POR TRÁS DA GRANDE MÁFIA | jj...

shawnillusion

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(Em hiatus) O mundo está em alarme. Nunca se viu uma volta tão grande de tráfico e ameaças a governos após a... Еще

avisos.
I. El plano.
II. el primer día
III. gatito
IV. beijinhos franceses
V. Chile
VI. jugando tu juego
VII. aceptación y resistencia
VIII. ¡Maldita sea!
IX. El descubrimiento
X. comerciar o matar
XI. balas de canela
XII. celoso
XIII. codicia
XIV. KRAP-4
XVI. No me decepcione.
XVII. el pasado
XVIII. Agente Park.
XIX. muerte.
XX. "cadê o senhor jiminnie?"
XXI. comerciar o matar. Parte 2: Somos elétrons e prótons.

XV. date? date!

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shawnillusion

Música recomendada para leitura do capítulo: Heartburn - Wafia.


              Usem #LosSeguines no tt.

🇪🇸

Por todas as situações que Park Jimin tinha imaginado em sua mente nenhuma delas envolvia Jeon Jungkook, o poderoso bilionário da Espanha, um dos homens mais temidos e grande Chefe de uma máfia em sua porta.

O Agente olha para todo o apartamento e lá estava o quadro da investigação. Se lembrou da sua visita na boate e respirou fundo.

Era apenas fingir o mesmo personagem.

— Espere um minuto! — Exclama contra a porta. Os pés se movimentam o mais rápido possível para esconder o quadro atrás do guarda roupa e verificar se não haveria nada que denunciava algo suspeito.

As pantufas trilham um caminho para a porta, a chave gira e a porta se abre no mesmo momento que o dedo indicador do mafioso estava indo de encontro à campainha novamente.

Os olhos castanhos de Park verificam o conjunto que acompanhava a silhueta do mafioso.

Diferente da manhã, o corpo estava com uma blusa de gola alta e mangas que estavam escorregadas até a metade dos braços revelando as tatuagens no braço. O piercing no canto da sua boca como sempre reluzia, aquela noite ele optou por usá-lo, era como um tiro no peito de Park.

Nas mãos de Jungkook algumas flores, elas não estavam dispostas de uma maneira tão bonita, estavam quase mortas, sem muita cor. E na outra, uma sacola amarronzada.

Os olhos do mafioso se mantinham no rosto do róseo até que as orbes se encontrem e Jungkook ficou em silêncio, esperando alguma reação de Park que não fosse uma face neutra.

Até que o róseo franze o cenho, pousando a cabeça na porta velha confuso.

— Então...são três da manhã. — O diálogo foi iniciado pelo róseo que agora passava todas as suas palavras de manhã ditas pela sua cabeça.

— E eu quero...E-eu quero...— Aquilo era difícil de se dizer. Nunca foi dito antes.

Jimin olha o mafioso fixadamente tentando o encorajar terminar a frase dita.

— Eu quero dizer...

— Olha, eu não quero te apressar, mas são três da manhã, Jeon.

— Perdão. — Aquela única palavra saiu tão rápida quanto a luz, mal o cérebro ainda lento pelo sono de Jimin conseguiu captar, mas foi entendido depois de segundos.

O mafioso comprime os lábios. Aquilo era a coisa mais difícil de se fazer. Mais difícil que pensava, o dava a sensação de estar se humilhando por alguém, pela atenção de alguém e aquilo nunca aconteceu.

Mas agora já estava ali e não iria correr.

Jimin por sua vez umedeceu os lábios olhando para seus pés, depois para o Espanhol.

— Pelo o que? — Jimin queria escutar mais um pouco.

— Porra, Park. — O mafioso fala baixo desviando seu olhar para o teto do apartamento, em seguida, volta seus olhos para o rosado que continuava o olhando como se exigisse a resposta. — Eu já disse.

O mafioso tenta escapar daquela situação novamente e Jimin ergue uma das sobrancelhas tirando sua cabeça da porta.

— Tá. Boa noite, sim? — O agente também não queria ouvir. Ele sabia que não iria manter a sua razão agindo por muito tempo, ele sabia.

Ele fecha a porta mais rápido que consegue, até mesmo emitiu um barulho da madeira batendo alto na fechadura, para uma despedida. Park suspira com aquele clima dramático que se criava e passa as mãos pelo rosto.

Eram só 03:47 am.

— Park. — A voz abafada de Jungkook pela porta chamou atenção e ele se virou novamente para a madeira. - Eu nunca fiz isso, eu nem sei porque eu me importo tanto com você dessa maneira, mas eu...Eu coloquei a minha cabeça no travesseiro para dormir e...

As frases eram demoradas. Denunciavam uma relutância pela parte do Espanhol de estar dizendo aquelas palavras, e de fato era uma batalha contra seu próprio ego.

Um suspiro alto foi ouvido antes de voltar a ouvir a voz firme do mafioso.

— Eu não consigo. Eu não consigo parar de pensar em você. No seu choro, no maldito choro, porque droga você tem que chorar? — Jungkook parecia estar tendo uma conversa consigo mesmo naquele momento.

Jimin apenas ouvia, estático.

— É, você fez o favor de chorar, me senti culpado, porque eu sou. Eu sei. A droga da festa inteira eu pensei em você, e para piorar serviram uma bebida cafona com um algodão doce rosa, igual o seu cabelo.

