Corpos em Chamas: A vingança...

By karinny_barbara

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Anna Kariênina tinha apenas 10 anos quando seu pai foi injustamente acusado de assassino, e anos depois falec... More

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capitulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Penúltimo Capítulo
Último Capítulo
Epílogo
Considerações Finais

Capítulo 7

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By karinny_barbara

Galera mil desculpas msm por ter desaparecido desse jeito e não foi honesto da minha parte fazer isso, mas pra tranquilizar vcs eu vou SIM continuar escrevendo e dando continuidade as minhas obras.
Muito obg por vcs que me esperaram, a vida dessa autora aqui deu uma virada de 360° e por isso tive que deixar a escrita de lado com urgência. Amo muito vcs e irei logo adiantar 5 capítulos de cada obra minha por esses dias, para tentar amenizar um pouco meu atraso kkk
  Amo vcs, bjs e boa leitura♡♡♡
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

{POV. Anna Elis}

  Enquanto eu andava pelo corredor, já digitava o número de Elena em meu celular. Dois toques na chamada e ela já atendeu, combinamos dela me substituir de novo na biblioteca hoje. Desse jeito, vou ter que dividir meu salário com ela.

{Ligação On}
- E aí, ela chegou? - Elena dispara assim que atende, já sabendo o porquê da minha ligação.
- Sim, e eu não sei o que pensar. - Digo entrando em meu ateliê.
- Como assim?
- Ela não é nada do que pensávamos, não parece nem um pouco piriguete e não me deu tanto medo. - Explico.
- Mas por que ela te daria medo? - Minha melhor amiga soa confusa.
- Porque ela é uma... - Então percebo que quase ia falando o que não devia. - Porque ela vai ser minha madastra, geralmente madastra são más, né?
- Cuidado com o estereótipo, Elis, você ainda tem que evoluir muito, sabia? - Minha amiga brincou e eu solto uma risada breve. - Bom, se ela não te deu medo, então isso seja um bom sinal, né?

  Elena sugere mas não lhe respondo pois ouço barulhos estranhos no corredor, e abro a porta rapidamente para saber do que se trata. Vejo Lúcia passando juntamente com outro de nossos empregados, levando as malas de Kariênina para o quarto que fica no final do corredor. Estranho aquilo, pois o quarto de meu pai fica do outro lado da casa.

- Elis, ainda está aí? - A voz de minha melhor amiga me desperta.
- Estava olhando o corredor, estão levando as malas dela para o quarto de hóspedes no final do corredor. - Explico.
- Nossa, que estranho, tio Paul não parece ser o cara que espera para transar só depois do casamento. - Elena brinca e eu reviro os olhos. - Talvez eles sejam só o tipo de casal morderno que gosta de cada um ter seu espaço. - Sugere.
- É, pode ser. Só sei que isso está cada vez mais estranho. - Suspiro. - Como está aí na biblioteca? - Mudo de assunto.
- Calmo, como sempre. Madame Susani nem repara que não é você quem está aqui, desde que os livros estejam no lugar certo. - Ela conta e eu sorrio.
- Obrigada por me ajudar com isso, amiga, nos vemos amanhã. Beijos. - Me despeço.
- Beijos, coisa linda. - Então desligo.
{Ligação Off}

  Meu olhar então foca na tela incompleta a minha frente, o quadro que trabalho desde ontem e não consigo mais focar em outra coisa, estava tão conectada nele ontem a noite que só me lembrei de jantar quando já era madrugada, ainda bem que nossa cozinheira sempre deixa um pouco para mim guardado no microondas.
  Coloco meu avental novamente e vou as as tintas que preciso usar, deixadas logo ali perto. Meu ateliê nada mais é que um enorme quarto, consegui o montar para mim com um pouco de dinheiro da herança de minha mãe que Paul adiantou quando eu tinha 14 anos, é um salão enorme, cheios de telas brancas, outras já pintadas, outras com esbolsos que não gostei, papéis de esboço espalhados, latas e mais latas de tintas e pincéis espalhados, admitido que como pintora não sou tão organizada.
  Quando estou com uma tela na cabeça não tenho tempo para organização, apenas pintar e pintar, é isso que ainda me faz queimar de felicidade. O fogo da magia da pintura é o que me faz queimar um pouco por dentro, em meio a esse mundo frio que convivo.
  Há janelas enormes ao redor, me dando uma enorme luminosidade, eu mesma pintei as paredes de branco pois odeio esse visual escuro que toda a casa tem, minha mãe adorava cores escuras e até isso eu também não herdei dela.

