Um acordo infalível

By malulysyk

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▪︎NÃO ACEITO ADAPTAÇÕES▪︎ A doce e sonhadora, Sofia Monteiro, terá que juntar forças com seu inimigo, se quis... More

Primeiro Capítulo
Capítulo dois
Capítulo três
Capítulo quatro
Capítulo cinco
Capítulo sete
Capítulo oito
Capítulo nove
Capítulo dez
Capítulo onze
Capítulo doze
Capítulo treze
Capítulo quatorze
Capítulo quinze
Capítulo dezesseis
Capítulo dezessete
Capítulo dezoito

Capítulo seis

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By malulysyk

Realmente queria beijar Nathan ou era apenas uma vingança contra Lucas? Por ele ter estilhaçado meu coração? Ou Nathan realmente mexia comigo? Não conseguia responder a tantas perguntas. Meus pensamentos foram cortados por uma risada sarcástica, então abri os olhos.

— Pensou que eu ia te beijar? — Nathan ria sem parar. Que ódio, meu sangue ferveu de raiva e vergonha. Raiva por pensar que ele me beijaria e vergonha por ele ter percebido isso.

— O quê? — balancei a cabeça negando. — Claro que não! — tentei não gaguejar.

— Seus olhos fechados e... — Nathan pegou em minha mão. — suas mãos suadas dizem outra coisa. — essa não, estamos neste namoro falso a menos de um dia e ele já sabe que minhas mãos suam toda vez que fico nervosa. Soltei minhas mãos.

— Você é muito irritante! — falei.

— Você sempre me insulta, quando fica sem resposta. Isso significa que estou certo! — ele concluiu, convencido.

— Quer dizer que vamos nos atrasar para a aula. — tentei desconversar, apontando para o relógio no pulso do garoto.

— Pode fugir, Sofia! Mas não pode se esconder para sempre atrás de seus insultos contra mim. — ele sussurrou contra meu ouvido, antes de subir na moto, meu coração acelerou na velocidade da luz.

— Não estou me escondendo! — falei firmemente, me juntando a meu namorado falso na moto. — Não sou do tipo que se esconde, Nathan!

— Então por que não fala para o Lucas o que sente? — perguntou, pegando minhas mãos e as colocando em volta de seu corpo. — Segure firme, não quero que você caia. — pediu, sem esperar minha resposta para a pergunta anterior.

Começamos a nos locomover em direção a faculdade, o trânsito estava calmo, então não demoramos muito para chegar. O percurso foi silencioso, não teve insultos ou discussões.

Nathan estacionou em frente a universidade, havíamos chegado na hora, os alunos se direcionavam pouco a pouco para as portas de entrada. Já com os pés no chão e sem o capacete, ajeitava meus fios de cabelo. Ainda vestia a jaqueta de Nathan, retirei entregando ao rapaz.

— Obrigada! — agradeci pela gentileza de mais cedo.

— Disponha, meu amor! — ele estampava um sorrisinho. Cada vez que inventava um apelido para mim, seus sorrisos pareciam genuínos, pois duas covinhas surgiam nas suas bochechas. Quando seu riso é sarcástico ou convencido, apenas o lado esquerdo possui esse sinal.

— Não precisa me chamar assim quando estamos sozinhos. — informei, ajeitando a mochila.

— Mas de todos seus apelidos, esse é o meu favorito. — senti meu rosto queimar. — Você fica ainda mais linda quando está envergonhada.

— Por que está agindo assim hoje? — perguntei.

— Assim como? — Nathan levantou uma sobrancelha.

— Como se realmente estivesse apaixonado por mim! — falei a última parte um pouco mais baixo, me arrependi no exato momento que a frase saiu por minha boca, mas agora não havia como recuperá-las do ar.

— Faz parte do papel, Sofia! Sou um ótimo ator. — ele tinha razão, por um momento até mesmo eu acreditei. — Queremos autenticidade, não é mesmo? — concordei.

— Acho melhor entrarmos! — disse dando as costas para o garoto, mas fui puxada pelo braço, indo de encontro ao peito de Nathan. O olhei confusa. — O quê... — não permitiu que eu concluísse a frase, simplesmente juntou nossos lábios, por alguns segundos, em um selinho.

— Tenha uma boa aula, amor! — Nathan desejou, dando uma piscadela, antes de cruzar por mim, indo em direção à porta de entrada. Fiquei parada digerindo o que acabava de acontecer, levei a mão ao peito e senti meu coração acelerado.

Quando minhas pernas recuperaram os sentidos, comecei a andar até minha sala, no segundo andar, minhas mãos continuavam suadas, minhas pernas bambas e meus pensamentos misturados em um emaranhado de perguntas sem respostas.

Levei um susto quando alguém gritou meu nome.

Olhei para trás e ao pé da escada Isa subia correndo, fazendo um sinal para esperá-la.

— Bom dia, amiga! — falei sorrindo. Ela apenas encostou a mão em meu ombro, para ajudar em seu equilíbrio enquanto tentava recuperar o ar, que sua corridinha havia lhe roubado.

— Bom... dia, Sofi! — falou um pouco ofegante.

— Isa, você precisa praticar mais exercícios. — ela riu, como se tivesse contado uma piada ruim.

