capítulo 47

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João pedro

-NÃO PODEM TENTA FAZER OS DOIS? ─ questiono alterado ao sentir meu coração apertar com a ideia de escolher minha mulher ou meu filho ─

-como eu falei, se fosse tenta retirar o bebê arriscaria muito a saúde da sua mulher e talvez ela não saísse viva e se tentarmos fazer os dois talvez nenhum dos dois saiam vivos ─ explica o mesmo novamente me fazendo assenti ─

-tente fazer os dois ─ digo com a voz mais amarga que já tive em toda minha vida fazendo o enfermeiro e meu pai me olharem assustados ─

-o senhor não entendeu o que eu falei? ─ pergunto o enfermeiro meio confuso ─

-Entendi e to mandando você fazer os dois 

-filho pensa um pouco , é arriscado demais , e você pode perde os dois ─ diz meu pai enquanto se aproxima e leva sua mão até meu ombro ─

-eu sei disso pai 

- Então essa é mesmo sua decisão ? ─ pergunta novamente o enfermeiro me fazendo balança a cabeça em forma de concordância ─

Ele assentiu e volto para a sala de cirurgia me fazendo suspirar e me pergunta se essa decisão foi realmente a correta a se tomar .

Fiquei pensando nisso por alguns minutos até o médico vim ao meu encontro e falar sobre todo o procedimento que iria acontecer na cirurgia , prestei atenção enquanto o mesmo destacava como era um procedimento arriscado e que mesmo eles conseguindo salvar os dois o henry ainda seria prematuro .

confesso que tudo isso me assusto muito mas não dei muita importancia, ja tinha tomado uma decisão então confirmei a escolha que tinha tomado e o médico assentiu e se retirou.

Meu pai até tento me fazer comer alguma coisa, mas uma das últimas coisas que eu quero fazer agora é comer, acho que se algo entra no meu estômago depois alguns minutos sairá para fora .

Me sentei na cadeira e suspirei , logo sentindo meu celular vibra , retirei o mesmo do bolso e vi que era uma mensagem do gustavo informando que ele já tava a caminho do hospital com a bela e a anaju, apenas respondi um "ok" e desliguei o celular

Depois de exatos 20 minutos os mesmos chegaram , gostaria de ter falado com eles mais eu simplesmente não consegui dizer uma palavra então me retirei e deixei meu pai conta tudo para eles .

Caminhei até o jardim do hospital e assim que cheguei no mesmo me sentei na grama e respirei fundo tentando procurar algum tipo de alívio

-eles vão ficar bem 

Escuto uma voz atrás de mim, me fazendo virar imediatamente, podendo ver o gustavo caminha em minha direção e logo se sentar ao meu lado  

-a vida dos dois está em risco agora por minha causa ─digo sentindo uma enorme culpa nas palavras ─  se eu perde a julia ou o henry, ou os dois, eu não sei o que vou fazer gustavo ─ confesso sentindo a lágrima escorre─

-eles vão sobreviver

-to tentando ser esperançoso mais não consigo, to destruido demais por dentro

-eii.. estou aqui com você beleza ? ─ apenas concordo com a cabeça─ 

-como está a bela ? ─ pergunto tentando mudar um pouco o assunto da conversa ─ 

-você deveria conversa com ela 

-você está certo, vou fazer isso agora ─ digo me levantando ─ 

Caminho de volta em direção a sala de espera onde encontro meu pai a bela e anaju sentados nas cadeiras , me aproximo e assim que a bela me ver ela corre em minha direção e me abraça me fazendo suspirar ao escutar seu choro 

-A culpa é toda minha minha jp ─ ela diz soluçando, fazendo meu coração aperta ainda mais ─

-é obvio que a culpa não é sua bela

-eu deveria ter tomado mais atenção

-você não poderia imaginar que aquele psicopata iria sequestrar você e fazer isso com a julia 

-me desculpa de qualquer forma 

Ela diz se afastando do abraço , levo minha mão até seu rosto e enxugo suas lágrimas que escorriam pelo seu rosto e logo puxo a mesma novamente para o abraço

-vai ficar tudo bem.. ─ não sei se falo para me convence ou para convence  ela ─ você está bem ? Se machuco? 

-eu to bem sim ─ ela garante me fazendo assenti e me afasta um pouco do abraço─

-me dá licença, tenho que fazer uma coisinha 

Ela assenti, então começo a andar pelo hospital a procura de uma capela , encontro uma muito tempo depois .

Adentro o pequeno local e logo me sento em um dos bancos, olho para o vitral que tinha uma imagem de jesus e respirei fundo, nunca tinha feito isso, não depois que minha mãe morreu, parei de acreditar que deus existia depois que ela se foi, afinal se ele existia por que tinha tirado minha mãe de mim? ,  por que tinha deixado meu pai me abandonar e me deixar sozinho cuidando da minha Irmã e do morro ?

Mas agora não sei, Eu apelo e faço qualquer coisa para conseguir salvar a vida da mulher que eu amo e do nosso filho , eu daria minha vida pela deles , junto minhas mãos fecho meus olhos e começo a orar, depois de longos minutos acabei e fiquei um tempo ali , mais depois voltei pra sala de espera.

Assim que cheguei na mesma a anaju me mando comer alguma coisa mais não consegui colocar nada para dentro 

vendida ao dono do morro (EM REVISÃO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora