Capitulo 64

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A volta para o Estados Unidos foi adiantada por um motivo: quebrei o braço.

Sim gente eu quebrei o braço, você já sabem que eu sou uma pessoa estabanada.

Como eu quebrei? Eu estava andando de patins com meus irmãos na rua, até aí tudo bem, eu estava linda radiante andando, rodopiando, indo rápido apostando corrida com a North, nisso minha mãe e o Marcus estavam falando: "toma cuidado porque você não sabe nem ficar em pé Ana Carla" e eu ia respondendo: "parem de ser chatos, eu não vou cair".

GENTE FOI SÓ EU FALAR ISSO QUE EU CAÍ, mas não foi só um cair, foi uma queda monumental, eu rolei na rua, o povo da padaria até saíram para fora porque eu arrastei uma cadeira do lado de fora.

Minhas mães berravam tanto mas tanto que até a North me ajudou a entrar no carro, o Marcus coitado estava todo preocupado porque eu estava toda ralada, mas bota ralada nisso, como eu estava de shorts curto e regata metade da minha pele foi embora.

Quando chegamos no hospital, a enfermeira pensou que eu tinha sido atropelada, porque eu estava toda sangrando e com o braço direito roxo e inchado.

Depois que me examinaram, colocaram vários curativos em mim, quando eu falo vários era por que eram vários mesmo. Chegou a hora do braço, como a Kim estava com a gente enquanto minha mãe ia falando com o médico, eu ia traduzindo para a Kim poder entender, mas quando o médico disse que eu teria que operar eu comecei a passar mal, tiveram que me dar soro e aí que o negócio começou a dar errado, eu teria que operar o mais rápido possível mas se eu operasse no Brasil eu teria que ficar mais tempo, só que eu não tinha mais tempo para ficar lá, então meus 4 pais tiveram que assinar um termo de responsabilidade para me trazer de volta para o Estados Unidos para poder fazer a cirurgia aqui.

Saindo do hospital, já no carro minha mãe foi mudando as passagens de todo mundo para o mesmo dia, e quando foi dez da noite eu já estava no avião toda entrevada, me deram um remédio que me dopou e eu só acordei quando o avião pousou porque eu bati uma das pernas raladas na do Marcus.

Meus pais do BR não puderam vir junto porque meu pai tem que dar aula e meu irmão ter aula então o Marcus ia falando com eles.

Quando a gente chegou no hospital o Jhonatan já estava pronto para me dar injeções contra doenças que eu nunca tinha ouvido falar, refazer minhas vacinas porque aparentemente os micróbios são diferentes, aaaah e tudo isso já falando que eu não posso ver o chão que já estou nele.

O mesmo médico que operou minha perna, operou meu braço, e eu tive que ficar no hospital para ver se eu não tinha pego nenhuma infecção nos machucados, gente só não tinha coisa no meu rosto porque no resto do corpo tinha.

E aqui estou eu hoje, numa cama de hospital faz dois dias já, mas eu acho que eu vou embora hoje mesmo o Jhonatan vai me liberar, agora ele é um homem casado e enfermeiro chefe desse hospital.

                               [...]

Quando eu cheguei em casa tinha uma faixa bem grande escrito "não caia mais Ana" pendurada na parede.

-Um exagero né gente? Eu to bem, to andando só posso usar calça e nem mover um braço-disse a minha família.

-Você não dobra nem a perna Ana-disse Glorinha me vendo ir até a cozinha.

-Só porque eu ralei um joelho mas logo passa, eu to com muita fome-eu ia chegar na cozinha alguma hora-O que tem para comer?

-Quer uma guacamole? Hoje tem jogo do seu time-essa mulher me conhece mesmo.

Todo dia em que o steelers joga tem guacamole em casa, é de lei.

-A mocinha tem que tomar banho ouviu? No hospital tem muitas doenças-Martha disse me dando a minha antiga bengala-Vai te ajudar a andar.

A primogenita do WestWhere stories live. Discover now