A Sereia - Jotakase

By LiviaDias993

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Mara Luiza, a empresária mais bem-sucedida do Brasil, e sereia nas horas vagas. Porém, um dia, o seu segredo... More

✧❦Sinopse❦✧
✧❦Deuses❦✧
✧❦Cap 01❦✧
✧❦Cap 02❦✧
✧❦Cap 03❦✧
✧❦Cap 04❦✧
✧❦Cap 05❦✧
✧❦Cap 06❦✧
✧❦Cap 07❦✧
✧❦Cap 08❦✧
✧❦Cap 09❦✧
✧❦Cap 10❦✧
✧❦Cap 11❦✧
✧❦Cap 12❦✧
✧❦Cap 13❦✧
✧❦Cap 14❦✧
✧❦Cap 15❦✧
✧❦Cap 16❦✧
✧❦Cap 17❦✧
✧❦Cap 18❦✧
✧❦Cap 19❦✧
✧❦Cap 20❦✧
✧❦Cap 21❦✧
✧❦Cap 22❦✧
✧❦Cap 23❦✧
✧❦Cap 24❦✧
✧❦Cap 25❦✧
✧❦Cap 26❦✧
✧❦Cap 27❦✧
✧❦Cap 28❦✧
✧❦Cap 29❦✧
✧❦Cap 30❦✧
✧❦Cap 31❦✧
✧❦Cap 32❦✧
✧❦Cap 33❦✧
✧❦Cap 34❦✧
✧❦Cap 35❦✧
✧❦Cap 36❦✧
✧❦Cap 37❦✧
✧❦Cap 38❦✧
✧❦Cap 39❦✧
✧❦Cap 40❦✧
✧❦Cap 41❦✧
✧❦Cap 42❦✧
✧❦Cap 43❦✧
✧❦Cap 44❦✧
✧❦Cap 45❦✧
✧❦Cap 46❦✧
✧❦Cap 47❦✧
✧❦Cap 48❦✧
✧❦Cap 49❦✧
✧❦Cap 50❦✧
✧❦Cap 51❦✧
✧❦Cap 52❦✧
✧❦Cap 53❦✧
✧❦Cap 54❦✧
✧❦Cap 55❦✧
✧❦Cap 56❦✧
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✧❦Cap 59❦✧
✧❦Cap 60❦✧
✧❦Cap 61❦✧
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✧❦Cap 63❦✧
✧❦Cap 64❦✧
✧❦Cap 65❦✧
✧❦Cap 66❦✧
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✧❦Cap 69❦✧
✧❦Cap 70❦✧
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✧❦Cap 84❦✧
✧❦Cap 85❦✧
✧❦Cap 87❦✧
✧❦Cap 88❦✧
✧❦Cap 89❦✧
✧❦Cap 90❦✧
✧❦Cap 91❦✧
✧❦Cap 92❦✧
✧❦Cap 93❦✧
✧❦Cap 94❦✧
✧❦Cap 95❦✧
✧❦Epílogo❦✧

✧❦Cap 86❦✧

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By LiviaDias993

O Tártaro.

O Tártaro é personificado por um dos deuses primordiais, nascidos a partir do Caos. As relações de Tártaro com Gaia geraram as mais terríveis bestas da mitologia grega, entre elas o poderoso Tifão.

Da mesma forma que Gaia é a personificação da Terra e Urano a personificação do Céu, Tártaro é a personificação do Mundo Inferior. Nele são encontradas as cavernas mais profundas e os cantos mais obscuros do reino de Hades, o mundo dos mortos, para onde todos os inimigos do Olimpo são enviados e onde são castigados por seus crimes. Na Ilíada, de Homero, representa-se Tártaro como uma prisão subterrânea "tão abaixo de Hades quanto a terra é do céu". Ainda segundo a mitologia, nele são aprisionados somente os deuses inferiores, Cronos e outros titãs, enquanto que os seres humanos são lançados no submundo, chamado de Hades.

Uma bigorna de bronze cairia do céu durante nove dias até alcançar a terra, e cairia outros nove dias até atingir o Tártaro. O Tártaro, sendo um lugar tão profundo no chão, está coberto por três camadas de noites, que se seguem a um muro feito de bronze, cercando este distante subterrâneo.

É um poço úmido, frio e desgraçadamente imerso na mais tenebrosa escuridão.

