Regra N°3: provoque

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Para uma melhor experiência, sugiro que dê play na música assim que ela for citada rs

Desculpe por qualquer erro, lembra de deixar a estrelinha e tenha uma boa leitura!

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Sentimentos são muito complicados, não são?

Para mim sempre foi muito difícil decifrar o que estou sentindo, assim como ponderar como reagir em função de certa carga emocional. É como um quebra-cabeça, que você precisa enxergar as imagens nas peças para saber onde cada uma encaixa, mas, enquanto não consegue, também é necessário paciência para continuar tentando. Seguindo a analogia, a construção final seria a estabilidade alcançada.

Bem, eu nunca fui muito bom visualizando as coisas, muito menos dotado de alguma serenidade. Logo, nunca cheguei na última etapa.

Pois é, minhas emoções sempre foram um caos. Eu não sou surtado à toa, afinal.

Porém, ainda que seja um fato inegável essa minha falta de esforço quanto à perspicácia do que se passa aqui dentro, também tenho total conhecimento de que parte desse desinteresse provém de todo o orgulho que possuo. Digo, é extremamente incômodo para mim aceitar que algo não está seguindo o curso que designei, desde o princípio.

E é por isso que dizem para nunca falarmos sobre o nunca. As chances de pagarmos a língua são tão altas quanto praticamente iminentes.

São exatamente tais fatos que me trazem até onde estou, agora: evitando, com determinação admirável, toda e qualquer percepção do que meu coração quer dizer quando palpita fortemente contra o peito ao estar na presença do ruivo insolente.

Durante a semana de provas, essa foi uma missão um tanto quanto mais fácil, visto que minhas ocupações pouco davam abertura para qualquer pensamento que não fosse o conteúdo da próxima avaliação. Minha rotina apertou, fazendo-me acordar cedo para as aulas que já eram próprias da grade, antes que a tarde chegasse e eu precisasse correr até a biblioteca, onde estudava até a hora de voltar ao dormitório, quando auxiliava Jimin nos próprios estudos. Foram mais de sete dias seguindo a mesma linha de acontecimentos, então o estresse emocional inibiu qualquer outra vontade que não fosse a de hibernar até o fim daquele inferno todo.

Entretanto, como já deve ter ficado claro, o diabo trabalha bem, mas Park Jimin trabalha melhor.

Não que seja chocante, mas o ruivo não pegou leve comigo, não. Por incrível que possa parecer, mesmo que meus neurônios estivessem a ponto de explodir em uma devastação colossal, aquele tapado ainda foi capaz de encontrar brechas para mexer com o que já estava desequilibrado.

No meio da própria balbúrdia, Jimin conseguiu calar todos as emoções barulhentas e degradantes para dar voz àquelas igualmente desesperadoras, porém que pareciam me colocar próximo a morte a cada vez que ele ficava por perto.

JOGO DA CONQUISTA • jjk + pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora