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— Hã... Hum, Talia? — Lia não era uma garota tímida, nem muito comportada, mas deu um pulo ao ser chamada ali, naquele lugar quase completamente escondido perto do Salgueiro Lutador, porém distante o suficiente para que a planta não surtasse. Porém, desde que Davey Gudgeon havia quase perdido um olho no final do seu primeiro ano e haviam instaurado a proibição de chegar lá perto, ela costumava ir para lá justamente para ter um pouco de paz dos clientes regateiros e os que pediam fiado

— Lupin! — Ela tirou o cigarro da boca, e observou a fumaça que voou pelo ar frio. Por alguma razão, escondeu o cigarro na mão, controlando uma careta de dor e um grito quando sentiu a ponta queimar a pele, afinal, não precisava de centenas de pessoas indo pedir cigarro para ela, assim como pediam desconto nos doces que ela vendia, mas algo no inconsciente dela, uma vozinha chata, dizia que não era por causa disso que ela escondeu o cigarro, afinal tinha quase certeza que Lupin não fumava. Lia afirmava sem a menor vergonha: ela era avarenta. Odiava gastar desnecessariamente, loja boa era loja de segunda-mão, aniversário era para receber presente SIM, e roupa cara era roupa de sair e era para ser usada para sair. — Como você está? — Ele sorriu, olhando nervoso para a árvore antes de se sentar lá perto, ainda a uma distância respeitável dela. Lia gostava de Lupin por isso; não um gostar-GOSTAR, mas um gostar de achar ele um aluno sensato e bom, educado. Ele era de uma condição de vida humilde – ela havia visto uma vez no Beco Diagonal ele constrangido com James Potter insistindo em pagar os livros escolares dele, e Sra. Pettigrew, mãe de seu melhor amigo, Peter, desde que os dois resolveram em uma reunião com ânimos muito exaltados que era melhor formar parceria do que concorrência – para o pânico da professora McGonagall – avisando para Peter que havia preparado sanduiches para todos os amiguinhos dele, e dois para o "Remmy".

Era apenas por isso que ela havia vendido fiado para ele aquele dia do trem. Não iria virar um hábito de maneira alguma.

— Estou bem... — Ele sorriu, e Lia observou-o. bem cansado, só se for. — Vim trazer o dinheiro dos doces aquele dia do trem, desculpa a demora. — Ele estendeu o dinheiro para ela, que sorriu, observando as moedas. Seis sicles, exatamente.

— Não precisava se preocupar! — Deus, que maldição era aquela? Obvio que precisava, dada a quantidade de vezes que vender fiado se mostrou algo infernal. — Está tudo bem mesmo? Parece... cansado. — Ele sorriu.

— Deveres de casa, e eu sou monitor... acho que o prof. Dumbledore pensou que isso faria eu conseguir ter algum controle sobre Sirius e James. — Ele estava visivelmente pálido, e ela não devia estar tão preocupada com aquilo.

— Caso se sinta mal, vá até a enfermaria. — Ele sorriu, e algum demônio deve ter se apoderado de seu corpo, quando ela olhou o dinheiro de novo. — São só cinco sicles, você me deu um à mais! — Ele encarou confuso quando ela estendeu a moeda.

— Certeza? Estou quase certo que eram seis... — ela afirmou, mantendo a cara séria, embora fosse difícil com a bituca de cigarro queimando a palma da mão.

— Certeza! Tenha um bom dia, Remus! — Ele sorriu, antes de dizer, um pouco debochado, mas com uma nota de preocupação na voz.

— Você também, Talia. Vá na enfermaria, ou coloque um gelo na mão. Vai ficar doendo depois.

Ele se levantou, e Talia tentou ignorar que deveria estar roxa de vergonha quando soltou o cigarro, já apagado, mas ainda quente, observando a queimadura redonda e ardida na mão. Segurou a varinha com a mão antes de apontar um feitiço de cura, coisa boba que havia aprendido no terceiro ano para ajudar Scarlett com a quantidade absurda de contusões e roxos que se formavam devido o quadribol. Abriu uma carteira no bolso, tirando outro cigarro lá de dentro, e sacudindo a varinha para transfigurar o cigarro em um fósforo. Não ficou perfeito, mas ela estava praticando, e o fósforo brilhou em uma chama única quando ela riscou ele no zíper da calça. Acendeu o cigarro de novo antes de começar a andar, a mente um pouco incomodada. A partida havia sido no dia anterior, a cabeça ainda estava doendo da festa e das bebidas, e ela precisava terminar um dever de herbologia.

Eram seis sicles.

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Ariel tinha um problema sério.

E o nome desse problema era adolescência, e com ela, a maldita, entrava no pacote os hormônios adolescentes e as assustadoras consequências, entre elas, o suor frio, as borboletas na barriga, a incapacidade de falar frases coerentes, as bochechas vermelhas, as mãos que não conseguem segurar absolutamente nada e a vontade de virar um avestruz e enfiar a cabeça no piso.

Lia tinha uma tradução mais simples, e era "paixonite aguda por Calleb Jackson".

— Meu Deus, desculpa... — Ela murmurou para Calleb, irritada até cair os cabelos. Pela quinta vez, havia tropeçado, tinha certeza de que havia rasgado a meia naquele ponto, e o que foi completamente confirmado pela ardência no joelho e a gota de sangue que escorreu onde ela havia batido. Calleb imediatamente parou.

Já deviam ser umas dez da noite, e qualquer um que não fosse monitor em patrulha deveria estar nos quartos, portanto, eles não tinham os privilégios de dormir naquele momento e não teriam até meia-noite, quando a patrulha acabava. Era simplesmente um milagre que ainda não tivessem tido uma discussão com Pirraça, ou com os Marotos. Remus Lupin realmente tinha que passar a controlar aqueles garotos, era a opinião geral.

— Não tem por que pedir desculpas. Se machucou? — Ele perguntou, enquanto ela negava, mas ele já havia notado o rasgão na meia, mesmo com a pouca luz que os corredores proporcionavam. — Quer ir até a madame Pomfrey? Se quiser voltar para o dormitório, eu te acompanho. Falta pouco para patrulhar. — Ela agradecia muito a baixa iluminação, pois tinha certeza que o rosto estava carmim.

— Não precisa, eu estou bem. — Ele sorriu, vasculhando os bolsos do uniforme antes de tirar algo, sorrindo.

— Coloca um, pelo menos. — Ele disse, entregandouma caixa de band-aids, que ela encarou com curiosidade antes dele erguer asmãos, rindo. — São do meu irmão, a culpa não é minha se tem uma figurinha doursinho Pooh neles. — Ela riu, enquanto ele parava ao lado de uma janela, elase sentando ao lado dele enquanto ele abria o curativo e colocava no joelhodela. Ariel tinha certeza que naquele momento estava parecendo a bandeira daGrifinória, mas quando Calleb pegou sua mão e perguntou se conseguia continuar,ela não podia ligar menos


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Quem é vivo sempre aparece, não é?!

Capítulo LIXO porém estou feliz que finalmente escrevi alguma coisa.

Feliz dia dos namorados, para os solteiros e os que namoram, mas não para quem fica postando quinze lomotifs no status!

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⏰ Last updated: Jun 12, 2020 ⏰

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