Enquanto o Submundo é o lugar para onde vão os mortos, o Tártaro tem vários moradores. É nesta vasta e horrenda prisão conhecida como Tártaro, que as diferentes gerações divinas lançam seus inimigos, os primeiros à serem aprisionados no local foram as vítimas de Urano: os Ciclopes, juntamente de Arges, Estérope e Brontes.

Entretanto, após a vitória de Cronos sobre o seu pai Urano, os Ciclopes foram libertados a pedido de Gaia, mas por pouco tempo, pois Cronos os temia, e acabou por mandá-los de volta às profundezas, em companhia dos Hecatônquiros, de onde só foram arrancados em definitivo por Zeus, para que o ajudassem na sua luta contra os titãs - que acabaram sendo derrotados pelos deuses do Olimpo, e aprisionados neste desolador tugúrio. Ficaram vigiados por enormes gigantes, cada um com 50 grandes cabeças e 100 fortes braços, chamados Hecatônquiros. Mais tarde, quando Zeus derrotou o monstro Tifão, filho de Tártaro com Gaia, também o lançou neste mesmo poço de água.

É no Tártaro que as diferentes gerações divinas lançam sucessivamente seus inimigos, sendo assim, um local temido pelos próprios deuses. Zeus se aproveitava desse fato para frear-lhes qualquer oposição ou simples ameaça a seu poder.

O Tártaro também é o local onde o crime encontra seu castigo. Um bom exemplo é o de Sísifo, ladrão e assassino, condenado a eternamente empurrar uma rocha ladeira acima - apenas para vê-la novamente descer com o próprio peso. Também ali se encontra Íxion, o primeiro homem a derramar o sangue de um parente. Ele fez com que o seu sogro caísse num fosso cheio de carvões em brasa para assim evitar o pagamento do dote pela esposa. Seu justo castigo foi o de passar toda a eternidade girando uma roda em chamas. Tântalo, que desfrutava da confiança dos deuses, conversando e ceando com eles, dividiu a comida e os segredos divinos aos seus amigos. Sua punição pela perfídia consistia em ser mergulhado até o pescoço em água fria, que desaparecia sempre que ele tentava bebê-la para aplacar a enorme sede, além de ver frutificando logo acima de sua cabeça deliciosas uvas que, quando tentava colhê-las, subiam para fora de seu alcance.

O Tártaro é um lugar gigantesco, rodeado pelo rio de fogo Flegetonte, cercado por uma tripla muralha que impede a fuga dos pecadores.

O Tártaro também é guardado por uma Hidra com 50 enormes faces negras, que se posta diante de um portão rangente, protegido por colunas feitas de adamante, tão duras que nada pode cortá-las. No seu interior há um castelo com amplas muralhas e um alto torreão de ferro. Tisífone, a Fúria que representa a Vingança, é a vigia que jamais dorme no alto deste torreão, chicoteando os condenados a ali passar a eternidade.

No interior deste castelo há um poço que desce até as profundezas da terra, no dobro da distância que há entre a terra dos mortais e o Olimpo. No fundo deste poço estão os Titãs, os Aloídas (gigantes gêmeos) e muitos outros criminosos.

No próprio Tártaro estão milhares de outros criminosos, recebendo castigos semelhantes aos dos mitos gregos.

Radamanto, Éaco e Minos são os juízes dos mortos, e decidem quem deve ir para o Tártaro. Radamanto julga as almas asiáticas; Éaco, as europeias; Minos tem o voto decisivo, final, e é quem julga os gregos.

O Tártaro é muito grande, então João não sabia onde Mara poderia estar. João caminha por lá com muito cuidado, já familiarizado com os terrores do local. Como filho de Hades, e alguém com um espírito muito aventureiro, João Victor já caminhou pelo Tártaro várias vezes no passado. Ele conhece cada canto e recanto daquele lugar.

O Tártaro é realmente um lugar frio e úmido, o que incomoda um pouco João, que não ia lá há mais de um século. O Tártaro não está tão diferente do que João se lembra, exceto que há mais almas sendo torturadas.

O que você fez para vir parar em um lugar como esse, Moon?

Onde você está?

Você está bem?

Você está machucada?

Onde diabos está você?

João consegue escutar gritos e lamentos vindo de toda parte, o que não é incomum, dado ao fato de que ele está no Tártaro. Ele já procurou em todos os lugares, mas não encontrou nenhum sinal de Mara. Ele sabe que está ficando sem tempo. Quanto mais tempo ele demora para encontrar Mara, mais a alma de Mara sofre. Aquilo está deixando João aflito.

