" Se essa vida fosse um filme Eu dava pause nessa cena Te olhava de cima pra baixo E batia palma no cinema"
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Sn gostava muito de assistir os jogos do seu namorado, logo ela que nunca foi a fã número um do esporte, como o resto da família.
Ela estava sentada ao lado de algumas das esposas, dos companheiros de time do seu francês, comentando sobre seus desempenhos na partida e aguardando dar início ao segundo tempo.
Eles encontravam-se na frente do time adversário por dois gols, mas não eram uma equipe que comemorava a vitória antes do juiz apitar o fim do jogo. E foi faltando quinze minutos para acabar a partida, que Benjamin recebeu o passe perfeito de Müller e correu em direção ao gol, sendo parado de maneira brusca e violenta pela defesa da outra equipe.
- Filho da puta! - Sn gritou, ao ver seu namorado segurando a perna esquerda com uma expressão de dor. - Ai, meu Deus, quebraram o meu bebê.
- Hey, se acalma. - uma das meninas pediu de forma gentil, mas a brasileira estava totalmente focada no jogador do Bayern sendo retirado do gramado. - Tenho certeza de que não foi grave, ele vai ficar bem.
- Eu tenho que ver como ele está.
Sn se afastou do grupo, mesmo com os protestos das amigas e caminhou até a parte mais próxima do campo. Mas, um dos seguranças barrou a médica, antes que ela conseguisse chegar ao francês.
- Me deixa passar, que droga!
- Não é culpa minha, moça. - falou o homem. - Apenas pessoas autorizadas podem entrar no campo.
- Tudo bem.
Ela sabia bem como burlar as regras, fingiu fazer o caminho de volta e isso distraiu o segurança corpulento por um minuto, tempo suficiente. Sn passou pelo homem correndo e ignorou os seus pedidos para que a mesma parasse. A brasileira seguiu até o namorado, que estava recebendo atendimento ao lado do gramado, enquanto a partida continuava.
- Sn? - ele parecia perplexo ao ver a sua mulher ali, ajoelhada ao lado dele, com preocupação estampada no rosto. - Como você entrou aqui?
- Oi, mon amour. - sorriu sem graça. -É uma longa história, conto depois, está sentindo alguma coisa?
- Isso está doendo para caralho. - reclamou, segurando a mão da médica e apertou um pouco.
- Não suporto te ver assim, Ben.
- Você vai ficar de fora, por uns quatro jogos, Pavard. - informou o médico do clube do qual o homem fazia parte.
- Merda!
- Vou passar alguns medicamentos para a dor e imobilizar seu pé.
- Pode me passar tudo. - ela levantou a cabeça, encarando o homem de cabelos grisalhos e estendeu a mão. - Eu sou a doutora Ss.
- É um grande prazer. - sorriu. - Vou lhe passar a receita e você cuidará do nosso garoto em casa.
- Obrigada.
- Ai, minha nossa, a senhorita corre muito. - Sn suspirou, ao ver o segurança parado ao lado deles dois. - Tem que se retirar do campo agora.
- Eu preciso ficar com ele. - explicou, sem soltar a mão do camisa cinco, não querendo ficar longe do seu francês.
- Pode deixar ela aqui, irmão, é minha namorada. - disse fazendo uma careta de dor e respirando fundo.
- Tudo bem. - encarou a garota, antes de se afastar do casal.
- Se eu não estivesse sentindo tanta dor nesse momento, iria adorar saber como você conseguiu entrar no campo, passando por aquela montanha. - um pequeno sorriso se formou no rosto do rapaz e a mulher fez uma expressão de inocência.
- Fiquei muito preocupada com você. - afastou alguns fios de cabelo cacheados da testa dele e deu um selinho em seus lábios. - Não pensei direito, só queria ver se estava tudo bem.
- Bom, tirando a parte em que eu vou ficar de fora em jogos importantes. - deu de ombros, com os olhos cheios de lágrimas. - Está tudo ótimo.
- Benjamin.
- Eu queria ajudar meu time a chegar na final da Champions, Sn.
O seu tom de voz denunciava o quanto estava frustado por não poder jogar, ele amava o que fazia. E a brasileira sabia que aquele campeonato era importante para o seu namorado.
- E você irá, meu amor, tenho certeza de que vai se recuperar rapidamente.
Ben sentou-se com à ajuda de um dos rapazes da equipe técnica, enquanto colocavam uma bota ortopédica no pé do mesmo.
- Não precisa mentir para mim.
- Estou sendo sincera, tudo ficará bem e logo, logo você vai voltar a me matar do coração. - Pavard riu, abraçando a namorada e beijando os lábios dela. - Além disso, terá a melhor médica desse mundo.
- Sim, e a mais gostosa também. - ele sussurrou próximo ao ouvido da sua linda namorada, fazendo a mesma rir.
- Idiota.
- Eu preciso dos seus cuidados, amour. - o francês disse com um biquinho fofo e Sn teve vontade de morder-lo.
- Eu te tanto amo, Ben. - falou. - Meu coração fica apertadinho por vê-lo se machucar.
Ela não era muito de demonstrar seus sentimentos e depois de dois anos, ele já estava acostumado com isso. Mas era muito bom ouvi-la dizer que o amava e isso aqueceu seu coração.
- Te amo muito. - sorriu, recebendo um beijo demorado e calmo. - E tenho muita sorte de tê-la ao meu lado.
- Eu sempre vou estar.
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