Capítulo 20: Loving and fighting

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Inferno! Como a noite podia ter começado tão bem e ter terminado desse jeito? O que tinha acontecido no meio tempo para que de repente Caitríona começasse a me odiar?

Ela estava agindo como uma verdadeira louca! Atirando coisas sobre mim, falando que eu tinha a usado! Eu queria ir atrás dela e dizer umas verdades de volta, mas me contive, nada de bom sairia de uma discussão com o sangue quente. Muito menos entre uma irlandesa de língua afiada com hormônios inconstantes e um escocês ferido e recém recuperado de uma quase síncope.

Precisava colocar um band-aid no meu machucado e tomar uma aspirina para a dor de cabeça que já estava se instaurando. Depois. Depois iria me resolver com ela. E entender o que diabos ela quis dizer com a palavra usando.

Eu mal tinha me deitado na cama e fechado meus olhos quando escutei o miado incessante de Eddie, seguindo de um choro agoniado de dor.

Dor!

Cait!

Dei um empurrão com os pés na coberta e me levantei em um pulo, correndo do meu quarto em direção ao dela.

Bati uma;

Duas;

Três;

Recebendo apenas um silêncio mortal em resposta.

- Caitríona! - Chamei desesperado batendo na porta - Cait! Por favor! - Implorei depois de receber apenas o silêncio.

- Eu mandei... - pausa e uma respiração esguiçada - Vá embora!

- O que está acontecendo?

Silêncio.

Um silêncio perturbador.

Abri a porta sem aguentar mais a inércia, sem aguentar não saber se ela estaba bem. Não me importava mais sobre o que ela diria, eu só precisava ver se ela estava bem. Nada importava mais do que isso.

Quando forcei a porta e irrompi por ela, encontrei Cait deitada encolhida como uma bola no meio de sua cama, abraçando seu próprio ventre, como se desse jeito pudesse protege-la, proteger ervilhinha. Mesmo na penugem, podia ver que seu rosto estava marcado por lágrimas e uma expressão de dor inconfundível.

- Não se aproxime! - Sibilou quando eu fiz a menção de fazê-lo.

- Cait! O que está acontecendo? - Ela fez um som tão agonizante que eu cortei a distância entre a porta e a sua cama em três passos longos.

- Não me toque! - Sibilou quando eu ergui uma mão para tocar sua testa, parei no meio do movimento.

- O que é? Onde dói? - Ela engoliu o soluço e se encolheu mais. - Cait fala comigo, por favor! - Pedi desesperado.

- Não sei! - Soluçou se encolhendo mais. - Acho... - sua voz saiu entrecortada. - Q-q-que es-s-tou perdendo o bebê.

Agi rapidamente, ignorando seus protestos e removi sua coberta.

- O que está fazendo? - Conseguiu dizer entre uma lufada de ar enquanto eu abaixava sua calça de moletom.

- Verificando se há algum sangramento. - Expliquei, avaliei a perna de sua coxa, mas não senti indício de nada pegajoso. Sem sangue. - Você não está sangrando! - Notifiquei com uma onda de alívio, subindo suas calças.

Ela ainda chorava e se contorcia.

- Não se preocupe, querida. Você não vai perder a ervilhinha. - Dei as costas para ela.

One More NightWhere stories live. Discover now