Wonka

By MateusAugusti

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By MateusAugusti

Em alguma cidadezinha, próxima da capital Londres, ainda era possível sentir os gases e o céu cinza da capital. Era um inverno rigoroso até mesmo para os mais frientos de toda Inglaterra, a neve cobria e chegava facilmente em meio metro se não retirada, no centro era mais rasteiro, mas em partes mais pobres, era fácil encontrar crianças e cachorros enterrados na neve sem saber como foram parar ali...Ah, o ano era em algum momento entre 1960 e 1970, um ano perdido entre a guerra fria que ocorria a todo vapor. Propagandas anticomunismo tomavam os murais da cidadezinha, era um domingo nervoso, via-se poucas almas vagantes nas ruas, vez ou outra iam visitar o padeiro, ou o leiteiro passava e deixava leite azedado em suas portas, ou um garoto e sua bicicleta que arremessava jornais nas portas e nas cabeças dos desatentados

Destacando de tudo de diferente na Grã-Bretanha da época e da região, entre as poucas almas bravas que se aventuraram no rigoroso frio de um domingo, duas delas conversavam em frente a um cercado de cimento que cercava uma área quase do tamanho do centro da pequena cidadezinha, um semblante de um velho com a cara queimada pelo frio esfregava as luvas de frio e tossia com um charuto na boca, enquanto negociava com uma silhueta vermelho-vinho de um rapaz jovem e alto com uma cartola estilosa e uma bengala, o jovem não expressava reação nenhuma pelo vento e frio, mal lhe percebeu que suas botinas se enchiam de neve, sua pele era branca como os flocos que voavam pelos frios ventos da cidade, o velho ao seu lado acendeu um fosforo e cuidadosamente reacendeu o charuto, ofereceu para o rapaz que negou

-É esse o lugar que eu te falei... é o melhor da região, você só acha um desses na área industrial da capital por mais de 20 milhões

-Dinheiro não é problema – respondeu o garoto de forma rápida, confundindo o velho

- Quase 1Km de metros quadrados, da pra fazer um grande alojamento, daria um bom lucro, além de que, nossa cidade recebe emigrantes da capital, seria um ótimo investimento

-Por que não construímos câmaras de gás e fazemos igual nosso alemão na segunda grande guerra? – responde rapidamente o rapaz de maneira sarcástica, surpreendendo o velho

-Conhece a grande guerra? Você não parece ter menos de 30 anos garoto – o velho olhou torto para o jovem

-Meu pai lutou na segunda guerra – essas palavras pareciam ter escapado da boca do jovem, o charuto do velho havia se apagado de novo, o rapaz tirou um isqueiro do bolso e se ofereceu para acender

-Onde estão seus pais? – o garoto não respondeu e continuou a admirar o terreno baldio – Se me permite contar minha história, sou filho de uma sapateira belga com um joalheiro inglês, nunca conheci minha mãe, ela morreu no parto, e meu pai está em um asilo de repouso na capital – ele olha para o rapaz e diz – Já que eu contei minha história, você poderia contar a sua, vai ver eu tenho empatia por você e diminua o preço

-Já disse que dinheiro não é um problema – o velho bufa e o garoto começa

-Nunca conheci minha mãe, ela saiu de casa e me deixou com meu pai, um renomado dentista de algum lugar além da capital quando eu ainda era uma criança... – o velho fica em silencio esperando o resto da história que o garoto guardava para si

-Ta mais onde eles estão?

-E isso importa? – os dois ficam em silencio, o velho retira o charuto e solta uma nuvem de fumaça que é carregada pelo vento, um grupo de o que parece crianças ou adolescentes baixos passam pelos os dois, curioso, o velho questiona-o

-O que pretende construir aí? Tem espaço para umas 3 clinicas odontológicas ou se duvidar umas 4~

-Uma fábrica de chocolate – o velho se vira surpreso com o garoto que o encara pela primeira vez e continua -Uma fantástica fábrica de chocolate!

-Meio incoerente julgado pela profissão de seu pai

-Meu pai é passado, eu sou meu futuro

-E quem são os anões? – o rapaz sorri, mostrando seus dentes brilhantes como perolas

-São Oompa-Loompas, é obvio

-"Umpa" o que?

-Não vem ao caso, é irrelevante – o velho bafora de novo seu charuto e o apaga na enorme mureta de concreto com propagandas antiguerra pichadas

-Bem, já que não temos mais o que conversar, vamos falar de negócios, o senhor vai comprar?

-Sim... na verdade eu fechei contrato com seu agente a 2 horas antes de vir aqui – isso surpreende o velho que estende a mão, fascinado pelo garoto e diz

-Então temos um acordo, Sr ...

-Wonka... Willy Wonka – os dois apertam as mãos, o velho da uma risada e diz

-Ok então... Sr. Wonka, espero que faça bom uso de meu terreno – o velho se vira e vai embora, deixando seu charuto para ser enterrado pela neve que vinha, Willy tirar o chapéu para o velho a distância e diz

-Veremos

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