Acordo com o maldito som do despertador. E se isso já não bastasse a minha amada mãe e meu traste de irmão ainda gritavam da cozinha, tenntando me acordar.
- Alex Sparks acorda logo Filha! Você vai se atrasar! - gritou minha mãe.
- Já estou indo mãe, acordei! - gritei do quarto.
Simplesmente virou ritual a duas semanas atrás isso. Eu não conseguia acordar por conta própria, e minha mãe achava isso extremamente estranho,quase tanto quanto eu.
Mas até que já me acostumei com tudo. Digo, quase tudo. A duas semanas também estou tendo malditos sonhos esquisitos de raios e aghr! Corações! Eu sonho com corações e duas pessoas, a duas semanas.O ser humano esquece 80% dos sonhos 10 minutos depois de estar acordado. Mas eu não. Desde o primeiro dia que tive esse sonho, isso ficou na minha cabeça.
- Sai logo daí Sparks. Parece que vai casar com essa demora! - gritou meu irmão.
- Me deixa em paz encosto! Vê se cuida da sua vida!
- Eu cuido sim, enquanto implicou com você. Vê se anda logo!
- Vai pro inferno! - gritei.
- Também te amo, irmãzinha.
Parece que é o hobby preferido de Thiago me irritar em plena 6:20 da manhã, quase tanto quanto jogar futebol o tempo todo com Mathias, seu melhor amigo. Que diferentemente dele é gente boa.
Me arrumo e desço para tomar café da manhã.
- Bom dia, traste! - falei rindo e sentando na mesa.
- Bom dia, baixinha. - ele fala rindo.
- Bom dia queridos, se apressem para não se atrasarem - minha mãe disse, antes de colocar dois pratos com panquecas na mesa e dar um beijo em nossas testas.
- Ok, obrigada mãe! - falamos juntos.
Terminamos o café da manhã e fomos para a escola. Mas hoje para minha sorte Thiago quis ir a pé. E eu estava começando a me arrepender por ter concordado.
- Tudo bem Alex? - Thiago perguntou, em um tom gentil e preocupado.
- Ah sim, estou bem. - menti.
- Não adianta mentir Alex, você está incomodada com alguma coisa - ele disse me olhando de um jeito paterno.
Suspirei derrotada, na maioria das vezes meu irmão sempre sabia quando algo estava errado comigo. Pelo menos quando eu deixava ou não aguentava esconder - Eu sinto que tem alguma coisa me observando Thiago. E não é a pouco tempo que sinto isso - falei olhando pra ele.
Todos deveriam chamar meu irmão de idiota. Porque embora não dê para mudar seu nome no cartório esse poderia ser quase o nome dele.
- Do que esta rindo imbecil? - perguntei completamente irritada, como meu irmão sabe que não estou bem e fica rindo da minha cara?
- Eu não estou rindo de você Alex, estou rindo do seu cérebro. - ele diz em meio a gargalhadas altas. - Sempre que você não está bem que no caso é todo dia a duas semanas, você diz isso.
Não falo nada. Simplesmente decido ignorar o que meu irmão disse. Mas talvez ele esteja certo, provavelmente isso só seja coisa da minha cabeça. Mas enquanto aos sonhos? Se eu dissesse dos sonhos para ele,o mesmo diria a mesma coisa que tinha da minha sensação. E embora fosse a desculpa mais fácil eu não acreditava!
(...)
O caminho até a escola foi silencioso, Thiago se distraia olhando para as árvores e casas de Los Angeles, e eu fiquei o caminho inteiro olhando para o chão,com mil e um pensamentos correndo por minha cabeça. E cada um me deixava só mais confusa ainda, e com mais perguntas.
Perguntas sem respostas.
- Alex! - escuto uma voz me chamar me tirando de meus pensamentos.
- O-Oi?
- Pelo amor de Deus, você está parada em frente ao portão da escola vai fazer 10 minutos. - Thiago disse, me chacoalhando.
- Tá bom, já estou acordada, por favor pare de me balançar se não quiser que eu vomite o café da manhã em você! - exclamei e ele me soltou.
- Tá bom, vamos entrar. E vê se para de sonhar acordada.
As aulas passaram bem rápido. Quando percebi já era a hora do lanche, mas eu não tinha a mínima fome.
Estava andando pelo corredor de armários dos alunos e abro o meu. Guardo uns livros até que encontro um bilhete que estava escrito em grego e alemão misturados. E eu entendi!
- Σήμερα θα ανακαλύψετε! - li o bilhete em voz alta em grego e depois li de novo traduzido. - Hoje você descobrirá!
Li e reli, li e reli. Li até meu cérebro guardar essa frase como a primeira da lista de lembretes.
O que isso quer dizer? O que eu vou descobrir? Porque colocaram um bilhete no meu armário, e em grego?!E como eu entendi?
De repente, uma sensação de frio tomou conta de mim. E não era o tempo, estávamos no ápice do verão em Los Angeles. Eu me encolhi, quando me senti arrepiar.
- SssssssDianasssssss - escuto uma voz atrás de mim.
Senti meus pelos da nuca ficarem arrepiados, como se realmente estivesse atrás de mim. Estiquei os dedos para trás e não havia nada, mas eu sentia que havia.
Me viro rapidamente com o bilhete ainda na mão, fechando a porta do meu armário.
- Quem está aí? Eu...- sou interrompida por uma dor no pulso e no pescoço, gemo de dor, meu colar e minha pulseira estavam ardendo, isso não era normal - Ah! Porque isso arde? - falo e depois de gemo de dor.
Quando a dor finalmente passa, pego a pulseira e a levanto sem tirar do braço, tinha ficado a marca da pulseira gravada no meu pulso. Uma raio. Idêntico ao da pulseira, só que não ardia. Em questão de segundos a marca desapareceu deixando meu pulso limpo sem marca e sem vermelhidão. Sem nada.
Mamãe havia me dado aquele cordão e pulseira quando era somente uma garotinha de cinco anos. Ela me disse para nunca tirar. Nunca. Mas eu não sabia bem o porque, nas últimas duas semanas (porque tudo começou a duas semanas) sempre que essa sensação esquisita sombria e de frio me tomava, esses meus acessórios "sagrados" começavam a arder. Às vezes até ao ponto de queimar.
- Mas o que... Eu só posso estar ficando louca.
Suspirei, eu ainda estava arrepiada. E a sensação de frio não havia passado.

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A filha de Zeus e Afrodite (Em Revisão)
Teen FictionQuando somos adoslescentes estamos a busca de uma indentidade. Saber quem realmente somos. Ela é uma meia-sangue durona e difícil. Aprender a perder para ganhar. E aprender a confiar em quem nunca pensou que iria confiar Um novo amor ela desco...