Talvez você não esteja aqui?

Claro, João foi precipitado ao ir para o Tártaro antes do Campo de Asfódelos, mas ele temia que, se Mara estivesse no Tártaro, e ele decidisse ir primeiro para o Campo de Asfódelos, Mara passasse mais tempo no Tártaro.

João já passou por várias salas de tortura pessoais, cada uma mais diferente, dolorosa e agonizante do que a outra. Há várias portas pretas, e nelas há diferentes nomes. João está procurando por Mara na sessão de portas em que está escrito “Mara Luiza”, mas há muitas Mara Luizas's no mundo.

João entra em mais uma porta, e nessa há uma mulher sendo cortada em vários pedaços com uma faca de cortar manteiga. João fecha a porta rapidamente. A mulher não é Mara, e aquela visão é agonizante, para dizer o mínimo.

Eu apenas espero que Mara não esteja passando por algo assim.

João abre mais uma porta com o nome Mara Luiza. Atrás de cada porta há um cenário diferente. Atrás desta porta há outra mulher, sendo queimada viva. João fecha esta porta e abre outra porta.

Depois ele abre outra porta.

E outra.

E outra.

E outra.

E outra.

E mais outra.

Atrás de nenhuma delas está Mara.

João não sabe quanto tempo ele está naquele lugar horrível à procura de Mara. O seu melhor palpite é que já se passaram 24 horas no mundo dos mortais. O tempo passa diferente no Tártaro e no mundo dos mortais. Enquanto no mundo dos mortais se passa apenas um dia, no Tártaro se passa um mês.

João está muito cansado, mas ele não desiste em nenhum segundo sequer. Quando ele abre mais uma porta, ele descobre que o cenário desta vez é uma sala cinza, completamente vazia. No canto da sala, há uma mulher magra, com cabelos pretos e pálida, sentada no chão, abraçando os próprios joelhos e com a cabeça baixa. Assim que João põe um pé para dentro da sala, ele consegue escutar várias vozes, gritando coisas extremamente perversas para aquela mulher.

Quando a mulher levanta a cabeça, João percebe que os olhos da mulher estão vermelhos, o que significa que ela havia chorado recentemente. Não há cor nas suas bochechas, e há muita dor nos seus olhos. Ela é um pouco transparente também, por ser apenas uma alma. Quando João estuda melhor o rosto da mulher, ele corre até ela sem pensar duas vezes. É Mara.

João cai de joelhos no chão e agarra o braço de Mara, mas ela se retrai, olhando para ele com os olhos arregalados, como se não o reconhecesse.

Os seus lábios estão bem fechados e não há nada além de medo em seus olhos.

— Está tudo bem. Eu vou te tirar daqui. — João disse.

Mara não diz nada, como se não entendesse o que ele estava falando, ou talvez ela apenas não acredite em nenhuma palavra que saia da boca dele.

Ele estende a mão para ela e diz:

— Mara, venha comigo.

Mara continua parada.

O que eu preciso fazer para que ela venha comigo? Ela sequer se lembra de mim? O tempo aqui passa diferente, então, se ela estiver aqui desde o dia da sua morte, ela pode ter passado 120 anos aqui. Faz sentido que ela não me reconheça, ou... ou ela pode ter enlouquecido e se esquecido de todos.

O estômago de João se embrulha ao pensar naquela possibilidade.

— Você... me... conhece...? — João perguntou lentamente, para que Mara o entendesse com clareza.

Mara balança a cabeça. Uma negação.

Ah, merda.

— Por favor, venha comigo, eu posso te tirar daqui.

Mara balança a cabeça novamente. Outra negação.

— Por que não?

Mara fica em silêncio.

— Você pode falar?

Mara fica em silêncio novamente. Depois, ela balança a cabeça.

Deve fazer parte da tortura. Ela está condenada a ficar calada por toda a eternidade enquanto escuta vozes desconhecidas falando coisas horríveis e humilhando-a.

Mara olha para o lugar em que deveria estar a porta. João consegue ver a porta, mas ele sabe que Mara não consegue.

Como você veio parar aqui?

João agarra o braço de Mara novamente. Ela tenta se soltar, mas João não deixa, segurando-a firmemente. Ele não está usando força suficiente para machucar a alma de Mara, mas o suficiente para que ela não possa se soltar sozinha.