E mais uma pausa, Jimin mordiscava o lábio inferior contendo o sorriso que tentava se sobressair ouvindo aquelas palavras nada bonitas.

— Eu só vou dormir se você abrir essa porta, olhar nos meus olhos e me chamar de todos os nomes possíveis, igual você sempre faz. Só abre essa merda, eu estou me humilhando por você, Park.

E um momento de silêncio se instalou.

Jimin fecha os olhos se martirizando por ter gostado de um discurso tão mal construído, aliás, ter gostado de tão poucas palavras.

Relutava com o que faria, mas escolheu abrir a porta.

Porque? Porque era Jeon Jungkook.

No fundo, ele sabia disso. Não porque tinha que seguir um personagem.

— Pensei que estaria de joelhos. — Jimin proferiu, brincando com a situação.

Entretanto, Jungkook rolou os olhos colocando as mãos na calça pronto para se ajoelhar por Jimin sem dizer nenhuma palavra.

— O que? — O rosado percebe o que o espanhol estava pronto para fazer. — Não, não, Jungkook, não se ajoelhe.

Interrompe a ação que olhou confuso se recompondo novamente.

— Eu estava brincando. Você bebeu? —  Indaga o rosado. Ainda olhando para o mafioso que segurava as flores e sacolas em uma mão dessa vez.

— Um bom gole de whisky, mas foi para tentar dormir. Para vir eu precisei de uma insônia e tentei trazer até flores.

O mafioso tenta convencer o rosado mostrando as flores murchas.

— Em que tipo de cemitério você tirou essa flor? — Indaga o róseo tomando as flores da mão do Espanhol que limpa a garganta antes de contar a verdade.

— Eu roubei da mesa de decoração da confraternização da faculdade que eu estava. Era para ser para a Gaia, mas eu lembrei que ela não gosta de ganhar flores, então deixei no carro e lembrei de você. — Confessou do porque estavam tão maltratadas. Jimin quis rir da maneira que o mafioso ficou sem jeito para contar, soltando uma risada enquanto negou com a cabeça, para o alívio do Espanhol.

— Entra. — Decide dando passagem para o mafioso que entra naquele apartamento, talvez do tamanho de sua sala, ou menor.

Seus olhos varrem o apartamento, até se virar para o Park que estava com as costas na porta o olhando mordiscando os lábios inchados com seu olhar nos próprios pés parecendo pensativo, em seguida, olha o Espanhol de volta.

— Jungkook, eu sei que...Talvez eu fui o sexo mais fácil que teve esses últimos dias, mas, não precisava de um teatro para isso. — Foi direto. Aquilo fez o mafioso franzir o cenho.

— É fácil ter alguém que vê todos os dias na sua cama, mas eu disse para você que não vou participar do seu rodízio. Agradeço as flores quase mortas, pelo menos fez jus ao pedido de desculpas, mas não adianta tentar. — Continua dando uma pausa para deixar as flores na mesa de centro.

Park estava sem acreditar em Jungkook.

Um homem como ele não iria fazer algo parecido em sua porta apenas pelas suas desculpas, era isso que Park pensava.

Mas ele estava errado.

— O que você está fazendo? — O discurso de desabafo vira uma indagação confusa quando vê o mafioso tirar do bolso uma tiara vermelha.

Nos cabelos de Jungkook estava uma tiara de enfermeira, assim como o de fantasias e o que deixava cômico era a expressão convicta do que estava fazendo.

Park Jimin passou as mãos pelo rosto e depois no seu cabelo despenteado soltando risos silenciosos.

— Jungkook, você bebeu? É sério, o que você está fazendo? Eu disse que está tudo bem, só ir embora, porque de manhã eu tenho que trabalhar. Não é todos aqui que nasceram com o privilégio de herdeiro.

Ou de ser de uma máfia, mas não era privilégio, pensou Park.

Ao contrário do que o róseo esperava, o Espanhol avançou um passo para frente.

— O dia que você estava bêbado e drogado na nossa viagem no Chile você disse que estava me imaginando com uma fantasia de enfermeira e riu. — Ele relembra e Jimin umedece os lábios sentindo um arrepio que levantou todos os pelos existentes em seu corpo. Não porque lembrou do Chile, mas o que aconteceu após da viagem.

— Eu quero que ria, de mim. Ou brigue comigo me pedindo para ir embora, e você sabe que não irei, porque eu não consigo tirar o seu choro da minha mente. Não importou o quanto eu tentasse dormir, eu poderia estar entortando garrafas até cair, ou transando com outra pessoa para me distrair.

E então Jeon avança para Jimin. Com certeza estar se abrindo para alguém não fazia parte de seu perfil.

Sentia a sua garganta até mesmo arranhar com o inusitado.

Jimin tinha esse privilégio.

— E eu não quero. Eu pensei em desviar o caminho do seu apartamento, não pense que não pensei, mas...Você não merece ser machucado ou chorar por mim. Eu só quero que você diga algo, igual antes.

Ele quase suplicava. Pela primeira vez, em toda sua vida, estava sendo completamente sincero.

Algo dentro de si o dizia algo: Sua mãe estaria orgulhosa. O seu Kookie, o seu querido Kookie transparecia brilho nos olhos negros que antes só transpareciam vazio, mágoa e raiva. Naquela noite reluziam com outros sentimentos.
Não eram um dos melhores sentimentos, mas afloravam uma parte humana. Não um assassino, não um mafioso invencível, ou o bilionário Jeon Jungkook.

Apenas Jungkook.

Park Jimin por sua vez estava parado no mesmo lugar. Aos poucos, as palavras faziam sentido em seu cérebro.

Seu peito gritava. Um verdadeiro declínio no personagem.

— Você é tão brega, Jeon. — Jimin quebra o silêncio rindo nasalmente tirando um sorriso do mafioso, um sorriso aliviado.

O róseo se aproxima do maior, levantando suas mãos para tocar na tiara de enfermeira, a tirando.

Os olhos negros acompanharam o sorriso divertido do róseo.

— Eu confesso que mesmo drogado eu tenho um ótimo gosto. Você fica uma gracinha de enfermeiro. — Os braços pousam nos ombros do maior que rola os olhos sorrindo. Um sorriso iluminado.

— Uma gracinha. Só isso? — Seu sorriso sacana invadiu os olhos de Jimin e o maldito piercing reluziu.

— Não comece, Jungkook. Achei que estava aqui para me fazer feliz, não para aumentar seu ego. — Repreende o menor, mesmo que não estivesse de fato desagradável aquela fala.

Jeon Jungkook para Jimin era uma verdadeira definição de perda. Uma perda completa de modéstia em termos de beleza.

— E estou. — Fala como se fosse o óbvio. Suas mãos rondaram a cintura do seu róseo. — Sua atenção é aumentar meu ego.

— Vai começar uma frase brega de novo? — Jimin tentava fugir de palavras bonitas com humor. Obviamente ele adorava as falas bregas, o único problema eram as consequências que elas tomavam sobre si.

— Escute, Park. — Ignora a interferência de Jimin.

— Depois de mim, da minha conta bancária e minha filha, você é a coisa que mais quero a atenção em toda minha vida. E você está olhando para mim nesse exato momento, então, quer dizer que consegui novamente.

O Espanhol tinha poder e segurança em dizer o que conseguia, inigualável.

Jimin permanecia calado. Gostava de ver os lábios de Jeon se movimentando e ainda mais quando o assunto o interessava.

— Katarina é uma amiga, já fizemos sexo, mas não mais, não depois de ver que um...

A fala que iria continuar fluída se perde um instante, como se estivesse se recordando de algo que o deixou pensativo por alguns segundos enquanto olhava o rosto de Jimin que aguardava.

— Um. — O róseo encoraja e Jungkook engole em seco, mas prossegue.

— Homem. Um homem. — A reafirmação fôra mais para si do que para o rosado. — Baixo e de cabelos rosas é o único corpo capaz de me deixar usando tiaras de enfermeira só para fazer ele rir. Além de rebolar no meu pau muito bem.

— Porque você não consegue manter o romantismo por muito tempo? — Jimin gargalha pela última fala cabisbaixo a fim de esconder as bochechas vermelhas.

Ele adorava rebolar para Jeon Jungkook, era verdade.

— Porque eu não sou romântico, gatito. Eu tento. — A mão do mafioso vai ao queixo do menor para vislumbrar o rosto angelical.

— A sacola fez parte do roubo ou da tentativa de ser romântico? — Park pergunta.

— Ah, sim. — Jungkook se relembra da sacola de papel. — Vamos ter um...Um date.

O mafioso ainda prendia o corpo do menor entre seus braços que rondavam a cintura.

— Um date? — A pergunta soou surpreso. Se recordava que tinha confessado nunca ter tido nenhum encontro.

— Aprendi essa palavra ouvindo Barbie com a Gaia. Os desenhos animados de hoje em dia estão ótimos para nos manter dentro da linguagem jovial.

Aquilo fez Park gargalhar de volta.

— Seu velho. Por isso é tão brega assim. — Jimin provoca olhando para os olhos negros que o olharam de cima a baixo.

— Vamos tirar a prova essa ideia depois, hm? — Jungkook umedeceu os lábios, deslizando as mãos para dentro da camiseta do róseo transmitindo carinhos na lateral da sua cintura, olhando para a reação de Park que foi automaticamente se aproximar mais e olhar a sua boca.

Sabia que aquela era a expressão que Jimin fazia quando estava com segundas intenções. Como Jeon o chamava, exatamente como um pequeno demônio insaciável.

— Mostrando o meu documento. — Jeon quebra as expectativas, recebendo um olhar desentendido.

— Ah, o documento. É claro. — Ele tentava se recompor dos pensamentos que invadiram a mente, ouvindo a risada do Espanhol jogando a cabeça para trás.

— O que você achou que faríamos, Jimin?

— Nada, eu só gosto do seu perfume, eu tive que me aproximar mais. — Uma grande mentira que deixava nítido que era. — É claro que eu pensei no documento.

Não era de todo uma mentira.

— Só do perfume. Tudo bem, eu acredito por hoje. — Suas mãos saem da cintura do menor que se vira para a sacola, olhando para Jeon que o deu permissão com o olhar para abri-lá.

— Bolo de chocolate. — Jimin sorriu de orelha a orelha.

— E uma chave de carro. — O mafioso tira a sua chave do bolso. Novamente surpreendia Park que olhou o relógio e depois para o apartamento.

—  Não vamos fazer isso aqui?

— Park, eu sou o primeiro homem que levou você a um encontro. Eu faço questão de fazer os seus padrões de encontros serem no mínimo altos. — O tom elegante do homem fez todas as células existentes de Jimin gritarem.