— Dispenso, você sabe que não sou atlética. — sabia disso, mas adorava incomodá-la.

— Sei bem! — ela me olhou com um olhar reprovador.

— E olha quem fala, você também não pratica exercícios!

— Como não? Carregar 5kg de livros da faculdade é o quê? — brinquei, nós rimos.

— Vai ser uma ótima advogada, sempre tem uma resposta. — menos quando precisava de uma, perdia as palavras quando recebia um elogio, ou se me sentia pressionada, como hoje, quando Nathan disse que sempre uso insultos como arma. Tenho medo de não ser boa o suficiente para ser advogada, não posso insultar ninguém no tribunal, deveria sempre ter as respostas para todas as perguntas.

— Ficou pensativa, amiga. — Isa, cortou meus pensamentos. — Sei que tem muitas inseguranças. — ela segurou minhas mãos. — Mas não há ninguém no mundo mais justa e honrada. Se algum dia eu for presa, o que não demorará muito por causa do meu temperamento. — nós rimos. — Não pensaria em ninguém melhor para me tirar da prisão. — sorri, a abraçando, Isabela tinha as mesmas inseguranças, então sempre sabia o que dizer em momentos de incertezas.

— Você sabe que eu não gosto de abraços. — reclamou ela, mas não desfez o abraço.

— Obrigada, Isa. Você também será uma advogada maravilhosa. — Desfizemos o abraço.

— Agora chega de lamentar, é muito cedo para ficarmos deprimidas. — concordei com a cabeça.

Chegando na sala de aula, boa parte de nossos colegas estavam em seus devidos lugares, apontei para algumas cadeiras vazias na segunda fileira no lado esquerdo, nos direcionamos até lá. Isa sentou-se entre mim e a parede. Tirei minha mochila colocando-a sobre a mesa, procurando meus livros e meu estojo. Perdido entre uma escova de cabelo e um moletom, consegui encontrar meu livro. Alguém sentou ao meu lado, era Nathan.

— Você também faz essa aula? — perguntei. Ele balançou a cabeça, retirando seu livro da mochila. — Pensei que estivesse adiantado! — conclui, Nathan, assim como Lucas e Henrique entraram um ano mais cedo, portanto foram nossos veteranos, tínhamos algumas aulas juntos, mas era raro.

— Reprovei nessa cadeira no semestre passado, assim como na do professor Augusto. — então esse era o motivo de fazermos direito processual civil juntos, então Lucas também deveria ter reprovado.

— Entendo! — falei, colocando minhas canetas em cima da mesa.

— Olha, se não é o seu namoradinho! — apontou Isa.

— Como vai, Isabele? — Nathan perguntou. Ele sabia que o nome dela terminava com "a", mas seu esporte favorito era tirar as pessoas do sério.

— Não conheço nenhuma Isabele! Meu nome é I-S-A-B-E-L-A. — ela soletrou palavra por palavra, a covinha sarcástica de Nathan surgiu no lado esquerdo de seu rosto, o que me fez sorrir.

Nossa pequena discussão foi cortada quando nosso professor entrou na sala.

— Lembra que eu falei que seria presa, provavelmente será porque estrangulei o Nathan. — Isa sussurrou em meu ouvido, me fazendo rir de seu comentário.

A aula passou rápido, tivemos uma síntese sobre os princípios peculiares do Direito Processual do Trabalho. Com o término da aula, guardei meus materiais novamente na mochila.

— Levo você para casa! — Nathan informou, colocando a mochila nas costas, sem esperar minha resposta, saiu da sala.

— Já estão nessa fase? Que casalzinho fofo! — ironizou Isa. Mostrei a língua para ela, que riu.

Nossa última aula foi perto do meio-dia, como meu namorado de mentirinha me levaria, chegaria mais cedo em casa, de ônibus demoraria muito mais, até que meu namoro falso possuía alguma vantagem, além de conquistar Lucas.

Pensando nele, não o vi hoje.

Saindo dos meus pensamentos, meu celular vibrou no bolso de trás da minha calça. Uma mensagem de Nathan: "Te encontro na frente."

Desci as escadas, acabei esbarrando em alguém, Lucas.

— Ah! Oi Sofia! — ele cumprimentou com um sorriso.

— Oi Lucas! — respondi um pouco nervosa, senti minhas mãos começarem a suar. Ficamos nos encarando por uns segundos. Ele parecia analisar meus traços, nunca o tinha visto olhar assim para mim. Meio tímida, coloquei alguns fios que escaparam de meu coque, atrás da orelha.

— Você queria me dizer alguma coisa? — perguntei. Lucas abriu e fechou a boca, aparentemente uma guerra interna havia começado entre ele as palavras.

— Queria... quer dizer, quero! — corrigiu, mexendo na alça de sua mochila. — Quero saber se me ajudaria em uma matéria? — fui pega de surpresa. Engoli a seco, meu coração disparou e cada batida perguntava, "será que nosso plano deu certo?".



* Recadinho da Autora: 

Quero agradecer a todos que tem acompanhado a história da Sofia e do Nathan. Escrever este livro é a realização de um sonho e graças a vocês leitores, meu sonho tornou-se realidade. Então, do fundo do coração agradeço por apoiarem essa história. Obrigada.

Farei o meu melhor, temos muita história pela frente! 

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