34 | Encontrando meu namorado - FINAL

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Meus pés pareciam que não sabiam mais como se andava, enquanto o meu coração estava acelerado em um ritmo absurdo.

TA-QUI-CAR-DIA!

É o nome, não é?

Bem, não sei se existia um nome concreto para o que - ou como - eu estava me sentindo naquele momento. Só sei que estava o mais nervosa em toda a minha vida quando atravessei toda a cidade em direção à casa do Chris.

Eu conhecia aquelas ruas e soube bem quando o táxi estava se aproximando.

Ainda com o vestido longo que estava usando na festa de casamento, torci a bainha do tecido entre os dedos e mordi meus lábios fortemente ao pensar o quão louca eu parecia.

Porque, bem, eu não fazia a mínima ideia do que diria ao Christopher White quando o visse.

Eu deveria dizer que meu estômago revirava só de pensar nele?

Ou que eu não conseguia pensar em nenhuma outra pessoa para dançar comigo?

Para fazer piadas sem graça?

Para me chamar por um apelido idiota?

Para beijar meus lábios para sempre?

Ou...deveria dizer que eu estava completamente apaixonada por ele?

- Péssima ideia, Brooke. - eu disse, batendo a palma da mão contra a testa. E mais alto do que deveria.

- Está tudo bem, moça? - o cara do táxi olhou para mim pelo retrovisor com uma careta um tanto engraçada no rosto e só então eu percebi o quanto eu era patética.

- Tudo...sim. - dei um meio sorriso a ele antes de piscar diversas vezes ao pensar naquela loucura.

Eu sabia que era loucura.

O rapaz do táxi sabia que era loucura.

Todo mundo sabia que era loucura.

- Moça?

Mas, ainda assim, eu sabia que tinha que fazer isso.

Talvez o Christopher nem quisesse mais olhar na minha cara ou até mesmo me achasse uma garota infantil por ter o enrolado durante todo esse tempo. Mas, em minha defesa, eu não sabia muito bem quando os meus sentimentos por ele se transformaram de forma tão abrupta. Talvez - com certeza - eu devesse ter percebido antes e toda essa história já estaria resolvida.

Ou não.

De qualquer forma, eu gostava de pensar que tudo acontecera como deveria.

- Moça?

Acho que foi a quarta vez em que o cara do táxi me chamou e ele precisou elevar um pouco o tom de voz para que eu saísse do meu transe repentino.

- Obrigada pela corrida! Tenha um bom dia. - agradeci, saindo do veículo e torcendo o cabelo de lado.

- Boa sorte no que for que tenha que fazer. - ele respondeu, com um sorriso de lado e uma piscadela. - Nada é tão ruim que não possa piorar.

- Hum...obrigada?! - mordi o lábio inferior, confusa com aquele ''conselho''.

E, exatos cinco segundos depois, eu estava sozinha em frente a casa de Christopher White.

Senti meu coração estremecer e engoli em seco quando caminhei até o porteiro.

- Oi, tudo bem? Eu...eu...eu preciso falar com o Christopher. - juntei as sobrancelhas, nervosa, e aquilo soou mais como uma pergunta do que uma afirmação.

Procura-se um Namorado - em revisãoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora