Grávida do Príncipe

Bởi OrquideaNegra21

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Uma simples jovem enfrenta vários dilemas em sua - antes pacata - vida. Uma série de acontecimentos em sua v... Xem Thêm

Capítulo 01
Capítulo 02
Capítulo 03
Capítulo 05
Capítulo 06
Capítulo 07
Capítulo 08
Capítulo 09
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19

Capítulo 04

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Bởi OrquideaNegra21

POV. FELIPE

Resolvi esperar a poeira baixar — vulgo "resolver todas as minhas questões pendentes da realeza" antes de encontrar Kristal e tentar um acordo com ela.

Mas, como um pequeno tolo que sou, não contei com a astúcia e rapidez que a minha mãe, rainha Verackly, não fosse notar nada.

Quero dizer, até pensei que ela fosse notar algo. Não DESCOBRIR TUDO!

   — E então, Felipe? O que tem a me dizer sobre ter sido drogado? E por ter engravidado uma desconhecida? — ela perguntou diretamente, colocando fotos na mesa e tudo. — Não tão desconhecida, já que sei que ela atende por Kristal, classe baixa, trabalha de garçonete e trancou a faculdade por falta de dinheiro para as mensalidades.

Respirei fundo. Eu sabia que teria que conversar com ela. Mas não imaginei que seria assim tão cedo.

Meu plano era contar tudo depois de alguns meses. Digo, quando meu filho nascer. Já até tinha pensado na frase de efeito "mãe, olha seu neto, podemos ficar com ele?"

Pena que não saiu como planejado.

   — É, mãe. Tem um pouquinho da sua herança genética dentro daquela mulher. Mas, já aviso. Somos inocentes dessa história. Eu vou me encontrar com ela e chegar num acordo.

   — E se ela for apenas uma golpista, vossa alteza? — o conselheiro murmurou.

O encarei feio. Esse cara é um intrometido.

   — Antes que continuem, acredito que ela não é esse tipo de pessoa. Mãe, acredita que ela me DEU dinheiro?! Ela achou que EU era o garoto de programa! — resmunguei.

Minha mãe abriu o leque, escondendo seu rosto. Eu tinha certeza de que ela estava rindo e só não queria que eu visse.

   — Enfim, eu tive uma ideia, Felipe. — ela murmura. — Não é bem uma ideia, já que é apenas protocolo real.

Ela respirou fundo.

   — Você vai se casar com ela.

Meu queixo caiu e senti o conselheiro o levantar. Novamente, meu queixo caiu.

   — Mas...!

   — Felipe, querido, mesmo sobre influência da droga, você desposou uma moça pura. — contou, se servindo de chá. — Agora, por carregar um membro real em seu ventre, ela deve fazer parte da família real.

Respirei fundo.

   — Isso vai servir para colocar você nos trilhos. Eu sabia que essas suas escapadinhas iam apenas te atrapalhar futuramente. — suspirei. — Por ser meu primeiro filho, você é o herdeiro, Felipe. E, por ter engravidado uma moça, a criança em seu ventre vai ser seu herdeiro. Mas, para a corte, só será aceito se estiverem num matrimônio. Portanto, para que tanto a mãe, quanto a criança sejam respeitados no futuro, vocês devem se casar. Fora que não quero meu neto longe de mim

Ela tinha razão. Assim que o público soubesse da gravidez de Kristal, ela sofreria represálias e meu filho seria chamado de "bastardo" por toda a vida.

   — Sabe que não posso devidir isso sozinho, mãe. Vai depender de Kristal, também. — falei.

   — Por favor, Felipe. Quem não quer se casar com um príncipe? Você têm boa aparência, uma boa vida e pode dar tudo o que ela e a família dela desejar!

   — Ah, ainda bem que me lembrou. — avisei. — Ela não sabe que eu sou príncipe. Para ela, eu sou um enfermeiro da clínica que ela fez exames recentemente.

Minha mãe ficou em silêncio por um tempo.

   — A gravidez alcançou quantas semanas? — perguntou, de repente.

   — Creio que três ou quatro semanas.

   — Então, não há volume. — ela murmurou para si mesma. — Filho, quero que veja até onde ela sabe. Podemos descobrir se ela é mesmo uma pessoa sem informação sobre você ou se é uma golpista fingindo. Será bom até mesmo para você conhecê-la melhor.

Suspirei.

Isso não vai dar bom.

***

  Minha mãe teria vindo comigo se não fosse por seus deveres. Encarei a casa simples à minha frente e apertei a campainha. Eu sabia que Kristal estaria em casa naquele horário. Em pleno sábado, eu decorei seu costumeiro itinerário.

   — Já vai! — escutei sua voz. Um sorriso brotou em meu lábios enquanto meu demôninho interno murmurava um "por que não incomodar"?

Apertei a campainha novamente.

   — Eu já estou indo!

Esperei alguns segundos e logo apertei a campainha novamente.

   — Um segundo!

Um. Apertei.

