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Os dias foram passando. Para ser exato, Hoseok calculava que havia passado um mês e três semanas desde que havia conhecido Taehyung. O moreno continuava indo vê-lo no parque quando passeava com seus cachorros, as vezes se encontravam no ônibus e outras, casualmente, na universidade, apesar de que para Hoseok não era casualidade já que o moreno apenas o esperava na saída e dizia que iria o acompanhar até em sua casa.

Fez isso tantas vezes que Hoseok já havia se acostumado, e havia vezes que quando o castanho saía mais cedo das aulas se dava um pequeno passeio para chegar na saída justo quando sabia que Taehyung estaria ali lhe esperando.

Apesar de não querer aceitar, estava se afeiçoando com o moreno. Ele não podia estar fingindo que gostava dele, só para brincar consigo, por tanto tempo, certo?

Agora, Hoseok estava no veterinário com Hoya pela primeira vez. E este lhe informou que Hoya não era menino, mas sim menina.

Para Hoseok não importou muito aquela informação, mas quando o veterinário lhe disse que Hoya não estava “gorda”, mas sim prenha e que em poucos dias teria seus filhotes, ele sentiu que algo pesado caía sobre si, o enterrando.

E agora não se sentia nada bem porque sabia o que se aproximava.

Preocupado, foi para casa com Hoya, pensando em como contar para seus pais, apesar de nada soar bem. Se sua mãe antes não havia querido ter o cachorro, agora seria mil vezes pior. Hoseok se disse que era tempo de conseguir trabalho e postar nas redes sociais de animais anúncios da chegada dos filhotes para lhes dar em adoção. Algo que lhe doía e que com certeza não iria eleger a qualquer um para lhes dar em adoção. Por outro lado, planejava ficar com pelo menos um para que Hoya não sofresse.

Se sentia uma pessoa tão horrível por ter que tirar seus filhotes.

Quando chegou em casa não havia ninguém, por isso foi para seu quarto e deixou Hoya na almofada suave dela, se sentando ao lado. Suspirou a acariciando enquanto Mickey se unia a eles, acariciou a ambos com suas duas mãos, recordando as palavras de seu veterinário.

Hoya era da raça de Spitz-alemão, uma raça cara e por isso, por um momento, Hoseok pensou que ela talvez estava perdida, mesmo ele tendo ido com Hoya por todos os lugares, desde que a encontrou, esperando que alguém a reconhecesse ou que visse algum cartaz que anunciasse seu desaparecimento e busca por ela, mas isso não havia acontecido e também lhe havia surpreendido o fato de que não ela não levava coleira... o veterinário lhe respondeu a isso dizendo que as pessoas costumam abandonar suas mascotes prenhas sem se importarem se já estão velhas ou se são de raças, para não terem que se importarem com os filhotes. Essa realidade machucou Hoseok ainda mais.

Hoya havia tido família, alguma vez havia se sentido amada e querida para depois ser deixada como uma coisa gasta. Como lixo. E haviam muitos mais cachorros, gatos, entre outros seres vivos, nessa situação. Odiava a essas “pessoas” e ninguém lhe faria mudar de opinião.

Ao escutar o ruído da porta, Hoseok respirou fundo, ganhando confiança, e caminhou a passo seguro. Sua mãe estava de bom humor, mas sabia que isso era questão de segundos até que ele lhe contasse de Hoya.

E assim foi, não só recebeu insultos como também esteve a ponto de ser golpeado, mas pode se esquivar a tempo.

Hoseok disse que conseguiria emprego quanto antes porque ele se encarregaria de absolutamente tudo e que o único que queria era que deixasse eles ficarem. A contragosto, a mulher aceitou, mesmo que isso só lhe aliviava um pouco já que agora teria que cumprir com o que prometeu, e principalmente sobre ter que encontrar gente para adotar os cachorrinhos. Tinha muito medo de não conseguir cumprir nada disso.

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