— Eu estou de pijamas, Jungkook.

— Está na minha cidade, Jimin. Só pegue um casaco, eu programei um lugar para caso você estivesse ainda muito estressado e quisesse me chutar.

Em poucos meses, Jungkook já conhecia Jimin em seu puro estado de essência.

— Tem certeza que pensou em tudo isso só enquanto estava com insônia?

— E enquanto você batia a porta no meu rosto. Vamos, señorito, o nosso tempo é precioso. — Jungkook estende a mão para o róseo que aceita sorrindo e anda para o cabide na porta que segurava alguns casacos e cardigans. Park escolheu seu cardigan, estava começando a gostar deles.

Como uma criança feliz se vira para Jeon que recolhia a sacola com o bolo de chocolate e quando coloca os olhos no menor mostrando seu cardigan junto a pantufas peludas pretas, sorriu.

Nunca Jungkook sorriu tanto.

Não conteve a vontade de ir até o rosto do menor e deixar ali um beijo na sua testa.

— Você é como arte, Park Jimin. — O típico elogio que Jimin já tinha ouvido algumas vezes o deixou satisfeito, se virando para abrir a porta e sair do apartamento.

— Onde você vai nos levar? — Park perguntava quando suas pantufas tocaram para fora do prédio vendo que na outra calçada estava o bugatti fosco.

O Espanhol não brincava em serviço quando o assunto era seus carros.

Jungkook o olha sugestivo jogando as chaves para o alto.

— No caso, você. Você vai nos levar.

— Puta merda! Sério? Eu vou dirigir? — Park tinha a expressão surpresa sorrindo enquanto via as chaves serem postas nas suas pequenas mãos.

— Só vai com cuidado com a Tiana, ela é nova. — O aviso de Jungkook era único.

— Você dá nome para seus carros?

— Claro! Não ache que eu tenho uma coleção apenas para ostentar, a graça está nos nomes. — Ele dizia como se fosse óbvio o seu hobbie, enquanto pousava as mãos nas costas do rosado para o direcionar ao veículo.

Os dois entram no carro. Dessa vez, Jimin no lugar do motorista.

Ele tinha um sorriso travesso como estivesse ganhando o melhor brinquedo do ano e aquilo fazia Jeon ter suas dúvidas se foi uma boa ideia agora que estava vendo a maneira confiante de Jimin em um volante.

E era impressionante.

— Se eu soubesse que um carro ia te fazer tão feliz teria me vestido de uma Ferrari.

A única intervenção que Jungkook fez no carro foi deixar o gps aberto digitando o endereço para Park no painel.

— É porque eu sei que todas as multas e consertos irão para sua conta, amor.

Jimin olhava seu reflexo ajustando os fios rosas falando tranquilamente na intenção que Jungkook percebesse seu tom irônico.

— Ainda recebo um amor em troca, será que podemos voltar para a parte... — Uma pausa brusca na sua fala e um olhar desesperado na direção de Jimin fez o rosado gargalhar colocando o pé no acelerador. — Não. Espere, você disse consertos?

— Vamos estrear a Tiana, Jeon. — O ronco do motor foi tão alto quanto qualquer sirene da cidade de Madrid.

Park ouvia aquele som e ficava satisfeito, só deixando de sorrir quando não ficou com pena do acelerador.

— Park, você está fodido se bater. — O mafioso coloca as mãos nos cabelos vendo a cidade passar pelos seus olhos como um borrão.

Jimin não fazia a ideia de onde estava indo, apenas aproveitava as avenidas vazias para tirar o melhor proveito do volante.

— Já fez isso também, não tem mais nada para tirar de mim. Perdeu, Jeon. — A voz do menor saiu firme, enquanto a mão pousava em seu cabelo os alinhando e outra desviava dos outros carros parados no semáforo.

Ter Jimin dirigindo era uma cena que virou umas das prediletas de Jungkook, mesmo que preocupado com seu carro que riscava os asfaltos de Madrid sem piedade por um homem de cabelos rosas que descontava tudo o que estava sentindo em um volante.

Ele foi obrigado a desacelerar a bugatti pela rua estreita que entravam até revelar uma subida. Jungkook confirmou com a cabeça para Jimin continuar.

O róseo prossegue o percurso até dar ao campo de visão um campo totalmente vazio que em frente tinha o centro de Madrid inteiro visto do alto, onde o vento era maior e talvez só um casaco não era suficiente

O carro estaciona. Jungkook tira o seu cinto.

— Nunca ouvi você dizer que visitou Madrid, normalmente só está estagiando ou com Gaia. Achei que gostaria de ver. — A fala do mafioso fez Jimin olhar para as próprias mãos a fim de desviar o olhar de Jungkook.

Ele não fazia apenas aquilo, e isso o deixava inquieto.

— E você? Além de trabalhar e ser pai, o que você faz? — Indaga o róseo enquanto pegava a sacola com o pedaço de bolo de chocolate, virando seu rosto para o mafioso que mantinha os olhos na paisagem iluminada de Madrid.

— Faço dinheiro. — Aquela resposta era a mais esperada e dizia naturalmente. — Não posso confiar em ninguém para isso, preciso estar perto e administrar o que estou construindo. Um dia será de Gaia também, tudo o que eu faço.

Park olhou para suas mãos pensando no que ouvia.

