Hig School For Bad Good Guys...

By vampierox

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Gerard Way sempre fora um bom menino, até perceber que estava deixando sua vida passar sem vivê-la devidament... More

Prólogo:
Um: Aquele em que se impõe limites
Dois: Aquele em que "Luke, eu sou seu pai"
Três: Aquele em que se faz bolhas de sabão.
Quatro Pt.1: Aquele em que inimigos se misturam com amigos
Quatro pt.2 : Aquele em que há vulnerabilidade
Cinco: Aquele com o Mikey Mouse
Seis: Aquele em que há uma corrida para o céu
Sete: Aquele em que há um sapo morto
Oito: Aquele em que se vive em oração
Nove: Aquele em que o Gerard narra.
Dez: Aquele em que o Frank narra
Onze: Aquele com um encontro
Doze: Aquele em que garotos jogam videogame
Treze: Aquele em que a Pink Faggot aparece
Quinze: Aquele em que Gerard se sente amado
Dezesseis: Aquele em que se conta um segredo
Dezessete: Aquele em que não se diz adeus.
Dezoito: Aquele em que se respeita o meio ambiente
Dezenove: Aquele com arte cientifica
Vinte: Aquele com o Paraíso
Vinte e Um: Aquele com Take My Breath Away pt.1
Vinte e dois: Aquele com o Ieroween pt. 1
Vinte e Três: Aquele com o Ieroween pt.2
Vinte e Quatro: Aquele com os reflexos do tempo
Epílogo: Take My Breath Away pt. 2
Agradecimentos:

Quatorze: Aquele em que o Sr. Toro interfere.

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By vampierox

Atenção: Este capítulo possui cenas que podem despertar gatilhos em pessoas com sensibilidade à conflitos familiares. Por favor, se você sente que ler isso pode te fazer mal, pule a cena e a sua leitura não será prejudicada.

♕♕♕ 

  Gerard caminhava vagarosamente pelas calçadas enquanto fumava seu cigarro. Anteriormente, sua mente ocupava-se em pensar sobre o quão aquele simples ato poderia destruir seus pulmões vagarosamente de forma a que os efeitos apenas fossem sentidos quando sua idade estivesse avançada. Ponderou se deveria parar de fumar, porém, pensou se realmente viveria tanto. Continuou a fumar.

  Respirando fundo, Way balançou a cabeça, afastando aqueles pensamentos para dar lugar ao fato de ter dormido nas mesma cama que Frank Iero. Ele sorriu automaticamente. Frank o havia despertado com vários beijinhos por sua face e um abraço caloroso. Eles conversaram um pouco, gargalharam baixinho a fim de não acordar a mãe do baixinho e então se despediram com um longo beijo.

  Way sentia-se nas nuvens, havia dormido tão bem e acordara tão... Uau, sentindo-se amado.

  Aquela sensação boa passou como em um piscar de olhos quando o garoto avistou a faixada de sua casa. A grama, antes esverdeada, agora prestes a morrer, a caixa de correios aberta e sem qualquer correspondência, além de estar perdendo a cor, o local coberto por algumas folhas. Sentiu uma dose de melancolia tomar seu ser ao que se aproximava cada vez mais.

  Gerard respirou fundo ao que se apoiava na árvore em sua calçada, era através dela que o menino sempre conseguia pular o muro. Ele sabia que podia simplesmente pedir para que seu irmão abrisse o portão, mas não queria envolver o Way mais novo em suas confusões. Tudo o que Gerard queria para Mikey era uma boa vida.

  Subiu a árvore com um pouco de dificuldades, porém, consegui agarrar-se ao muro e, avistando que nenhum dos itens de jardinagem encontrava-se pelo caminho, pulou para o lado de dentro, repreendendo a sim próprio pelo barulho de sua queda. Sem perder tempo, Way caminhou até a porta dos fundos, abrindo-a com toda a calma do mundo para que esta não fizesse algum barulho.

