o cheiro do Steve, escutava a voz dele perfeitamente, mas era um dos efeitos do soro, fazia ele sentir tudo em dobro.
Meia noite Bucky teve que levar Sam até a casa dele, pois o mesmo estava bêbado de mais para dirigir ou voar, mas agora em casa, sentia falta do amigo novamente, e as lembranças vinham muito rapido, precisava se distrair.
- Alphine eu cheguei. - Ele andou até a cozinha pegando um copo no armário e enchendo de água, enquanto ele bebia estranhou que a gata não veio até ele, toda vez em que ele chega ela já está na porta miando. - Alphine? - Ele colocou o copo na pia e andou até o quarto que se encontrava vazio, ele procurou em todo lugar não achando a em nenhum lugar. - Samuel eu juro que se você pegou ela eu vou te matar.
Bucky andou até o sofá pegando o celular que estava no bolso da jaqueta, mandou uma mensagem para Sam devolver a gata, mas dez minutos depois Sam respondeu com um áudio falando todo e rolado que não tinha chegado nem perto do apartamento dele. Bucky já estava preocupada, como ela sumiu do nada, ele foi até o quarto novamente quando viu a janela aberta, droga, como ele esqueceu a janela aberta? Justo ele que é mais desconfiado do que qualquer outro coisa ou pessoa. A preocupação dele só aumentou, pois nunca tinha deixado ela sair sozinha, depois que o blip acabou, Bucky estava andando nas ruas de Nova York quando começou uma chuva forte e ele escutou miados fracos vindo do bueiro. Qualquer outra pessoa nem iria escutar, mas graças ao soro do super soldado, ele tinha uma audição aguçada, quando ele escutou, ele parou imediatamente de andar e procurou o som no meio daquela chuva, achando o barulho vindo do bueiro, era um filhote de gato pendurado num vergalhão enquanto a água da chuva entrava forte dentro do bueiro, a pequena estava toda suja e tremendo, estava com frio e com medo, Bucky tirou ela lá de dentro antes que ela se afogasse e para a proteger da chuva, a colocou em sua jaqueta. Em casa ele deu um banho morno nela para tirar toda aquela sujeira, foi durante o banho em que ele percebeu que além de ser branca e não cinza, ela era uma fêmea, depois ele tentou mantê-la aquecida, mas ficou com medo dela pegar uma pneumonia, aliás ela era muito pequena, ele deu um pouco de leite para ela e a deixou dormir em sua cama, no dia seguinte ele teve que comprar várias coisas para gatos e um deles foi uma caminha aonde a gata não chega nem perto porque prefere ficar aonde ele está. Ela nunca saiu do apartamento, e quando saia, ela ficava na jaqueta dele, agora ela estava com seis meses então meio que a preocupação dele valia como um pai procurando sua filha de seis meses perdia pelo mundo.
Várias coisas se passavam pela cabeça do soldado, ela foi atropelada? Envenenada? Sequestrada? Bucky saiu de seu apartamento pegando a jaqueta e a procurando primeiro pelo prédio inteiro e depois pelas ruas. Enquanto Bucky procurava que nem um doido sua pequena filha, Alphine estava assistindo novela e ganhando uma boa massagem na cabeça de uma senhora, ela ganhou carinho até dormir no sofá, ela estava toda esticada e soltava suspirinhos gostosos, a senhora durante a noite cobriu alphine com uma pequena manta e a deixou lá.
Uma vez William Shakespeare disse "O meu amor eu guardo para os mais especiais. Não sigo todas as regras da sociedade e às vezes ajo por impulso. Erro, admito. aprendo, ensino. Todos erram um dia: por descuido, inocência ou maldade. Conservar algo que faça eu recordar de ti seria o mesmo que admitir que eu pudesse esquecer-te".
De certa forma Ariana acreditava que de um lado Shakespeare estava certo, ela acreditava que o amor se deve guardar para os mais especiais, e não para qualquer um. Mas ela não acreditava que poderia corrigir os próprios erros e aprender com eles.
Não acreditava que poderia ter perdão por estar agora semi nua na barra de matal com vários homens olhando, cada homem olhava para ela de uma forma diferente, e ela nem queria imaginar as coisas depravadas e nojentas que eles poderiam estar pensando, por isso ela sempre fechava os olhos e se imaginava sozinha em seu quarto, dançando para si mesma, mas em meio aos pensamentos imaginava a reação dos seus avós, ou das pessoas em seu redor.
Pensava se todas as garotas daqui pensavam as mesmas coisas, mas por que ela seria julgada? Ela está sendo obrigada a fazer isso, ela não teve uma outra escolha que não envolvesse a morte de seus avós.
Ela passou a noite inteira dançando e não via a hora de chegar em casa e se jogar na sua cama e dormir até meio dia.
- Sabrina né? - Ariana se virou olhando para uma garota com cabelos pretos e olhos castanhos claro.
- Sim, sou eu.
- Ah, é que hoje o chefe disse que podemos ir embora um pouco mais cedo, ele tem uns negócios para resolver e não quer ninguém aqui. - Ariana assentiu e agradeceu pensando que a garota iria embora. - Você mora no Brooklyn né? Eu moro no Queens, meu nome é Jaydan.
- Pensei que não poderia falar o nome verdadeiro.
- Não para os de fora, meu nome artístico é JayJay o que não muda muito, você é uma das dançarinas né? Eu fico na parte das bebidas, o que é bom já que eu não preciso usar pouca roupa. - Jaydan não parava de falar, o que era bom já que Ariana não tinha muito o que falar, mas por que ela estava conversando com a Ariana? Não era só deixar o recado e ir? Aliás as garotas daqui não eram muito legais uma com as outras. - Desculpe é que quando eu fico nervosa eu não paro de falar.