   — QUE MERDA, NÃO PODE ESPERAR A PORRA DE UM MINUTO?! — ela berrou, abrindo as portas e me encarando.

Nunca mais escuto meu demônio interior.

A olhei de cima à baixo, notando um lençol enfiado na gola de sua camisa, fazendo uma capa ao seu redor.

   — Bom dia, flor do dia. — murmurei, entrando na casa. — Vim visitar a mãe dos meus filhos.

   — Olha, já vou avisando que estou ocupada. Dá seu jeito de se aventurar pela casa. — ela conta.

   — Você trata todas as visitas assim ou é só eu? Como vocês estão?

Ela suspirou.

   — Eu estou bem. E ninguém nessa casa sabe sobre ele. — ela sussurrou, ameaçadora. Notei que ela ressaltou o ele, especificando nosso filho. — Vamos, eu vou te mostrar a casa. CRIANÇAS, FILA!

   — Quem você está chamando de crian...?! — ia retrucar quando vi uns cinco seres minúsculos correrem até ela. — Crianças?!

   — Tia Kris, pá quê fazê fila? — uma menininha perguntou. Achei adorável seu tom de dúvida com as palavras erradas.

   — Vamos passear pela casa. — disse ela, com um sorriso no rosto. — Mas, tem que ser em silêncio. Existem dragões e serpentes ferozes que atacam ao ouvir o menor barulho. O único lugar seguro é a garagem. Temos que voltar todos sãos e salvos até lá. Combinado, aventureiros?

   — SIIIIM!!!

   — Tia Kris, quem é esse cara?

   — É o momolado da tia?!

   — Ele é um conhecido meu. Ele veio derrotar os monstro e ajudar a salvar vocês. — ela respondeu, sorrindo de forma maléfica.

   — Eu vou? — gaguejei. — Sim. Eu vou.

As crianças sorriram.

Kristal foi nos dando as instruções para andar pela casa. Ao entrar na sala, nos deparamos com a enorme Titanoboa. Era só uma daquelas cobras de areia para segurar as portas, só que gigante.

Fingi que lutava contra a enorme cobra de brinquedo e a virei de barriga pra cima, limpando um falso suor.

   — Oh, não! O cavaleiro foi picado pela terrível Titanoboa! Ele precisa do beijo da donzela guardiã para ser curado! — contei, vendo Kristal revirar os olhos. — Vamos, crianças! Temos que convencê-la!

Depois de muitos gritinhos, Kristal deu seu beijo de cura na minha testa. Logo, subimos as escadas com cuidado. No topo da escada, entrando nos corredores para os quartos, encontramos ele, o tão assustador Fantasma das toalhas molhadas!

   — Oh, não, crianças! Rápido, entrem na barreira da donzela guardiã! Vou proteger você! — Kristal murmurou. — Se o Fantasma tocar em vocês, todos irão virar zumbis de toalha!

Entrei no joguinho dela e deixei que aquela maracutaia de fantasma que ela criou encostassem em mim. Então, me cobri com uma toalha enquanto fingi estar me transformando num zumbi de toalha.

   — AAAAAH!!! — as crianças gritaram quando avancei na direção delas.

Mas Kristal ficou na frente. Tentei entrar nas falhas de sua barreira feita com o lençol esticado como asa.

   — Crianças, ele é muito forte. Não vou aguentar por muito tempo... — ela fingiu perder forças e caiu no chão. — Preciso que um de vocês pegue o Taco de Beisebol da Vida. Se acertar o zumbi de toalha, ele volta a ser um humano.

   — Eu peguei, tia! Eu peguei! — o menino mais baixinho murmurou.

Eu nem vi de onde esse garoto saiu. Só senti ele bater aquele taco na minha perna.

Sabe aquela famoso formigamento parecido com um bug no sistema? Pois bem. Segurei um grito de dor. Mas, logo, deixei escapar quando esse menino acertou meu traseiro.

Me livrei da toalha.

   — Viu, tia! Eu salvei ele! — o pequeno comemorou.

Ergui ele nos braços.

   — Chuta o fantasma!

E ele deu uma bicuda no terrível fantasma.

As crianças comemoraram. Logo, terminamos de explorar os outros lugares. Voltamos para a cozinha no fim. Estava um menino armado com o taco de beisebol, uma garotinha com uma varinha mágica dos padrinhos mágicos, um garoto com um escudo e outro com uma marreta do Chapolim Colorado.

   — Crianças, chegamos ao final da batalha. O último chefão é o mais forte. Vamos ter que usar as Asas Divinas. Mas ela está do outro lado da sala. Eu vou buscar e você vai usar as asas. — Kristal disse, afagando os cabelos loiros de uma garotinha. A menor de todos ali. — É um poder muito forte que pode curar e aumentar as forças da sua equipe. Use com sabedoria, pequena.

   — Chim, senhora! — ela afirmou.

   — Temos que entrar em silêncio.

Vi que Kristal pegou um controle e apertou um botão, fazendo muitas bolhas de sabão brotarem.

   — Lutem, crianças! Essas bolhas vão engana-los e distrair do inimigo! — contou.

