Criminal

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Notas Iniciais: Oie gente, tudo bem? Como estão indo? Eu sempre estou aqui dando risada das reações de vocês com algum ponto da história, ou como ficam alinhando o que eu já fiz em outra a essa, eu entendo completamente, lembro que quando escrevi Live Forever e depois veio Crosswords, todo mundo chegou a pensar que eu iria colocar as mesmas coisas, os mesmos acontecimentos de uma em outra, só que com o tempo as pessoas vão percebendo que a minha mente é meio doida, e eu sempre vou buscar alguma coisa diferente pra colocar, não importa como... então não se preocupem, eu não uso os mesmos plots em histórias diferentes, não se limitem a isso, há um mundo todinho de doidera pra gente usar ali fora... é isso que é a graça de escrever KKKKKKKKKKKKKKKK boa loucura, ops... leitura!

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El Paso

Os muitos anos de distanciamento não foram o suficiente para tornar Lauren preparada o suficiente para aquele momento, esperou sentada solitária em seu quarto, evitando pensar demais no fato porque tudo a tornava ansiosa em níveis exponenciais. A única fotografia que havia restado de Karla foi deixada debaixo de seu travesseiro de qualquer maneira com sua pressa para sair em direção ao pátio quando ouvi vozes mais altas que o normal dos imigrantes, os mais velhos pareciam animados com um evento latino que aconteceria no bairro, enquanto Lauren observava Consuela incentivar que as crianças aproveitassem um pouco, tentavam ajudar como podiam que tivessem entretenimento, era real que naquela noite tivessem um pouco além, Padre Hernández não objetou.

Sua agonizante espera durou menos do que pretendia imaginar quando observou sua mãe, tão real e palpável quanto qualquer outro que a rodeava caminhando ao lado de um de seus advogados de confiança, sempre foi daquela maneira, desde os tempos passados, Clara Jauregui sempre andava com um sócio de advocacia para que tivessem prevenção de qualquer passo que fosse executar fora de sua zona de conforto, ela o levava sempre que as coisas pudessem ser ruins.

Precisava de outra mente pensante nos momentos de emergência.

Lauren não esperava que o pai fosse, muito menos pela situação a qual sua mãe tinha voltado. Clara Jauregui se recusava a envelhecer ou deixar que o tempo tivesse impacto em sua aparência, sempre elegante em vestes formais, ela apertou a mão direita no colarinho da camisa social debaixo de seu blazer, se aproximando graciosamente elegante mantendo os olhos na filha.

Lauren paralisou a olhando se aproximar, haviam se afastado, anos e anos de distância e falhas de comunicação as separavam, estava mecanicamente paralisada diante da mãe, sem saber como reagir. Clara observou os imigrantes à distância com conspirador olhar e se inclinou, os saltos a fazia ligeiramente mais alta que Lauren, beijou-a testa em um pequeno ato de afeto contido publicamente e suspirou a mantendo por alguns segundos perto de si, tocando em seu ombro.

Sentindo um delicado e sutil perfume vindo de seus cabelos.

Era Lauren, havia crescido.

Quando se afastou a olhou nos olhos, tão verdes como sempre, sua feição de um tempo que passou às pressas, parecia temerosa... aquele olhar que sempre reconheceu em seus olhos antes, tentando-lhe dizer que estava intimidade e que não a desafiaria em falar nada.

— Como está? Algo aconteceu por aqui? - Clara perguntou limpando a garganta para camuflar os sentimentos, apoiando os dedos na cintura, desviando o olhar para encarar a sua volta, perceptivelmente notando cada centímetro daquela igreja e suas dependências, era seu piloto automático, sempre buscava alguma suspeita ou perigo à espreita.

— Estamos bem, nada de suspeito ocorreu hoje, se não tivesse me falado que isso aconteceu sequer saberíamos se não pelos telejornais. - Lauren confessou temerosa que aquilo tivesse sendo um passo em falso que acarretaria em problemas no horizonte.

WickednessOnde histórias criam vida. Descubra agora