- Muito obrigada Jaydan, bom acho melhor eu ir então, antes que Ted fique irritado.
- Tchau! Te vejo hoje de madrugada. - Ariana se despediu indo para casa, ela estava exausta, mas pelo menos poderia dormir uma hora a mais, andou silenciosamente até o banheiro e tomou um banho quente, se jogou na cama só com uma camisa larga que marcava os peitos e se cobriu dormindo.
- Tem certeza que ela no está em nenhum lugar? - Sam perguntou sentando no sofá.
- Tem certeza que você não a sequestrou?
- Se eu tivesse sequestrado acha que eu estaria aqui as 10:00 ao invés de estar em casa aproveitando a minha folga? - Sam respirou fundo olhando para o Bucky. - Ficou a noite inteira procurando ela né?
- Sim e ela não está em nenhum lugar.
- Cara ela é uma gata, gatos vivem fugindo e voltando, logo logo ela aparece.
- Ela não é só uma gata!
- Aihh ela é sua filha desculpa, cara, pelo menos tem cerveja aí?
- Na geladeira. - Sam se levantou e andou até a cozinha passando pelo Bucky e pegando na geladeira uma cerveja. - Ela é pequena, se ela saiu pela janela, ela não conseguiria descer as escadas, então vai ver ela entrou em outra janela.
- E ficou na casa de um desconhecido?
- É Bucky, ela está crescendo, vai ter que aceitar que as vezes eles fogem do pai para se encontrar com os namoradinhos.
- Vai se foder Samuel. - Sam colocou a mão no peito com um falso olhar de ofendido.
- Cara, vai tomar um banho e dormir um pouco, sabia que idosos tem que ficar de repouso? - Sam começou a rir vendo a cara de bravo do amigo, Bucky saiu da cozinha indo tomar um banho. - Cara, eu queria ficar e te ajudar a procurar, mas tenho que resolver um problema, parece que a folga acabou para mim.
- Vovó? Por que tem um gato no sofá?
- Ah, ela entrou pela janela, ficou aqui a noite inteira me fazendo companhia. - A senhora falou da cozinha enquanto preparava o café da manhã para a neta.
- E de quem é ela?
- Não sei, mas ela tem uma coleira, só não consegui ler direito o que estava escrito. - Ariana se aproximou do sofá fszendo carinho na cabeça da gatinha que soltou um suspiro gostoso e se esticou no sofá, a garota pegou o pingente olhando.
- Que fofo, é uma mini dog tags militar, está escrito Alphine Barnes..... Barnes? - Ela olhou atrás vendo um endereço e número. - Vovó a gata é do vizinho, aquele que você vê na tv.
- Quem?
- O soldado invernal, ela te dono, temos que devolvê-la. - Ela pegou a gata no colo caminhando até a avó.
- Pode levá-la. - A senhora fez carinho na gata de despedindo. - Depois você aparece para ver a novela comigo.
- Vovó! Não pode sequestrar a gata do vizinho.
- Ela veio por livre espontânea vontade. - Ela deu de ombros voltando a fazer o café.
Ariana caminhou até a porta de seu vizinho e apertou a campainha, mas não escutou nada, apertou novamente e depois de uns segundos começou a bate na porta.
- O que você quer Sam? - Ele abriu a porta dando de cara com a garota que segurava a gata como se fosse um neném, ela tentou falar alguma coisa, mas não conseguia tirar os olhos do abdômen do homem. - Alphine?
- É..... Eu encontrei ela no meu sofá, acho que ela ficou a noite inteira lá com a minha avó e eu soube agora. - Ela desceu o olhar até o V em sua cintura, caramba ele estava todo molhado e era muito gostoso assim, o coração da garota acelerou e ela desviou o olhar, olhando para a gata que começou a miar e querer sair do colo dela, Bucky a pegou no colo e a gata começou a se esfregar nele.
- Obrigado, eu fiquei procurando ela a noite inteira.
- A minha avó não conseguiu ler a coleira, então elas ficaram vendo novela até tarde, desculpa por isso.
- Não tem problema. - Bucky manteve os olhos no rosto dela. - Obrigado de novo.
- De nada, eu já vou indo. - Ela andou até a porta dela e entrou fechando a e se encostando na porta.
- Você foi assim entregar a gata? - Ariana franziu o cenho não entendendo, a senhora apontou para a roupa da garota, foi quando ela percebeu que estava só com uma camisa larga, sem nada por baixo, nada mesmo.
- Ahhh não acredito.
- Eu não julgo, se eu estivesse mais nova eu iria assim ver ele, será que ele gosta de mais velhas? Bom ele é mais velho que eu, eu tiraria uma casquinha, só não conta para o seu avô.
- Que vergonha, eu não acredito que eu fui assim. - Ela andou até o quarto mudando de roupa e colocando uma lingerie.
- Alphine você não pode sumir assim sem avisar. - A gata desceu do colo dele andando até o pote de ração. - Mocinha eu estou falando com você! - Ele foi ignorado novamente, andou até o quarto e se vestiu ligando a televisão e vendo o noticiário. - Mas que porra é essa? - Ele sentiu raiva vendo o escudo de seu melhor amigo com um cara aleatório. - Eu vou matar o Sam e depois matar esse cara.
Espero que tenham gostado 💕