Ele ajuda Mara a se levantar, e ela se debate. Ver Mara tentando fugir dele daquela forma machuca o seu coração, mas ele ignora aquele sentimento. Ele vai tirar Mara daquele lugar horrível, custe o que custar.

Com muito esforço, João consegue levar Mara até a porta já aberta e forçá-la a ir para o lado de fora. Quando Mara percebe que está em um cenário diferente do anterior, e que as vozes haviam parado de incomodá-la, ela olha para João - ainda sem saber quem ele é - e depois olha em volta. Ela não tenta falar. Ela pode ter se esquecido como se fala.

— Eu vou te tirar daqui, está entendendo? — João perguntou.

Mara assente.

Ainda segurando o braço de Mara, João começa a caminhar com ela por aquele enorme corredor. Demora uma semana inteira (contando pelo tempo no Tártaro) para que ele finalmente consiga ver a saída daquele corredor. O portal que ele abriu está bem ao lado da saída.

Mesmo tendo se passado uma semana de caminhada no tempo-Tártaro, Mara e João não estão cansados. Mara pode ser apenas uma alma agora, mas ela ainda é uma semi-deusa. João também é um semi-deus, então algo tão simples quanto uma caminhada não pode cansar nenhum dos dois.

João suspira aliviado ao parar em frente ao portal, mas ele logo se arrepende de ter comemorado a vitória antes da hora quando um cão do inferno para bem na sua frente.

O cão do inferno é um grande cão com uma pelagem preta emaranhada, olhos vermelhos (às vezes flamejantes), super força e velocidade, características fantasmagóricas e um odor fétido.

Eles são os guardiões da entrada para o mundo dos mortos, como cemitérios, e realizam outras funções relacionadas com a vida após a morte e o sobrenatural, tais como a caça de almas perdidas e almas que guardam um tesouro sobrenatural. O cão do inferno também é um mensageiro ou cobrador do reino de Hades, que vem buscar as almas vendidas.

O cão do inferno rosna para Mara. Ele começou a caçá-la assim que ela saiu do seu próprio “inferno pessoal”. Mara se esconde atrás de João, assustada.

Uma voz diz atrás de João:

— Ah, eu sabia que você viria procurá-la... Você é um teimoso. Nunca vai aprender a sua lição, não é, João Victor?

João não precisa se virar para saber de quem é aquela voz. Desde a guerra contra o vampiros e lobisomens, ele tem escutado aquela voz em alguns sonhos. Memórias perdidas, jogadas ao vento, esperando serem encontradas.

— O que você quer, Hades? — João perguntou, sem se virar, trazendo Mara para a frente e abraçando-a, como se pudesse protegê-la de todos os perigos que assolam o mundo.

— Você está com algo que me pertence. — Hades disse. O cão do inferno rosnou para Mara, como se concordasse com ele.

João zomba:

— Algo que pertence à você? Você tem certeza?

— Se ela não pertencesse à mim, por que mais ela estaria aqui? — Hades perguntou retoricamente. — Rápido. Entregue-a para mim de boa vontade se não quiser que o meu cão do inferno rasgue esta pobre e quebrada alma em pedaços.

João calcula a distância entre o portal pelo qual ele veio, o cão do inferno, e onde ele está. O cão do inferno está bem à sua frente e, atrás do cão do inferno, está o portal. Assim que alguém passar pelo portal, o portal fechará sozinho.

— Nunca.

Antes que Hades possa raciocinar o que João disse, João empurra Mara para dentro do portal. O cão do inferno tenta pegá-la, agarrando a roupa dela com os dentes, mas já era tarde demais. Mara já havia passado pelo portal e o portal havia se fechado. Hades grita de raiva.

João está sozinho para enfrentar os seus problemas, mas pelo menos Mara ficará bem. Sandra saberá o que fazer.

✧Continua✧

📝Hi guys! Como vocês estão? Eu espero que bem, de coração. ❤️
O que acharam do capítulo? Contem para mim :-)
Eu queria recomendar uma história para vocês, ela é do meu amigo _F4IRY_, o nome da história é: Kyosekai. Essa história contém muitas aventuras, sobrenatural, fantasia, e muitas outras coisas. Eu realmente ficaria muito feliz se vocês dessem uma olhada na história dele :-)

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