— Detesto admitir, mas a estrangeira está certa isso é irresponsável — ele diz e eu reviro os olhos. Tio Antônio do lado de Perola isso eu não podia imaginar.
— Eu sei que é algo irresponsável não sou estupido, mas e o meu filho? — Pergunto e ele se senta na cadeira em minha frente e eu vejo que já vai me dar um conselho.
— Você não está lidando com uma cria de máfia que não tem escolha a não ser se casar com um de nós. Você quer ir em frente? Vá! Só que depois não reclama que ela foi embora.
Aquilo me fez com que eu me perguntasse se alguém já foi embora da vida do tio Antônio, mas não iria perguntar isso agora.
Na mesma hora que meu tio disse que ela poderia embora logo depois eu a vejo imponente quase me mandando ir para o inferno.
— Não pode sair daqui é quase uma sentença de morte — ela me olha de cima a baixo.
— Eu vou com o Gabriel em um voo comercial eles não vão matar uma bilionária na frente de um monte de gente palavras suas — ela diz e eu quero me matar por ter dito isso.
— Só você pode sentir ódio e querer se vingar agora? — Digo e ela me olha como se fosse arrancar o meu couro.
— Eu não sei que merda eu estou fazendo aqui ainda nessa porra de vida. Eu deixei tudo por você agora você olha para mim e diz eu só quero me vingar — ela começa a chorar e essa é a deixa para todos saírem e só ficar nós dois.
— Eu me sinto mal por estar feliz por ele não ter vivido e olha a forma como você está! Faz com que eu me sinta um monstro — eu a abraço delicadamente e me lembro da fala do Mathias dizendo que era para eu deixar a Perola para o Gabriel como se ela fosse um objeto, se fosse uma menina será que ela seria tratada dessa forma? Minha mãe é uma islamita eles têm certo receio, mas nosso filho seria criado por dois pais ateus.
— Eu não os odeio só por terem tirado o nosso filho, isso é por você também eles nunca vão te deixar em paz o Gabriel é um bom rapaz e ele vai ser capaz de fazer muitas coisas, mas ele não é a prova de balas.
— Eu já decidi que não posso ser refém deles para sempre. Eu simplesmente desisti eles que venham — eu queria arrasta-la pelo braço e dizer que ela ia ficar de qualquer jeito que estava sendo birrenta e irresponsável, mas eu não estava lidando com uma criança, estava lidando com o amor da minha vida.
— Não posso ir com você agora — digo e ela ergue o nariz arrogantemente.
— E quem disse que eu te chamei? — E foi assim que eu a vi ir sem ao menos lhe dar um beijo de adeus sendo um estupido filho de uma puta.
Pena que demorou muito tempo para que eu decidisse isso.
Eu segui meu plano enquanto deixei ela ir embora e eu me sinto tão minha mãe olhando as fotos da minha irmã Hana que me olha como se eu fosse um estranho deve ser porque eu sou.
Queria ter tido mais contato com ela.
Fiquei ouvindo música da Ariana Grande o dia inteiro e bebendo por causa da bandida como ela se denominava e eu não entendia bem o porquê.
— Você estava certo, ok? Ela me deixou e com razão — eu digo vencido a Antônio e Pietro entra no meio.
— Se gosta dela deveria já estar atrás dela se um dos outros a pegar é perigoso isso acabar em estupro coletivo — na hora me veio isso a mente e o terror correu pela minha espinha.
— Eles não vão pega-la porque é uma exposição que pode acabar com eles, eles não têm apoio político e até mesmo da população como nós. Sempre foram a escória da Albânia. — Pietro era o cético do grupo e eu odiava quando ele está certo até porque coloquei rastreador no celular dela se os 9 guardas que mandei não forem o bastante.

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A obsessão do Gângster
ChickLitPérola sempre se sentiu a pessoa mais normal do mundo nunca achava que algo especial pudesse acontecer com ela até o momento em que Otto Ramadani a olhou pela primeira vez.