— Posso perguntar algo?

— Claro. — As orbes negras caem no rosto angelical.

— Onde está a mãe? — A pergunta foi lançada e o mafioso passa a língua pela bochecha esquerda pensando na resposta.

Só havia uma resposta.

— Da Gaia? Bem...Ela está morta. — Responde e solta um suspiro. — Gaia apareceu na minha vida de uma forma muito inesperada. Eu nunca quis um filho aos vinte anos, muito pelo contrário, achava que essa responsabilidade não era para mim, até tê-la.

— A mãe dela era uma garçonete na parte da manhã e uma prostituta que trabalhava sozinha nas ruas de noite. Eu a conhecia, era garçonete do bar de faculdade que eu frequentava, se envolveu com um homem rico que não valia de muita coisa, ele e sua família eram donos de alguns hotéis. Ela era apaixonada por ele, até ficar grávida e ele dizer que o filho não era dele, não assumiu a paternidade.

Jeon se recordava exatamente do rosto da mulher. Extremamente parecido com Gaia.

Bonito e pequeno, contudo, muito sofrido. A boca farta, tinha a pele retinta, olhos extremamente verdes, seus cabelos crespos eram o que mais chamavam atenção nela.

Ela era linda.

— E porque ela deixou a filha dela com você? — Jimin estava extremamente atento na história. Parecia ser verdadeira, pela facilidade que o mafioso relatava.

— Porque enquanto ela estava fazendo o turno dela na lanchonete da faculdade muitas vezes ela se sentia cansada pela barriga e eu a ajudava recolhendo alguns copos, levando algumas bandejas quando estava lá. O chefe dela não gostava muito, mas não iria dizer nada porque era eu. — Jungkook ainda se lembrava dos seus dias na faculdade e o sorriso envergonhado de uma mulher grávida vendo um aluno ajudar recolher copos.

— Criamos amizade, sentia pena daquela mulher. Eu a ajudava levando ela para a casa quando os horários batiam, ela me contava do cara que era o pai de Gaia, eu a aconselhava não ir atrás dele, mas...O amor faz as pessoas ficarem desesperadas. — Jeon rola os olhos lembrando do quão apaixonada ela estava por alguém que não valia nenhuma de suas lágrimas. Foram muitos conselhos e abraços, mesmo que ele odiasse abraços e melosidades. — Um dia, de manhã eu recebi a ligação dela, dizendo que tinha feito o parto no banheiro de sua casa e que Gaia estava bem. Eu fiquei feliz, ficamos minutos juntos no telefone.

— E então? — Park estava com os olhos tão fixos e atento na boa história que mastigava o bolo achocolatado devagar.

— E então, que não consegui ir na casa dela de manhã, apenas a noite para visitar. Ela estava morta no chão do seu apartamento, Gaia chorando no berço. Vi seu celular e ela tinha ligado para o pai biológico, ela queria denunciar ele, mas ele tinha dinheiro demais...Você sabe como funciona, certo?

Park concordou com a cabeça.

— E ele está vivo? O que aconteceu com ele?

— Ah, ele teve o final que mereceu. Está tetraplégico, depende de pessoas para cuidar do filho da puta, porque nem falar consegue mais. — Jungkook conteve um sorriso, aquilo o deixava extremamente satisfeito.

Claro que não iria deixar barato. A primeira ação que Jeon teve foi de dar um enterro digno a querida amiga, logo depois uma consequência que com a infinita certeza aquele homem nunca irá esquecer.

Era um recado a todos que quiserem tentar andar fora da linha enquanto Jeon Jungkook estava presente. Uma coisa seu pai estava certo sobre ele, eram sanguinários, raiva escorria em nossos olhos, não lágrimas.

Não iria graciar o homem de uma morte. A morte era algo muito rápido. Ele tinha que sofrer para o resto da sua vida e lembrar do porquê estava sem mover o corpo e sem fala, um lembrete diário.

Ainda se lembrava dos socos, dos gritos agonizantes que o desgraçado chiava pedindo por misericórdia, pedia uma segunda chance.

Mas com um Seguine não tinha segundas chances.

E de noite, até os dias de hoje, tinha pesadelos com o sorriso sádico de Jeon.

— Como ele ficou tetraplégico?

— Acidente doméstico. Eu não procurei saber muito, apenas tomei Gaia para mim. Não iria a colocar em nenhum orfanato, eu...me encantei no momento que sua mãozinha tocou meu indicador. — As recordações eram doces, igual balas de canela.

Jimin via as orbes negras brilharem enquanto falava da filha. Não podia negar que amava a filha.

— Eu quero que ela tenha tudo o que a mãe dela nem mesmo imaginou que poderia dar, quero ter a certeza de onde ela estiver estará em plena paz.

O peito de Park se contraiu. Como poderia um homem ter tantas camadas a descobrir?

Quantas histórias como aquelas não eram ouvidas porque as prendiam.

Um questionamento árduo se instalou nos pensamentos do rosado.

— Não sabia que tinha um coração, Jeon Jungkook. — Jimin disse o que veio na sua cabeça continuando a olhar para o homem tatuado.

Tão bonito, céus!

— E ele só bate por causa dela. — Confessa sorrindo minimamente, jogando seu cabelo perfeitamente alinhado para trás. Eles estavam como sempre grandes, tinham seu charme quando repartidos ao meio rebeldemente alguns fios caiam nos olhos.

