CAPÍTULO UM

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Com o som do farfalhar de asas habitual, Castiel apareceu repentinamente no quarto, interrompendo a conversa dos irmãos Winchester e assustando-os. - Olá.

- Jesus, Cas, você tem que parar de aparecer assim - Dean se queixou. - Qualquer dia vai acabar nos encontrando pelados.

- Você já devia ter se acostumado com isso. - Sam riu.

- Era pra ser uma piada, Sammy, esqueci que seu senso de humor é péssimo.

- E eu não me espantaria se você dissesse que ele já apareceu enquanto você estava pelado - riu novamente.

Dean revirou os olhos e ignorou o comentário desnecessário do irmão. - E então, Cas, o que te trás aqui?

- Eu não quero vê-los pelados - franziu o cenho, pensativo. - Demônios no Arizona. Mas não parecem ser demônios comuns, há algo por trás dos ataques.

- Não quer nos ver pelados? Sempre achei que você tivesse algum tipo de desejo angelical estranho. - Dean começou a rir alto, mas o riso se desfez ao perceber que ninguém mais havia achado engraçado. - Ok, o que houve de diferente?

Sam ligou o computador e começou a pesquisar sobre os acontecimentos recentes e suspeitos no Arizona, para ver se descobria alguma coisa.

- Mulheres têm desaparecido, e todas estavam grávidas de nove meses.

- Sem corpos nem vestígios? - Dean perguntou, arqueando uma sobrancelha. - Encontrou algo, Sammy?

- Todos os pais dos bebês foram mutilados - respondeu, virando-se para os dois.

- E as mulheres? Algum corpo foi encontrado? - Dean perguntou para Sam e se virou para Castiel por um momento, percebendo que o mesmo estava um pouco aéreo.

- Falei com Tom, um caçador amigo do nosso pai que vive por lá. Tudo o que ele encontrou até agora sobre o caso foram alguns símbolos desconhecidos, feitos de sangue, nas paredes dos quartos dos bebês. Ele disse para encontrarmos ele em frente a um bar chamado Frecklys.

Os irmãos estavam prontos para ir ao Arizona, mas Castiel continuou imóvel. Depois de alguns instantes, percebeu o olhar dos dois sobre si. - E-eu preciso ir?

- É claro, Cas. Ou você acha que pode vir aqui, nos jogar uma bomba e fugir pro céu e seus assuntos angelicais?

- E então... vamos? - Dean abriu a porta e girou as chaves do carro nos dedos, esperando alguma manifestação do irmão e do anjo.

Assim que Sam passou pela porta e Castiel desapareceu.

Dean passou o caminho inteiro, entre o quarto e o Impala, xingando Castiel. Mas quando entrou no carro, viu que o anjo estava no banco de trás. - Às vezes eu esqueço que você faz isso.

- Vamos logo, pelo o que li, tem sumido duas grávidas por dia, e hoje ainda não sumiu nenhuma - alertou Sam, enquanto sentava-se no banco do passageiro.

Dean deu partida.

(...)

Além do caso misterioso, algo estava perturbando Dean: o jeito distante de Castiel. Não era uma grande mudança, mas era perceptível que ele estava diferente.

- Cas, tá acontecendo alguma coisa? - perguntou, erguendo uma sobrancelha. - Você tá diferente, mais sério, mais distante.

- Dean tem razão.

- Eu estou normal - respondeu, olhando entre os irmãos. - Não ouvi nenhuma piada para estar rindo.

- Na verdade você nem ri quando escuta uma piada, Cas.

ELO  (Destiel)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora