14 - VAMOS! CORRA, CORRA!

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Semanas se transformaram em meses, seis... Talvez sete, April não tinha certeza. A cada final de mês a gestora levava a menina até a sala de televisões e mostrava cinco, ele estava cansado, sujo, com sede e fome... Todas as vezes que April foi obrigada a vê-lo daquela forma ela virava o rosto mas não conseguia tirar a imagem dele de seus pensamentos, só de saber que ele estava sofrendo... Ela sofria.

Durante esse tempo April tentou aprimorar seus poderes, mas ela não sabia como, antigamente ele apenas pensava nos objetos se mexerem e eles realmente mexiam mas dentro dessa cela era impossível ela conseguir fazer qualquer minima coisa mexer.

- Está na hora de ver seu... Amado? - A gestora disse entrando na cela. - Você é deplorável.  Há! Vamos? 

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Ela me leva até a sala de televisões e então me senta na cadeira, me mostra cinco em uma das pequenas tv's, ele estava anotando coisas em seu caderno feito um louco, estava completamente sujo e bebendo algo em uma garrafa cinza.  A gestora respirou fundo e disse:

- Ok, vou contrata-la. Agora você deve se perguntar "E o Cinco? Você precisa ajudar ele... Bla, bla, bla." Eu vou ajuda-lo, mas... Se você sair da linha, mesmo por um centímetro, eu mando mata-lo. Você entendeu?  

April acena com a cabeça positivamente. 

- ótimo, vamos aos trabalhos. - Ela bate palma.

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- VAMOS! CORRA, CORRA! 

Enquanto a gestora gritava e atirava com sua arma para todos os cantos em que April corria pra se salvar.

- CHEGA! - April gritou e a mulher parou de atirar.

- Nossa, como você é lenta. Pensei que você era mais rápida. 

- Olha... - Ela fala com falta de ar. - Eu tenho uma lista de motivos por ser devagar, que tal começarmos com a tortura... Ou... - Ela pausa pra respirar e a gestora revira os olhos. - Talvez ter ficado meses sem uma refeição, mal beber água, ficar presa em uma cadeira...

- Credo, como você reclama! 

- Vai se... - A garota grita de dor. - VADIA!

- Acho que vai ficar uma cicatriz, - Ela torce a cara. - se não reclamasse não teria levado um tiro. 

- Agora que eu não vou conseguir correr, você atirou na porra da minha perna!

- Acho que você não quer a liberdade de Cinco, você só reclama. Tsc Tsc. - Ela balança a cabeça negando. 

- Eu quero, eu quero.

- Então apenas me obedeça. Agora, tire essa bala dai. 

- Eu não sou uma médica, não sei fazer isso sem prejudicar minha perna. 

- Qual é, você tem poderes menina. Faça alguma coisa.

April franzi a testa e com dificuldade senta no chão, ela fecha seus olhos e mentaliza a bala dentro de seu corpo, ela mentaliza a bala se mexendo e sente uma tremenda dor na perna instantaneamente, ela tenta se concentrar mas toda aquela dor a retirava de seu transe. Ela a retirou de uma vez e sua perna começou a sangrar, a garota entrou em desespero, retirou a camiseta e ficou fazendo pressão  no ferimento. 

- Merda.

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Depois do acontecimento desastroso a garota se arrastou até dentro do local e ali a ajudaram, costuraram o machucado e lhe deram analgéticos. Quando ela pulou da maca a mulher que avia lhe dado remédio disse.

- Daqui a um tempo isso não vai acontecer. - Ela ri baixo. 

- Que? - A menina pergunta.

- Você é muito mais forte do que imagina, April. 

- Como sabe meu nome?

- Todos nós sabemos. 

𝑭𝒊𝒗𝒆 𝑨𝒏𝒅 𝑴𝒆Onde as histórias ganham vida. Descobre agora