- Pensou errado. – resmunguei colocando outro pedaço da torta na boca e senti sua mão no meu joelho o acariciando.

- Você já deve saber tudo, o Jesus já deve ter contado. – dei de ombros mastigando a torta, ainda com o olhar desviado do dele.

- Quero saber diretamente de você. – falei firme e ele com um aceno de cabeça rindo, em seguida coçou a barba rala.

- Se eu falar me deixa comer? – dei de ombro e riu novamente. – Tudo bem, querida. – passei a forma para ele que gargalhou e senti outro chute da nossa filha. Os minutos seguintes foi ele me contando tudo que foi resolvido durantes esses dias, como está sendo a investigação, como está sendo para bolar o plano e em seguida tratamos de conversar sobre nossa bebê, o que a fez ficar bem animada pela atenção administrada. A cada o pai conversava com ela, dava beijos e acariciava. Nunca pensei que aquele homem bravo que encontrei na estrada, junto com Andrea, T-Dog, Dale, seria assim e que um dia estaríamos estar juntos.

Poucos dias depois

Tinha terminado de tomar banho, estava ajeitando a jardineira que tinha ganhado há alguns dias no corpo, estava começando a ficar apertado, daqui alguns dias não poderia mais usar.

Estava saindo de casa para regar algumas flores que ganhei de Paul e alguns moradores, quando cheguei para me distrair. Foi quando vi a agitação, uma correria, não estava entendo. Essa agitação me fez ficar nervosa, o que me causou uma certa dor embaixo na barriga, mas não uma dor tão forte em ser insuportável.

- O que está acontecendo? – perguntei via algumas pessoas correndo. Maggie corria e com a sua pequena barriga e eu não estava entendo, ela vestia um casaco de couro preto.

- Maggie. – assim que gritei, senti o peso do grito descer por minha barriga. Me segurei no corrimão da escada, mas não deu jeito, minhas pernas bambearam e eu cai sentada gemendo de dor. Olhei para frente e vi Maggie vindo correndo até mim, ela se aproximou junto com Enid e eu levei minha mão para minha barriga pedindo a Deus para que nada acontecesse a minha filha.

- Enid, preciso que você fique aqui. Você tem que ficar com ela, tudo bem? Já perdemos a Sasha, não podemos perder mais ninguém. – Maggie olhou preocupada e eu confirmei, disse em olhar que estava tudo bem, eu sei que ela precisava ir.

- Oi. – Enid falou ofegante e eu gritei pela dor que senti novamente, só que desta vez veio mais forte, me fazendo gritar e chorar pela dor. - Ei, calma, o que está sentindo? Dor? Onde? É na jogadora? – falou tentando me acalmar e descobrir o que estava acontecendo. "Jogadora" é o apelido em que a Enid deu a minha filha que ainda não tem um nome, apelido este dado por minha filha dar chutes fortes, na maioria das vezes.

- Eu não sei... – resmunguei de dor e tentei levantar sozinha, mas ela fez sinal que iria me ajudar – o que está acontecendo? – ela me ajudou a levantar, mas não ia aguentar me ajudar, minhas pernas estavam bambas, não estava me aguentando. Foi quando senti uma mão mais forte me segurando, era um dos rapazes de Hilltop, nos ajudando. Me colocaram na cama e foi me pondo devagar, mas eu gemia de dor, não estava conseguindo pensar direito no que poderia ser. A dor veio mais forte me fazendo gritar e segurar firme nas cobertas.

- Não faz isso comigo Hannah, por favor. – gritou Enid chegando perto de mim - Precisamos do médico aqui, vou busca-lo. – ela correu me deixando sozinha com o cara e ele me encarou preocupado.

- Você é médica, certo? Não sabe o que é isso?

- Não sou obstetra, sou pediatra, geral... – respirei fundo gemendo e o médico apareceu, me examinou, detalhei as dores que sentia e ele me deu o diagnostico que poderia ser meu útero expandindo, o bebê se movimentando, contrações uterinas. – Não há que se preocupar Hannah, não teve sangramento, como você bem sabe, se tivesse ai sim teríamos problema, mas você está bem.

Horas depois

- Ela passou mal, acho melhor não leva-la, não agora, não hoje, eu fiquei com medo... eu, eu pensei que iriamos perde-la, ela gritava de dor. – estava deitada na cama, acordada. Dava para ouvir Enid conversando com alguém, não sabia quem seria.

Esperei mais alguns segundos em silêncio até que a porta foi aberta e vi o Daryl entrando junto com a Maggie e o Paul, quando me viram deitada acordada ficaram atentos. Daryl chegou perto rápido, se sentou na cama me olhando e acariciou minha cabeça me dando um beijo na testa em seguida.

- Oi querida.

- Oi. – falei quase sem voz.

- A Enid nos falou, como está se sentindo agora?

- Cansada, deve ser por conta do remédio. Mas a dor melhorou. – senti a mão da Maggie na minha barriga acariciando.

- Como foi lá? – perguntei – Eu preciso saber, assim eu fico em paz, por favor. – Daryl segurou minha mão a acariciando,

- Está tudo bem, vamos para uma segunda etapa, vamos ficar bem, vamos vencer, você vai poder voltar para Alexandria e se livrar daqui. – Jesus brincou e eu ri fazendo uma careta em seguida.

- Querendo nos assustar de novo Hannah? Não podemos perder você.

- Não vão, eu e a Holly. – falei pegando todos de surpresa.

- Holly? – perguntou Daryl curioso.

- Então já temos um nome para nossa pequena jogadora?

- Se o pai concordar sim. – olhava esperançosa para o Daryl que sorriu para mim.

- Por que Holly?

- O azevinho é uma planta que papai deixava sempre nas entradas e saídas de casa na época de Natal, isso me fez lembra-los e também lembrar que é uma planta de proteção, paz e felicidade.

- Então, será Holly.


*-*-*-*


Oi meus amores, mil desculpas pela demora e pelo capítulo pequeno, mas eu queria deixar esse capítulo mais ligado a pequena jogadora/Holly, espero ter feito o certo e espero que tenham gostado.

Até próxima semana, bjs. 

Dark NecessitiesOnde histórias criam vida. Descubra agora