Música tema do capítulo: Runaway - AURORA
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" Eu tive um sonho,
Eu tinha sete anos
Escalava meu caminho
Em uma árvore
Eu vi um pedaço do céu
Esperando impaciente,
por mim.
E eu estava correndo para longe,
Será que correrei para fora deste mundo
Um dia?
Ninguém sabe, ninguém sabe.
Eu estava dançando na chuva,
Eu me sentia viva e eu não posso reclamar
Mas agora me leve para casa,
Me leve para casa onde é o meu lugar...
Eu não posso mais aguentar.
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E todo esse tempo eu estive mentindo,
Oh, mentindo secretamente
Para mim mesma.
Eu estive colocando tristeza
Nas partes mais distantes das minhas prateleiras...
*.✧*.✧*.✧*.✧*.✧*.✧*.✧*.✧*.✧*.✧*.✧*.✧
Mas eu continuei correndo
Para um lugar macio onde cair..."
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06. Treinamento e Revelações
Mas por que raios ainda estou aqui parada?
Passo a mão pelo meu rosto secando as lágrimas que antes caíam descontroladas.
Olho a hora no meu celular. São quase 21:00! Eu quase esqueci do que combinei com Touka!
Troco de roupa praticamente correndo, pego minha bolsa e pouco antes de sair verifico se tudo está lá dentro. Estranhamente não encontro minha máscara, então decido pegar a reserva, que tem um formato parecido, mas é mais simples.
Saio de casa trancando a porta. Como a Anteiku não fica muito longe decido ir andando em um passo rápido. Com minha pressa quase caio no chão ao esbarrar com alguém.
- Desculpe! - Disse já me preparando para sair quando ouço o suposto estranho dizer:
- Adhara?
Olho na direção da pessoa e me surpreendo ao ver Natsuki com uma mochila nas costas. Esse cara tá me perseguindo?
- Natsuki! O que faz aqui? Pensei que tivesse ido para casa!
Logo se recuperando do choque ele responde:
- Digo o mesmo, o que você faz aqui?
- Marquei de... Ver uns filmes com uns amigos... - digo omitindo a parte que "ver filmes" substitui "treinar". - e você?
- Eu... Eu tive uma emergência no trabalho! Tenho que ir!
- Se é assim... Tchau!
- Tchau!
Responde ele e segue seu caminho apressado na direção oposta que a minha.
Depois de pouco tempo chego a Anteiku e vejo Kirishima me encarando com olhar de reprovação.
- Eu estou aqui te esperando já faz meia hora! - diz impaciente - por que demorou tanto?
- Akemi... Akemi foi embora.
Por um momento a raiva de Touka parece amenizar.
- Como assim embora?
- Ela... Teve que voltar para os Estados Unidos.
Após isso vejo ela tomar uma expressão rara. Parece que ela está com pena, ou pelo menos compreensão.
- Ta, tudo bem. Tem certeza que ainda quer ajudar no treinamento? Podemos fazer isso outro dia se quiser... - Diz a de cabelos arroxeados desviando o olhar. Embora odeie admitir, Touka é uma pessoa gentil. Ela só não costuma demonstrar muito.
- Não, já está marcado para hoje, então vamos logo!
Acompanho ela até os fundos onde Yomo estava treinando ou melhor dizendo, praticamente dando uma surra em Kaneki. Embora fosse muito inexperiente, ele parecia fazer um bom trabalho desviando dos golpes, mas se ele souber apenas desviar e não contra-atacar nunca vai ter chance contra as pombas da CCG.
- Ei, novato! Por que não tenta um contra-ataque?
Infelizmente ao invés de apenas ouvir a sugestão ele olha diretamente para mim e distraído leva um belo murro na cara.
- Ah, você chegou, raposa! - Diz Yomo ao me ver - Caso não saiba - fala se virando para Kaneki - ela é conhecida por todos como Raposa Branca, mas seu nome verdadeiro é...
- Adhara Winter! - diz o meio ghoul interrompendo o mais velho.
- Não se preocupe com apresentações, Yomo-san, já nos conhecemos. - eu disse explicando. Yomo fez sua clássica cara rabugenta.
- Eu não sou um adivinho. Se quiser ele é todo seu, está começando a ficar cansativo acertar ele em cheio.
Depois disso Yomo se senta no chão e fica observando a situação. Ando na direção de Kaneki.
- Olha, até que pra um novato, você não foi tão ruim assim... - uma ponta de esperança parece surgir no rosto dele - Não que você tenha ido bem. - completo com um sorriso irônico.
Touka tenta conter uma risada e ele fica ligeiramente vermelho... Será que...? Ah, não é da minha conta.
- Ei, Kaneki! - digo atraindo a atenção dele.
- O que foi Adh...- de forma inesperada dou um chute na direção dele e por pouco mesmo desvia, mas diferente de Yomo que costumava fazer ataques pausados, dou vários golpes consecutivos até que vejo uma abertura e acerto suas pernas o derrubando no chão.
- Você desviou ao invés de contra atacar, por isso acabou no chão... - digo enquanto estendo a mão o ajudando a levantar - da próxima vez que eu atacar você, você tem que atacar de volta. Vamos, de novo!
Ficamos treinando por um tempo, até que ele consegue acertar um soco no meu rosto. No mesmo momento Kaneki entra em desespero enquanto eu fico parada olhando pra ele, não acreditando que ele finalmente me acertou.
- D-d-desculpe Adhara-san! V-você está bem?!?
Começo a rir descontroladamente enquanto o encaro.
- Finalmente! Demorou viu! Já passou da meia noite! - então olho para Touka - acho que tenho que deixar o resto por sua conta, boa sorte ai, tchau!
Saio de onde estávamos e faço o caminho habitual até minha casa, mas tenho uma sensação estranha. Parece que alguém está me seguindo. Talvez seja apenas impressão minha. Entro no prédio e começo a subir as escadas mas assim que abro a porta do meu apartamento encontro algo inesperado.
- O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO AQUI?!?- grito com Natsuki, que estava sentado no sofá do meu apartamento me encarando - É ALGUM TIPO DE STALKER? EU VOU LIGAR PRA POLÍCIA SE NÃO SAIR DAQUI AGORA!
Ele então levanta do sofá.
- Eu não acho que a polícia virá... Raposa Branca.
Então ele caminha até a luz e eu posso ver o uniforme da CCG.
Mas como... Como ele descobriu?
Então ele tira da mesma mochila que estava usando quando esbarrei nele a minha máscara desaparecida e a joga em minha direção.
- Eu acho que isso é seu, Raposa... Ou devo dizer, Adhara. Eu vou ser bem direto. Ou você vem por bem ou vem por mal.
Nesse momento mais agentes saem das sombras todos preparados para uma possível luta.
- Qual a necessidade disso? - Pergunto um tanto indignada - não temos nada a resolver e nenhum motivo para esse conflito. Suponho que nesse caso os errados são vocês, cometendo invasão domiciliar.
Ele solta um suspiro antes de falar.
- Eu não acho que esteja compreendendo a situação. Se fosse outra pessoa, você já estaria morta. Não faça isso se tornar pior. Vamos resolver esse assunto de forma pacífica...
- Diz o cara que invadiu a minha casa. - Digo ríspida e por um momento ele se cala, como se eu o tivesse acertado com um soco no estômago. Após respirar fundo novamente ele por fim diz:
- Olha Adhara, não quero lutar com você. Então poderia por favor me acompanhar?
Corro o meu olhar por todos na casa. Parecem tensos e provavelmente conhecem meu histórico de lutas sem nenhuma derrota. Eles notando meu olhar parecem ainda mais nervosos. Talvez ele tenha trago gente inexperiente. Nesse momento, eu provavelmente poderia fugir e desaparecer por um tempo, mas eles com certeza cercaram o quarteirão. Seria meio complicado já que eles tem um número muito maior e normalmente não deixam brechas. Porém de qualquer forma pode ser um problema ainda maior ir com eles até porque geralmente qualquer ghoul que entra na CCG não volta. Então me preparo para correr e ele percebendo meu gesto discreto se aproxima e coloca a mão no meu ombro, sussurrando em meu ouvido.
- Você não quer causar problemas a Akemi, não é mesmo?
Maldito seja! Muitas pessoas normais podem ser presas por esconder informações sobre ghouls. Se isso acontecesse com Akemi eu nunca me perdoaria. Solto um suspiro.
- É loirinho, achei que você fosse do tipo legal sabe? Fazer o que, vamos logo, eu tenho turno dobrado no trabalho amanhã!
- Você realmente acha que vai conseguir ir para o trabalho amanhã? - diz Natsuki num tom indignado.
- Você realmente acha que eu não vou conseguir um acordo? - retruco num tom ameaçador.
Então nós descemos as escadas, com um clima tenso, eles esperando que eu tente algo, eu fingindo me divertir com a situação.
Ao chegar perto de um carro cercado de mais dois agentes, ambos carregando maletas. Um deles segurava algemas. Olho diretamente para a cara de Murakasino.
- Eu não vou colocar isso nem a pau. - digo afirmando o fato. Os agentes então se remexem esperando ordens mas ele parece compreender que eu estar ali ao invés de estar fugindo é um milagre e querer que eu use algemas seria abusar dele.
- Guardem isso, não será necessário. Estão dispensados.
Os dois então vão embora e ambos saíram, deixando o caminho para o carro livre. Ele então como um cavalheiro abre a porta do carro e diz:
- Primeiro as damas.
A minha vontade era dar um tapa na cara dele. Entro no carro e logo depois ele entra.
- Sabe, até que para um monstro, você consegue esconder bem sua aparência. - diz ele me provocando.
- Sabe, até que para um babaca você consegue esconder bem sua aparência. - digo irônica.
- Caramba, não se pode nem mais brincar!
Olho para ele e ergo as sobrancelhas como se dissesse "sério?"
- O que pretende fazer hein loirinho, me interrogar? - digo provocando ele.
- De certa forma. Sabe, na sua casa encontraram uns arquivos que não deveriam ir a público, querem saber como você passou pelo sistema de segurança e pegou aquilo. E não me chama de loirinho.
- Quer que eu te chame de que então... Hmmm deixa eu pensar em um personagem tão babaca quanto você... Já sei, vou te chamar de Draco!
Ele faz uma cara de desgosto. Todos sabem como Draco é um babaca na maior parte da saga.
- Sinceramente, como Akemi te aturava?- ele diz baixo para que somente eu ouvisse.
- Como ela aturava você! - Rebato.
Ele me olha incrédulo.
- Eu não sou tão ruim assim! - acabamos dizendo juntos. Por algum motivo ambos começamos a rir. O motorista um tanto desconfiado olha rapidamente para trás, como se nós fossemos loucos.
No momento que entrei no carro achei que nunca mais olharia para Murakasino do mesmo jeito, porém nós conversamos o caminho todo.
- Cara, como alguém legal que nem você foi parar nessa agenciazinha de merda?
- Era o único lugar próximo que ainda tinha vagas de emprego. Acho que sempre tem, ninguém quer morrer jovem! - ele diz com uma risada sem graça.
Parecia ter algo por trás dessa história, mas antes que pudesse perguntar o carro para. Ele então abre a porta e vários funcionários da CCG tentam nos cercar, mas com um gesto Natsuki os afasta.
Ambos andamos por corredores brancos, onde algumas pessoas passavam vez ou outra, apressadas com seus próprios afazeres. Ele caminha até uma sala com um tipo de cadeado que funcionava com senha. Ele então abre a porta e dentro tinha apenas uma cadeira. Olho pra cara dele como se ele tivesse me passado a perna depois de toda a conversa no carro. Começo a abrir minha boca indignada, mas ele me interrompe.
- Antes que abra a boca pra reclamar, eu só preciso que fique aqui até eu dar um relatório pros meus superiores. Eu vou tentar falar bem de você então vê se não estraga tudo tentando fugir ou sei lá, quebrando a porta...
- Sim senhor capitão!- digo irônica, batendo continência.
- Caramba, você não perde uma. Por último, se acontecer alguma emergência, levante a mão. Tem uma câmera lá dentro, eu vou estar verificando ela.
- Que tipo de emergência?- pergunto.
- Se você ouvir alguém por exemplo, arrombando a porta, ou por algum motivo se sentir mal. Não me perdoaria se algo acontecesse e você não pudesse se defender por minha culpa.
- Ta ta, tchauzinho Malfoy, vê se não demora! - digo entrando na sala e sentando na cadeira já com algo em mente. Conto os segundos e os minutos. 10, 20, 30 minutos. Está ficando tedioso. Logo uma idéia se faz presente em minha mente. Dou um sorriso malicioso. Natsuki, você ta ferrado.
Narradora
Haviam se passado cerca de 30 minutos. A situação estava praticamente toda explicada e Natsuki exaltava o fato de que além de não ser uma inimiga, Adhara poderia ser uma aliada. As imagens da câmera rodavam numa TV atrás dele. Tudo estava correndo bem, até que um dos seus superiores apontou para a TV.
- O que ela está fazendo?
Assim que olhou para a câmera, o rapaz viu a garota com a mão levantada. De imediato ele começou a procurar sinais de arrombamento ou de que ela não estivesse bem, mas antes de tirar alguma conclusão, a garota fez algo inesperado. Olhou diretamente para a câmera, deu um sorriso cínico e mandou o dedo do meio.
- É-é só o humor dela, nada que não se possa resol...-
Ao olhar para os seus superiores novamente, a maioria deles segurava um riso. Até que, ainda com um sorriso, Arima, atual chefe da CCG se pronunciou.
- Murakasino Natsuki, acho que já temos depoimento o suficiente vindo de você. Eu acho que realmente, se não é nossa inimiga, ela pode se tornar uma importante aliada...
Natsuki quase soltou um suspiro de alívio.
- Mas- continou o homem de cabelos brancos enquanto ajeitava seus óculos- antes de levar está idéia adiante, peço que a traga até aqui. Eu acho que todos nesta sala devemos ver se tudo o que você diz é verdade. Então se a maioria concordar, um acordo será fechado.
Natsuki assente, um pouco nervoso e deixa a sala, indo em direção ao local onde estava Adhara.
Adhara
Pouco depois de mandar o dedo do meio na cara dura, Murakasino aparece e abre a porta. Só de ver a cara dele da vontade de rir, mas parece nervosa demais só pra uma brincadeira boba.
-Eles... Querem falar com você. - ele diz, sua voz soando rouca. É, só de olhar eu percebo que por aquele lugar não passa nem wi-fi.
Sigo meu... parceiro(?) pelos corredores brancos. Nesse lugar tem tanto piso branco, paredes brancas e gente vestida de branco que parece até um hospital.
Não andamos muito até que ele para em frente a uma porta e me encarando tenso. Dou um sorriso tão sem graça que parece ser contagioso, isso porque ele também sorri amarelo e abre a porta.
Era uma sala grande, com uma tela logo na parede da porta e em frente a ela uma mesa extensa com membros de alto escalão da CCG. No centro deles, um sujeito de cabelos brancos e óculos que assim que a porta foi aberta parecia olhar no fundo da minha alma. Foi um tanto assustador saber que quase todos os dias eu saía de casa para enfrentar assassinos e torturadores sem um pingo de medo, mas um sujeitinho de óculos e cabelo branco que não se destacaria muito em uma multidão passe uma impressão ameaçadora. Depois de olhar para ele sinto que não posso vacilar nem um segundo aqui. Mantenho minha expressão calma e olho nos olhos rapidamente cada um deles. Uns se remexem em desconforto, outros parecem não notar e uns me encaram de volta. É, vai ser dureza.
O homem de óculos então se levanta. Por trás de mim, nas minhas costas Murakasino agarra minha mão. Há duas cadeiras vazias em frente a mesa. O homem então estende a mão para elas, indicando para que nos sentemos. Meus tênis fazem um barulho no chão quando ando. Clap clap calp. Não acho que escutaria isso normalmente.
Seria o nervosismo?
Assim que me sento todos os olhares daquela mesa se viram para mim, todos ansiando poder fazer suas próprias perguntas, mas eles permanecem quietos. O homem de óculos então se senta também e assim como os outros dirige seu olhar a mim. Sem vacilar, o encaro de volta.
- Adhara Winter, não? Eu sou Arima Kishou, atual líder da CCG. Continuaria com as apresentações, mas pelo que meu subordinado informou, suponho que prefere que cheguemos de uma vez ao assunto. - Ele faz uma pausa e junta algums papéis na mesa, então volta a me encarar - Quais são os seus objetivos?
Minha boca se abre em choque, mas logo a fecho. Esperava uma pergunta direta ou talvez uma pergunta maldosa. Mas não uma tão complexa. Pode parecer uma pergunta simples, mas ela na verdade tem diversos significados. Se você pergunta a alguém normal os objetivos dessa pessoa, ela terá os objetivos pessoais, emocionais, estudantis, no trabalho entre diversas outras opções. Pensando nisso eu travo. Essa foi uma pergunta elaborada. Com apenas essa pergunta ele pode descobrir se eu trabalho para alguém ou sozinha, se no fim sou uma farsa, se pretendo ganhar a confiança deles e depois traí-los pelas costas e diversas outras informações. Encho meus pulmões de ar para responder a problemática pergunta.
- Eu preciso... Cumprir uma promessa.
Arima franze as sobrancelhas.
- E para cumprir essa promessa... O que é preciso, poderia me dizer? - Outra pergunta bem pensada. Não é a toa que esse homem é o líder. Concerteza ele tem muita experiência.
- Eu preciso acabar com a árvore Aogiri. Acabar com ela e todos os seus afiliados. Esse é o objetivo da minha promessa, Senhor Kishou. - digo olhando-o nos olhos. Percebo que eles tremem um pouco diante do meu olhar, mas ele não vacila.
- Por que tanto sacrifício apenas para cumprir uma promessa? A quem você prometeu isso afinal? - Não posso revelar tudo. Me colocaria em uma desvantagem maior ainda, mas posso revelar meia verdade. Por agora, contar meia verdade para alguém em quem não confio deve ser o suficiente para satisfazer sua curiosidade. Se talvez ele se mostrar alguém confiável tem alguma possibilidade de um dia revelar tudo, mas por agora prefiro guardar essas informações apenas comigo.
- Pessoas importantes que morreram para me salvar. Elas não deram suas vidas por motivos banais. Se estou aqui agora é apenas graças a elas. A Aogiri tirou tudo de mim, inclusive aqueles aos quais fiz essa promessa. No fim, prometi vingança. Por isso vou destruir toda essa organização. Por eles.
Natsuki me lança um olhar que era um misto de tristeza e preocupação. Tapvez por descobrir que fiz todas aquelas loucuras por vingança, talvez por descobrir que perdi tudo que mais amava. Talvez pelos dois. O homem de cabelos brancos se levanta. Seus impiedosos olhos cinzentos me chamando para que levantasse também. Me levanto, enquanto toda a mesa nos observa. Ele estende a mão para mim.
- Se assim desejar, acho que temos um acordo, senhorita Winter.
Aperto a mão dele em concordância.
- Eu aceito o seu acordo, senhor Nishou.
Então alguns membros da mesa começam uma estranha comoção.
- Com todo respeito senhor, sou contra esse acordo. - disse um deles. Outros se levantaram concordando e questionando seu líder. Ele então diz numa voz que reverbera pela sala inteira:
- Silêncio! Eu sou o atual líder da associação. Se eu faço uma escolha demais membros devem concordar e apenas apresentar suas opiniões com minha autorização. Todos entenderam?- ele disse tudo de forma tão ríspida, porém ainda com a voz calma que mesmo eu tive que me conter para não tremer.
- Sim senhor! - Disseram todos os que fizeram o tumulto.
- Todos vocês estão dispensados, com exceção de Murakasino e Winter. Vocês dois ficarão aqui para discutirmos mais detalhes.
Todos os membros saem um a um, deixando apenas nós três na sala. Qual a porta fecha, Arima então começa a falar.
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N/a
Eaeee pessoinhas!! (~￣³￣)~
Quem retornou? Isso mesmo, eu!
O capítulo de hoje tá grandão, exatas 3.114 palavras ( fora a música e a n/a), isso é um recorde!
Esse capítulo ai demorou, mas ele foi bem importante. Só para relembrar que aqui não é OcxKaneki, ent pvf não shippem Adhara e Kaneki.
☆Aliás, sobre o nome de Adhara, aqui vai uma curiosidade! Ele não é japonês ( acho que deu pra notar), mas isso tem um motivo! O avô paterno de Adhara é inglês. Ele se mudou para o Japão e teve seu filho ( o pai de Adhara ) com uma japonesa. Por isso o sobrenome Winter. Já o primeiro nome, o pai de Adhara era um astronomo, adorava estudar estrelas. Então deu a sua filha o nome de uma delas
* sinto muito por isso, mas não tenho previsão para o próximo capítulo, já que escrevo de acordo com minha criatividade, mas queria saber se vocês preferem capítulos grandes como esse que demoram um pouco mais que o normal para eu lançar ou capítulos menores que demoram menos tempo...
Bem é isso aí, e pensei em um apelido pra vocês. Se você chegou até aqui, parabéns, você acaba de se tornar um floco de neve!
Adeus meus flocos de neve e até o próximo capítulo (◕ᴗ◕✿)