— E você, Park Jimin, o que faz seu coração bater?

Era a vez do Espanhol perguntar.

— Meu trabalho...É tudo o que eu sonhei. — Aquela resposta fôra tão ambígua. Antes era tão certeira e naquele momento parecia sair de seus lábios algo áspero.

— E não tem mais nada além disso que te motiva a enfrentar tudo? Nada?

— Eu acho que não. — Aquilo era tão deprimente, pensou Park. — Não tenho muitas histórias como você, não acho que vivi igual aos outros. Tudo foi muito rápido e tentei provar algo para as pessoas do passado, que se tornou a minha realidade de agora. Você entende?

As palavras de Jimin pesaram no ar. Nas entrelinhas tentava colocar seus pensamentos para fora, uma forma de organizá-los, mas não conseguiu.

Por outro lado, Jeon entendia. Ele também já tentou mostrar atualmente algo para as pessoas do passado.

— E quando for embora, vai sentir saudades? — O interrogatório continuava.

— Um pouco...Da Gaia, da escola, dos meus colegas de profissão. — Jimin andava na corda bamba que pesava na mentira e pisava na verdade. Não sabia qual lado de si estava pendendo. — De você.

Confessou.

— De mim?! — O sorriso ladino invadiu o sorriso do Espanhol. Parecia fazer por propósito. — Ah espere, fale de novo, eu não escutei, deixe-me gravar.

Park gargalhou pela maneira que o Espanhol procurou no bolso o celular e abriu a câmera.

— Eu vou sentir saudades. —  Jimin sentia as bochechas ruborizarem pela câmera estar tão perto de seu rosto.

— Não, agora que está gravando. Fale novamente. — Jungkook mentiu. Era apenas para ter registrado o momento mais uma vez e ver, — mesmo com pouca luz —, a expressão tímida de Park na câmera.

— Não, isso já não é mais espontâneo, Jeon. — A mão esquerda tenta tampar a câmera que se desviou entre uma risada do mafioso.

— Fale mais uma vez. — Verdadeiramente estava gostando daquilo.

—Eu vou sentir saudades do bolo de chocolate de Madrid. — Jimin muda a frase com um sorriso vitorioso, mas a câmera muda de foco para Jungkook na câmera frontal.

— Prazer, eu sou o bolo de chocolate. — Manda uma piscadela acompanhado de um sorriso.

Park gargalhou o dando um empurrão e aparecendo com a cabeça no ombro do mafioso.

— Eu estou comendo o bolo de chocolate. — Jimin sem nenhuma pretensão de ser malicioso recebe um olhar do mafioso que surgiu com que sorriso sacana de lado.

— Você o que?

— N-não, quer dizer...não. — Tentou contornar a situação movimentando as mãos e negando com a cabeça.

— Então você não quer? — O Espanhol indaga aproximando a câmera do rosto de Jimin enquanto o olhava.

— Eu quero...Mas eu não estava dizendo dessa forma. Meu Deus, Jungkook, você é pior que um pré adolescente. — Rolou os olhos soltando o ar preso pela vergonha observando a risada silenciosa do outro que forçou a cabeça do menor a voltar para seu ombro.

— Sempre soube que você queria. — Jimin solta um sorriso mínimo seguido se um molhar de lábios para a câmera que volta para os dois.

— Você é muito convencido, por isso não posso te elogiar. — O róseo dizia para câmera se comunicando com o mafioso pelo reflexo da câmera.

— Admita, Park.

— Eu vou sentir saudades, Jeon Jungkook.

A maneira que sua língua tocou três vezes no céu da sua boca ao pronunciar a palavra saudades foi registrada pelo mafioso. O seu nome vindo logo após eram melodias para seus ouvidos.

Jimin sabia que um pedaço de si estaria preso naqueles mínimos detalhes que eram Jungkook. Era assustador aquela invasão, mas impossível correr para longe.

Os olhos castanhos mudam de foco para o rosto do espanhol de perto, ainda em seu ombro, pôde sentir todas as notas do perfume. Nunca um único cheiro tocou tanto Park.

Subiu as lumes e lá estava a atenção do mafioso sobre si, admirando o rosto angelical e sua boca.

O celular foi deixado para segundo plano em suas pernas, apenas focava no menor que conversava consigo entre olhares.

Precisavam se sentir. Aquela era a conversa implícita.

Os lábios se encostam pela mínima distância, o corpo inteiro de Jimin se arrepiou, desde os pés a cabeça. O toque de Jungkook era mágico. Era tudo o que faltava naquela noite.

A mão tatuada subiu para o pescoço de Park e os lábios finalmente começam a se mover.

O agente tinha uma abstinência do toque da língua do mafioso na sua. Era prazeroso, lento, molhado e envolvente.

Um ritmo diferenciado. Só Jungkook poderia transformar um simples beijo em um show de sensações. Enquanto no mesmo, nada entrava em comparação a total entrega que o corpo de Jimin gritava mesmo sem dizer nenhuma palavra e em pequenos gestos demonstravam uma delicadeza fora do normal. Tratava os lábios de Jungkook como se fossem da mais delicada porcelana com o toque aveludado dos lábios fartos, mordiscava com exatidão e causava uma combustão dentro do peito do mafioso.

Como aquilo era bom.

