Capítulo 21

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Lobo

Estava na boca pensando na Rafa, no Pedrinho, na Tati, em todos. Estava com a cabeça longe, eu havia passado no beco onde Pedrinho havia levado um tiro, o que me deu uma ótima ideia.

Doar sangue.

Na verdade não é uma das melhores ideias já que eu não posso colocar a cara no hospital.

Lobo — Guido? — Guido era um dos meus, ele falsificava TUDO que tu imagina.

Guido — Fala chefe. — Ele disse sem tirar os olhos do Pc.

Lobo — Quero doar sangue e preciso de uns documentos ai, e também de sei lá. — Não queria pedir aquilo para ele porém era necessário. — Uma peruca ou algo que me mude pelo menos um pouco.

Guido — Vou chamar os caras para dar uma repaginada em tu chefe. — Ele disse e eu assenti me jogando no sofá.

[...]

Lobo — Porra vocês tão tirando uma com minha cara? — Eu disse olhando para eles.

Vapor — Mudado. — Ele disse rindo e eu o olhei como quem mataria ele.

Guido — Essa camisa polo está péssima. — Ele disse me olhando. — Mas está igualzinho o Darwin Backer.

Lobo — Quem é esse pau no cu? — Perguntei arrumando a peruca.

Guido — Um inglês safado. — Ele disse me rindo. — Vou te passar duas vezes sua história. — Ele disse e já olhei pra cara dele. — Duas vezes caso você entender claro, se precisar repito até oito.

Guido me passou toda a história e eu entendi de primeira.

Guido — Escolhi esse personagem para ninguém desconfiar do senhor.

Lobo — Bandido que manja no inglês. — Eu ri. — Alto nível.

Guido — É sempre bom. — Ele deu dois tapinhas nas minhas costas.

Eu sai de lá e mandei um vapor me acompanhar, preciso de alguém que volte dirigindo né, melhor prevenir do que remediar.

Mandei mensagem para morena, afinal de contas ela, Tati e Fernanda estão lá desde ontem.

Lobo — Passa na adega ali e compra uns bagulho para as meninas comerem. — O vapor me obedeceu e depois de um tempo já voltou com os lanches.

[.]

Cheguei no hospital e eu estava no mesmo em que Pedrinho, porém em alas diferentes, hospital gigante ou faz tempo que eu não chego aqui?

Lobo — Boa tarde. — Falei com sotaque.

Moça — Como posso ajudar?

Lobo — Vim doar sangue. — Eu falei e logo ela me passou as instruções, e um questionário lá e etc.

Eu sentei na sala de espera e já estava impaciente, demora da porra.

"Obrigada pelo lanche." Rafa disse nas mensagens.

Não foi nada. Eu disse a ela que logo visualizou e mandou uma foto, quando eu abri era eu mesmo.

Rafaela — Você está ridículo. — Ela disse se sentando perto de mim.

Lobo — E tu acabada.

Rafaela — É verdade. — Ela disse meio triste.

Lobo — Qual foi?

Rafaela — Estava pensando. — Ela suspirou e olhou para baixo. — Era para ser eu!

Lobo — Não era. — Eu disse passando o braço por seu pescoço. — Se fosse quem estaria lá era tu não ele, e se você estivesse lá não ia aguentar o tranco.

Rafaela — Tá me chamando de fraca?

Lobo — Estou chamando o Pedrinho de forte. — Eu disse para ela que estava deitada no meu ombro. — Eu também não aguentaria.

Rafaela — Sei.

Lobo — Vou levar você e Tati para casa.

Rafaela — Gabriel levou a Tati, ela estava preocupada com o Gustavo, e eu não vou sair daqui.

Lobo — Tu vai sim!

XXX — Darwin Backer.

Lobo — Este sou eu. — Disse para Rafaela que riu baixinho. — Sai não.

Eu me levantei e fui até a sala. Fiz uns processo louco lá e logo estava doando meu sangue.

[...]

XXX — Liberado senhor Darwin. — A moça que acompanhou todo o processo disse.

Lobo — é nós fé ai. — Ela me olhou com uma cara estranha mais nem dei importância apenas sai de lá.

Porra o sotaque.

Rafaela — Pedrinho já está no quarto. — Ela disse aparentemente feliz.

Lobo — Viu! — Eu disse e abracei a mesma. — Partiu.

Rafaela — Vou ficar!

Lobo — Você vai ir, sem mimi.

Faz um ano que eu cuido da Rafa como se ela fosse algo minha, coloquei o Gabriel na cola dela, e o destino jogou essa mulher na minha porta.

O dia em que vi o pai dela espancando a mesma, me subiu uma raiva, por mim naquele momento ele estaria morto, mas aquilo só iria chatear ela.

Tenho que contar toda essa história logo para ela, antes que ela se apegue.

[...]

Eu fiz uns bagulho lá no hospital e depois de encher a paciência da Rafaela ela foi embora comigo.

Rafaela — Tu acredita em Deus? — Ela perguntou baixinho no banco de trás junto comigo.

Lobo — É minha base. — Eu falei enquanto olhava para ela. — Tu acredita?

Rafaela — Eu não sei, na verdade desde que minha mãe morreu eu não conversava com Deus e nem tocava no nome.

Lobo — Por que?

Rafaela — Eu pedi para que ele não levasse minha mãe, mas ele levou! — Ela parecia estar com raiva de algo e aquilo me matava. — Só que quando Pedrinho estava no carro, eu falei com Deus. — Ela parecia confusa. — E dessa vez ele me ouviu. Mas não ouviu quando era com alguém da minha família.

Lobo — Isso é um lance muito difícil de discutir.

Rafaela — Verdade. — Rafa se aconchegou no meu peito e eu fui observando a estrada que meu vapor voava por ela.

[...]

Lobo — Qual foi desse carro seguindo a gente a um tempão Cadu? — Falei com o vapor que estava nos levando para casa.

Vapor — Não percebi chefe.

Lobo — Fica ligado porra! — Eu disse puto olhando para trás. — Acelera!


Rafaela — O que está acontecendo? — Rafa acordou levantando.

Lobo — Fica abaixada morena! — Eu disse abaixando do lado da mesma.

Vapor — Eles estão armados chefe!

VOTEEEEM E COMENTEM PFFVV. Esse povo não tem paz nunca eu em. BEIJUXX.

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