Glória
Glória
Mavka inspirou de modo forte do lado de fora da sala de Beron. Eris estava ao seu lado. Sentia como o parceiro estava tenso. As mãos suavam e ele tremia levemente.
Olhava para todos os lados, balançando um pouco a perna. Olhos frenéticos e amedrontados pelo o que aconteceria dentro de alguns segundos.
Ela sabia de todos os medos do Vanserra.
Sabia dos pesadelos dele a noite.
Via as cicatrizes. Cuidou de muitas delas.
O lado maligno que todos falavam era totalmente e inteiramente falso.
Era apenas uma alma obrigada dele.
Que respeitava e obedecia tudo o que o pai falava, para manter a si próprio, a mãe e o irmão a vivos.
Eris tinha medo da própria sombra.
Tinha medo de sorrir verdadeiramente.
Ele esperará a vida toda. Para ser salvado. Esperando que talvez o irmão ajudasse nisso.
Mas continuou escondido.
Dividido entre duas coisas. Entre o medo e a impulsividade.
Os planos dele eram perfeitos. Para acabar com isso.
Libertar a mãe.
Para poder finalmente deixar de viver miseravelmente.
Ele queria poder dizer tudo o que passou.
Desabafar.
Mas nunca foi capaz.
Não até você aparecer.
Uma grã-feerica. Destinada a casar com ele.
Assim como a Senhora da Corte Outonal um dia foi destinada a Beron
Mas você era diferente dela.
Foi criada para governar. Para ser uma mulher forte, independente.
E você dava força a ele. O dava coragem e alimentava a chama boa e verdadeira dele. Para que ele lutasse contra tudo isso.
Você o ouvia, acodia e ajudava. Estava ao lado dele.
E o conquistou apenas com uma dançar durante um festival.
Esta não é outra história
Este não é outro furo
Eu me recuso a ser outro número agora
Nunca ficar para baixo
As portas finalmente foram abertas, nesse exato momento, por você. Puxando Eris e andando com ele. Passos firmes até o centro da sala. Um sorriso no rosto, debochado, demonstrando falta de respeito em excesso.
Estava na hora de agir.
"Saia do trono."
Mavka disse. Uma mirada forte. Chamas quentes pairando nos olhos.
Está se intensificou quando Beron riu.
"Porque eu faria isso? Não vou obedecer uma putinha como você." A voz era egocêntrica.
Digna dele.
"Retire seus chifres de amante daí rapidamente."
Revirou, na mesma altura. Sentindo o aperto das mãos aumentarem.
Eris a olhou, com medo.
Você sorriu a ele. Encorajando.
"Saia, pai."
A voz do seu amor se fez presente.
E seu coração se acalmou quando ele largou sua mão, determinado a causa.
"Ou te tirarei daí."
Você se afastou alguns passos, mordendo o lábio inferior e dando espaço a provável luta que aconteceria.
Inspirou novamente. Testemunhando a surpresa em Beron.
"Tomando atitude finalmente?"
A voz do Grão-Senhor era baixa.
"Você não governa. Você mata e planta ódio em nossas terras. Assassina nosso povo. Estraga as colheitas. Então, sim. Tomei uma atitude. E ela será realizada com sua morte ou não."
Eris levantará a mão.
Não era uma chama comum.
Era mais avermelhada. Mais vivida.
Repleta de magia.
Uma que nem Beron alcançava.
"Me tire então."
O desafio realmente havia sido lançado.
Isso é algo real
Eu sou um nome que você vai lembrar
Eu sou mais do que apenas uma emoção
Eu vou ser o maior de todos os tempos
Cuidado
Eu sou uma força que você vai temer
A força que movia seu noivo não era paz ou então o calor do amor que sentiam entre si.
Era o mais puro ódio.
Guardado por anos vivos.
Ódio de uma vida ouvindo gritos próprios, da mãe e dos irmãos.
Um ódio tão profundo.
Uma raiva que dava medo e tirava fôlego.
E dentro disso havia um poder.
Uma força matriz superior.
O poder movia ele.
Movia você a cuidar dele e lhe movia a proteger ele quando um dos guardas se espreitou e tentou o atacar enquanto o mesmo desafiava o pai.
Mavka era as costas de Eris.
O guardando e cuidando para que não fosse ferido de modo sem honra. Um ataque falso por trás.
Mas não era necessário que você fizesse muito.
Beron não tinha forças para enfrentar o filho. O poder do mesmo falhando rapidamente. Fraco fisicamente para aguentar alguns ataques a queima roupa.