As crianças começaram a lutar contar as inúmeras bolhas, se divertindo. Me distrai e quando dei por mim, tinha uma caixinha soltando um som. Eu sabia bem o que era.

Então, apenas sorri ao ver Kristal com as asas de anjinho nas mãos. Daquelas caixas de surpresa, saiu uma lagarta verde que encostou na Kristal que desligou o produtor de bolhas.

   — Tia! — as crianças gritaram.

   — Aqui... as asas... — deu para a garotinha. — Nos cure para derrotar esse inimigo. Precisamos de você!

A menininha fez uma cara de choro e a ajudei a arrumar as asas em sua costa.

   — Todo mundo tá bem agola! E muito muito fote! Vamos lutaaaa!!! — ela gritou.

   — Eu me sinto mais forte. Podemos vencer! Vamos criança! — Kristal disse.

Fingi atacar o objeto várias vezes enquanto Kristal correu para tampar a caixa.

   — Conseguimos selar o inimigo! Eeeeee! — ela gritou, junto com as crianças. — Agora,vamos comer alguma coisa. Seus pais já devem estar chegando.

   — Aaah...

   — Vamos, vamos.

Na cozinha, ela fez pequenos lanches de pão, presunto e queijo. Para beber, chocolate com leite. Era simples, mas comi com o maior prazer. Ela fazia as coisas com carinho e as crianças lutavam por sua atenção.

Me peguei olhando para seu ventre.

É, filho. Sua mãe é uma boa mamãe pra você.

Aos poucos, as crianças foram embora com seus responsáveis, levando os brinquedos que conquistaram hoje com eles. Obviamente ela não deu o taco de beisebol para o menino, mas lhe deu uma luva de beisebol. Segundo ela, era a Destruidora de Ataque.

   — E eu? Ganho presente também? — perguntei. Ela pareceu lembrar de algo.

   — Um minuto. — ela saiu e, ao reaparecer, estava com um potinho em mãos. — É uma pomada. Sua perna deve estar roxa.

   — Ah, sim. — peguei o item. — Obrigado.

   — Enfim, o que veio fazer aqui? — ela perguntou.

   — Eu falei que viria te procurar. Temos muito o que conversar. A criança, nós...

Ela suspirou fundo.

   — Eu não vou impedir que participe da vida do bebê. É um direito seu. Mas, se está pensando em oficializar algum relacionamento ou algo do tipo, desconsidere. — ela murmurou.

Eita que o plano de mainha foi por água abaixo.

   — Algum motivo especial?

   — Aquele foi um dia horrível pra mim. — ela comenta. — O dia em que nos encontramos no bar. Eu havia trancado a faculdade porque perdi o emprego e meu noivo estava se pegando com a minha irmã. Eu só fui no bar para me desestressar e tudo só piorou. Cansei de problemas. Eu só quero me formar, ter o meu sucesso na vida e viver em paz com o pequeno ser aqui dentro.

Suspirei.

Mainha não pode dizer que eu não tentei.

   — Bem, me deixe notificado das consultas do bebê. Quero saber tudo sobre ele. Ainda bem que o universo conspirou ao nosso favor e estamos juntos pelo bebê desde o início da gravidez. Com licença da palavra, eu ficaria puto se só tivesse a chance de acompanhar os últimos meses da gestação.

   — Por que acreditou tanto em mim? — ela perguntou. Prcebi que ela é direta igual minha mãe.

   — Você não me parece ser o tipo de pessoa que mentiria para tirar proveito dos demais. — falei. — Bem, descanse um pouco. Vou separar os brinquedos e guarda-los. Aliás, por que você têm tanto brinquedo?

   — São da minha infância. Então, nos meus dias livres, eu inventi algumas estórias para chamar as crianças. Com isso, elas criam um elo com o brinquedo e terão suas próprias estórias em suas casa. Resumindo, eu saio doando as coisas. Tinha bem mais, só que eu entreguei para o pessoal da adoção.

Ela quase não tem nada. Mas tenta fazer a diferença na vida dos pequenos. É um gesto muito nobre.

   — Você é incrível... — murmurei.

   — Percebeu isso só agora?

   — E convencida que dói!

Rimos.

A campainha tocou e ela foi atender. As pessoas que a acompanhavam na clínica estavam ali. Ao me notar, eles iam fazer uma reverência. Neguei desesperadamente com a cabeça e com as mãos e eles entenderam que não era pra fazer.

Kristal foi tomar um banho e seus amigos ficaram na sala comigo.

   — Bem, alteza... — o rapaz ia dizendo.

   — Podem me chamar de Felipe. Não estou como um membro da família real. E, por favor, não tentem agir como se eu fosse diferente.

   — Eu ainda não confio em você. Então, me deixe te contar uma coisinha. — a amiga dela disse, se aproximando. — Eu quero sonhar que você derrubou UMA lágrima dela e eu juro que corto suas bolas douradas fora. Aliás, sou Aria, prazer.

   — E eu sou Natanael. O dono do bar em que tudo isso começou.

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