Capítulo 19

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Os renegados do Lar do Imundos não aceitaram muito bem. Alguns até mesmo foram burros o suficiente para tentar atacar Sayuri, mas, assim que ela os destruiu com apenas um toque, o restante ficou calado e simplesmente aceitaram todas as ordens que eram proferidas pelo lugar. Ninguém mais ousou refuta-la.

Agora, ela suspeitava que tinha exagerado um pouco, mas o mau humor repentino sempre a controla. Isso sempre se torna um empecilho em sua vida.

Agora, ao sol do amanhecer, Sayuri observava o grande exército que reuniram. Os líderes formaram uma linha reta. Cada um discursou antes, disseram palavras de incentivo, e agora seria a vez de Sayuri.

Ela engoliu em seco antes de dizer:

— Não importa o que façamos hoje ou amanhã. Todos morreremos. Pode não ser hoje, pode não ser amanhã, mas, independentemente do tempo, levaremos todos conosco. Se morrerem, levem dez mais com vocês. Mataremos e seremos mortos. Dizimaremos e seremos dizimados, destruiremos e seremos destruídos. Olho por olho, sangue por sangue, alma por alma. Jamais deixaremos de lutar; jamais desistiremos ou nos renderemos.

"Quando se forem, lembrem-se de que, a morte não é o fim; é apenas o começo."

À margem do mar, as frotas inimigas apareceram. Os navios pareciam ser infinitos. Como estavam do outro lado de uma montanha, não os viriam. Eles esperariam até que todos, ou a maioria deles estivessem.

— Ao entardecer — continuou Sayuri —, atacaremos, e dizimaremos todos eles.

Todos assentiram, sem emitir barulho algum.

As próximas horas foram monótonas. Eles observaram cada movimento, cada respiração dos inimigos do lado oposto do terreno. Levi os observava com seus olhos. A trinta mil quilômetros de distância, muitos soldados começavam a desembarcar, e muitos outros preparavam as cabanas em que passariam a noite e outros arrumavam suas armas e mantimentos.

Muitos descansariam naquela noite. Cada segundo de tranquilidade era uma dadiva dos Deuses — se é que eles realmente existiam —.

Não demorou muito para que grande parte do gigantesco exército estivessem sobre a terra, apenas organizando todos seus mantimentos.

Sayuri sabia que, para um exército daquele tamanho, os poderes de Abaddon junto a Pedra Cintamani foram utilizados em sua potência total.

Já era a hora quando Sayuri mandou a seguinte mensagem para todos:

Ataquem e exterminem esses desgraçados para toda a eternidade.

E, sem grito algum, com apenas os seus passos sobre a terra recém molhada com a chuva que descia dos céus, todo aquele exército que protegeriam a si mesmo correu. Todos correram em direção à morte certa. Eles pularam sobre o pico da montanha e foram correram.

Os soldados que perceberam que seriam atacados gritaram para outros que transportavam armas. Sayuri os observou pegando as poucas lâminas que podiam e correrem até eles.

Os mestiços, à frente de todos, sorriram. E aquilo fora o suficiente para que muitos corressem na direção oposta.

Um trovão ressoou quando os exércitos se chocaram. Todos sentiram seus poderes sendo roubados, mas, isso não impediu de a matança começar a acontecer. Eles tinham as relíquias. Estavam com a vantagem somente por isso.

Sayuri cortou e cortou com sua foice. Vinte homens vieram em sua direção, mas eles simplesmente tiveram suas cabeças e membros arrancados.

Levi, sempre ao lado de Sayuri, empunhava seu arco sua espada, repetindo os movimentos da líder.

Em Busca de Liberdade - Crônicas de Sangue e Ódio - Vol. 1Onde as histórias ganham vida. Descobre agora