Sabia da capacidade do parceiro e acreditava fielmente nele.
Eu faço isso pela glória
Eu faço isso pela glória
O grito de Beron com a chama perfurando o peito do mesmo foi assustador. Mas necessário.
Saboroso diante da causa.
A morte do Grão-Senhor era para uma melhora.
O corpo se chocou contra o chão quando Eris o tirou do trono, para que não manchasse o mesmo com sangue.
O chão por inteiro tremeu quando o seu amor se sentou.
O poder digno do mesmo sendo transferido.
De pai para filho.
Hierarquia de Grão-Senhor.
Você respirou fundo, vendo os guardas pararem.
Olhou para o corpo e a poça de sangue no chão.
"O tirem daqui, por favor..."
Pediu de modo baixo.
Sangue a dava repulsa. Mortos também.
Ignorou esse fato. Não poderia desabar agora.
Então, correu. Correu para Eris.
Correu para sentar no colo dele e o abraçar.
O reconfortar.
Matar o próprio pai, mesmo com o quanto ele era horrível, era difícil. Magoava ainda mais.
Eu vou ser mais do que apenas uma fábula
Eu serei escrito nas estrelas
Eu nunca estarei com muito medo de sangrar
Desistindo de mim
Mesmo quando é difícil
"Você conseguiu.."
Sussurrou, apenas para que ele pudesse ouviu. Sorriu para ele, segurando o rosto do ruivo e o beijando.
Não um beijo comum.
Um beijo apaixonado.
Um beijo que deixava as preocupações para trás.
Um beijo que demonstrava que finalmente estavam em casa, que poderiam construir uma casa juntos.
Um beijo de liberdade.
Um beijo que demonstrava o quanto era apenas vocês dois contra o mundo.
"Eu e você, Mavka... Contra a regra do mundo, sempre, okay?"
Ele perguntou, enrolando os fios de cabelo entre os dedos.
Você concordou com a cabeça, sorrindo para ele.
O puxando contra o próprio peito e sabendo o como estava sensível no momento.
Eris abraçou sua cintura.
Você o fez carinho no couro cabeludo.
Mesmo com o rosto entre seus seios, ele se permitiu desabar.
Se permitiu chorar, como uma criança que perdera o doce.
"Estou livre..."
A voz era embargada, ele tossiu algumas vezes depois de soluçar e enxugar o nariz.
"Minha mãe está livre..."
O choro se intensificou novamente.
O alívio era tão grande.
Você não disse nada.
Você estava ali.
O abraçando e beijando.
Sabia como o silêncio era importante.
Oh, eu comecei como uma brasa
Quem nunca foi descuidado
Agora estou furioso como um incêndio
Queimando tudo que vejo
Ficaram bastante tempo ali.
Bastante tempo se abraçando.
Reconfortando um ao outro.
E isso fora o suficiente.
O suficiente para que voltassem e abraçassem a Senhora Outonal.
A dizendo a notícia. Também a dando suporte.
Vendo o quão feliz ficou, ao ponto de cair e chorar.
Ela estava livre.
Sem mais agressões.
Invações e tantas coisas que sofria.
Livre para amar aquele que nunca esqueceu.
E você.
Você e Eris estavam prontos para casar e para que todos realmente soubessem.
Estavam prontos para governar.
Prontos para auxiliar, as vilas visitar e cuidar.
A famílias para fazerem sobreviver.
A liberdade era algo necessário.
Que tanto esperaram. Que tanto lutar e se preocuparam.
Havia contratempos, como os irmãos de Eris, irritados com o fato de logo ele ter assumido.
Outros como uma conversa para ser feita.
Eris com o Círculo Íntimo de Rhysand.
Eris com todas as outras Cortes
E a mais principal de todas.
Eris com Lucien.
E é algo como
Sou vitorioso
É minha vez
Não há como parar isso
Porque eu nasci para isso
A força matriz da vivência de vocês agora seria tudo o que sempre quiseram.
Algo mais poderoso do que o ódio.
A vida.
A felicidade e liberdade que nunca tiveram.
Algo que estavam prontos para receber e também dar.
Isso era o que toda Corte Outonal precisava.
Reviver, da alegria e esperança.
Não da morte causada e sangue derramado.
Era isso o que você e Eris iriam tentar trazer.
Quando sobrar apenas poeira
Eles vão lembrar
Oh eles vão lembrar de nós