O rosado colocou as mãos na coxa do maior que puxou sua cintura para sentir seu róseo mais perto. A distância que estavam não estava sendo suficiente para nenhum dos dois.

Park tomou a iniciativa de escorregar o corpo pelo banco, sentando no colo de Jungkook. O beijo foi separado por um segundo, apenas para a mão do mafioso adentrar na camiseta leve do pijama de Jimin.

O rosado não deixou de soltar um sorriso quando sentiu as mãos deslizarem por seu abdômen lentamente e parar no piercing em seu umbigo.

Os lábios de Park fizeram um caminho de um selinho demorado no lábio superior do mafioso e depois para o inferior, onde deixou outro selinho no piercing no canto de sua boca.

— Você é tão bonito, Jeon. — Saiu como um sussurro, um fio de voz quase inaudível.

Os lábios logo voltam a se tocar, dessa vez mais veloz. Inevitavelmente, o quadril de Jimin se movia.

O pano de suas calças eram finos demais, o que tornava aquele momento ainda mais difícil para o mafioso manter a sua sanidade e não cometer algo que disse que não faria.

As mãos tatuadas descem para o quadril do rosado que estava gostando daquela fricção gostosa durante o beijo, jurava à todos os cosmos que poderia queimar no corpo de Jeon Jungkook a noite inteira, ainda mais quando sentiu o firme aperto da mão tatuada na sua cintura. Não para continuar, mas impedir os movimentos ousados do menor.

— Temos que ir, hm? —  Foi tão difícil dizer aquilo quanto ouvir.

— Não, Jungkook. — A voz saiu rouca e manhosa, os lábios do menor roçavam nos finos do espanhol. — Porque? Eu não estou reclamando...Deixa eu te beijar mais um pouco.

— Park, eu prometi que te mostraria que não estava aqui por conta do sexo, não complica.

— É só um beijinho. — O menor avança seu corpo para frente tirando um rápido selar de lábios que por menos não virou um beijo, graças ao Jeon que delicadamente puxou o rosto do agente para centímetros longe do seu.

— Você precisa ir embora, não tem trabalho? Tem que dormir, e mesmo que Gaia tenha alguém para ficar com ela, eu preciso voltar ou vou ouvir um sermão de uma garota de seis anos.

— Me leva para sua casa? — Park tomou a iniciativa.

— É sério? —Ficou um tanto surpreso pelo pedido.

— Sim, podemos até dormir em quartos separados para manter sua promessa.

A verdade é que Park não queria dormir sabendo que em seu apartamento viria a tona tudo o que estava pensando. Ele pensou que em um ambiente diferente, ele não pensaria tanto quanto sozinho.

— Passe o volante. — Pediu o mafioso trocando de lugar com o menor dentro do automóvel.

Jimin sorriu por ver que facilmente conseguiu o que queria e não muito tarde os dois estavam dentro dos portões da mansão.

Entraram com muita cautela, prezando o sono de Gaia. Jimin deu um passo para trás vendo o corpo de alguém deitado no sofá, as luzes se acendem.

— Mas que droga. — O murmúrio de Kim Namjoon no sofá fez um sorriso divertido nascer no rosto do mafioso.

Park tentava absorver o que estava acontecendo.

— Hora de acordar, princesa. Quero um pouco de privacidade hoje. —  A mão grande e firme rodeiam a cintura de Jimin de lado. Os olhos de Namjoon se abrem lentamente continuando abraçando a almofada azul marinho.

— Entendi. — Namjoon ergue as mãos como redenção, mas ainda agarrava a almofada. Naquele momento, só vinha Teresa na mente de Park. — Gaia está bem, dormiu até quando você saiu de madrugada.

— De novo nos encontramos, cabelos rosa. Bonito pijama! — O Kim se aproximou para dar um aperto de mãos em Jungkook e Jimin, sorrindo.

— Obrigado? — A voz saiu baixa, mas recebeu um sorriso de Namjoon.

— Veja lá o que faz, Jeon. Nos falamos depois, sim? — O aviso foi ambíguo, mas Jeon entendeu.

— Digo o mesmo para você, Namjoon, mas pode devolver a almofada? — Jimin olhou a almofada azul marinho nas mãos do homem alto que estava andando em direção a porta.

— Me erra, eu fiquei mais tempo na sua casa do que você hoje. No mínimo levo alguma coisa e vai ser a almofada, porque lá em casa está faltando. — A explicação parecia ser justa.

O alto continuou andando em direção a porta e Jungkook apenas deixou ir soltando um riso fraco.

— A Gaia anda me trocando? — Park brincou com um fundo de verdade, sentando no sofá aconchegante.

— Com certeza ela não trocaria você, vai por mim. — O mafioso se sentou no sofá ao lado de Jimin, mas não bastou aquela distância, então se deitou no colo do rosado, fechando seus olhos.

— Está cansado? — A pergunta não precisou de respostas, pois Park via a maneira que lutou a abrir os olhos.

— Te reconquistar de volta me cansou. Gastei muita energia pensando. — Soltou um mínimo sorriso.

— Mas funcionou, não funcionou? Agora só falta você usar aquela tiara de enfermeira com a fantasia completa. — As mãos de Jimin timidamente escorregam pelos fios sedosos do cabelo de Jungkook.

Aquele toque era energizante. A última vez que recebeu um ingênuo carinho, sem ser de sua filha, como aquele foi a anos atrás.