  Em uma das paredes há uma tela com o rosto do meu artista favorito, Van Gogh. É engraçado que qualquer menina em minha idade teria pôster de filmes, atores e cantores, mas eu tenho a de um artista
pintor pós-impressionista holandês taxado como louco, que se matou após uma depressão. Realmente acho que eu tenho algum déficit.
  Mas a maneira como ele pinta me deixou intrigada, suas pinturas a óleo é o que eu mais gosto, adoro essa técnica. Enfim, eu poderia passar um dia inteiro falando de minha paixão pela arte de Vicente Van Gogh.
  Coloco When It's All Over - Raign para tocar em meus fones e suspiro deixando todos os pensamentos se esvairerem de minha mente, pintar é sempre o que me deixou lúcida, por isso não me vejo fazendo nada mais na vida que não seja isso. Assim que toco a tela com a tinta amarela em uma mistura com o laranja sobre o céu do nascer do sol na tela, a magia em meus dedos e mente acontece, trazendo a tona a imagem a qual me inspirava.
  A imagem da mulher na praia no nascer do sol ontem, não saiu de minha mente e eu sabia que precisava lhe colocar em tinta sobre a tela, havia algo naquela imaginem que me fascinava, o nome da tela estava na ponta de minha língua mas minha mente ainda não conseguia descrever em palavras.
  Embora de repente eu ache a mulher estranhamente familiar, eu só quero saber de transbordar a imagem sobre a tela. Só sentir a tela e nada a mais.
[...]

******

{POV. Anna Kariênina}

  Está em um quarto novo me deixou inquieta e o sono não aparecia, passei a tarde toda organizando minhas coisas no quarto e closet, e depois tive que jantar sozinha em uma das enorme salas de jantar da casa.
  Paul saiu pela tarde e disse que não tinha horas para chegar, também não liguei em perguntar para onde. Já a filha dele não apareceu mais desde que nos apresentamos, vi uma empregada levando uma bandeja com comida para um dos andares e parece que foi para o mesmo corredor que meu quarto, acho que a garota dorme lá.
  Eu ainda estava um pouco intrigada com Anna Elis, ela tinha um jeito tão genuíno mas lançou uma frieza em poucas palavras quando falou comigo. Pelo visto terei que ter cuidado com ela, não sou a única a ter cara de anjo, mas que pode tirar sangue das pessoas.
  Rolei na enorme cama luxuosa em meio ao quarto escuro, coberto por cortinas nas paredes de vidro para que eu pudesse dormir, aparenente quem decorou essa casa adora tons escuros e paredes de vidro que vão só chão até o teto.

  Rsolvo ir tomar algum chá para adormecer mas assim que toco a maçaneta da minha porta porta, ouço barulhos de outra porta se abrindo. Recuo um pouco e não saio, apenas abro uma brecha para olhar o corredor. Anna Elis apareceu estava saindo de um dos quartos, ela parecia cansada enquanto trancava a porta e seu corpo estava cheio de marcas de tintas, um canto de minha boca subiu ao ver uma marca de tinta azul em sua bochecha, acho que ela nem mesmo percebeu que havia se sujado. Anna Elis esfregou as mãos nos olhos como se tivesse com sono, e então entrou na porta em frente do outro lado do corredor. Espera, ela tem dois quartos?
  Fecho a porta, resolvendo não sair e volto para a cama. Respiro fundo entrando debaixo dos edredons e estranhamente meu corpo parece cansado, meus olhos pesam e a última imagem que me lembro antes do sono me tomar, é a imagem de Anna Elis suja de tinta.
[...]

  Paul apareceu para o café da manhã e estávamos comendo em silêncio quando Anna Elis chegou, já totalmente limpa de tinta e usando seu uniforme. Intrigante uma pessoa que já faz faculdade ainda usar uniforme.

- Bom dia. - Ela diz para alguém não específico e se senta a mesa, como se tivesse feito aquilo por apenas educação e não vontade própria. Então resolvo não responder.
- Acabei chegando tão tarde ontem que acabei não te vendo, os negócios deram uma alongada ontem. - Paul disse pra mim, ignorando totalmente a filha a mesa. Cada dia mais essa casa parece estranha, como se tivessem um segredo em cada parede.
- Ouvi que os Borges estão tendo problemas com os carregamentos, também é o teu caso? - Perguntei apenas para puxar assunto.
- Há alguns policiais que estão pegando em cima, então estamos tendo que "molhar a mão" deles. Embora, eu ache que te contratar para matar um ou dois, seja bem mais fácil. - Paul solta uma risada de lado. - Você poderá resolver isso após nosso casamento domingo. - Ouço então Elis engasgar um pouco do outro lado da mesa.
- Vocês... - Ela começa. - Vão casar mesmo domingo?
- Sim. - Paul diz sem sequer olha-lá.
- Vou experimentar meu vestido hoje, minha mãe adotiva vai trazer. - Conto. - E você não vai providenciar o seu? - Soou curiosa. Meu Deus, nem me lembro a última vez que fui tão tagarela. Que isso?!
- Acho que não, não ligo muito para essas coisas. Vou encontrar alguma coisa em meu closet e pronto. - Anna Elis da de ombros.
- Seu pai disse que você estaria lá.
- Ela estará lá. - Paul enfatiza entrando na conversa.

  Seu tom me deixa um pouco tensa e um clima pesado cai sobre a mesa, vejo Anna Elis ficar séria e irritada, ela lança os talheres sobre o prato com ovos mexidos e sai da sala sem dizer nada. Paul também se levanta irritado e sai, enquanto eu fico ali parada atada sem saber o que acabou de acontecer.
  Meu Deus, em que merda de confusão de família eu estou me metendo?
[...]

Continua...

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