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Noah Urrea:

Eu estava dirigindo até a cidade em que cresci.

Levei alguns minutos até convencer Any de que ela estava linda em seu vestido branco. Ela estava receosa em relação ao seu estilo, minha mãe provavelmente não aprovaria o tecido sem marca, mas ele se encaixava perfeitamente em seu corpo.

Parei o carro em frente a minha antiga casa e fui até o outro lado para abrir a porta do passageiro. Entrelacei os dedos de Any nos meus e segui até os portões.

Ela parecia impressionada com a estrutura da casa, mas não surpresa.

Eu apertei o botão do interfone.

- Boa noite - a voz do porteiro soou depois de alguns segundos.

- Boa noite, Sr. Wells. É o Noah.

- Ah, claro. Desculpe, senhor. Faz muito tempo que você não vem, acabei não reconhecendo sua voz.

O portão se abriu em um estalo e eu puxei Angel para dentro, o pátio amplo estava bem iluminado e cercado por carros de luxo. Os convidados já haviam chegado.

- A casa da sua mãe é linda - Any disse observando tudo ao nosso redor após abrirem para entrarmos.

- É minha.

Ela me encarou surpresa.

- Meu pai me deixou tudo - respondi, indiferente.

Empurrei a porta branca e segui até a sala de jantar.

A mesa estava perfeitamente feita. Com os pratos e talheres que minha mãe usava somente para ocasiões especiais.

Ela tinha torno de dezesseis lugares. E todas as cadeiras estavam ocupadas por rostos desconhecidos, menos duas à direita de minha mãe.

Ela torceu o nariz discretamente ao ver minha mão entrelaçada na de Any. Ignorei seu olhar e cumprimentei as pessoas com um breve aceno de cabeça.

Any estava nervosa quando puxei a cadeira para ela se sentar. Todos pararam de conversar e nos encaravam com curiosidade.

- Meu filho chegou. - Charlotte anunciou fingindo estar orgulhosa. - E esta é a sua..

- Namorada - completei irritado quando ela demorou para dizer a palavra.

Ela assentiu e as garotas da minha idade começaram a sussurrar com seus companheiros.

Depois de alguns momentos os empregados serviram a comida. Any comia calada e não olhava muito para os lados.

Ela estava intimidada, eu queria a tirar daqui o mais rápido possível. Estava me questionando se realmente havia sido uma boa escolha trazê-la para esse covil de cobras.

Após alguns momentos Charlotte pigarreou, fazendo com que todos prestassem atenção nela.

Estava demorando para seu pequeno show começar.

- Então, como você se chama? - ela perguntou olhando para Any, que a encarou surpresa.

- Any Gabrielly.

Eu franzi a testa, encarando Any. Ela notou meu olhar e ergueu um dos ombros, constrangida.

Ela não havia usado o apelido, talvez ele funcionasse só com amigos.

Minha mãe continou com uma expressão séria.

- E o que seus pais fazem?

Eu cerrei meu maxilar.

Todos estavam calados esperando por sua resposta.

- Você não precisa responder as perguntas - eu disse irritado com a minha mãe e a lançando um olhar mortal.

Apenas mais uma {NOANY}Where stories live. Discover now