O mafioso praticamente se desmanchou às festas recebidas.

—  Só se você usar uma de policial um dia. — Respondeu e Jimin engoliu em seco.

— Mas policiais são tão broxantes, Jungkook. — Tentou achar humor.

— Não acho. Você ficaria até que gostoso segurando algemas. — O róseo não esperava por essa.

Se ele soubesse que durante um bom tempo já deveriam haver algemas nos seus pulsos, a resposta seria diferente. Pensou Park.

— Para quê algemas, podemos só usar outras coisas...

— Essa é a condição para a fantasia de enfermeiro. — Jeon respondia com a voz um tanto arrastada.

— Eu vivo sem essa, não tem problemas. — Jimin encerra o debate. Primeiro, porque Jungkook lentamente na conversa adormecia com os carinhos que recebia das mãos pequenas e segundo, porque estava sem saída.

Jeon parecia ter um sexto sentido afiado. Jimin precisava acelerar na sua descoberta que deveria já ter sido encerrada.

O que faria agora? E quando descobrir o significado das tatuagens? E quando Cayetana encontrar Teresa? A sua missão acabou. Os tempos em Madrid acabariam.

Será que não estava inventando alguma desculpa para ter mais tempo com Jungkook? Parecia ter tanto a descobrir.

Estava gostando de Jungkook? O homem que ia fora de todos seus princípios.

O seu sono se ia a cada indagação que seu cérebro jogava.

Seria tão mais fácil apenas ter conhecido Jungkook em uma situação normal. Onde ele realmente só seria um químico e ele só um professor.

Ali, com certeza iria estar entregue cem por cento a tudo o que aquele homem falasse. Seu coração já seria seu a cada segundo, bateria rápido assim como via em filmes acontecer no primeiro amor.

Mas já não sabia se seu coração batia por medo e adrenalina por estar tão perto da martelada final ou por paixão.

E se fosse paixão....Ah, que avassaladora, destruidora e vândala paixão! Sorrateiramente se instalava, era como estar em penalidade de morte com injeções.

Sentia as veias serem preenchidas do líquido letal, o corpo reagia se acalmando lentamente, mas sabia que a calmaria não era boa, mesmo assim, cedia.

Jimin tinha seu veneno e o nome dele era Jeon Jungkook. Ele cedia. Assim como já cedeu uma vez, e cederia.

Jimin sentia que o destino tinha moldado uma peça com ele. Não achava que aquele caso seria o mais difícil de sua vida.

As lumes castanhas desciam para admirar o rosto do homem que estava causando tudo aquilo. Não cansava de pensar: Tão lindo.

O que o tirou do transe foi o telefone acender inúmeras vezes na mão do Espanhol. Não parava um segundo de acender o ecrã.

Park olhou para todos os lugares antes de delicadamente retirar o celular da mão do Jeon. Como criança, ele se remexeu no colo do menor.

"Notei algo estranho hoje."

Aquela era a primeira notificação. O nome em negrito era Leila. Sabia quem era.

A mesma mulher da noite na boate.

"Por favor, se ver essa mensagem, me encontre no trabalho amanhã, estou trabalhando na loja de conveniência do posto dez. Saio às 16:00."

Outra mensagem. Jimin pensou um pouco e se decidiu: Só teria certeza se fosse até o fim.

A mão do menor lentamente escorrega para a mão direita do mafioso. Coloca seu polegar na impressão digital e o celular desbloqueia.

"Estarei lá."

Jimin digita, entrando na conversa e apagando todas as mensagens, esperando a resposta da mulher que digitava.

"Ok!"

E apagou esta também, deixando apenas a última que foi a três meses atrás.

Era como se ninguém mandou a mensagem ou recebeu.

Volta o celular para as mãos do espanhol que dormia confortável no colo de Jimin que sentiu pena de o acordar.

No final, apenas encostou a cabeça no sofá. Sabia que não dormiria, então fechou os olhos e fazia festinhas no cabelo do mafioso.

Que grande saia justa, agente Park.


















Olá!

Se você fosse o Jimin nesse momento, levando em conta tudo o que já aconteceu, já ouviu e sentimentos, o que faria?

A) Choraria no banho e se já que está na chuva, bora se molhar vestida de policial.

B) Não largava a missão, a carreira é mais importante. Prende e supera.

Eu sinceramente não sei para qual caminho eu iria, estaria confusa igual nosso Ji. Muitos prós e contras.

Mas uma hora ele vai ter que escolher e eu sei o que vai acontecer hihi.

Mas lembre-se, casal feliz em história não é sinônimo de felicidade.

Soltei e vazei.

Bate papo agora:

1. Gente eu vi que no tiktok alguma de vcs acharam que o apartamento ia explodir nesse cap KKKKKKKKKK GENTE, EU SÓ BRINQUEI COM A SITUAÇÃO E A MÚSICA KKKKKK EU FIQUEI: nossa que decepção que elas vão ter depois de ver que ninguém explodiu, n teve sangue, n teve desespero.

KKKKKKK NÃO SEI SE RIO OU CHORO

2. Passei para a segunda fase do vestibular que tanto queria. muito feliz, é uma vitória grande. Vem ai a dentista do wattpad.

3. GENTE. OS MENINOS. ESTÃO. NO. INSTAGRAM. EITA GLORIA GLORIA.

Beijinhos.

Se alimente, beba água e faça algo que goste!

- MJ.

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