CAP: 53

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Kira Campebell

Estou aguardando o segundo envelope. Eu quero ir ver o Alfred e saber dele o que aconteceu, mas estou presa aqui. Só posso sair depois de ver o conteúdo da segunda carta. Temo muito pela vida da minha mãe. Sei que esse tipo de pessoa não tem consideração por nada e nem ninguém. O Antonny me ligou e disse que está com o pai no hospital e não vai poder acompanhar a Angel. Quando sair a levarei comigo. O Carter e o Colson estão aqui aguardando também. Toda ajuda será necessária. Os dois não se batem, só que isso não importa para mim. Ainda não falei com o Heitor. Queria tanto que ele estivesse aqui, receber seu apoio me deixaria mais concentrada. O agente responsável pelas filmagens não viu nada estranho como sempre... apenas uma entrega normal. Isso me deixa mais frustrada ainda. O Umberto não saiu mais da sala dele o que é ótimo. O encontro da minha mão na cara dele seria inevitável e concerteza seria suspensa por indisciplina. Os jornalistas fazem aglomeração na porta do DP querendo informações. Se depender de mim não darei nenhuma. A Angel esteve aqui a uns minutos atrás e ela está bem abatida. Chorou bastante, ela se preocupa com minha mãe e sei o quanto isso a está afetando. Pra passar o tempo e não ficar doida vejo com um colega de outro departamento a ficha do irmão do Heitor. Posso precisar da ajuda dele. Uma notícia na TV me chama atenção.

"A polícia militar está e um supermercado onde algumas horas houve um tiroteio deixando um senhor ferido e segundo informações uma mulher que estava com ele desapareceu. Recebemos imagens das câmeras de segurança que gravaram tudo que aconteceu. Embora nenhum dos suspeitos tenha sido reconhecido. Segundo fontes o senhor que foi baleado se chama Alfred Ramalho e se encontra em cururgia. A mulher que sumiu é Ana Maria Campebell, mãe da Polícial Federal Kira Campebell. O que tudo indica que tudo está relacionado com o pronunciamento do Coringa a um tempo atrás. Seguimos atrás de respostas..."

Desgraçado, minha raiva é eminente. Os rapazes me olham e fecho minhas mãos em punho. O agente Colson a toca levemente e sinto uma energia estranha. Olho para ele que mantém uma expresão suave.

— Vamos pegá-lo Kira. — Disso não tenha dúvidas. Afasto minha mão rapidamente da sua e agradeço a gentileza.  O Carter mantém a cara fechada. Meu celular vibra, é mensagem do Claudio. Ele me avisa que o pedido que lhe fiz não pôde concluir por hora, pois o arquivo está protegido como confidencial. Hora, hora... Eu já desconfiava. Sei que ele vai dar um jeito de obter as informações de que preciso ele é um ótimo Hacker. Recebo uma mensagem do Heitor, ele diz que já está no jato e não vai demorar chegar. E disse que virá direto até mim. Falo a ele que não venha além de perigoso não saberei onde estarei nas próximas horas. Lhe peço que tome conta da Angel até eu dar notícias. Trocamos mais algumas mensagens e ele diz que vai ficar tudo bem. Nos despedimos e olho para o relógio na parede, faltam 15 minutos. Preciso ser fria agora, mesmo minha mãe estando sobre seu poder não posso vacilar. Esse cara não está pra brincadeira. Tento transparecer profissionalismo pensando em quantas vezes já passei por situações complicadas e conseguir sair ilesa e com o cara preso. E dessa vez não vai ser diferente. 15 minutos de foram e o elevador abre, todos olham em direção a ele. Outro entregador vem a minha mesa. Pontal o desgraçado.

— Kira Campebell? — Ele me olha esperando minha confirmação.

— Sou eu. — Me levanto e fico de frente a ele. Sei que é apenas um entregador.

— Mandaram entregar apenas em suas mãos. — Fala seguro. Alheio ao que está acontecendo.

— Tem idéia de quem pediu pra entregar a mim? — Investigo, sabendo que não vou obter nada.

A CaçadoraOnde as histórias ganham vida. Descobre agora