  Seria uma pena se Donna já não estivesse em acordada, sentada em uma das cadeiras próximas a mesa com uma xícara de café e, de brinde, uma expressão nada agradável.

-Onde é que você estava? -A mulher questiona em baixo tom, porém, Gerard sabia que aquilo não significava calmaria.

  Céus, ele queria correr dali e nunca mais voltar. Queria se esconder nos braços de qualquer pessoa que o fosse proteger. Queria nunca mais sentir o ódio de sua mãe ser destilado contra si. Queria sentir o amor dela pelo ao menos uma vez. Ele estava estático.

-E-eu dormi na casa do Ray, o pai dele deixou que nós fizéssemos uma noite do videogame m-mãe. -Respondeu ao que adentrava a cozinha.

  Donna se levantou, porém, caminhando vagarosamente em direção ao menino.

-E você acha que pode simplesmente sair sem me avisar?! Sem a minha permissão?! Acha que as coisas funcionam do jeito que você quer, Gerard, hm?! Me responda!

-E-eu...mãe...eu fiquei com medo de te pedir e não conseguir a sua permissão. Não queria perder a única oportunidade de me divertir com meus amigos!

  A mulher segurou o rosto de Gerard, apertando suas bochechas com força ao que o encarava com ódio em seu olhar.

-Você é tão medíocre até mesmo quando mente. Me diga Gerard, por que é que faz esse tipo de coisa comigo? Por que não pode ser um garoto normal como qualquer outro? Por quê?!

  Em um empasse de ódio puro, Gerard, mesmo que com pouco força, empurrou a mulher para longe de seu corpo. Seu cenho encontrava-se franzido e ele respirava profundamente, as lágrimas correndo por seu rosto.

-Você quer mesmo saber?! Eu não sou a porra de uma pessoa normal pelo simples fato de que você fodeu com a minha cabeça desde sempre! Você nunca me apoiou em nada, nunca demonstrou carinho por mim, era sempre a merda da suas crenças fanáticas acima de tudo, sempre foi assim! -Gerard passou as mãos pelo próprio rosto de forma agressiva.- Você me matou, Donna, você arrancou de mim uma infância normal e me abandonou na porra de um colégio interno como se isso fosse o suficiente, como se isso fosse substituir tudo o que uma mãe faz por um filho! Eu odeio tanto essa merda toda e quer saber de mais uma coisa?!

-Cale essa merda de boca, Gerard! Você não sabe como é ter que...

-Não vou me calar e você pode fazer o que quiser, pode me espancar e até mesmo me matar, eu não ligo! A verdade é que você nunca foi a minha mãe! A minha mãe de verdade está morta e uma parte de mim morreu com ela! Foi ela quem sempre me apoiou, sempre me deixou ser uma criança comum e parte das coisas que eu sei, foi ela quem me ensinou! Você, Donna, apenas me ensinou a odiar o meu corpo, a minha mente e tudo aquilo que eu mais amava. Eu sou a porra de um viado, eu sei, mas eu prefiro ser assim do que a porra de uma pessoa que é incapaz de dar amor ao fruto de si própria! Eu não tenho culpa de nada aqui, eu não te pedi para nasc....

  Gerard fora interrompido por um tapa em seu rosto e então, uma série de tapas o atingiam em todas as partes de seu corpo. Doía, doía como o inferno, porém, a pior dor era em sua alma. Era a mulher que o havia posto no mundo. As agressões só cessaram quando Mikey, acordado pelos gritos de ambos, descera as escadas tropeçando em alguns degraus, afastou Donna de seu irmão, tentando acalmá-la ao que Gerard trancava-se em seu quarto.

  O mais velho estava alterado pra caralho ao que gritava desesperado e socava os travesseiros em sua cama. Ele decidiu que não aguentaria mais nenhum minuto se quer daquela merda. Com o celular em mãos, Gerard discou o número de Ray, sabia que o cacheado o podia ajudar.

-Gerard? Sabe que horas são?! -Ouviu a voz do cacheado soar.

