Verdade revelada.

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Harry on
Eu fiquei relutante em deixar James com uma babá, nem mesmo tinha ido trabalhar, James não queria sair do meu colo e estava tão molinho e amuado. Mas eu tinha que fazer alguma coisa, então peguei meu casaco e sai determinado a ter um resposta de Draco Malfoy. O dia estava chuvoso, e eu estava tão nervoso que após aparatar nos portões da mansão Malfoy, nem me importei de usar um feitiço impermeável nas minhas roupas. 

Não demorou muito e um pequeno elfo doméstico apareceu, me apresentei como um auror e inventei uma desculpa qualquer, para poder entrar. O pequeno elfo me acompanhou até a entrada da mansão onde, todo ensopado, fiquei esperando pelo Malfoy. 

- o que quer aqui? – ouvi a pergunta cheia de desgosto e me virei. 

- estou aqui para falar com Draco Malfoy. Assunto do ministério. – respondi com indiferença, tentei manter certo respeito apesar de não ter gostado nenhum pouco de ver a cara de Astoria na minha frente. 

- meu marido tirou uma licença, trate de assuntos do ministério quando ele retornar ao trabalho. 

- de licença ou não, eu irei falar com ele. – digo sério. – e se ele não quiser falar comigo que diga com a própria boca. 

- eu não quero falar com você. – a voz veio calma e automática demais, quase sem nenhum sentimento. 

Me virei para o lado em que o ouvi e lá estava Draco, com suas roupas impecável, o cabelo alinhado e o rosto sereno. Meu coração bateu mais forte e dolorosamente ao vê-lo. Meus olhos então encararam os seus e eles não me mostravam nada, nenhuma fagulha de sentimento, nada. 

- você ouviu Potter, agora se retire da minha casa ou seus superiores saberiam o que está fazendo. – falou Astoria e eu a olhei sério, minha raiva a ponto de explodir. 

- e o que estou fazendo? – minha voz era baixa e perigosamente calma. 

- está correndo atrás do meu marido, você pode até ser o salvador do mundo bruxo, mas imagine só o prazer que o profeta diário teria em saber que o mesmo que salvou o mundo não passa de uma vadiazinha que fica se atirando pra cima de homem casado. – falou com deboche e um sorriso venenoso. 

Trinquei os dentes de raiva, e olhei para o Draco, eu esperava que ele disse algo, qualquer coisa, mas nada. Ele continuava lá, parado com o olhar vago, estreitei os olhos achando muito estranho seu comportamento. Se ele realmente escolheu a mulher e não eu, ele deveria pelo menos demonstrar qualquer apoio ao que ela dizia, certo? 

- o que você fez com ele? – perguntei sem tirar os olhos do loiro. 

- você ouviu o que eu disse? – ela quase gritou. 

- Draco, porque você não quer falar comigo? – perguntei a ele. 

- porque você não passa de uma vadiazinha que fica se atirando em cima de homem casado. – disse repetindo a fala de Astoria. 

- liberte-o agora mesmo. – gritei enfurecido para a mulher, eu já podia sentir minha magia estalando e girando, pronta para atacar. 

- eu não sei do que você está falando. – respondeu sínica. 

- sua vagabunda... – minha voz estava tão alto que eu não duvidava que pudesse ser ouvida em todo canto daquela mansão. 

- não grite, Potter. – me virei ao ouvir a voz arrastada e grave atrás de mim. – ninguém lhe ensinou modos? 

- Lucius Malfoy. – digo com desgosto e o vejo levantar uma sobrancelha. – quero dizer, olá senhor Malfoy. 

- o que está acontecendo aqui? – Lucius ignorou a mim e lançou um olhar analítico para o filho parado como um estátua. – Draco? 

O amor entre nós. Onde as histórias ganham vida. Descobre agora