3. Babaca, escroto, nojento?

38.3K 3.3K 1.8K
                                    

- Reginald, número oito está aqui. - Grace fala da porta.

- Entre. - Ele fala anotando algo em seu caderno. - Se retire. - Ele fala para Grace, ela sorri e sai.

- O que é que você quer comigo? - Cruzo meus braços.

- Número três... - Ele continua.

- Alisson.

- Me disse quê, entre uma brincadeira de crianças, ela tentou usar seus poderes em você e não deu certo...

- E?

- Os poderes de número três nunca falham. Me parece que... - Ele para de escrever e olha para mim. - Que descobrimos sua habilidade 

- Olha aqui...

- Silêncio! Eu estou falando!

- Então continue, vossa majestade. - Faço reverência e revirei os olhos.

Ele volta a escrever.

- Pode se retirar, número três.

Viro de costas e caminho até a porta, quando a abro vejo todos encostados na porta. Saio e fecho a porta.

- Nós... É... - Klaus tenta explicar.

- Escutando a conversa? - Ergo uma sombrancelha.

- É! - Klaus sorri e ben da um tapa no seu ombro. - Quer dizer, não!

- Há! - Rio e então caminho até meu quarto.

***************************************

Abro a gaveta da escrevania e coloco uma folha em branco a cima dela, pego um lápis e quando começo a rabiscar alguém bate na porta. Me levanto e abre a porta, vejo Allison e abro mais a porta.

- Entra. - Ela se senta na ponta da cama e eu na cabeceira.

- Olha, eu sei que papai pode ser um tanto...

- Babaca, escroto, nojento?

- É! - Ela ri. - Eu ouvi ele conversando com Pogo, ele quer começar a treinar você.

- Me treinar?

- É, quando Klaus tinha sete anos, ele o prendia lá embaixo no porão e o deixava no escuro. Klaus ouvi gritos, gemidos de dor dos mortos. Ele fica dias lá embaixo, chorava e gritava.

- Porquê está me falando isso?

- Pra você se preparar. Ele pode ser pior com você.

***************************************


Estávamos todos esperando Reginald chegar na sala de jantas para nos sentarmos na mesa. Vanya estava com a coluna reta e um grande sorriso no rosto, Luther, Diego, Alisson e Ben estavam iguais a ela, todos estavam parecendo querer impressionar Reginald. Klaus estava preparando um beke para mais tarde fumá-lo, cinco estava de braços cruzados olhando para klaus e rindo, eu estava escorada escorada na cadeira com as mãos na cabeça.

O que Alisson falava não saia da minha cabeça, rodava, rodava e rodava. Olhei pra cima enquanto segurava meu pescoço, bufei alto e Reginald entrou na sala. Ele ficou de frente a sua cadeira, olhou seu relógio e falou alto "sentem-se". Todos obedeceram rapidamente, eu puxei a cadeira devagar amente e me sentei.

- Não está com fome número oito? - Reginald pergunta.

- Não. - Empurro meu prato pra frente.

- Coma. - ele diz enquanto corta seu pedaço de carne.

- Não. - O olho.

Me levanto da mesa e subo até meu quarto, fico deitada por uns dez minutos e então vou até o banheiro e tomo um banho, coloco meu pijama e volto para o meu quarto.

- Querida? - Grace entra no quanto enquanto penteio meu cabelo. - Deixa que faço isso pra você.

Com gentileza ela passa a escova no meu cabelo, quando termina eu me viro pra ela e pego a escova.

- Obrigada, mãe. - Rio baixo.

- O que foi? - ela pergunta com um sorriso no rosto.

- É só estranho, chamar alguém de mãe. - ela sorri e passa sua mão com gentileza em meu braço.

- Seus irmão...

- Não são meus irmão.

- Eles querem dar boa noite para seu pai.

- Ele não é meu pai, e eu não quero. Obrigada.

***************************************

𝑭𝒊𝒗𝒆 𝑨𝒏𝒅 𝑴𝒆Onde as histórias ganham vida. Descobre agora