-Vo-você tem que me ajudar. -Disse entre soluços.- O seu pai está em casa? Preciso voltar para o colégio o mais rápido possível. Ray, por favor, me deixa falar com o seu pai!

...

  O telefone de Frank começa a vibrar ao mesmo tempo que reproduz I Love Rock 'N Roll da Joan Jett em alto volume. O garoto, que tomava seu café da tarde sozinho na cozinha, viu o nome de Ray no visor e imaginou que o cacheado o estivesse convidando para outra partida de Dungeons and Dragons, o que seria maravilhoso, para ser sincero.

-Você não sabe o que aconteceu! -Ray diz em seu tom de voz mais assustado.

-Não sei mesmo! -Frank pensou em fazer uma piadinha, mas resistiu a vontade devido ao tom do amigo.- O que foi? Eu posso ajudar você?!

-Não, não é nada comigo, é com o Gerard! Ele e a mãe tiveram uma briga feia, daí ele ligou pra mim desesperado, tipo, muito desesperado, e conversou com o meu pai. Ele voltou para o colégio, Frank. Ele ainda está muito alterado, você precisa ficar com ele porque ele não me disse nada além do necessário e eu nem sei o que dizer em uma situação dessas.

-E-eu...Olha, eu vou arrumar as minhas coisas o mais rápido que puder e chego no colégio hoje mesmo. Avise ao seu pai e obrigado por me avisar, Ray!

-Por nada, cara.

  Assim que desligou o celular, Frank subiu as escadas em direção ao seu quarto, retirando seu pijama e vestindo-se com uma calça e a blusa que usara para sair com Gerard, além de seus sapatos. Aproveitou a estadia em seu quarto para, rapidamente, arrumar suas malas.

  Em seguida, o baixinho corre para o quarto de sua mãe, que lia um livro qualquer ao que encontrava-se deitada em sua cama.

-Mãe! Eu preciso voltar para o colégio agora! E-eu sei que as coisas finalmente estão boas entre nós dois, mas eu preciso ir. Tem uma pessoa precisando muito de mim, eu tenho que ir.

-Frank, passamos tão pouco tempo juntos, nem se quer fizemos algo com o seu pai. Por favor, fique!

-O meu pai não entra nessa equação, mãe! Se ele quisesse mesmo fazer algo conosco, abdicava de um dia ao menos naquela merda de empresa e se dedicaria à família! Olha, eu não quero ser rude e nem brigar com a senhora, mas eu preciso ir, além do mais, o ano letivo chegará ao fim rapidamente e eu irei voltar para casa.

  Houve um minuto de silêncio.

-Não acredito que irá me abandonar, como o seu pai... Eu sempre soube que ficaria sozinha ao envelhecer. -Ela diz em tom melancólico, porém, encarando-o fixamente nos olhos.

  Frank sentiu-se atingido, mas não da forma como sua mãe planejara. Ele apenas não acreditava que sua mãe o estava tentando manipular de uma forma tão baixa e suja como naquele momento. Estava certo, toda aquela bondade, a coisa sobre passarem tempo juntos, tudo aquilo não passava de uma manipulação suja.

-Você não vai conseguir, não dessa vez! -Ele disse ao que deixava o local.

  Frank retornou ao quarto apenas para pegar sua mala e celular, precisava ligar para um taxista e, felizmente, aquilo fora muito fácil e não custou muito. O rapaz passara todo o caminho angustiado, segurando-se para não chorar ou surtar ali mesmo. Precisava ser forte por ambos.

  Quando adentrou o território do colégio, Frank correu rapidamente para a sala da direção, sabendo que o Sr. Toro já o esperava.

-Onde ele está? Sr. Toro, eu preciso falar com ele! -Frank largou sua mala em qualquer lugar pelo caminho.- Ele está bem?!

  O diretor logo tratou de fazer com que Frank se sentasse em uma cadeira disposta à frente de sua mesa e, ao perceber que o menino estava inquieto e um pouco tremulo, o serviu com um copo de água gelada ao que pedia para que ele respirasse fundo.

-Frank, ele está na enfermaria agora. Ele estava muito alterado, chorava muito e até machucava o próprio rosto com as unhas. Nós achamos que fosse melhor deixar o Gerard sedado ou ele poderia acabar se machucando da pior forma. -A expressão no rosto do diretor era de pesar. -Filho, eu sei que vocês estão aqui por serem "problemáticos", porém, eu vejo um futuro em todos vocês, sem exceção, e eu peço que sempre que precisarem de ajuda, se quiserem conversar ou estiverem pensando em se machucar, venham até minha sala e eu tentarei ajudar vocês.

  Iero levantou-se, colocando o copo sobre a mesa. Ele sabia que, dentro do colégio, o Sr. Toro tinha fama de ser um homem rígido, porém, ao vê-lo na residência dos Toro, sabia que aquela pose apenas era necessária para manter a ordem no colégio. Frank caminhou ao encontro do homem e o abraçou, deixando algumas lágrimas tímidas escaparem ao que o ato fora retribuído.

-Obrigado, eu... Você não sabe como isso é importante para mim e eu sei que para o Gerard também.

  O diretor Toro apenas soltou-se de Frank quando o menino fez isso.

-Eu posso ficar com o Gerard? Por favor, diretor Toro.

-Vá Frank e lembre-se do que eu lhe disse.

-Obrigado, de verdade.

  Toro sorriu contido.

  Frank correu pelos corredores, buscando pela enfermaria cujo nunca havia visitado e, ao encontrá-la, teve um leve bate-bocas com a enfermeira responsável pelo lugar naquele dia, afinal, ela não o deixava adentrar o local e precisara ir até a direção para conseguir uma autorização.

  Gerard tinha os olhos levemente abertos quando Frank se aproximou do leito em que ele encontrava-se repousado, denunciando que não havia despertado a muito tempo.

-O que você está fazendo aqui? -Gerard questiona, a fala arrastada e quase incompreensível.

  Frank passou a mão pelo cabelo alheio, colocando-o atrás de sua orelha e sorrindo triste.

-Tive medo de não ver mais o seu rostinho lindo, Gee. -Frank responde, depositando um beijo na bochecha do mais alto.

-V-você vai ficar comigo?

-Não cometeria o crime de te deixar sozinho. Descansa, Gee. Vai ficar tudo bem, você não está sozinho. -Frank segurou a mão de Gerard, depositando um beijo nesta.- Eu amo você.

-Eu posso ver nos seus olhos. Eu te amo, Frankie.

  Frank passou o resto de seu dia ali, sentado em uma cadeira desconfortável ao que segurava a mão do mais alto e o assistia dormir. De alguma forma, a expressão de Gerard enquanto dormia naquele local era de como se ele estivesse bravo, não era como ele dormia normalmente.

  Mais tarde, quando a madrugada quase fazia-se presente e Gerard havia sido liberado, Frank o levou até o quarto em que dividiam. O baixinho ajudou Gerard com seu banho, a desembaraçar os fios de seu cabelo e vestir-se, além de ajudá-lo com outras coisas como sua alimentação.

  Agora eles encontravam-se deitados na cama de Iero e o braço do rapaz já estava dormente devido ao peso da cabeça de Gerard, que dormia agarrado a seu corpo. Vagarosamente, Iero removeu seu braço de debaixo da cabeça alheia e, depois de alguns minutos observando-o, pegou no sono também.  

♕♕♕

Alguém vivo por aqui? O que acharam? Achei que seria interessante reafirmar outra vez que o Gerard dessa fanfic é um reflexo de mim, inclusive nessa coisa de arranhar o rosto quando está com muita raiva. Eu espero que esse capítulo não prejudique a ninguém e, qualquer coisa, podem falar comigo, okay? Vejo vocês em breve. Kissus <3



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